Princípio ativo: octreotidaSandostatin Lar

SANDOSTATIN LAR®

Octreotida

Forma farmacêutica e apresentações – SANDOSTATIN LAR

Suspensão de microesferas para injeção.  Embalagens contendo 1 frasco- ampola de 10, 20 ou 30 mg + 2 ampolas-diluentes + sistema de aplicação.

USO ADULTO

Composição – SANDOSTATIN LAR

Cada frasco- ampola contém 10, 20 ou 30 mg de octreotida (como peptídio livre).Excipientes: poli (DL- lactídeo-co-glicolídio), manitol estéril.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE – SANDOSTATIN LAR

Ação esperada do medicamento: SANDOSTATIN LAR (liberação prolongada) apresenta como substância ativa a octreotida, que é um derivado sintético da somatostatina e atua como um inibidor da liberação do hormônio de crescimento, do glucagon e da insulina.

Cuidados de armazenamento: O produto deve ser protegido da luz e conservado sob refrigeração (entre 2 e 8ºC). Deve ser conservado em temperatura ambiente apenas no dia da injeção. A suspensão deverá ser preparada imediatamente antes da injeção intramuscular.

Prazo de validade: O prazo de validade está impresso no cartucho. Não utilize o produto após a data de validade.

Gravidez e lactação: Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando.

Cuidados de administração: SANDOSTATIN LAR somente deve ser utilizado para injeção intramuscular na região glútea (veja “Instruções de Uso”). Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Interrupção do tratamento: Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Caso haja esquecimento da dose por alguns dias, alguns sintomas temporários poderão reaparecer.

Reações adversas: SANDOSTATIN LAR pode causar algumas reações adversas como náusea, vômito, diarréia, dor de estômago, flatulência, sensação de saciedade no estômago e perda de apetite. Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Contra- indicações e precauções: Pacientes que apresentarem reações alérgicas à octreotida ou a qualquer componente da formulação não deverão tomar SANDOSTATIN LAR. Pacientes tratados com SANDOSTATIN LAR devem ser controlados, pois pode ocorrer uma expansão dos tumores secretores de hormônio de crescimento. Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.

NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA  SUA SAÚDE.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS – SANDOSTATIN LAR

Farmacodinâmica – SANDOSTATIN LAR

A octreotida é um derivado octapeptídio sintético da somatostatina de ocorrência natural com efeitos farmacológicos similares, mas com duração de ação consideravelmente prolongada. Inibe a secreção patologicamente aumentada do hormônio de crescimento (GH) e dos peptídios e serotonina produzidos dentro do sistema endócrino gastroenteropancreático (GEP).

Em animais, a octreotida é um inibidor mais potente do que a somatostatina na liberação do hormônio de crescimento, do glucagon e da insulina, com maior seletividade para a supressão de GH e glucagon.

Em indivíduos sadios, a octreotida inibe:•    a liberação do hormônio de crescimento (GH) estimulada pela arginina, exercício e hipoglicemia induzida pela insulina.
•    a liberação pós- prandial de insulina, glucagon, gastrina, outros peptídios do sistema GEP e a liberação de insulina e glucagon estimulada pela arginina.
•    a liberação do hormônio de estimulação da tireóide (TSH) estimulada pelo hormônio de liberação da tirotrofina (TRH).

Ao contrário da somatostina, a octreotida inibe o GH preferencialmente à insulina e a administração de octreotida não é seguida por uma reação de hipersecreção de hormônios (isto é, GH em pacientes com acromegalia).    

Em pacientes acromegálicos, SANDOSTATIN LAR, uma formulação galênica adequada de octreotida para administração repetida em intervalos de 4 semanas, permite a liberação de concentrações séricas significativas e terapêuticas de octreotida. Assim, ocorre redução clinicamente relevante do GH e pode ser alcançada normalização do Fator de Crescimento 1 semelhante à insulina (IGF1) em quase todos os pacientes. Na maioria dos pacientes, SANDOSTATIN LAR reduz acentuadamente os sintomas clínicos da doença tais como cefaléia, transpiração, fadiga, osteoartralgia, parestesia e síndrome do túnel do carpo. Em pacientes com grande adenoma pituitário, o tratamento com SANDOSTATIN LAR pode resultar em alguma diminuição da massa tumoral.

Em pacientes com tumores do sistema endócrino gastroenteropancreático, SANDOSTATIN LAR permite um controle contínuo dos sintomas relacionados à doença subjacente.

Os efeitos da octreotida nos diferentes tipos de tumores gastroenteropancreáticos são os seguintes:

Tumores carcinóides – A administração de octreotida pode resultar em melhora dos sintomas, particularmente rubor e diarréia. Em muitos casos, isto se acompanha de uma queda na serotonina plasmática e excreção urinária reduzida do ácido 5-hidroxiindol acético.

VIPomas – A característica bioquímica desses tumores é a superprodução de peptídio intestinal vasoativo (VIP).  Na maioria dos casos, a administração de octreotida resulta em alívio da diarréia secretória grave típica da afecção, com consequente melhora na qualidade de vida.  Isto se acompanha de uma melhora nas anormalidades eletrolíticas associadas, p.ex. hipocalemia, permitindo que os líquidos parenteral e enteral e a suplementação eletrolítica sejam retirados. Em alguns pacientes, a cintilografia por tomografia computadorizada sugere um retardamento ou contenção da progressão do tumor ou mesmo sua diminuição, particularmente nas metástases hepáticas.  A melhora clínica é, em geral, acompanhada por redução nos níveis plasmáticos de VIP, que podem reduzir-se a níveis dentro da faixa normal de referência.

Glucagonomas- A administração de octreotida resulta, na maioria dos casos, em melhora substancial do exantema migratório necrolítico, característico da afecção.  O efeito de octreotida sobre o estado de diabetes mellitus leve que frequentemente ocorre não é acentuado e, em geral, não resulta em redução das necessidades de insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. A octreotida produz melhora da diarréia e, portanto, ganho de peso nos pacientes afetados. Embora a administração de octreotida, com frequência, leve a uma redução imediata nos níveis plasmáticos de glucagon, este decréscimo geralmente não é mantido durante período prolongado de administração, apesar da melhora sintomática continuada.

Gastrinomas/síndrome de Zollinger- Ellison- Embora a terapia com agentes bloqueadores do receptor-H2 seletivo e antiácidos controle a ulceração péptica recorrente que resulta da hipersecreção de ácido gástrico  estimulada pela gastrina, tal controle pode ser incompleto. A diarréia pode também constituir sintoma proeminente não aliviado por esta terapia. A octreotida isolada ou em associação a antagonistas do receptor-H2 pode reduzir a hipersecreção de ácido gástrico e melhorar os sintomas, inclusive diarréia. Outros sintomas possivelmente causados por produção de peptídio pelo tumor, p.ex., rubor, podem também ser aliviados. Os níveis plasmáticos de gastrina diminuem em alguns pacientes.

Insulinomas – A administração de octreotida produz queda na insulina imunorreativa circulante. Em pacientes com tumores operáveis, a octreotida pode ajudar a restaurar e manter a normoglicemia no pré-operatório. Em pacientes com tumores malígnos ou benignos inoperáveis, o controle glicêmico pode ser melhorado sem redução mantida concomitante nos níveis circulantes de insulina.
GRFomas- Estes raros tumores são caracterizados pela produção de fator de liberação do hormônio de crescimento (GRF), isoladamente ou juntamente com outros peptídios ativos. A octreotida produz melhora nas características e nos sintomas da acromegalia resultante. Isto provavelmente se deve à inibição da secreção do hormônio de crescimento e do GRF, podendo ser seguido por uma redução no aumento pituitário.

Farmacocinética – SANDOSTATIN LAR

Após a administração de uma única dose por injeção intramuscular de SANDOSTATIN LAR, a concentração sérica de octreotida atinge um pico rápido e transitório dentro de 1 hora após a administração, seguido por decréscimo progressivo até um nível indetectável de octreotida dentro de 24 horas. Após o pico no primeiro dia, a octreotida permanece em níveis sub- terapêuticos por um período de 7 dias, na maioria dos pacientes. Em seguida, as concentrações de octreotida aumentam novamente, atingem um platô, ao redor do 14º dia e permanecem relativamente constantes durante 3 a 4 semanas seguintes. O nível máximo durante o 1º dia é menor que os níveis alcançados durante a fase de platô e não mais que 0,5% do total da droga é liberado durante o 1º dia. Após 42 dias, aproximadamente, a concentração de octreotida diminui lentamente, concomitantemente à fase terminal de degradação da matriz polimérica da formulação.

Em pacientes com acromegalia, as concentrações médias de octreotida no platô após a administração de doses únicas de 10 mg, 20 mg e 30 mg de SANDOSTATIN LAR correspondem a 358 ng/L, 926 ng/L e 1710 ng/L, respectivamente. As concentrações séricas de octreotida no estado de equilíbrio, obtidas após 3 injeções em intervalos de 4 semanas, são maiores por um fator de aproximadamente 1,6 a 1,8 e corresponde a 1557 ng/L e a 2384 ng/L após injeções múltiplas de 20 mg e 30 mg de SANDOSTATIN LAR, respectivamente.

Em pacientes com tumores carcinóides, as concentrações séricas médias de octreotida no steady- state (estado de equilíbrio) após injeções múltiplas de 10 mg, 20 mg e 30 mg de SANDOSTATIN LAR administradas em intervalos de 4 semanas também aumentam linearmente com a dose e correspondem a 1231 (894) ng/L, 2620 (2270) ng/L e 3928 (3010) ng/L, respectivamente.

Não há acúmulo de octreotida além daquele esperado a partir dos perfis sobrepostos de liberação ocorridos após um período superior a 28 injeções mensais de SANDOSTATIN LAR.

O perfil farmacocinético da octreotida após injeção de SANDOSTATIN LAR, reflete o perfil de liberação da matriz polimérica e a sua biodegradação. Após a liberação no sistema circulatório, a octreotida é distribuída de acordo com suas propriedades farmacocinéticas, conforme a descrição para a administração subcutânea. O volume de distribuição no steady- state (estado de equilíbrio) é 0,27 L/kg e o clearance (depuração) total é 160 ml/min.  A ligação protéica no plasma totaliza 65%. A quantidade de SANDOSTATIN ligada às células sanguíneas é insignificante.

Dados de segurança pré-clínicos – SANDOSTATIN LAR

Toxicidade agudaNos estudos de toxicidade aguda da octreotida em camundongos foram obtidos valores de DL50 correspondentes a 72 mg/kg através da via intravenosa e de 470 mg/kg pela via subcutânea. O valor crítico de DL50 após injeção intravenosa em ratos foi determinado como sendo 18 mg/kg. O acetato de octreotida foi bem tolerado por cães que receberam doses acima de 1 mg/kg de peso corpóreo após injeção intravenosa em bolus.

Toxicidade em doses repetidas
Em um estudo de doses repetidas realizado em ratos através de injeção intramuscular de 2,5 mg de SANDOSTATIN LAR referentes a 50 mg de microesferas, administrada em intervalos de 4 semanas por um período de 21 semanas, não foram obtidos achados de necrópsia relacionados à droga após 26 semanas. Os únicos achados histopatológicos considerados significativos localizaram- se no próprio sítio da injeção em animais-controle e em animais que receberam a droga, nos quais as microesferas provocaram uma miosite granulomatosa reversível. Após uma única injeção intramuscular de SANDOSTATIN LAR em ratos e coelhos, ocorreu a biodegradação total das microesferas após 75 dias, em ambas as espécies.

Mutagenicidade
Na administração subcutânea de SANDOSTATIN ou de seus metabólitos, não foi observado potencial mutagênico após estudos realizados in vitro em sistemas celulares validados de bacterias e de mamíferos. Foram observadas frequências crescentes de alterações cromossômicas em células de hamsters chineses V79 in vitro, apesar de existirem apenas em concentrações altas e citotóxicas. Entretanto, não houve aumento das aberrações cromossômicas em linfócitos humanos incubados com acetato de octreotida in vitro. In vivo, não se observou atividade clastogênica na medula óssea de camundongos tratados com octreotida por via intravenosa (teste de micronúcleo) e não foi evidenciado nenhum sinal de genotoxicidade em camundongos machos através do ensaio de reparo de DNA nas cabeças de espermatozóides. As microesferas estiveram isentas de potencial mutagênico quando as mesmas foram submetidas a um teste validado utilizando bactérias in vitro.

Carcinogenicidade/toxicidade crônica
Observou- se desenvolvimento de fibrosarcomas no local da injeção em ratos submetidos a teste que consistia na administração subcutânea de SANDOSTATIN em doses diárias acima de 1,25 mg/kg de peso corpóreo. As doses foram administradas após 52, 104 e 113/116 semanas. Os tumores localizados ocorreram também nos ratos-controle, entretanto, seu desenvolvimento foi atribuído à fibroplasia desordenada produzida por estímulos irritantes constantes nos sítios de injeção, incrementada ainda pelos veículos, manitol e ácido lático. Essa reação tecidual não-específica parece ser atribuída apenas aos camundongos. As lesões neoplásicas não foram observadas nem em camundongos que recebiam injeções diárias de SANDOSTATIN por via subcutânea em doses acima de 2 mg/kg por 98 semanas, nem em cães tratados com doses diárias da droga por 52 semanas.

O estudo de carcinogenicidade de 116 semanas em ratos que receberam SANDOSTATIN por via subcutânea também demonstrou adenocarcinomas endometriais uterinos. Essa incidência somente alcança níveis estatísticos significantes em doses subcutâneas maiores que a dose diária de 1,25 mg/kg. O resultado foi associado à uma maior incidência de endometrite, à um decréscimo do número de corpos lúteos ovarianos, à uma redução nos adenomas mamários e à presença de uma dilatação luminal e glandular do útero, sugerindo um estado de desequilíbrio hormonal. As informações disponíveis indicam claramente que os resultados dos tumores mediados por hormônios endócrinos em ratos são específicos da espécie e, portanto, não são relevantes para o uso da droga em seres humanos.

Toxicidade na reprodução
A fertilidade, assim como os estudos pré, peri e pós- natal em ratas, não demonstraram efeitos adversos no desempenho sexual e no desenvolvimento da prole, após a administração de doses subcutâneas acima de 1 mg/kg de peso corpóreo por dia. Um certo retardamento no crescimento fisiológico em filhotes foi transitório e atribuído à inibição de GH ocorrida por uma excessiva atividade farmacodinâmica.  

Indicações – SANDOSTATIN LAR

Tratamento de pacientes com acromegalia:
•    que são adequadamente controlados através do tratamento com SANDOSTATIN por via subcutânea;
•    submetidos a cirurgia, radioterapia ou tratamento com agonistas dopaminérgicos, quando os mesmos forem inapropriados ou ineficazes ou durante o intervalo de tempo até a radioterapia tornar- se completamente efetiva (veja “Posologia”).

Tratamento de pacientes com sintomas associados a tumores endócrinos gastroenteropancreáticos, cujos sintomas são controlados adequadamente através do tratamento com SANDOSTATIN por via subcutânea:
•    tumores carcinóides com características da síndrome carcinóide.
•    VIPomas.
•    Glucagonomas.
•    Gastrinomas/síndrome de Zollinger- Ellison
•    Insulinomas, para controle pré- operatório de hipoglicemia e para terapia de manutenção.
•    GRFomas.

SANDOSTATIN LAR não constitui terapia antitumoral e não é curativa em tais pacientes.

Contra-indicações – SANDOSTATIN LAR

Hipersensibilidade à octreotida ou a qualquer um dos componentes da formulação.

Advertências – SANDOSTATIN LAR

Tendo em vista que tumores pituitários secretores de GH podem por vezes se expandir, causando complicações sérias (por ex., defeitos do campo visual), é essencial que todos os pacientes sejam cuidadosamente monitorados. Se surgir evidência de expansão do tumor, procedimentos alternativos podem ser aconselháveis.

Tem sido relatado desenvolvimento de cálculos biliares em 10% a 20% dos pacientes tratados a longo prazo com SANDOSTATIN por via subcutânea. A exposição a longo prazo de SANDOSTATIN LAR em pacientes com acromegalia ou tumores endócrinos gastroenteropancreáticos sugere  que o tratamento com SANDOSTATIN LAR não aumenta a incidência de formação de cálculos biliares, comparado ao tratamento por via subcutânea. Entretanto, recomenda- se exame ultrasonográfico da vesícula biliar antes e a intervalos de 6 meses durante a terapia com SANDOSTATIN LAR. Se de fato ocorrerem cálculos biliares, eles são geralmente assintomáticos. Cálculos sintomáticos devem ser tratados ou por terapia de dissolução com ácidos biliares ou cirurgicamente.

Em pacientes com diabetes mellitus, SANDOSTATIN LAR pode prejudicar a secreção de insulina. Portanto, recomenda- se a monitoração da tolerância à glicose  e um tratamento antidiabético.

Em pacientes com insulinomas, por sua potência relativa maior na inibição da secreção do hormônio de crescimento e glucagon em comparação com a insulina e pela duração mais curta de sua ação inibitória sobre a insulina, SANDOSTATIN LAR pode aumentar a intensidade e prolongar a duração da hipoglicemia. Esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados.

Gravidez e lactação – SANDOSTATIN LAR

A experiência com SANDOSTATIN LAR em mulheres grávidas ou que amamentam  não  se  encontra  disponível  e, portanto, elas devem receber a droga apenas sob circunstâncias estritamente necessárias.

Efeitos sobre a  habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas – SANDOSTATIN LAR


Não há informações relativas aos efeitos de SANDOSTATIN LAR sobre a habilidade de dirigir e/ou  operar máquinas.

Diretrizes para o controle dos pacientes que podem desenvolver cálculo biliar durante o tratamento com – SANDOSTATIN LAR

SANDOSTATIN LAR

1. Os pacientes devem ser submetidos a ultrasonografia da vesícula biliar antes de iniciar o tratamento com a octreotida.

2. Devem ser realizadas repetições periódicas do exame ultrasonográfico da vesícula biliar,preferencialmente em intervalos semestrais, durante o tratamento com SANDOSTATIN LAR.

3. Se houver presença de cálculos biliares antes do início da terapia, deve ser avaliado o benefício potencial de SANDOSTATIN LAR em relação aos riscos potenciais associados a estes cálculos. Não há evidências, até o presente momento, de que SANDOSTATIN LAR afete contrariamente o andamento ou o prognóstico dos cálculos biliares já existentes.

4. Controle dos pacientes que desenvolverem cálculos biliares em associação com SANDOSTATIN LAR.

4.1. Cálculos biliares assintomáticos
O tratamento com SANDOSTATIN LAR deve ser continuado, dependendo da reavaliação da relação risco/benefício. De qualquer forma, não é requerida nenhuma ação, exceto a monitoração contínua de forma mais frequente, caso seja necessária.

4.2. Cálculos biliares sintomáticos
O tratamento com SANDOSTATIN LAR pode ser tanto interrompido ou continuado, dependendo da reavaliação da relação risco/benefício. Em ambos os casos, os cálculos biliares devem ser tratados como qualquer outro cálculo biliar sintomático. Clinicamente, isto inclui a combinação de terapia ácida biliar (por exemplo, 7,5 mg/kg de ácido quenodeoxicólico (CDCA) por dia, com 7,5 mg/kg de ácido ursodeoxicólico (UDCA) por dia) com a monitoração por ultrasonografia até o desaparecimento completo dos cálculos.

Interações medicamentosas – SANDOSTATIN LAR

Observou- se que a octreotida reduz a absorção intestinal da ciclosporina e retarda a de cimetidina.A administração simultânea de octreotida e bromocriptina aumenta a biodisponibilidade da bromocriptina.

Reações adversas – SANDOSTATIN LAR

Podem ocorrer reações no local da aplicação de SANDOSTATIN LAR, mas geralmente são leves e de curta duração. As reações incluem dor localizada e,raramente, tumefação e rash (erupção cutânea).

Efeitos colaterais gastrintestinais incluem anorexia, náusea, vômito, dor abdominal espasmódica, edema abdominal, flatulência, efeito laxante, diarréia e esteatorréia. Embora a excreção de gordura fecal possa aumentar, não há qualquer evidência até o momento de que o tratamento a longo prazo com SANDOSTATIN LAR tenha levado à deficiência nutricional por má absorção. Em raros casos, os efeitos colaterais gastrintestinais podem assemelhar- se à obstrução intestinal aguda, com distensão abdominal progressiva, dor epigástrica intensa, sensibilidade abdominal e contratura involuntária.

O uso prolongado de SANDOSTATIN LAR pode resultar na formação de cálculos biliares (veja “Advertências e precauções”).
Por sua ação inibitória sobre a liberação do hormônio de crescimento, do glucagon e de insulina, SANDOSTATIN LAR  pode afetar a regulação de glicose. A tolerância pós- prandial à glicose pode ser prejudicada. Como relatado por pacientes tratados com SANDOSTATIN LAR  por via subcutânea, em alguns casos um estado de hiperglicemia persistente pode ser induzido como resultado da administração crônica. Pode-se também observar hipoglicemia.

Raramente observa- se queda transitória de cabelo em pacientes tratados com SANDOSTATIN LAR.

Em casos raros, relatou- se desenvolvimento de pancreatite aguda dentro das primeiras horas ou dias de tratamento com SANDOSTATIN  por via subcutânea. Adicionalmente, a pancreatite induzida por coletitíase foi relatada em pacientes submetidos a tratamento de longo prazo com SANDOSTATIN por via subcutânea.  

Têm havido relatos isolados de disfunção hepática associados à  administração  de  SANDOSTATIN. Eles  se  referem  a:
Hepatite aguda sem colestase, em que houve normalização dos valores de transaminase com a descontinuação de SANDOSTATIN LAR.
Desenvolvimento lento de hiperbilirrubinemia associada à elevação da fosfatase alcalina,  gama- glutamil transferase e, em menor grau, das transaminases.

Posologia – SANDOSTATIN LAR

SANDOSTATIN LAR somente poderá ser administrado através de injeção intramuscular na região glútea. O local das injeções deve ser alternado entre o músculo direito e o esquerdo da região glútea (veja “Instruções de uso”).

AcromegaliaPara pacientes que são adequadamente controlados com SANDOSTATIN por via subcutânea, recomenda- se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de SANDOSTATIN LAR com intervalos de 4 semanas durante 3 meses. O tratamento com SANDOSTATIN LAR pode ser iniciado no dia seguinte à ultima dose de SANDOSTATIN por via subcutânea. O ajuste posológico subsequente deve basear-se nas concentrações séricas do hormônio de crescimento (GH) e no fator de crescimento 1 insulina-símile/Somatomedina C (IGF1) e nos sintomas clínicos.

Para pacientes que não apresentarem um completo controle (concentrações de GH abaixo de 2,5 mcg/L) dos sintomas clínicos e dos parâmetros bioquímicos (GH; IGF1) durante um período de 3 meses, a dose poderá ser aumentada para 30 mg a cada 4 semanas.

Para pacientes em que as concentrações de GH estiverem consistentemente abaixo de 1mcg/L, que apresentarem normalização das concentrações séricas de IGF1 e demonstrarem desaparecimento da maioria dos sinais e sintomas de acromegalia após 3 meses de tratamento com 20 mg, pode- se passar a administrar SANDOSTATIN LAR a cada 4 semanas. Entretanto, particularmente nesse grupo de pacientes, recomenda-se um controle adequado das concentrações séricas de GH e de IGF1 e dos sinais e sintomas nessa dose menor de SANDOSTATIN LAR a que o paciente foi submetido.

Para pacientes submetidos a cirurgia, radioterapia ou tratamento com agonistas dopaminérgicos, quando os mesmos forem inapropriados ou ineficazes ou durante o intervalo de tempo até a radioterapia tornar- se completamente efetiva, recomenda-se um curto período de tempo para adequação de dose de SANDOSTATIN, administrada por via subcutânea para a determinação da resposta e da tolerabilidade sistêmica da octreotida antes de se iniciar o tratamento com SANDOSTATIN LAR como descrito acima.  

Tumores endócrinos gastroenteropancréaticos
Para pacientes com sintomas adequadamente controlados com SANDOSTATIN por via subcutânea, recomenda- se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de SANDOSTATIN LAR em intervalos de 4 semanas. O tratamento com SANDOSTATIN por via subcutânea deve ser continuado na dose efetiva previamente utilizada, por um período de 2 semanas após a primeira injeção de SANDOSTATIN LAR.

Para pacientes que não são tratados previamente com SANDOSTATIN por via subcutânea, recomenda- se iniciar o tratamento com a administração de SANDOSTATIN por via subcutânea na dosagem de 0,1 mg, três vezes ao dia, por um curto período de tempo (aproximadamente 2 semanas), para determinar a resposta e a tolerabilidade sistêmica da octreotida antes de iniciar o tratamento com SANDOSTATIN LAR, como descrito acima.

Para pacientes que possuam os sintomas e os marcadores biológicos bem controlados após 3 meses de tratamento, a dose pode ser reduzida para 10 mg de SANDOSTATIN LAR a cada  4 semanas.

Para pacientes em que os sintomas estiverem parcialmente controlados após  3 meses de tratamento, a dose pode ser aumentada para 30 mg de SANDOSTATIN a cada 4 semanas.

Quando os sintomas associados aos tumores endócrinos gastroenteropancreáticos aumentarem durante o tratamento com SANDOSTATIN LAR, recomenda- se uma administração adicional  de SANDOSTATIN por via subcutânea na dose utilizada antes do tratamento com SANDOSTATIN LAR. Isto pode ocorrer principalmente nos primeiros 2 meses de tratamento até que as concentrações terapêuticas de octreotida sejam alcançadas.

Pacientes com insuficiência renal
A insuficiência renal não afeta a exposição total (na área sob a curva: AUC) para a octreotida quando a mesma é administrada subcutâneamente como SANDOSTATIN. Portanto, não é necessário o ajuste de dose para SANDOSTATIN LAR.

Pacientes com insuficiência hepática
Em um estudo com SANDOSTATIN administrado pelas vias subcutânea e intravenosa, observou- se que a capacidade de eliminação pode ser reduzida em pacientes com cirrose hepática, mas não em pacientes com esteatose hepática. Pelo amplo espectro terapêutico da octreotida, não é necessário ajuste de dose para SANDOSTATIN LAR em pacientes com cirrose hepática.

Pacientes idosos
De acordo com um  estudo realizado com SANDOSTATIN por via subcutânea, não foi necessário ajuste de dose em pacientes com idade > 65 anos. Portanto, não é necessário ajuste de dose de SANDOSTATIN LAR para esse grupo de pacientes.

Uso em crianças
A experiência com SANDOSTATIN LAR em crianças é muito limitada.

Superdosagem – SANDOSTATIN LAR

Atualmente, nenhuma informação sobre superdosagem com SANDOSTATIN LAR  encontra- se disponível. Entretanto, nenhum evento adverso inesperado foi relatado com doses acima de 90 mg de SANDOSTATIN LAR administradas a cada 2 semanas em pacientes com câncer. Os sinais e sintomas observados após uma dose única de 1,0 mg de octreotida,administrada a adulto por injeção intravenosa em bolus, foram uma rápida queda na frequência cardíaca, rubor facial, cólicas abdominais, diarréia, uma sensação de vazio no estômago e náuseas. Todos esses sinais e sintomas desapareceram dentro de 24 horas após a administração da droga.

O controle da superdosagem é sintomático.
 

Instruções de uso – SANDOSTATIN LAR

Instruções para injeção intramuscular de SANDOSTATIN LAR

1)    Remova a tampa do frasco- ampola que contém SANDOSTATIN LAR. Certifique-se que todo o pó esteja no fundo do frasco. Para isso, deve-se realizar pequenas batidas no frasco. Abra a ampola que contém o veículo. Se a ampola quebrar-se na hora da abertura, não a utilize e use a ampola-reserva.

2)    Para todas as doses de SANDOSTATIN LAR, prenda uma das agulhas à seringa de      5 ml.

3)    Retire o conteúdo inteiro de uma ampola através da seringa e ajuste para uma dose de 2 ml.Coloque a agulha no centro da tampa de borracha do frasco.

4)    Injete delicadamente o veículo no frasco, fazendo- o escorrer pela parede do frasco, sem agitar o pó de SANDOSTATIN LAR. Elimine qualquer excesso de ar presente no frasco.

5)    Não agite o frasco até que o veículo umedeça o pó de SANDOSTATIN LAR para suspensão. Quando se completar o umedecimento (aproximadamente 2- 5 minutos), o frasco deve ser moderadamente agitado até que haja formação de uma suspensão uniforme. Não agite vigorosamente o frasco.
6)    Imediatamente, coloque 2 ml de ar na seringa e coloque a agulha na tampa de borracha. Injete os 2 ml de ar para dentro do frasco e depois, com o bisel para baixo e com o frasco inclinado a aproximadamente 45º, retire lentamente o conteúdo total do frasco que contém a suspensão através da seringa. Imediatamente troque a agulha (reserva).

7)    Cuidadosamente, inverta a seringa para manter uma suspensão uniforme. Elimine o ar da seringa, faça a desinfecção do local da injeção com os cotonetes com álcool fornecidos. Coloque a agulha no lado esquerdo ou direito do glúteo e aspire para verificar se algum vaso sanguíneo foi atingido. Imediatamente, aplique a injeção intramuscular na região glútea.

SANDOSTATIN LAR deve ser administrado somente por injeção intramuscular na região glútea. Nunca administre a droga por via intravenosa. Se um vaso sanguíneo for atingido, selecione um outro local de injeção.  

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Reg. MS 1.0068.0009

Farm. Resp. Marco A. J. Siqueira – CRF-SP n° 23.873

Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho

Fabricado e embalado por Novartis Pharma AG, Suíça
Distribuído por Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 – Complexos 441/3 – Taboão da Serra – SP
CGC n° 56.994.502/0098- 62
Indústria Brasileira

â = Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça

Única concessionária no Brasil de Novartis AG, Suíça; resultante da fusão de Ciba- Geigy e Sandoz

BDI16/10/97

LABORATÓRIO

NOVARTIS

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