Os medicamentos prescritos em receituário do tipo “C” pertencem a uma lista abrangente de classes. Antes de mais nada, são cinco as subcategorias do receituário do tipo “C”: C1, C2, C3, C4 e C5.
Vamos começar pela classificação “C1”.
Receituário do tipo “C1”
Os medicamentos do tipo C1 não são exclusivamente da mesma classe terapêutica. Certamente é o maior grupo dos receituários controlados, englobando, em nossa última contagem, 202 substâncias.
Antidepressivos
Há diversas classes nesta categoria, como os antidepressivos inibidores seletivos da receptação de serotonina, como a fluoxetina (Prozac®), a paroxetina (Pondera®) e o citalopram.
Outros representantes da classe dos antidepressivos são os tricíclicos, usados também na modulação da dor como a amitriptilina, a imipramina e a clomipramina, entre outros.
Igualmente, inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina como a venlafaxina, a desvenlafaxina e o milnaciprano (Ixel®) também estão presentes nesta categoria.
E, por fim, os inibidores da MAO – monoamino oxidase – que na realidade formam a primeira classe de de antidepressivos, mas que na prática são pouco utilizados devido as inúmeras interações medicamentosas e também com alimentos como queijos envelhecidos e bebidas alcoólicas. Exemplos incluem a moclobemida (inibidor seletivo da MAO-A) e selegilina e rasagilina.
Inibidores seletivos da COX-2
Há também os anti-inflamatórios inibidores seletivos da COX-2 como o celecoxibe. Diferentemente dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) comuns como o ibuprofeno, o naproxeno, o diclofenaco e a nimesulida, por exemplo, os inibidores seletivos da COX-2, como o próprio nome indica, são seletivos na inibição das enzimas chamadas ciclo-oxigenases.
Por esse motivo têm menor efeito gástrico do que os tradicionais AINEs, já que o estômago expressa a COX-1, que tem um papel importante na proteção gástrica. No entanto, como alguns estudos mostraram relação com efeitos adversos cardíacos, o uso de inibidores seletivos da COX-2 deve ser feito com cautela. Por essa razão a receita especial “C1” é necessária.
Anticonvulsivantes
Anticonvulsivantes como a carbamazepina (Tegretol®) e a oxcarbazepina (Trileptal®) são uns dos medicamentos mais comuns presentes nesta classe.
Inibidores da Acetilcolinesterase
Outras classes presentes nesta categoria são os inibidores de acetilcolinesterase como a donepezila, utilizada no tratamento da doença de Alzheimer.
De fato, a acetilcolinesterase é uma enzima responsável pela degradação de um neurotransmissor chamado acetilcolina. Os inibidores dessa enzima agem de tal forma que melhoram a comunicação entre os neurônios por meio do maior tempo de atuação da acetilcolina na fenda sináptica.
Antipsicóticos
Antipsicóticos típicos como a levomepromazina (mais conhecida no Brasil como Neozine®) e atípicos como a quetiapina, a olanzapina e a sulpirida fazem parte da classificação “C1”. Similarmente, a tioridazina (Melleril®) também é um exemplo de antipsicótico.
Outras classes
Outras classes incluem os antirreumáticos como a leflunomida, os canabinoides como o canabidiol, antagonistas opioides como a naltrexona, alguns antivirais como a ribavirina.
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