Princípio ativo: levotiroxinaTetroid
Classe terapêutica dos Hormonios Tireoidianos
Princípio ativo L-tiroxina (levotiroxina Ou T4).

Indicações de Tetroid

Reposição ou suplementação hormonal em pacientes com hipotireoidismo de qualquer etiologia, exceto no hipotireoidismo transitório durante a recuperação de tireoidite subaguda. Essa categoria inclui cretinismo, mixedema e hipotireoidismo em pacientes de qualquer idade (crianças, adultos e idosos) ou estado físico (por exemplo, gravidez); hipotireoidismo primário resultante de deficiência funcional, por atrofia primária, ausência parcial ou total da glândula tireóide, ou efeitos de cirurgia, radiação ou drogas, com ou sem bócio; hipotireoidismo secundário (pituitário) ou hipotireoidismo terciário (hipotalâmico). Supressão do TSH hipofisário no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócio eutireoidiano, inclusive nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica (tireoidite de Hashimoto), bócio multinodular e no tratamento de neoplasia maligna da tireóide. Como agente diagnóstico nos testes de supressão, auxiliando no diagnóstico da suspeita de hipertireoidismo leve ou de glândula tireóide autônoma.

Efeitos Colaterais de Tetroid

São raras as reações adversas além das indicativas de hipertireoidismo causado por superdosagem, tanto no início do tratamento como durante a manutenção.

Como Usar (Posologia)

A posologia da levotiroxina sódica é determinada pelas indicações e deve ser individualizada para cada caso, de acordo com a resposta do paciente e resultados laboratoriais. Hipotireoidismo: são geralmente usados os comprimidos de baixa dosagem e o aumento da dose dependerá do estado cardiovascular do paciente. A dose inicial é de 50 mcg com aumentos de 25 mcg a cada 2 a 3 semanas. Recomenda-se uma dose inicial menor de 25 mcg/dia ou até inferior a pacientes com hipotireoidismo de longa data, particularmente se houver suspeita de distúrbio cardiovascular. Neste caso, recomenda-se extrema precaução. O surgimento de angina é uma indicação de que a posologia deve ser reduzida. A maioria dos pacientes geralmente não necessita de mais do que 200 mcg/dia. Falta de resposta a doses de 300 mcg sugere descumprimento do paciente ao regime terapêutico ou má absorção. O tratamento adequado geralmente resulta em normalização dos níveis de TSH e T4 em 2 a 3 semanas, na vigência do esquema de manutenção. Reajustes de doses devem ser feitos nas primeiras 4 semanas de tratamento, após as devidas avaliações clínicas e laboratoriais. Supressão de TSH no câncer de tireóide, nódulos e bócio eutireóideo: hormônios tireoidianos exógenos podem fazer regredir as metástases de carcinomas foliculares e papilíferos da tireóide, sendo usados como tratamento adjuvante após a cirurgia ou iodo radioativo. O carcinoma medular de tireóide geralmente não responde a essa terapia. O TSH deve ser suprimido até atingir níveis muito baixos ou não detectáveis, situação que requer quantidade de hormônio tireoidiano maior que a usada no tratamento de reposição. Este e também o esquema empregado no tratamento de nodulo atóxico único, bócio multinodular e prevenção do aumento da tireóide na tireoidite crônica (de Hashimoto). Tratamento da supressão da tireóide: a administração de hormônios tireoidianos em doses maiores do que as produzidas fisiologicamente pela glândula resulta em supressão da produção do hormônio endógeno. Esta é a base para o teste de supressão tireoidiana que é usada como auxiliar no diagnóstico de pacientes com sinais de hipertireoidismo leve, nos quais os testes laboratoriais basais parecem normais. Este teste também e utilizado para demonstrar autonomia da glândula tireóide em pacientes com oftalmopatia de Graves. A captação de I131 é determinada antes e após a administração do hormônio exógeno. A supressão da captação em 50% ou mais indica que o eixo hipofisário-tireoidiano está normal, excluindo o diagnóstico de glândula tireóide autônoma. Para adultos a dose supressiva diária de T4 e de 2,6 mcg/kg durante 7 a 10 dias. Essa dose geralmente é suficiente para obter normalização dos níveis séricos de T3 e T4 e falta de resposta à ação do TSH. A levotiroxina sódica deve ser empregada com cautela em pacientes com suspeita de glândula tireóide autônoma, considerando que a ação dos hormônios exógenos pode somar-se aos hormônios de fonte endógena. Posologia pediátrica: em lactentes portadores de hipotireoidismo congênito, a posologia plena deve ser instituída tão logo o diagnóstico tenha se confirmado. Lactentes e crianças, incapazes de deglutir comprimidos intactos, podem recebê-los triturados e misturados à mamadeira ou com pequena quantidade de água. A suspensão deve ser administrada de imediato após o preparo, com colher ou conta-gotas, não devendo ser guardada para administração posterior. O comprimido triturado também pode ser adicionado ao mingau ou papa. Posologia pediátrica recomendada para o tratamento do hipotireoidismo congênito (a ser ajustada de acordo com a resposta do paciente e testes laboratoriais): 0-6 meses: 25-50 mcg diários; dose diária/kg de peso corporal: 8-10 mcg. 6-12 meses: 50-75 mcg diários; dose diária/kg de peso corporal: 6-8 mcg. 1-5 anos: 75-100 mcg diários; dose diária/kg de peso corporal: 5-6 mcg. 6-12 anos: 100-150 mcg diários; dose diária/kg de peso corporal: 4-5 mcg. – Superdosagem: doses excessivas de hormônio da tireóide resultam num estado hipermetabólico semelhante, em todos os aspectos, ao hipertireoidismo de origem endógena. Essa condição pode ser auto-induzida. Se surgirem sinais ou sintomas de superdosagem, a posologia deve ser reduzida ou o tratamento deve ser temporariamente interrompido e posteriormente reintroduzido com posologia menor. Em indivíduos normais, a restauração da função do eixo hipotalâmico-hipofisário tireoidiano e alcançada em 6 a 8 semanas após a supressão da tireóide. O tratamento do hipertireoidismo agudo causado por superdosagem visa reduzir a absorção gastrintestinal da droga bem como contrabalançar os efeitos centrais e periféricos, principalmente os efeitos simpáticos aumentados. A indução do vômito pode ser feita, como medida inicial para impedir que a absorção gastrintestinal continue, evitando ocorrência de coma, convulsão ou perda do reflexo do vômito. O tratamento é sintomático e de suporte. Oxigênio pode ser administrado e a ventilação pode ser mantida. Se sobrevir um quadro de insuficiência cardíaca congestiva, glicosídeos cardíacos podem ser empregados. Devem ser instituídas medidas de controle da temperatura corporal, hipoglicemia e hipovolemia, quando necessário. Agentes antiadrenérgicos, como a propranolol, têm sido vantajosos no tratamento da atividade simpática exacerbada. Propranolol pode ser empregado intravenosamente, na dose de 1 a 3 mg durante 10 minutos ou oralmente, na dose de 80 a 160 mg/dia, especialmente nos casos em que não haja contra-indicação formal para seu uso. Outras medidas auxiliares incluem administração de colestiramina, visando impedir a absorção de tiroxina e de glicocorticóides, para inibir a conversão de T4 a T3.

Contra-Indicações de Tetroid

Preparados com hormônio tireoidiano são geralmente contra-indicados em pacientes com insuficiência supra-renal diagnosticada e não corrigida. Tireotoxicose não tratada e aparente hipersensibilidade aos seus constituintes ativos ou excipientes. Entretanto, não há na literatura médica, evidências documentadas de reações alérgicas ou idiossincrásicas ao hormônio da tireóide. – Advertências: hormônios tireoidianos ativos têm sido empregados, isoladamente ou em associação com outros agentes, no tratamento da obesidade. No paciente eutireóideo, doses compatíveis com níveis diários normais são ineficazes para a redução de peso. Doses maiores podem produzir manifestações tóxicas sérias, inclusive com risco de vida, principalmente quando associadas com aminas simpatomiméticas, usadas como anorexígenos. Não se justifica o uso no tratamento da infertilidade masculina ou feminina, a menos que está seja causada pelo hipotireoidismo.

Precauções

Gerais: os hormônios da tireóide devem ser usados com cautela quando a integridade do sistema cardiovascular e, particularmente das artérias coronárias, estiver ameaçada, como em portadores de angina pectoris e pacientes idosos, que tem maior probabilidade de apresentar doença cardíaca oculta. Nesses pacientes, o tratamento deve ser iniciado com doses baixas, I.E. 25-50 mcg de T4. Se nesses pacientes a normalização do seu estado só puder ser obtida as custas do agravamento do quadro cardiovascular, as doses de hormônio tireoidiano devem ser reduzidas. O tratamento hormonal tireoidiano, em portadores de diabete melito ou insípido, bem como de insuficiência da supra-renal, pode agravar a intensidade dos seus sintomas. São necessários reajustes de dose em ambas as patologias endócrinas. O tratamento do coma mixedematoso pode necessitar de administração simultânea de glicocorticóides. O hipotireoidismo diminui e o hipertireoidismo aumenta a sensibilidade aos anticoagulantes orais. O tempo de protrombina deve ser cuidadosamente vigiado nos pacientes em tratamento tireoidiano em uso de anticoagulantes orais, cujas doses devem ser ajustadas com base nos níveis de protrombina testados com repetida frequência. Doses hormonais excessivas podem induzir craniossinostose em lactentes. Embora a incidência global de sensibilidade ao corante FDC 7 amarelo nº 5 seja baixa na população geral, observa-se com frequência em pacientes alérgicos a aspirina. – Interações medicamentosas: anticoagulantes orais: os hormônios tireoidianos parecem aumentar o catabolismo dos fatores de coagulação vitamina K-dependentes. O uso concomitante de anticoagulantes orais prejudica os aumentos compensatórios da síntese de fatores de coagulação. Pacientes com doses de anticoagulantes orais estabilizadas devem ser cuidadosamente acompanhados quando o tratamento com hormônios tireoidianos e instituído. O paciente comprovadamente hipotireóideo, provavelmente necessitará de redução da dose do anticoagulante. Aparentemente nenhuma precaução especial é necessária no paciente em tratamento de reposição tireoidiana de manutenção estabilizado, quando o tratamento anticoagulante é iniciado. Insulina e hipoglicemiantes orais: no início do tratamento hormonal tireoidiano, as doses de insulina ou hipoglicemiantes orais necessárias podem ser maiores. Os efeitos observados ainda são mal compreendidos e dependem de vários fatores, como dose e tipo de compostos tireoidianos, bem como do estado endócrino do paciente. Pacientes utilizando insulina ou hipoglicemiantes orais devem ser cuidadosamente acompanhados durante o início da reposição tireoidiana. Colestiramina: as resinas de troca iônica quelam tanto o T3 como T4, prejudicando sua absorção. Estudos in vitro indicam que a ligação não é facilmente revertida. Portanto, deve ser observado um intervalo de 4 a 5 horas entre a administração da colestiramina e hormônios da tireóide, quando for o caso. Estrógenos e contraceptivos orais: os estrógenos tendem a aumentar os níveis da TBG plasmática. Nos pacientes com glândula tireóide não funcionante que estão recebendo reposição tireoidiana, a fração livre de T4 pode estar reduzida com tratamento estrogênico. Portanto, doses de hormônio tireoidiano devem ser reavaliadas com o uso concomitante desses fármacos. Carcinogênese, mutagênese e prejuízo da fertilidade: não foram confirmados os relatos associando o tratamento prolongado de reposição tireoidiana à neoplasia maligna de mama. Assim sendo, os pacientes em tratamento de reposição tireoidiana na indicações estabelecidas não devem descontinuar a terapia. Não foram realizados estudos confirmatórios prolongados em animais para avaliar o potencial carcinogênico, mutagênico ou efeitos prejudiciais sobre a fertilidade tanto em machos com em fêmeas. Uso na gestação: os hormônios da tireóide não cruzam prontamente a barreira placentária. A experiência clínica até a presente data não registrou efeitos adversos em fetos de gestantes tratadas com hormônios da tireóide. Baseados nos dados atuais, a terapia de substituição em mulheres com hipotireoidismo não deve ser descontinuada durante a gravidez. Uso na lactação: quantidades mínimas de hormônios da tireóide são excretadas no leite materno. A tireóide não está associada com reações adversas sérias e não possui potencial tumorogênico conhecido. Embora devam ser tomadas precauções ao administrar hormônios da tireóide a nutrizes, doses adequadas de levotiroxina geralmente são necessárias para manter a lactação normal. Uso pediátrico: mulheres grávidas fornecem pouco ou nenhum hormônio tireoidiano ao feto. A incidência de hipotireoidismo congênito é relativamente alta (1:4.000) e o feto hipotireóideo não se beneficiará com as pequenas quantidades de hormônio que cruzam a barreira placentária. Recomenda-se enfaticamente a determinação do T4 sérico e/ou TSH em neonatos, em vista dos efeitos deletérios da deficiência de hormônio da tireóide no crescimento e desenvolvimento da criança. O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico, e mantido por toda vida, a menos que se suspeite de um hipotireoidismo apenas transitório. Nesse caso, a terapia pode ser interrompida por 2 a 8 semanas após a idade de 3 anos para reavaliação. A cessação do tratamento é justificada nos pacientes que mantiveram um TSH normal durante estas 2 a 8 semanas.

Apresentação

Comprimidos de 25 mcg, 50 mcg e 100 mcg e 150 mcg em blister de 100.

Composição

Cada comprimido contém: tiroxina sódica 50 mcg;tiroxina sódica 100 mcg.

Laboratório

Aché Labs. Farms. S.A.

Remédios da mesma Classe Terapêutica

Humatrope, Puran T4, Tapazol

Remédios que contém o mesmo Princípio Ativo

Puran T4

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