Princípios ativos: imunoglobulina antitimócito, imunoglobulina gThymoglobuline

Laboratório

Genzyme

Apresentação de Thymoglobuline

Cartucho contendo um frasco com 25 mg de Imunoglobulina de coelho antitimócitos humanos liofilizado e uma ampola de 5 ml com diluente.

Thymoglobuline – Indicações

Transplante de órgãos: em prevenção e tratamento de crise de rejeição de transplante de rim, coração, pâncreas ou fígado. Hematologia: tratamento de anemia aplástica; e proposta para os quadros de doença enxerto versus hospedeiro.

Contra-indicações de Thymoglobuline

Hipersensibilidade à proteína de coelho. Doença viral em evolução. Utilização de vacinas que contenham microorganismos vivos e atenuados, pelo risco de ocorrer uma infecção generalizada (possivelmente fatal).

Advertências

A Imunoglobulina de coelho anti-timócitos humanos deve sempre ser utilizada sob rigorosa supervisão médico-hospitalar e restrita a pacientes que estão recebendo terapia imunossupressora para transplante de órgãos ou medula óssea ou para tratamento de anemia aplástica. Certas reações adversas podem estar relacionadas com o grau de velocidade da infusão. A recomendação indicada na posologia deve ser seguida rigorosamente. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados e observados do começo ao fim do período de infusão. Uma atenção especial deve ser dada aos pacientes que já receberam imunoglobulinas de coelho. No caso de reações adversas, a velocidade de administração deve ser reduzida ou interrompida até o desaparecimento dos sintomas. No caso de uma reação anafilática grave (edema de glote e/ou choque), a administração da imunoglobulina deve ser suspensa e o paciente deve receber o tratamento adequado. Para o tratamento das indicações em hematologia, é importante manter o paciente em ambiente estéril ou num quarto com fluxo de ar laminar ou pressão positiva. A profilaxia de infecções é necessária, utilizando-se para tanto antibióticos e antifúngicos.

Interações medicamentosas de Thymoglobuline

Existe o risco de uma imunossupressão profunda quando a Imunoglobulina de coelho anti-timócitos humanos é utilizada em protocolos combinados com outros imunossupressores. Outras soluções/suspensões, especialmente sangue e seus derivados, e soluções lipídicas não devem ser administradas concomitantemente ou na mesma via de infusão da imunoglobulina.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Thymoglobuline

Reações relatadas durante e logo após a administração: Reações sistêmicas: febre, calafrios, hipotensão, taquicardia, vômitos e dispnéia. Reações locais: dor no local da infusão e tromboflebite periférica. Algumas raras reações de hipersensibilidade como a doença do soro (febre, prurido, erupções cutâneas associadas a artralgias ou mialgias) podem surgir de 7 a 15 dias após o início do tratamento. Reações de hipersensibilidade imediatas graves são raras. As reações graves e outras de menor intensidade ocorrem com maior freqüência após a primeira infusão. O mecanismo efetor de diversas reações adversas é mediado pela liberação de citocinas. A administração prévia de corticóides e anti-histamínicos diminui a incidência das reações. A diminuição da velocidade de infusão ou a utilização de um maior volume de diluente (soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%) permite reduzir algumas das reações adversas. Reações associadas à presença anticorpos específicos contra diferentes marcadores que apresentam expressão não restrita a população de linfócitos T: Reações adversas como leucopenia e trombocitopenia foram relatadas durante e após a administração da imunoglobulina. Este fenômeno pode ser devido a presença de anticorpos contra moléculas expressas em neutrófilos e/ou plaquetas. A monitorização do número de leucócitos e plaquetas permite controlar e assim reduzir a freqüência e a gravidade destas reações. Reações associadas à imunossupressão profunda: Algumas complicações infecciosas (bacteriana, viral, fúngica e de protozoários) e raros fenômenos neoplásicos malignos (particularmente síndromes linfoproliferativas) foram relatadas durante e após a administração da imunoglobulina. Esses eventos são ligados a indução de uma imunossupressão exacerbada, sendo importante notar que outros tratamentos associados ou anteriormente administrados, de características igualmente supressoras, podem estar implicados no estabelecimento desta condição. A redução da duração do tratamento com os agentes anti-linfocitários, e a associação de uma terapia antiinfecciosa podem determinar a diminuição da incidência de reações adversas.

Thymoglobuline – Posologia

A Imunoglobulina de coelho anti-timócitos humanos é geralmente administrada em associação com outros imunossupressores. Antes da dose de imunoglobulina deve-se administrar a dose diária de corticóide e um anti-histamínico. Cada frasco deve ser diluído em soro fisiológico 0,9% ou de soro glicosado 5%. A infusão deve ser feita em veia de grande calibre e alto fluxo. A velocidade de infusão deve ser adaptada para que a duração total seja no mínimo de 4 horas. A posologia é dependente da indicação. As seguintes sugestões podem ser utilizadas como referência: Profilaxia da rejeição: 1.25 a 2.5mg/kg/dia de 1 a 3 semanas, após o transplante de rim, coração, pâncreas ou fígado. Tratamento da crise de rejeição e da doença do enxerto versus o hospedeiro: 2.5 a 5 mg/kg/dia até o desaparecimento dos sintomas e sinais clínicos e biológicos. Anemia Aplástica: 2.5 a 5 mg/kg/dia durante 5 dias consecutivos.

Superdosagem

Uma superdosagem (> 5mg/kg/dia) pode resultar em uma leucopenia e trombocitopenia. O uso prolongado (> 3 semanas) pode provocar infecções severas e aumentar o risco de linfomas.

Thymoglobuline – Informações

A Imunoglobulina de coelho anti-timócitos humanos, produto imunobiológico, é um agente imunossupressor seletivo, atuando preponderantemente em linfócitos T. A Imunoglobulina de coelho anti-timócitos humanos representa um soro policlonal que contém anticorpos específicos que comprovadamente reconhecem diferentes moléculas funcionais envolvidas na cascata de ativação das células T durante a rejeição do enxerto, por exemplo: CD2, CD3, CD4, CD8, LFA-1 (CD11a/CD18), CD25, CD28, HLA-DR e HLA classe I. A depleção de linfócitos é provavelmente o principal mecanismo de imunossupressão ligado a estas imunoglobulinas. Diferentes mecanismos podem estar envolvidos no estabelecimento desta depleção, a saber: lise complemento dependente, opsonização e subseqüente fagocitose, ADCC (citotoxicidade celular mediada por anticorpos), citotoxicidade de células T, marginação devido ao aumento da expressão de moléculas de adesão, modulação do TCR (receptor específico das células T) e indução de apoptose (morte celular). (continua na bula original)

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