Princípio ativo: sertralina

C1 – Receituário de controle especial em duas vias

Tolrest
Classe terapêutica dos Antidepressivos
Princípio ativo Sertralina. venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da.

Indicações de Tolrest

É indicada para o tratamento de depressão e transtorno obsessivo compulsivo.

Um episódio depressivo implica em um estado depressivo ou disfórico que geralmente interfere com as funções diárias e inclui pelo menos quatro dos oito sintomas seguintes: alteração no apetite, alteração no sono, agitação ou retardo psicomotor, perda de interesse nas atividades usuais ou diminuição na atividade sexual, aumento de fadiga, sentimento de culpa, retardo no pensamento ou prejuízo na concentração e idéias ou atitudes suicidas.

A eficácia da terapia com Sertralina em transtorno obsessivo compulsivo foi documentada em ensaios clínicos com duração de 12 semanas; entretanto, devido à natureza crônica deste transtorno, a terapia deveria ser continuada para os pacientes que respondem ao tratamento.

Recomenda-se uma determinação periódica para avaliar-se a necessidade de se continuar a terapia.

Ajustes de dosagem podem ser necessários para se fornecer aos pacientes a menor dose efetiva.

Efeitos Colaterais de Tolrest

Comumente observadas: as reações adversas mais comumente observadas associadas com o uso de cloridrato de Sertralina e não observadas em uma incidência equivalente em pacientes tratados com placebo foram: distúrbios gastrintestinais, incluindo náusea, diarréia/fezes amolecidas e dispepsia, tremor; vertigem; insônia; sonolência; sudorese aumentada; boca seca, perda de peso e disfunção sexual masculina (principalmente ejaculação retardada).

Associada com interrupção do tratamento: 15% de 2.710 indivíduos que receberam Sertralina nos ensaios clínicos, em doses clínicas múltiplas apresentaram efeitos colaterais atribuídos à interrupção do tratamento. As reações mais comuns (relatadas em pelo menos 1% dos indivíduos) associadas com a interrupção incluíram agitação, insônia, disfunção sexual masculina (principalmente ejaculação retardada), sonolência, dor de cabeça, tremor, anorexia, diarréia, fezes amolecidas, náuseas e fadiga.

Incidência em testes clínicos controlados: a tabela que segue enumera os efeitos adversos que ocorreram com uma freqüência de 1% ou mais entre pacientes tratados com Sertralina que participaram dos testes controlados comparados com pacientes que receberam placebo. A maior parte dos pacientes receberam doses de 50 a 200 mg por dia. O médico deve estar ciente que estes dados não podem ser usados para predizer a incidência de efeitos colaterais no curso da prática médica usual onde as características do paciente e outros fatores diferem daqueles pré-avaliados nos testes clínicos. Similarmente, as freqüências citadas não podem ser comparadas com os dados obtidos por outras investigações clínicas envolvendo tratamentos, usos e indivíduos diferentes.

Os dados citados (TABELA 1), todavia fornecem para o prescritor médico alguma base para estimar a contribuição relativa de fatores medicamentosos ou não na incidência média dos efeitos colaterais na população estudada.

TABELA 1: Incidência de efeitos adversos durante tratamentos em testes clínicos
placebo-controlados.*

Como Usar (Posologia)

Tratamento inicial: o tratamento com Sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg uma vez ao dia. Embora uma relação entre dose e efeito antidepressivo não tenha sido estabelecida, pacientes que utilizaram doses entre 50 mg e 200 mg por dia em testes clínicos demonstraram a eficácia antidepressiva de Sertralina. Conseqüentemente, pacientes que não responderam a uma dose de 50 mg, podem ser beneficiados com aumento da dose até o máximo de 200 mg/dia.

Devido à meia-vida de eliminação de Sertralina (24 horas), não devem ocorrer alterações de dose em intervalos menores que uma semana.

Sertralina deve ser administrada uma vez ao dia, de manhã ou à tarde.

Doses maiores que 150 mg diários não devem ser administrados por mais de 8 semanas.

Nos casos de transtorno obsessivo compulsivo, a dosagem inicial de Sertralina deve ser de 50 mg, uma vez ao dia, de manhã ou à tarde. Se 50 mg não oferecer o efeito desejado, deve-se ajustar a dosagem no máximo para até 200 mg/dia. Os ajustes de dose devem respeitar intervalos de, pelo menos, uma semana devido à meia-vida de eliminação da droga ser longa.

Sertralina deve ser usada com cuidado em pacientes com insuficiência hepática e/ou renal.

Manutenção/continuação/tratamento prolongado: existe evidência que sugere que pacientes com depressão que respondem durante uma fase de tratamento inicial de 8 semanas continuam sendo beneficiados durante um tratamento adicional de 8 semanas. Embora existam dados insuficientes com respeito a qualquer benefício do tratamento além de 16 semanas, é geralmente aceito entre psico-farmacologistas que episódios agudos de depressão requerem vários meses de tratamento ou terapias farmacológicas ininterruptas por longos períodos.

Contra-Indicações de Tolrest

Em pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de Sertralina ou aos demais componentes da fórmula.

Precauções

Distúrbios do sistema nervoso autônomo: pouco freqüente: rubor, midríase, aumento de salivação, pele viscosa e fria; raro: palidez.

Cardiovascular: pouco freqüente: tontura postural, hipertensão, hipotensão, hipotensão postural, edema, edema dependente, edema periorbital, edema periférico, isquemia periférica, síncope, taquicardia; raro: dor torácica precordial, dor torácica substernal, hipertensão grave, enfarte do miocárdio, veias varicosas.

Distúrbios no sistema nervoso central e periférico: freqüente: confusão; pouco freqüente: ataxia, coordenação anormal, marcha anormal, hiperestesia, hipercinesia, hipocinesia, enxaqueca, nistagmo, vertigem; raro: anestesia local, coma, convulsões, discinesia, disfonia, hiporreflexia, hipotonia, ptose.

Alterações na pele e anexos: pouco freqüente: acne, alopécia, prurido, exantema eritematoso, exantema maculopapular, pele seca; raro: erupção vesiculosa, dermatite, eritema multiforme, textura capilar anormal, hipertricose, reação de fotossensibilidade, exantema folicular, descoloração da pele, odor anormal da pele, urticária.

Distúrbios endócrinos: raro: exoftalmia, ginecomastia.

Distúrbios gastrintestinais: pouco freqüente: disfagia, eructação; raro: diverticulite, incontinência fecal, gastrite, gastroenterite, glossite, hiperplasia gengival, hemorróidas, soluço, melena, úlcera péptica hemorrágica, proctite, estomatite, estomatite ulcerativa, tenesmo, edema de língua, ulceração na língua.

Geral: freqüente: astenia; pouco freqüente: mal-estar, edema generalizado, calafrios, perda de peso, aumento de peso; raro: abdômen aumentado, halitose, otite média, estomatite aftosa.

Hematopoético e linfático: pouco freqüente: linfadenopatia, púrpura; raro: anemia, hemorragia de câmara anterior do olho.

Distúrbios metabólicos e nutricionais: raro: desidratação, hipercolesterolemia, hipoglicemia.

Distúrbios no sistema músculo-esquelético: pouco freqüente: atralgia, artrose, distonia, espasmo muscular, debilidade muscular; raros: hérnia.

Distúrbios psiquiátricos: pouco freqüente: pesadelos, reação agressiva, amnésia, apatia, delírio, despersonalização, depressão, depressão grave, labilidade emocional, euforia, alucinação, neurose, reação paranóica, planejamento e tentativa de suicídio, ranger de dentes, pensamentos anormais; raro: histeria, sonambulismo, síndrome de abstinência.

Reprodutivo: pouco freqüente: dismenorréia (2), hemorragia intermenstrual (2); raro: amenorréia (2), balanopostite (1), aumento da mama (2), dor mamária (2), leucorréia (2), menorragia (2), vaginite atrófica (2).

(1) % baseada somente em indivíduos masculinos: 1005
(2) % baseada somente em indivíduos femininos: 1705
Distúrbios do sistema respiratório: pouco freqüente: broncospasmo, tosse, dispnéia, epistaxe; raro: bradipnéia, hiperventilação, sinusite, estridor.

Sentidos especiais: pouco freqüente: acomodação anormal, conjuntivite, diplopia, dor de ouvido, dor nos olhos, xeroftalmia; raro: lacrimejamento anormal, fotofobia, problema no campo visual.

Distúrbios no sistema urinário: pouco freqüente: disúria, edema de face, noctúria, poliúria,
incontinência urinária; raro: oligúria, dor renal, retenção urinária.

Testes laboratoriais: elevações assintomáticas nas transaminases séricas (SGOT [ou AST] e SGPT [ou ALT]) têm sido relatadas com pouca freqüência (aproximadamente 0,8%) em associação com administração de Sertralina. Estas elevações enzimáticas habitualmente ocorrem dentro da primeira à nona semana de tratamento e diminuem rapidamente após interrupção da droga.

A terapia com Sertralina foi associada com pequenos aumentos na média total de colesterol (aproximadamente 3%) e triglicerídios (aproximadamente 5%), e uma pequena diminuição na média de ácido úrico sérico (aproximadamente 7%), aparentemente sem importância clínica.

Modo de Uso (Posologia) de Tolrest

Tratamento inicial: o tratamento com Sertralina deve ser iniciado com uma dose de 50 mg uma vez ao dia. Embora uma relação entre dose e efeito antidepressivo não tenha sido estabelecida, pacientes que utilizaram doses entre 50 mg e 200 mg por dia em testes clínicos demonstraram a eficácia antidepressiva de Sertralina. Conseqüentemente, pacientes que não responderam a uma dose de 50 mg, podem ser beneficiados com aumento da dose até o máximo de 200 mg/dia.

Devido à meia-vida de eliminação de Sertralina (24 horas), não devem ocorrer alterações de dose em intervalos menores que uma semana.

Sertralina deve ser administrada uma vez ao dia, de manhã ou à tarde.

Doses maiores que 150 mg diários não devem ser administrados por mais de 8 semanas.

Nos casos de transtorno obsessivo compulsivo, a dosagem inicial de Sertralina deve ser de 50 mg, uma vez ao dia, de manhã ou à tarde. Se 50 mg não oferecer o efeito desejado, deve-se ajustar a dosagem no máximo para até 200 mg/dia. Os ajustes de dose devem respeitar intervalos de, pelo menos, uma semana devido à meia-vida de eliminação da droga ser longa.

Sertralina deve ser usada com cuidado em pacientes com insuficiência hepática e/ou renal.

Manutenção/continuação/tratamento prolongado: existe evidência que sugere que pacientes com depressão que respondem durante uma fase de tratamento inicial de 8 semanas continuam sendo beneficiados durante um tratamento adicional de 8 semanas. Embora existam dados insuficientes com respeito a qualquer benefício do tratamento além de 16 semanas, é geralmente aceito entre psico-farmacologistas que episódios agudos de depressão requerem vários meses de tratamento ou terapias farmacológicas ininterruptas por longos períodos.

Advertência

Em pacientes recebendo outra droga inibidora da recaptação de serotonina em combinação com um inibidor da monoaminoxidase (IMAO), houveram relatos de graves reações, algumas vezes fatais, incluindo hipertermia, rigidez, mioclonus, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas de sinais vitais, e alterações no nível de consciência que incluem agitação extrema progredindo para delírio e coma. Estas reações têm sido relatadas em pacientes que recentemente interromperam o tratamento com a droga e iniciaram com um IMAO. Alguns casos apresentaram-se com características semelhantes à síndrome neuroléptica maligna. Por isto, é recomendado que Sertralina não seja usada em combinação com um IMAO, e em não menos de 14 dias após interrupção do tratamento com um IMAO. Semelhantemente, não se deve iniciar o tratamento com um IMAO pelo menos antes de 14 dias após a interrupção do uso de Sertralina.

Abuso e dependência
Classe de substância controlada: Sertralina é uma substância controlada pela Portaria nº 27/86 do Ministério da Saúde.

Dependência física e psíquica: Sertralina não tem sido sistematicamente estudada em animais ou homens por seu potencial para abuso, tolerância ou dependência física. Contudo, experiências clínicas com Sertralina não revelaram qualquer evidência para uma síndrome de abstinência ou qualquer conduta de procura pela droga. Como com qualquer nova droga ativa no SNC, os médicos devem avaliar cuidadosamente os pacientes em relação a antecedentes de abuso de drogas e acompanhá-los de perto, observando-os em relação a sinais de abuso ou mau uso de Sertralina (por exemplo: aumento de dose, desenvolvimento de tolerância).

Composição

Cada comprimido de 50 mg contém:
Sertralina (cloridrato) ……………….. 56 mg
Excipiente q.s.p. ……………….. 1 comprimido
(Fosfato de Cálcio Dibásico Hidratado; Índigo Carmim CI nº 73015; Hidroxipropilcelulose;
Hidroxipropilmetilcelulose; Estearato de Magnésio; Celulose Microcristalina; Polietilenoglicol;
Polissorbato 80; Dióxido de Titânio)
Cada comprimido de 100 mg contém:
Sertralina (cloridrato) ……………….. 112 mg
Excipiente q.s.p. ……………….. 1 comprimido
(Fosfato de Cálcio Dibásico Hidratado; Hidroxipropilcelulose; Hidroxipropilmetilcelulose; Estearato de Magnésio; Celulose Microcristalina; Polietilenoglicol; Polissorbato 80; Amarelo de Tartrazina; Dióxido de Titânio)
Cada comprimido de 200 mg contém:
Sertralina (cloridrato) ……………….. 224 mg
Excipiente q.s.p. ……………….. 1 comprimido
(Fosfato de Cálcio Dibásico Hidratado; Hidroxipropilcelulose; Hidroxipropilmetilcelulose; Estearato de Magnésio; Celulose Microcristalina; Polietilenoglicol; Polissorbato 80; Dióxido de Titânio)
USO ADULTO

Conduta Na Superdose

Experiência humana: houve 3 casos de superdose de sertralina (aproximadamente 750 a 2100 mg).

Não foi necessária terapia específica para quaisquer dos 3 pacientes, os quais se recuperaram completamente.

Controle de superdose: estabelecer e manter vias aéreas, garantindo ventilação e oxigenação.

Carvão vegetal ativado administrado com sorbitol, pode ser tão ou mais eficaz que emese ou lavagem e deve ser considerado no tratamento da superdose.

É recomendada a monitorização de sinais cardíacos e vitais em conjunto com medidas sintomáticas gerais e de apoio.

Não existe antídoto específico para sertralina.

No manuseio de superdose considerar a possibilidade de envolvimento de várias drogas. o médico deve considerar um contato com centro de controle de intoxicações no tratamento de qualquer superdose.

Efeitos Adversos (percentual de Pacientes Referidos)

Sertralina (N = 861) Placebo (N = 853)
Distúrbios no sistema nervoso autônomo:
Boca seca 16,3 9,3
Sudorese aumentada 8,4 2,9
Cardiovascular:
Palpitações 3,5 1,6
Dor torácica 1,0 1,6
Distúrbios no sistema nervoso periférico e central: 20,3 19,0
Dor de cabeça 11,7 6,7
Vertigem 10,7 2,7
Tremor 2,0 1,8
Parestesia 1,7 0,6
Hipoestesia 1,4 0,1
Espasmos 1,3 0,4
Hipertonia
Distúrbios na pele e anexos: 2,1 1,5
Exantema
Distúrbios gastrintestinais: 26,1 11,8
Náusea 17,7 9,3
Diarréia/fezes amolecidas 8,4 6,3
Constipação 6,0 2,8
Dispepsia 3,8 1,8
Vômitos 3,3 2,5
Flatulência 2,8 1,6
Anorexia 2,4 2,2
Dor abdominal 1,3 0,9
Apetite aumentado
Gerais: 10,6 8,1
Fadiga 2,2 0,5
Rubor 1,6 0,6
Febre 1,5 0.9
Dor nas costas
Distúrbios metabólicos e nutricionais: 1,4 0,9
Sede
Distúrbios no sistema músculo-esquelético: 1,7 2,5
Mialgia
Distúrbios psiquiátricos: 16,4 8,8
Insônia 15,5 2,2
Disfunção sexual masculina (1) 13,4 5,9
Sonolência 5,6 4,0
Agitação 3,4 1,9
Nervosismo 2,6 1,3
Ansiedade 1,9 0,2
Bocejo 1,7 0,2
Disfunção sexual feminina (2) 1,3 0,5
Dificuldade de concentração
Reprodutivo: 1,0 0,5
Alterações menstruais
Distúrbios no sistema respiratório: 2,0 1,5
Rinites 1,2 0,9
Faringites
Sentidos especiais: 4,2 2,1
Visão anormal 1,4 1,1
Zumbidos 1,2 0,7
Alteração no paladar
Distúrbios no sistema urinário: 2,0 1,2
Freqüência na micção 1,4 0,5
Alteração na micção
(*) Eventos relatados em pelo menos 1% de pacientes tratados com Sertralina.

(1) (ejaculação retardada principalmente) % baseada somente em pacientes masculinos: 271 tratados com Sertralina e 271 tratados com placebo.

(2) % baseada somente em pacientes femininos: 590 tratados com Sertralina e 582 com placebo.

Outros efeitos observados durante a avaliação pré-comercialização de Sertralina: durante a pesquisa, doses múltiplas de Sertralina foram administradas a aproximadamente 2700 indivíduos.

As condições e duração de exposição à Sertralina variaram amplamente, e incluíram (em categorias coincidentes) estudos farmacológicos clínicos, estudos duplo-cego e aberto, estudos controlados e não-controlados, estudos em pacientes hospitalizados e não hospitalizados, estudos para outras indicações além de depressão. Efeitos adversos associados com esta exposição foram registrados por pesquisadores usando terminologia de sua preferência. Conseqüentemente não foi possível estipular a estimativa expressiva da proporção de indivíduos que apresentaram efeitos colaterais, sem que antes os efeitos tivessem sido agrupados em um pequeno número de categorias padronizadas.

Na tabulação anterior foi utilizada uma terminologia de dicionário da Organização Mundial de Saúde que tem sido utilizada para classificar efeitos colaterais ocorridos. As freqüências apresentadas, portanto, representam a proporção de aproximadamente 2700 indivíduos expostos a doses múltiplas de Sertralina que experimentaram um efeito do tipo citado ao menos uma vez enquanto recebiam Sertralina.

Todos os efeitos foram incluídos, exceto aqueles já listados na tabela anterior e aqueles relatados em termos tão gerais que não forneceram informações. É importante enfatizar que embora os efeitos relatados tenham ocorrido durante o tratamento com Sertralina, eles não são necessariamente causados por ela.

Os efeitos são classificados segundo os sistemas do corpo e listados em ordem decrescente de freqüência de acordo com as seguintes definições: efeitos adversos freqüentes são aqueles que ocorrem em uma ou mais ocasiões em pelo menos 1/100 pacientes (somente aqueles não anteriormente listados nos resultados dos testes placebo controlados aparecem nesta lista); efeitos adversos pouco freqüentes são aqueles que ocorrem em 1/100 até 1/1000 pacientes; efeitos raros são aqueles que ocorrem em menos que 1/1000 pacientes. Efeitos de importância clínica maior também estão descritos na seção

Farmacocinética

Biodisponibilidade sistêmica: no homem, após administração de doses diárias acima da faixa de 50 a 200 mg por 14 dias, o pico médio de concentração no plasma (Cmáx) de Sertralina ocorre entre 4,5 a 8,4 horas. Sua meia-vida média é em torno de 26 horas. A farmacocinética linear foi demonstrada em um estudo de dose única no qual a Cmáx e a área abaixo da curva (AUC) de Sertralina foram proporcionais em uma faixa de dose entre 50 e 200 mg. Tendo em vista a meia-vida de eliminação de 26 horas, após o uso de doses repetidas de Sertralina é esperado obter-se concentrações até duas vezes maiores do que aquela obtida quando se emprega uma dose única uma vez. Baseado nestes parâmetros farmacocinéticos, os níveis plasmáticos estáveis de Sertralina são alcançados após uma semana aproximadamente com uma dose única diária.

A biodisponibilidade da dose única de comprimidos de Sertralina é aproximadamente igual a uma dose equivalente de solução.

Os efeitos da alimentação na biodisponibilidade de Sertralina foram estudados em indivíduos que receberam administração de uma dose única com e sem alimentos. AUC foi levemente aumentada quando a droga foi administrada com alimento; a Cmáx foi 25% maior, enquanto o tempo para alcançar o pico de concentração plasmática diminui de 8 horas pós-dose para 5,5 horas.

Formas Farmacêuticas e Apresentações

Comprimidos revestidos de 50 mg, 100 mg e 200 mg. Embalagem com 20 comprimidos.

Embalagem calendário com 7, 14 ou 28 comprimidos.

Gravidez e Lactação

Efeitos teratogênicos: estudos de reprodução foram feitos em ratos e coelhos com doses de até aproximadamente 20 vezes e 10 vezes o máximo da dose diária humana em mg/Kg (4 a 4,5 vezes a dose em mg/m²), respectivamente.

Não houve evidência de teratogenicidade em qualquer nível de dose. Em doses aproximadamente 2,5 – 10 vezes a dose máxima diária humana em mg/Kg, Sertralina foi associada com ossificação tardia em fetos, provavelmente secundária aos efeitos na fêmea.

Não foram realizados estudos adequados e controlados em mulheres grávidas. Uma vez que os estudos de reprodução animal nem sempre são semelhantes às respostas humanas, esta droga somente deve ser usada durante a gravidez se estritamente necessário.

Efeitos não teratogênicos: houve uma diminuição na sobrevivência neonatal seguida à administração materna de Sertralina em dose inferior a aproximadamente 5 vezes a dose máxima humana em mg/Kg. O decréscimo da sobrevivência de filhotes foi observada ser mais provavelmente devido a exposição in útero à Sertralina. O significado clínico destes efeitos não é conhecido.

Amamentação: não é conhecido se a Sertralina ou seus metabólitos são excretados no leite humano. Devido ao fato de várias drogas serem excretadas no leite humano, deve-se tomar cuidado quando Sertralina for administrada durante a amamentação.

Informações ao Paciente

Cuidados de armazenamento: Conservar o produto ao abrigo do calor excessivo e da umidade, em temperatura ambiente (entre 15ºC-30ºC).

Prazo de validade: desde que sejam observados os cuidados de armazenamento, TOLREST apresenta prazo de validade de 36 meses. Não utilize o produto após o vencimento do prazo de validade.

Ação esperada do medicamento: Este medicamento está indicado no tratamento da depressão e transtorno obsessivo compulsivo.

Gravidez: Este medicamento não deverá ser administrado durante a gravidez, sem exclusiva orientação médica. O uso do medicamento durante o período de amamentação também não é recomendado.

Cuidados na interrupção do tratamento: Siga as recomendações de seu médico quanto ao modo de usar e duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem antes consultá-lo.

Reações adversas: Podem aparecer reações desagradáveis tais como: distúrbios gastrintestinais, incluindo náusea, diarréia, tremor, vertigem, aumento de sudorese, boca seca, perda de peso, insônia, sonolência. Informe seu médico caso ocorram esses ou outros efeitos adversos.

“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS.”
Ingestão concomitante com outras substâncias: Informe seu médico caso esteja tomando alguma outra medicação. Nenhum outro medicamento deve ser tomado sem o consentimento de seu médico.

Contra-indicações e precauções: Sertralina não é indicada para uso em crianças.

Evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento com Sertralina.

Durante o tratamento com Sertralina, deve-se evitar a realização de tarefas potencialmente arriscadas, como dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Recomenda-se que o medicamento seja administrado junto com a ingestão de alimentos.

É contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de Sertralina ou aos demais componentes da fórmula.

“NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER
PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.”

Interações Medicamentosas

Efeitos potenciais do uso concomitante de drogas fortemente ligadas às proteínas plasmáticas: devido à Sertralina se ligar fortemente às proteínas plasmáticas, a administração de Sertralina a um paciente tomando outras drogas que sejam fortemente ligadas às proteínas (por exemplo warfarina, digitoxina) pode causar uma modificação nas concentrações do plasma, resultando potencialmente em um efeito adverso. Inversamente, os efeitos adversos podem resultar do deslocamento da proteína ligada à Sertralina por outra droga mais fortemente ligada.

Em um estudo comparando o tempo de protrombina AUC (0-120 h) após dose de warfarina de 0,75 mg/Kg, antes e depois de 21 dias de tratamento com Sertralina 50 – 200 mg/dia ou placebo, houve um aumento médio no tempo de protrombina de 8% referente aos valores basais iniciais do grupo Sertralina comparados a uma diminuição de 1% com o grupo placebo (p < 0,02). A normalização do tempo de protrombina para o grupo de pacientes tratados com Sertralina foi retardada em comparação ao grupo tratado com placebo. O significado clínico desta alteração não é conhecido. Portanto, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorizado quando a terapia com Sertralina é iniciada ou interrompida. Drogas ativas no SNC: Em um estudo comparando a distribuição de diazepam administrado intravenosamente antes e após 21 dias de uso de Sertralina (50 a 200 mg/dia em dose escalonada) ou placebo, houve uma diminuição de 32% relativa aos valores basais iniciais do clearance do diazepam para o grupo de pacientes usando Sertralina, comparada a uma diminuição de 19% relativa aos valores basais iniciais para o grupo de pacientes usando placebo (p < 0,03). Houve um aumento de 23% no Tmáx para a desmetildiazepam no grupo de pacientes tratados com Sertralina comparados com um decréscimo de 20% no grupo tratado com placebo (p < 0,03). O significado clínico destas alterações não é conhecido. Em um ensaio placebo controlado em voluntários normais, a administração de duas doses de Sertralina não alterou significativamente a estabilidade dos níveis de lítio ou do clearance renal de lítio. Todavia, é recomendado que os níveis plasmáticos de lítio sejam monitorizados após o início da terapia com Sertralina com os ajustes necessários às doses de lítio. O risco do uso de Sertralina em combinação com outras drogas ativas no SNC não tem sido sistematicamente avaliado. Conseqüentemente, deve-se tomar cuidado na administração concomitante de Sertralina com tais drogas. Drogas hipoglicemiantes: em um estudo placebo controlado em voluntários normais, a
administração de Sertralina por 22 dias (incluindo 200 mg/dia para os 13 dias finais) causou uma diminuição estatisticamente significante (16%) nos valores basais iniciais do clearance de tolbutamida após uma dose intravenosa de 1000 mg. A administração de Sertralina não causou nenhuma alteração na ligação às proteínas plasmáticas ou no volume aparente de distribuição de tolbutamida, sugerindo que a diminuição no clearance de tolbutamida foi devido a alterações no metabolismo da droga. O significado clínico dessa diminuição é desconhecido.

Atenolol: Sertralina (100 mg), quando administrada a 10 indivíduos saudáveis do sexo masculino, não teve efeito na atividade beta-bloqueadora do atenolol.

Indução de enzima microssomal: estudos pré-clínicos têm demonstrado que Sertralina induz enzimas microssomais hepáticas. Em estudos clínicos, Sertralina demonstrou induzir minimamente enzimas hepáticas devido a um pequeno (5%) mas estatisticamente significante decréscimo na meia-vida da antipirina após administração de 200 mg/dia por 21 dias. Esta pequena alteração na meia-vida da antipirina reflete uma alteração clinicamente insignificante no metabolismo hepático.

Terapia eletroconvulsivante: não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de terapia eletroconvulsivante e Sertralina.

Álcool: embora não tenha potencializado os efeitos psicomotores e cognitivos do álcool em experiências com indivíduos normais, o uso concomitante de Sertralina e álcool em pacientes com depressão não é recomendado.

Metabolismo

Sertralina sofre um amplo metabolismo de primeira passagem. A principal via inicial do
metabolismo para Sertralina é a N- desmetilação. N-desmetilSertralina tem uma meia-vida de eliminação plasmática final de 62 a 104 horas. Testes bioquímicos in vitro e farmacológicos in vivo têm demonstrado ser a N-desmetilSertralina menos ativa substancialmente que a Sertralina. A Sertralina e a N-desmetilSertralina sofrem desaminação oxidativa e subseqüente redução, hidroxilação e conjugação glicurônica. Em um estudo de Sertralina marcada envolvendo 2 indivíduos saudáveis do sexo masculino cerca de 40 – 45% da radioatividade administrada foi recuperada na urina em 9 dias. Sertralina inalterada não foi detectada na urina. Neste mesmo período, cerca de 40 – 45% da radioatividade foi encontrada nas fezes, incluindo 12 – 14% de Sertralina inalterada.

Modo de Ação

A Sertralina é um antidepressivo de administração oral. Não é quimicamente relacionado aos tricíclicos, tetracíclicos, ou outros agentes antidepressivos já utilizados. Tem peso molecular de 342,7. Sertralina tem o seguinte nome químico: cloridrato de (1S-cis)-4-(3,4-diclorofenil)-1,2,3,4-tetrahidro-N-metil-1-naftalenoamina.

Presume-se que o mecanismo de ação da Sertralina seja uma inibição de captação neuronal de serotonina (5 HT) no SNC. Estudos com doses clinicamente relevantes no homem têm demonstrado que a Sertralina bloqueia a captação de serotonina no interior das plaquetas humanas.

Estudos in vitro em animais também sugerem que Sertralina seja um inibidor potente e seletivo de recaptação da serotonina neuronal e possui poucos efeitos na recaptação neuronal de nor-epinefrina e dopamina.

Estudos in vitro têm demonstrado que a Sertralina não possui afinidade significante para os receptores adrenérgicos (alfa 1, alfa 2, e beta), colinérgicos, GABA, dopaminérgicos, histaminérgicos, serotoninérgicos (5HT1A, 5HT1B, 5HT2) ou benzodiazepínicos. A administração crônica de Sertralina em animais foi associada à sub-regulação dos receptores nor-epinefrínicos cerebrais, como observado com outros anti-depressivos clinicamente eficazes. Sertralina não inibe a monoaminoxidase.

Uso Geriátrico

Vários pacientes idosos participaram de estudos clínicos com Sertralina. O padrão de reações adversas em idosos foi similar ao observado em pacientes jovens.

Uso Pediátrico

Não foram estabelecidas segurança e eficácia em crianças.

Laboratório

Laboratórios Biosintética Ltda.

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