Princípio ativo: cloridrato de nefazodona
Serzone
Classe terapêutica dos Antidepressivos
Princípio ativo Cloridrato de Nefazodona.
Indicações de Serzone
Tratamento da depressão, incluindo depressão acompanhada por ansiedade ou distúrbios do sono.
Efeitos Colaterais de Serzone
Os efeitos adversos mais comumente observados que ocorreram com uma incidência significativamente maior nos pacientes tratados com nefazodona que nos pacientes tratados com placebo foram: boca seca, náusea, sonolência, tonturas, constipação, astenia, sensação de cabeça vazia e visão turva. Organismo como um todo: astenia, calafrio, febre; sistema cardiovascular: hipotensão postural; sistema digestivo: náusea, boca seca, constipação; sistema musculoesquelético: artralgia; sistema nervoso: sonolência, tonturas, sensação de cabeça vazia, parestesia, vasodilatação, confusão, sonhos anormais, memória prejudicada, incoordenação, hiperestesia, ataxia; órgãos dos sentidos: visão turva, distúrbios oculares. Nos estudos clínicos controlados com placebo, a nefazodona não foi associada ao desenvolvimento de alterações eletrocardiográficas clinicamente importantes. No entanto, foi obsevada bradicardia sinusal (< 50 bpm e uma diminuição > 15 bpm) em alguns pacientes. Adaptação às experiências adversas comuns: durante um período de 6 semanas houve evidências de adaptação progressiva com a continuação do tratamento em relação às seguintes experiências adversas: astenia, visão turva, constipação, tonturas, boca seca, sensação de cabeça vazia, náusea e sonolência. – Abuso da droga e dependência: dependência física e psicológica: a nefazodona não demonstrou potencial para abuso de droga no estudo controlado sobre esta possibilidade no homem. Nefazodona não foi sistematicamente estudada no homem com relação ao seu potencial de tolerância, dependência física ou sintomas resultantes de abstinência. No entanto, os médicos devem avaliar os pacientes cuidadosamente com relação à história de abuso de droga e fazer acompanhamento rigoroso de tais pacientes observando-os para sinais de mau uso ou abuso.
Como Usar (Posologia)
A dose inicial recomendada de Serzone é de 200 mg/dia (100 mg, 2 vezes ao dia). Nos estudos clínicos controlados, a faixa de dose eficaz foi de 300 a 600 mg/dia, administradas em 2 doses ao dia, conseqüentemente, a maioria dos pacientes, dependendo da tolerabilidade e da necessidade de um efeito clínico mais acentuado, deve ter sua dose aumentada em 100 mg/dia (50 mg, 2 vezes ao dia) a 200 mg/dia (100 mg, 2 vezes ao dia) com intervalos de aproximadamente 1 semana. Como observado com todos os antidepressivos, podem ser necessárias várias semanas de tratamento para obter-se o efeito terapêutico completo. Pacientes idosos e debilitados: a dose inicial recomendada para pacientes idosos ou debilitados é 100 mg/dia (50 mg, 2 vezes ao dia). Estes pacientes tiveram, com freqüência, redução do clearance de nefazodona e aumento da sensibilidade para efeitos adversos de drogas de ação no SNC. Pode ser apropriado modificar o índice de titulação da dose seguinte e da dose final a ser atingida baseado em uma cuidadosa avaliação da resposta clínica do paciente. Como os níveis plasmáticos estáveis não são modificados com a idade, a dose média final neste grupo de pacientes, baseada em uma avaliação cuidadosa da resposta clínica obtida, pode ser similar àquela de jovens sadios. Pacientes transferidos de ou para terapia com inibidores da monoaminoxidase (IMAO): devem decorrer pelo menos 14 dias entre a descontinuação de um IMAO e o início da terapia com nefazodona. Por outro lado, pelo menos 7 dias devem decorrer após interrupção da nefazodona e antes do início de um IMAO. Disfunção renal: não foi observada uma relação significativa entre a farmacocinética e o grau de comprometimento renal. No entanto, com a administração crônica pode ocorrer acúmulo adicional de nefazodona ou de seus metabólitos em pacientes com função renal severamente comprometida e recomenda-se o uso da faixa de dose no seu nível mais baixo. Terapia em longo prazo: avaliações sistemáticas da eficácia da nefazodona nos estudos clínicos controlados com placebo demonstraram que o benefício terapêutico mantém-se durante o tratamento contínuo por períodos de até 1 ano. A resposta observada durante um curso inicial do tratamento pode ser mantida de forma segura com a mesma dose. Superdosagem: os sintomas mais comumente reportados com superdosagens de nefazodona incluíram: náusea, vômitos e sonolência. No entanto, a superdosagem pode causar um aumento na incidência ou severidade de qualquer dos efeitos adversos reportados. Não há um antídoto específico para Serzone. O tratamento deve ser sintomático e de suporte. Qualquer paciente suspeito de ter tomado uma superdose devem ter o estômago esvaziado por lavagem gástrica. No tratamento da superdosagem, deve ser considerada a possibilidade de envolvimento de múltiplas drogas.
Contra-Indicações de Serzone
Pacientes com hipersensibilidade conhecida à nefazodona, outros antidepressivos fenilpiperazínicos, ou a qualquer ingrediente inativo do produto.
Precauções
Baseado na experiência com todos os antidepressivos, incluindo nefazodona, as seguintes precauções devem ser observadas: potencial de interação com inibidores da monoaminoxidase: ocorreram relatos de graves reações, às vezes fatais, em pacientes recebendo antidepressivos com propriedades farmacológicas similares, porém não idênticas à nefazodona (p. ex., inibidores seletivos da recaptação de serotonina) em associação com inibidores da monoaminoxidase (IMAO). Estas reações também têm sido relatadas em pacientes que descontinuaram recentemente estas drogas e iniciaram terapia com IMAO. Uma vez que a nefazodona é um inibidor da recaptação de serotonina, recomenda-se que a nefazodona não seja usada associada a um IMAO, ou dentro de um período de 14 dias após a descontinuação do tratamento com o IMAO. Deve-se deixar um período de pelo menos 1 semana após a descontinuação da nefazodona para iniciar-se o tratamento com um IMAO. Potencial de interação com terfenadina, astemizola e cisaprida: o uso concomitante de terfenadina, astemizola ou cisaprida com nefazodona deve ser evitado. A nefazodona demonstrou in vitro ser um inibidor do citocromo P450 IIIa. A terfenadina, astemizola e cisaprida são todos metabolizados pelo citocromo IIIa e demonstrou-se que cetoconazol, eritromicina e outros inibidores de IIIa podem bloquear o metabolismo destas drogas resultando no aumento da concentração plasmática das mesmas. Concentrações plasmáticas aumentadas de terfenadina, astemizola e cisaprida estão associadas com o prolongamento do intervalo QT e com casos raros de eventos adversos cardiovasculares graves, incluindo morte, devido principalmente à taquicardia ventricular do tipo torsade de pointes. Hipotensão postural: tem ocorrido hipotensão postural associado com o uso de nefazodona. As taxas dos eventos adversos caracterizados como hipotensão postural nos estudos clínicos com nefazodona foram os seguintes: nefazodona, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e placebo; portanto, a nefazodona deve ser usada com cautela em pacientes com doenças cardiovascular ou cerebrovascular conhecidas, que possam ser exacerbadas pela hipotensão (história de infarto do miocárdio, angina e isquemia) e condições que predisponham os pacientes à hipotensão (desidratação, hipovolemia e tratamento com medicação anti-hipertensiva). História de mania/hipomania: como com outros agentes antidepressivos, a ativação de mania/hipomania é um risco conhecido em uma pequena proporção de pacientes com distúrbio afetivo maior tratados com antidepressivos, tendo ocorrido também durante os estudos clínicos com nefazodona. A nefazodona deve ser usada com cautela em pacientes com história de mania. Suicídio: a possibilidade de uma tentativa de suicídio em pacientes com depressão severa é inerente à doença e pode persistir mesmo durante uma melhora aparente dos sintomas. Uma supervisão cuidadosa dos pacientes de alto risco deve acompanhar a terapia inicial com a droga. As prescrições de Serzone devem ser realizadas com a menor quantidade de comprimidos de maneira a reduzir o risco de superdosagem. Convulsões: como com outros antidepressivos, a nefazodona deve ser usada com cautela em pacientes com história de convulsões. Durante os estudos de pré-comercialização, não foram observados convulsões do tipo grande mal ou focal. Priapismo: embora o priapismo não tenha ocorrido com nefazodona durante as experiências de pré-comercialização, esta reação adversa foi reportada com uma droga estruturalmente relacionada à nefazodona, a trazodona. Caso apresentem ereções prolongadas ou inapropriadas, os pacientes devem descontinuar a terapia imediatamente e consultar seu médico. Terapia eletroconvulsiva (TEC): não houve estudos clínicos envolvendo o uso combinado de terapia eletroconvulsiva e nefazodona. Uso em pacientes com doenças concomitantes: recomenda-se cautela quando do uso de nefazodona em pacientes com doenças ou condições, tais como, disfunção hepática ou renal que possam afetar o metabolismo e eliminação da droga. Os valores de AUC da nefazodona e hidroxinefazodona em pacientes com cirrose do fígado são aumentadas em aproximadamente 25%. Pode ocorrer um acúmulo adicional de nefazodona e de seus metabólitos em pacientes com função renal severamente comprometida quando da administração crônica, recomendando-se o uso de uma dose mais baixa ou menos freqüente. Não foi observada nenhuma relação específica entre os parâmetros farmacocinéticos e o grau de comprometimento renal. Pacientes com história recente de infarto do miocárdio ou doença cardíaca instável foram excluídos dos estudos clínicos. A avaliação dos eletrocardiogramas (ECG) dos pacientes que receberam nefazodona em estudos controlados com placebo não indicaram que a nefazodona esteja associada com o desenvolvimento de anormalidades eletrocardiográficas clinicamente importantes. Pacientes com uma história recente de infarto do miocárdio ou doença cardíaca instável devem ser tratados com cautela. Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas: qualquer droga psicoativa pode comprometer o julgamento, o pensamento ou habilidades motoras e os pacientes devem ser advertidos com respeito à operação de maquinário complexo, incluindo automóveis, até estarem realmente certos de que a droga não os afeta adversamente quanto à capacidade de desempenhar tais atividades. – Interações medicamentosas: triazolobenzodiazepínicos: triazolam: o uso comcomitante de nefazodona e triazolam deve ser evitado, visto que o pico de concentração, a meia-vida e o AUC do triazolam em estado de equilíbrio aumentam 1,7, 3 e 4 vezes, respectivamente quando administrados concomitantemente com nefazodona. A co-administração de nefazodona potencializa os efeitos adversos do triazolam nos testes de desempenho psicomotor. As concentrações plasmáticas de nefazodona não são afetadas pelo triazolam. Alprazolam: recomenda-se a redução da dosagem de alprazolam, em caso de administração concomitante de nefazodona. Não é necessário nenhum ajuste de dosagem para a nefazodona. Quando a nefazodona e o alprazolam são administrados concomitantemente, os valores dos picos de concentração, AUC e de meia-vida para o alprazolam aumentam aproximadamente duas vezes em estado de equilíbrio. As concentrações plasmáticas da nefazodona não são afetadas pelo alprazolam. Lorazepam: não ocorre alteração de qualquer parâmetro farmacocinético para lorazepam e nefazodona quando ambos são administrados concomitantemente. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): ver advertências e precauções. Lítio: a administração concomitante de nefazodona e lítio não causa nenhuma interação adversa. Haloperidol: quando uma dose oral única de 5 mg de haloperidol foi administrada concomitantemente à nefazodona em estado de equilíbrio, o AUC do haloperidol aumentou 35%, sem aumento significativo na Cmáx e Tmáx. Não houve alterações nos parâmetros farmacocinéticos da nefazodona. Estas alterações não são consideradas clinicamente significativas e o ajuste de dose geralmente não é necessário para ambas as drogas. Fluoxetina: o pré-tratamento ou a co-administração de fluoxetina com nefazodona aumenta de forma significativa os valores de AUC do metabólito da nefazodona, o m-clorofenil piperazina (m-cpp) em aproximadamente 3 a 6 vezes. Pacientes que são removidos e transferidos imediatamente da fluoxetina para a nefazodona podem sofrer alguns eventos adversos transitórios (por exemplo, náusea, delírios, cefaléia). Estes eventos adversos podem ser minimizados, estabelecendo-se um período sem medicação antes do início da terapia com nefazodona e pela redução da dose inicial de nefazodona. Em vista da longa meia-vida da fluoxetina e seus metabólitos, este período sem medicação pode variar de uma a várias semanas, dependendo da dose de fluoxetina e outras variáveis individuais do paciente. A nefazodona não afeta a farmacocinética da fluoxetina ou norfluoxetina. Anti-hipertensivos: houve relatos de hipotensão postural em pacientes tratados com nefazodona. Administração concomitante de terapia anti-hipertensiva e nefazodona pode necessitar de uma redução na dose da droga anti-hipertensiva. Digoxina: devido ao restrito índice terapêutico da digoxina, deve-se usar de cautela quando da administração concomitante de nefazodona e digoxina; recomenda-se monitorar os níveis plasmáticos de digoxina. Propranolol: a cinética da nefazodona, hidroxinefazodona e triazoladiona não foram afetados pela co-administração de propranolol. Não há necessidade de alteração da dose inicial das drogas e os ajustes de dose devem ser realizados com base na resposta clínica. Álcool: é prudente evitar o uso concomitante de álcool e nefazodona. Anestésicos gerais: o potencial de interação entre a nefazodona e os anestésicos gerais é pouco conhecido; portanto, antes de optar pela cirurgia, a nefazodona deve ser descontinuada tão logo quanto clinicamente possível. Cimetidina: não foram observadas interações clínicas ou farmacocinéticas significativas entre a nefazodona e a cimetidina. Recomenda-se cautela no uso associado de nefazodona com qualquer droga conhecida por ser metabolizada pela isoenzima IIIa4 (p. ex., antagonistas dos canais de cálcio, ciclosporinas, claritromicina, eritromicina, cetoconazol, intraconazol, midazolam, vimblastina), em particular terfenadina, astemizola ou cisaprida. Geral: a nefazodona liga-se amplamente às proteínas plasmáticas no homem (> 99%). O efeito da nefazodona sobre as ligações às proteínas plasmáticas de drogas com potencial de serem co-administradas deve ser considerado. De modo inverso, efeitos adversos podem resultar do deslocamento da nefazodona por outras drogas com alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas. Outras drogas: durante os estudos de interação, não foram observadas interações farmacocinéticas ou farmacodinâmicas significativas quando a nefazodona foi co-administrada com teofilina e varfarina. Carcinogênese, mutagênese: não há evidências de carcinogenicidade, mutagenicidade ou efeitos genotóxicos com Serzone. Gravidez: não há estudos controlados com nefazodona na gravidez humana. Tendo em vista que os estudos de reprodução animal não são sempre predizentes da resposta humana, esta droga deve ser usada durante a gravidez somente se os benefícios potenciais superarem o risco potencial. Trabalho de parto: o efeito de Serzone no trabalho de parto não é conhecido. Uso na lactação: não é conhecido se a nefazodona e seus metabólitos são excretados no leite humano. No entanto, deve-se usar de cautela quando da administração de Serzone a uma mãe em lactação. Uso pediátrico: não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças abaixo de 18 anos. Uso geriátrico: nenhum fenômeno adverso clínico não usual relacionado à idade foi identificado na avaliação de segurança em mais de 500 indivíduos idosos (> 65 anos) tratados com nefazodona. Devido ao aumento da exposição sistêmica à nefazodona observadado em estudos de dose única em pacientes idosos, o tratamento com nefazodona deve ser iniciado com metade da dose usual, com titulação crescente de acordo com a necessidade para atingir a resposta terapêutica com tolerabilidade ideal. As precauções usuais devem ser observadas em pacientes idosos que tenham doenças ou que estejam recebendo drogas concomitantemente ao tratamento com Serzone.
Apresentação
Embalagens contendo 14 comprimidos.
Composição
Cada comprimido contém 100 mg ou 150 mg ou 250mg de cloridrato de nefazodona, respectivamente.
Laboratório
Bristol Myers Squibb S.A.
Remédios da mesma Classe Terapêutica
Arotin, Aurorix, Butal Sedin, Cebrilin, Cipramil