Princípios ativos: dalfopristina, quinupristinaSynercid

Laboratório

Sanofi

Apresentação de Synercid

Pó liófilo: cx. c/ 10, 25 e 30 fr.-ampola. Cada fr.-ampola contém: Quinupristina 150 mg; Dalfopristina 350 mg; Excipientes q.s.p. 1 fr.-ampola.

Synercid – Indicações

Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é indicado para o tratamento de infecções causadas por microorganismos Gram-positivos sensíveis (ver item Microbiologia), quando a terapia intravenosa é apropriada. A eficácia de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) tem sido demonstrada principalmente no tratamento de infecções cutâneas e de anexos e pneumonia nosocomial complicadas. Documentou-se que Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é eficaz em infecções causadas por Enterococcus faecium e Staphylococcus aureus vancomicina-resistentes (incluindo cepas meticilina-resistentes e meticilina-sensíveis) em pacientes com intolerância ou fracasso a outros tratamentos, incluindo casos com bacteremia concomitante. Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) pode ser associado a antimicrobianos para Gram-negativos em infecções mistas, em caso de suspeita ou confirmação destes patógenos. Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) pode ser utilizado no tratamento das infecções descritas acima em pacientes intolerantes ou alérgicos a ?-lactâmicos, quinolonas ou glicopeptídeos.

Contra-indicações de Synercid

Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à quinupristina, dalfopristina, aos demais componentes do produto ou a outras estreptograminas (como pristinamicina ou virginiamicina). Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é contra-indicado para pacientes com insuficiência hepática severa (ver itens POSOLOGIA E MODO DE USAR, PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS). Deve-se evitar a administração concomitante de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) com derivados de alcalóides do ergot (ex. ergotamina, diidroergotamina) e com medicamentos que são metabolizados pelo sistema enzimático do citocromo P450 3A4 e que podem prolongar o intervalo QTc (ex. terfenadina, astemizol, cisaprida, disopiramida, quinidina e lidocaína). Deve-se evitar a administração concomitante de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) com qualquer medicamento metabolizado pela CYP 3A4 onde a amplitude terapêutica é limitada, a não ser que seja possível o doseamento dos níveis do fármaco e/ ou monitorização clínica rigorosa. A administração de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) por qualquer outro método que não infusão lenta é contra-indicada.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Synercid

A segurança da administração de Synercid (quinupristina/dalfopristina) foi avaliada em 1.099 pacientes incluídos em 5 estudos clínicos comparativos (2 de infecções cutâneas e de anexos graves, 1 de pneumonia nosocomial e 2 de pneumonia comunitária). Adicionalmente, foram realizados 4 estudos clínicos não-comparativos em 1.199 pacientes, que receberam Synercid (quinupristina/dalfopristina) para infecções causadas por patógenos Gram-positivos, nas quais nenhuma outra opção de tratamento foi apropriada. Nesta população, os pacientes estavam severamente doentes, com múltiplas doenças de base, alterações fisiológicas e intolerância a outros tratamentos antibacterianos. Nos estudos clínicos comparativos, a taxa de interrupção do tratamento devido a reações adversas possível ou provavelmente relacionadas foi de 6,1% para reações sistêmicas e 10,7% para reações locais, respectivamente. Para reações adversas sistêmicas, a maioria dos pacientes interrompeu o tratamento devido a exantema (1%), náusea (0,8%), vômito (0,5%), prurido (0,5%) e dor (0,5%). As reações adversas possível ou provavelmente relacionadas à administração de Synercid (quinupristina/dalfopristina) estão descritas a seguir: As reações adversas adicionais possível ou provavelmente relacionadas a Synercid (quinupristina/dalfopristina) com incidência < 1% e > 0,1%, estão descritas a seguir: Gerais: Dor abdominal, exacerbação das reações acima, reação alérgica, celulite, dor torácica, febre, infecção. Cardiovasculares: Palpitação, flebite. Digestivas: Constipação, dispepsia, candidíase oral, pancreatite, enterocolite pseudomembranosa, estomatite. Metabólicas: Gota, edema periférico. Musculoesqueléticas: Artralgia, mialgia, miastenia. Nervosas: Ansiedade, confusão, vertigem, hipertonia, insônia, cãibras nas pernas, parestesia, vasodilatação. Respiratórias: Dispnéia, derrame pleural, pneumonia. Pele e apêndices: Exantema maculopapular, sudorese, urticária. Urogenitais: Hematúria, infecção do trato urinário, vaginite. Nos estudos não-comparativos, a taxa de interrupção de tratamento devido às reações adversas locais e sistêmicas foi de 5,4% e 0,7%, respectivamente. A maioria dos pacientes interrompeu o tratamento devido à artralgia (2,3%) e mialgia (1,8%). Relatou-se as seguintes reações sistêmicas: artralgia (9,5%), mialgia (7,3%) e astenia (1,1%). As reações adversas relatadas com incidência < 1%, porém > que 0,1% incluíram hiponatremia, anorexia, hipotensão, lombalgia, aumento da concentração de ciclosporina, taquicardia, icterícia, hepatite e faringite. Não foram relatados casos de ototoxicidade ou exantema generalizado nos estudos clínicos com Synercid (quinupristina/dalfopristina). O perfil clínico de Synercid (quinupristina/dalfopristina) sugere ausência de efeito nefrotóxico. Relatou-se óbito como possivelmente relacionado a Synercid (quinupristina/dalfopristina) em 0,3% dos pacientes nestes estudos clínicos. Alterações laboratoriais: Nos estudos clínicos comparativos relatou-se aumento na bilirrubina total e conjugada maior que 5 vezes o limite superior da normalidade em 0,9% e 3,1% dos pacientes, respectivamente. Outras alterações nos exames laboratoriais relatadas como clinicamente significantes, independente da relação à administração de Synercid (quinupristina/dalfopristina), estão relacionadas a seguir: Relatou-se 1 caso de trombocitopenia severa. Em estudos clínicos não-comparativos, a taxa de interrupção do tratamento devido às alterações laboratoriais possível ou provavelmente relacionadas a Synercid (quinupristina/dalfopristina) foi de 2%. A maioria dos pacientes interrompeu o tratamento devido às anormalidades nos testes da função hepática. Relatou-se também, com incidência maior que 1%, leucopenia, diminuição de dióxido de carbono e bicarbonato. Relatou-se 1 caso de pancitopenia.

Synercid – Posologia

A dose recomendada de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é de 7,5 mg/kg de peso a cada 8 horas, administrada através de catéter venoso central em solução de glicose 5% durante um período de 60 minutos. É muito importante que se tenha atenção na leitura das instruções para diluição antes do uso (ver item INSTRUÇÕES DE USO/ MANUSEIO). A segurança e eficácia de uma infusão intravenosa com duração menor do que 60 minutos não foram avaliadas nos estudos clínicos, portanto períodos mais curtos de administração não devem ser utilizados. Após o término da infusão, a veia deve ser lavada com solução de glicose a 5% para minimizar a irritação venosa. Deve-se evitar a lavagem imediata com solução salina ou heparina após a administração de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina). Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) é incompatível com soluções salinas (ver sub item Incompatibilidades). A administração de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) através da veia periférica está associada a reações adversas locais, como tromboflebite. Portanto, Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) deve ser administrado através de catéter venoso central. Contudo, em caso de emergência, a primeira dose Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) pode ser iniciada através de infusão intravenosa periférica até que o catéter central esteja introduzido. Esquema posológico recomendado INDICAÇÃO DOSE (mg/kg) Frequência Duração média Infecções cutâneas e de anexos complicadas 7,5 a cada 8 horas 7 dias Pneumonia nosocomial* 7,5 a cada 8 horas 10 dias Infecções causadas por Enterococcus faecium vancomicina resistentes 7,5 a cada 8 horas ** Infecções causadas por Staphylococcus aureus (incluindo cepas meticilina-sensíveis e meticilina-resistentes) 7,5 a cada 8 horas ** * a experiência com Synercid em pacientes com pneumonia nosocomial de acordo com a indicação restrita é limitada. Portanto, recomenda-se cautela com o uso de Synercid em tais pacientes juntamente com todas as considerações necessárias para a terapia combinada com outros agentes antibacterianos eficazes, especialmente em infecções polimicrobianas. ** a duração do tratamento depende do local da infecção Populações especiais Idosos: não é necessário realizar ajuste posológico de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) em idosos (ver item FARMACOCINÉTICA). Insuficiência renal: Não é necessário ajuste posológico de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) em pacientes com insuficiência renal e pacientes sob diálise peritoneal. Não existem estudos com Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) em pacientes sob hemodiálise. Insuficiência hepática: Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência hepática leve (escore Child-Pugh A). Em pacientes com insuficiência hepática moderada (escore Child-Pugh B) baseado nos dados de farmacocinética, uma redução da dose para 5 mg/kg deve ser considerada, porém a experiência clínica nesta dose é limitada. Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática severa (ver item PRECAUÇÕES). Pacientes obesos: não é necessário realizar ajuste posológico de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) em pacientes obesos (ver item FARMACOCINÉTICA). Pacientes pediátricos: embora pacientes pediátricos tenham recebido tratamento com Synercid (Quinupristina / Dalfopristina), a segurança e eficácia do seu uso não foram estabelecidas em pacientes menores de 18 anos. Não existem portanto dados suficientes para a recomendação da dose a ser utilizada.

Synercid – Informações

A quinupristina e a dalfopristina, componentes estreptogramínicos de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina), possuem atividade bacteriostática individual contra bactérias Gram-positivas in vitro. Os dois componentes apresentam-se numa proporção de 30% de quinupristina e 70% de dalfopristina. Estes dois componentes agem sinergicamente. Este sinergismo proporciona atividade bactericida contra staphylococci e streptococci sensíveis a macrolídeo. Além disso, demonstrou-se sinergismo complementar in vitro dos metabólitos principais com o componente original. É complexo o modo pelo qual os componentes estreptogramínicos A (dalfopristina) e B (quinupristina) interagem no ribossomo bacteriano para realizar a inibição da síntese protéica bacteriana. A ligação dos componentes A ao ribossomo é seguida pela ligação independente de moléculas B. Ocorre alteração configuracional ribossômica estável e a síntese protéica é interrompida. Não existe resistência cruzada entre Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) e ?-lactâmicos, aminoglicosídeos, glicopeptídeos, quinolonas ou tetraciclinas, conforme determinado pela CIM. Alguns estudos in vitro indicaram que a atividade de Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) contra S. aureus que são estabelecidamente resistentes aos macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas do tipo B (resistência MLSB-C) é reduzida, em comparação à atividade contra cepas que não apresentam este mecanismo de resistência. Contra as cepas MLSB-C, Synercid (Quinupristina / Dalfopristina) demonstra nenhuma atividade bactericida e um moderado efeito pós-antibiótico. Entre MSSA (Staphylococcus aureus meticilina-sensível), a taxa de cepas com resistência MLSb-C é de aproximadamente 5 – 20% nos Estados Unidos.

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