Princípio ativo: imunoglobulina humana

Sandoglobulina® Privigen®

imunoglobulina humana

Apresentações

Frasco-ampola contendo 25 mL, 50 mL ou 100 mL com 100 mg/mL de solução para infusão.

VIA INTRAVENOSA USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução de Sandoglobulina® Privigen® contém 100 mg de proteína plasmática humana com um teor de IgG de pelo menos 98% (solução a 10%).

Distribuição das subclasses de IgG (valores médios): IgG1 67,8%, IgG2 28,7%, IgG3 2,3%, IgG4 1,2%.

O teor máximo de IgA é de 0,025 mg/mL Excipientes: L-prolina e água para injetáveis

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1.    INDICAÇÕES

Terapia de reposição em:

Doenças de imunodeficiência primária tais como:

–    agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congênitas

–    imunodeficiência comum variável

–    imunodeficiência combinada grave

–    síndrome de Wiskott-Aldrich

Mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.

Crianças com infecção congênita por HIV e infecções recorrentes.

Imunomodulação:

Púrpura trombocitopênica imune (PTI) em crianças ou adultos com alto risco de sangramento ou antes de intervenções cirúrgicas, para corrigir a contagem de plaquetas.

Síndrome de Guillain-Barré

Doença de Kawasaki

Transplante alogênico de medula óssea.

2.    RESULTADOS DE EFICÁCIA E SEGURANÇA Estudos Pré-clínicos:

A segurança de Sandoglobulina® Privigen®foi investigada em diversos estudos pré-clínicos. Uma ênfase particular foi colocada na investigação do excipiente L-prolina. A L-prolina é um aminoácido fisiológico, não-essencial. Estudos realizados em ratos tratados com doses diárias de L-prolina de 1450 mg/kg de peso corpóreo, não apresentaram qualquer evidência de teratogenicidade ou de embriotoxicidade. Estudos de genotoxicidade da L-prolina não mostraram qualquer descoberta patológica.

Estudos publicados sobre a hiperprolinemia mostraram que o uso a longo prazo de altas doses diárias apresenta efeito no desenvolvimento cerebral em ratos muito jovens. No entanto, em estudos nos quais a dosagem foi planejada para refletir o uso clínico de Sandoglobulina® Privigen® não foram observados efeitos no desenvolvimento do cérebro do feto. Estudos de segurança-farmacologia adicionais de L-prolina em ratos adultos e jovens não descobriram evidência de distúrbios de comportamento.

As imunoglobulinas são componentes naturais do corpo humano. Dados de testes realizados com animais de toxicidade aguda e crônica e de toxicidade embriofetal das imunoglobulinas são inconclusivos por conta das interações entre as imunoglobulinas de espécies heterogêneas e a indução de anticorpos para proteínas heterólogas. Em estudos de tolerabilidade local realizados em coelhos, nos quais Sandoglobulina® Privigen® foi administrado intravenosamente, paravenosamente, intra-arterialmente e subcutaneamente, o produto foi bem tolerado.

Estudos Clínicos:

A segurança e a eficácia de Sandoglobulina® Privigen® foram investigadas em dois estudos prospectivos, abertos, de braço único, multicêntricos, realizados na Europa (estudo PTI) e na Europa e nos EUA (estudo IDP). Dados de segurança e eficácia adicionais foram coletados em um estudo de extensão prospectivo, aberto, de braço único, multicêntrico, realizado nos EUA (extensão do estudo IDP).

No estudo principal, oitenta pacientes entre 3 e 69 anos de idade com doença da imunodeficiência primária (IDP) receberam uma infusão de Sandoglobulina® Privigen® a uma dose mediana de 200 – 888 mg/kg de peso corpóreo, a cada 3 a 4 semanas por no máximo 1 ano. Com esse tratamento, foram alcançadas as concentrações mínimas constantes de IgG durante todo o período de tratamento, com concentrações médias de 8,84 g/L a 10,27 g/L. A incidência de infecções bacterianas agudas graves foi de 0,08 por paciente por ano (o limite superior de confiança de 97,5% foi de 0,182).

No estudo de extensão ao estudo IDP, como no estudo principal, as doses de Sandoglobulina® Privigen® foram administradas em 55 pacientes (dos quais 45 haviam participado do estudo principal e 10 eram pacientes novos). Os resultados do estudo principal foram confirmados pelo estudo de extensão para a média das concentrações mínimas de IgG (9,31g/L a 11,15g/L) e para a taxa de infecções bacterianas agudas (0,018/paciente/ano, o intervalo superior de confiança de 97,5% foi de 0,098).

Cinquenta e sete pacientes com idades entre 15 e 69 anos com púrpura trombocitopênica imune (PTI) crônica participaram do segundo estudo. No início, a contagem de plaquetas foi de 20 x 109/L. Depois da administração de Sandoglobulina® Privigen® a uma dose de 1g/kg de peso corpóreo, em dois dias consecutivos, a contagem de plaquetas subiu para pelo menos 50 x 109/L dentro de 7 dias da primeira infusão em 80,7 % dos pacientes. Em 43% dos pacientes, esse aumento ocorreu depois de apenas um dia, antes da segunda infusão. O tempo médio até que essa contagem de plaquetas fosse alcançada foi de 2,5 dias. Em pacientes que responderam ao tratamento, a contagem de plaquetas permaneceu > 50 x 109/L por um período médio de 15,4 dias.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Sandoglobulina® Privigen® contém imunoglobulina humana para administração intravenosa. Propriedades Farmacodinâmicas:

Sandoglobulina® Privigen® não contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos funcionalmente intactos contra agentes infecciosos. Tanto a função Fc como a Fab das moléculas de IgG são preservadas. A capacidade das partes Fab de ligar antígenos foi demonstrada por métodos bioquímicos e biológicos. A função Fc foi testada com ativação do complemento e com a ativação do leucócito mediado pelo receptor de Fc. A inibição da ativação do complemento induzida pelo complexo imune (limpeza, uma função anti-inflamatória das imunoglobulinas intravenosas) é preservada em Sandoglobulina® Privigen®.

Sandoglobulina® Privigen® não causa ativação não-específica do sistema do complemento ou da pré-calicreína.

Sandoglobulina® Privigen® contém todos os anticorpos da imunoglobulina G presentes na média da população. É fabricado a partir do plasma de pelo menos 1000 doadores. A distribuição da subclasse de IgG corresponde aproximadamente àquela do plasma humano não processado. Doses adequadas de Sandoglobulina® Privigen® podem restaurar os níveis baixos de IgG ao normal.

O mecanismo de ação nas indicações, exceto na terapia de reposição ainda não foi totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.

Propriedades farmacocinéticas:

Após a administração intravenosa, toda a imunoglobulina humana normal está imediatamente e completamente biodisponível na corrente sanguínea do paciente. Esta é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o líquido extravascular. O equilíbrio entre os compartimentos intravascular e extravascular é alcançado depois de aproximadamente 3 a 5 dias.

Os parâmetros farmacocinéticos de Sandoglobulina® Privigen® foram determinados no estudo clínico realizado em pacientes com doença da imunodeficiência primária (vide item 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA E SEGURANÇA). Vinte e cinco pacientes (entre 13 e 69 anos de idade) em um estudo principal e 13 pacientes (entre 9 e 59 anos de idade) na extensão deste estudo participaram da investigação farmacocinética (ver a tabela abaixo). A meia-vida em pacientes com doença da imunodeficiência primária no estudo principal foi de

36,6 dias, e de 31,1 dias no estudo de extensão. Essa meia-vida pode variar de paciente para paciente.

Parâmetros farmacocinéticos de Sandoglobulina® Privigen® em pacientes com doença da imunodeficiência primária:___

Parâmetro

Estudo Principal (n=25) Mediana (variação)

Estudo de extensão (n=13)

Mediana (variação)

Cmax (concentração máxima)

23,4 g/L (10,4 – 34,6)

26,3 (20,9-32,9)

Cmin (concentração mínima)

10,2 g/L (5,8 -14,7)

9,75 (5,72-18,01)

t/ (meia-vida)

36,6 dias (20,6 – 96,6)

31,1 (14,6-43,6)

A IgG e os complexos de IgG são quebrados nas células do sistema reticuloendotelial.

4.    CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao princípio ativo ou ao excipiente.

Hipersensibilidade a imunoglobulinas homólogas, principalmente em casos muitos raros de deficiência de IgA, nos quais o paciente apresenta anticorpos anti-IgA.

Hiperprolinemia, doença muito rara, que afeta apenas poucas famílias no mundo inteiro.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

5.    ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES Gerais:

Determinadas reações adversas graves podem estar relacionadas à velocidade de infusão. É essencial que a velocidade de infusão recomendada no item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR: Modo de Usar seja seguida. Os pacientes devem ser monitorados de perto e cuidadosamente observados quanto a qualquer sintoma durante o período de infusão. Determinadas reações adversas podem ocorrer com maior frequência:

No caso de altas velocidades de infusão;

em pacientes com hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia, apresentando ou não deficiência de IgA;

em pacientes tratados com imunoglobulina humana pela primeira vez ou, em casos raros, quando o produto contendo imunoglobulina humana é substituído ou quando houve um longo intervalo desde a infusão anterior.

Complicações potenciais podem ser frequentemente evitadas caso sejam tomadas precauções para garantir que os pacientes:

não sejam hipersensíveis à imunoglobulina humana, injetando o produto lentamente no início (0,3 mL/kg de peso corpóreo (PC)/h);

sejam cuidadosamente monitorados quanto a quaisquer sintomas ao longo do período de infusão. Principalmente os pacientes que estejam sendo tratados com imunoglobulina humana pela primeira vez, trocando de um produto de imunoglobulina alternativo, ou quando houve um longo intervalo desde a infusão anterior, devem ser monitorados durante a primeira infusão e pela primeira hora depois dela, com o intuito de detectar sinais de eventos adversos potenciais. Todos os outros pacientes devem ser observados por pelo menos 20 minutos depois da administração.

No caso de reações adversas, a velocidade de administração deve ser reduzida ou a infusão deve ser interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reação adversa.

No caso de choque, o tratamento médico padrão para choque deve ser implementado.

Em todos os pacientes, o tratamento com imunoglobulina humana intravenosa (IgIV) requere hidratação adequada antes do início da infusão.

Hipersensibilidade:

Reações de hipersensibilidade verdadeiras são raras. Elas podem ocorrer em casos muito raros de deficiência de IgA e com anticorpos anti-IgA.

Em raras ocasiões, a imunoglobulina humana pode causar uma queda na pressão arterial com uma reação anafilactóide, mesmo em pacientes que haviam tolerado o tratamento anterior com imunoglobulina humana.

Anemia hemolítica:

Produtos contendo IgIV podem conter anticorpos contra grupos sanguíneos, que podem atuar como hemolisinas e induzir opsonização in vivo de hemácias com imunoglobulina, causando uma reação de antiglobulina direta positiva (teste de Coomb) e, raramente, a hemólise. Anemia hemolítica pode se desenvolver após a terapia IgIV devido ao maior sequestro de hemácias. Casos isolados de disfunção renal/ falência renal ou coagulação intravascular disseminada relacionados à hemólise ocorreram.

Os seguintes fatores de risco estão associados com o desenvolvimento de hemólise: altas doses, administradas em doses únicas ou divididas durante vários dias; grupos sanguineos A, B e AB, estado inflamatório subjacente. É recomendada uma maior vigilância dos pacientes com grupos sanguíneos A, B e AB os quais recebem altas doses para indicações não relacionadas a imunodeficiência primária. A hemólise foi raramente relatada em pacientes sob uma terapia de reposição para imunodeficiência primária.

Pacientes usando IgIV devem ser monitorados para sinais e sintomas clínicos de hemólise. Se sinais e/ou sintomas de hemólise aparecerem durante ou após uma infusão com IgIV, a interrupção do tratamento com imunoglobulina intravenosa deve ser considerada (veja também seção 9. REAÇÕES ADVERSAS).

Síndrome da meningite asséptica (SMA):

A síndrome da meningite asseptica tem sido relatada em associação ao tratamento com IgIV. A descontinuação do tratamento com IgIV resultou em remissão da SMA em alguns dias sem sequelas. A síndrome geralmente inicia-se entre algumas horas a 2 dias após o tratamento com IgIV. Estudos do fluido cerebroespinal são frequentemente positivos para pleocitose por até milhares de células por milímetro cúbico, predominantemente da série granulocítica e níveis elevados de proteínas chegando a centenas mg/dl.

A SMA pode ocorrer mais frequentemente em associação com altas doses de IgIV (2g/kg). Tromboembolismo:

Existe evidência clínica de uma associação entre a administração de IgIV e eventos tromboembólicos como o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda. Assume-se que esses eventos estão relacionados com um aumento relativo da viscosidade do sangue através do alto influxo de imunoglobulina.

Deve-se exercitar um cuidado especial com relação à prescrição e à infusão de imunoglobulina intravenosa em pacientes obesos e em pacientes com fatores de risco pré-existentes para eventos tromboembólicos (como idade avançada, hipertensão, diabetes mellitus, histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, pacientes com trombofilia

adquirida ou hereditária, pacientes imobilizados por um longo período, pacientes com hipovolemia grave e pacientes com doenças que aumentem a viscosidade do sangue).

Insuficiência renal aguda:

Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes que receberam terapia com imunoglobulina intravenosa. Na maioria dos casos foram identificados fatores de risco tais como insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, sobrepeso, medicação nefrotóxica concomitante ou idade acima de 65 anos.

No caso de insuficiência renal, a descontinuação do produto de IgIV deve ser considerada. Embora estes relatos de disfunção renal e de insuficiência renal aguda tenham sido associados ao uso de muitos dos produtos de IgIV licenciados, aqueles contendo sacarose como estabilizante foram responsáveis por uma parcela desproporcionalmente alta do numero total de casos. Portanto, para pacientes em risco, deve ser considerado o uso de produtos de IgIV sem sacarose. Sandoglobulina® Privigen® não contém sacarose ou outros açucares.

Em pacientes sob risco de insuficiência renal aguda ou reações tromboembólicas, produtos de IgIV devem ser administrados na menor velocidade de infusão e dose possíveis.

Agentes transmissíveis:

A Sandoglobulina® Privigen® é produzida a partir de plasma humano. Medidas padrão para a prevenção de infecções resultantes do uso de medicamentos fabricados a partir do sangue ou do plasma humanos incluem a seleção de doadores, teste de doações individuais e pools de plasma quanto aos marcadores específicos de infecção e a introdução de etapas de fabricação eficazes para a inativação/eliminação de vírus. No entanto, quando produtos preparados a partir do sangue ou plasma humanos são administrados, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser completamente excluída. Isso também se aplica aos vírus desconhecidos ou emergentes e a outros patógenos.

As medidas implementadas são consideradas eficazes contra vírus envelopados tais como o HIV, HBV e HCV e contra vírus não-envelopados tais como o HAV e o parvovírus B19.

A experiência clínica não apresenta transmissão de hepatite A ou de infecções pelo parvovírus B19 por imunoglobulinas. Além do mais, presume-se que o teor de anticorpos tenha uma contribuição importante para a segurança viral.

Recomenda-se que, toda vez que Sandoglobulina® Privigen® for administrado, o nome e o número do lote do produto sejam documentados para que seja possível relacionar o paciente ao lote do produto.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:

Não há evidência que indique que as imunoglobulinas prejudiquem a capacidade de dirigir ou de operar máquinas.

Gravidez e amamentação:

Categoria C de risco na gravidez: Dados clínicos controlados sobre o uso do produto em mulheres grávidas ou que estejam amamentando não estão disponíveis. Deve-se ter cautela com relação à administração durante a gravidez e a amamentação.

No entanto, a experiência clínica extensiva das imunoglobulinas indica que efeitos prejudiciais sobre o curso da gravidez, feto ou criança recém-nascida são improváveis.

Estudos experimentais do excipiente L-prolina realizados em animais não descobriram toxicidade direta ou indireta que afetasse a gravidez, o desenvolvimento embrionário ou fetal. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

Uso em idosos:

Deve-se ter cuidado ao administrar Sandoglobulina® Privigen® a pacientes acima de 65 anos e que são considerados sob risco aumentado de desenvolver insuficiência renal aguda e eventos trombóticos. Não exceda as doses recomendadas, e administre Sandoglobulina® Privigen® na menor taxa de infusão possível.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Vacinas com vírus vivo atenuado:

Depois do tratamento com imunoglobulinas, a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados, como as vacinas contra o sarampo, caxumba, rubéola e a catapora, pode diminuir por um período de pelo menos 6 semanas até 3 meses. Um intervalo de 3 meses deve ser respeitado entre a administração desse produto e a vacinação com vacinas vivas atenuadas. No caso de vacinações contra o sarampo, a diminuição da eficácia pode persistir por até um ano. Os pacientes que receberam a vacina contra o sarampo devem, portanto, ter o seu status de anticorpos monitorado.

Influência sobre os testes diagnósticos:

Depois da infusão de imunoglobulinas, o aumento transitório de diversos anticorpos transmitidos passivamente para o sangue do paciente pode causar resultados falso-positivos em testes sorológicos.

A transmissão passiva de anticorpos para antígenos eritrocitários, por exemplo, A, B e D, pode causar resultados incorretos em alguns testes sorológicos para isoanticorpos eritrocitários (por exemplo, o teste de Coombs), determinações da contagem de reticulócitos e o teste de haptoglobina.

7.    CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Sandoglobulina® Privigen® pode ser armazenado até a data de validade indicada na embalagem do produto. O produto não deve ser utilizado depois da data de validade impressa. O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, quando armazenado conforme recomendado. Armazenar sob temperatura igual ou inferior a 25°C. Não congelar. Manter o frasco em sua embalagem secundária a fim de protegê-lo da luz. Sandoglobulina® Privigen® foi elaborado para uso único. Uma vez aberto o frasco, o tempo e as condições de armazenagem são de responsabilidade do usuário. A solução não contém conservantes. Uma vez abertos, os frascos devem ser utilizados imediatamente.

Se o produto for diluído para menores concentrações, é recomendado que ele seja utilizado imediatamente após a diluição. Foi demonstrado que a estabilidade do medicamento após diluição com solução de glicose 5% para uma concentração final de 50 mg/mL (5%) é de 10 dias a 30°C. No entanto, o aspecto microbiano não foi estudado.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

A solução deve ser límpida ou levemente opalescente e incolor a amarelo claro. Sandoglobulina® Privigen® apresenta um baixo teor de sódio de < 1 mmol/L. As soluções que apresentam turvação ou precipitação não devem ser utilizadas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8.    POSOLOGIA E MODO DE USAR Posologia:

A dose e a posologia dependem da indicação. Na terapia de reposição, a dose poderá ter que ser individualizada para cada paciente dependendo da farmacocinética e da resposta clínica. Os regimes de dosagem a seguir são dados como uma diretriz.

Terapia de reposição em doenças de imunodeficiência primária

Deve-se escolher um regime de dose que resulte em concentrações mínimas de IgG (determinação de níveis séricos de IgG imediatamente antes da infusão seguinte) de pelo menos 4 a 6 g/L. Após o início da terapia, são necessários 3 a 6 meses para que o equilíbrio ocorra. A dose inicial recomendada é de 0,4 a 0,8 g/kg de peso corpóreo, seguida por pelo menos 0,2 g/kg de peso corpóreo a cada 3 semanas.

A dose necessária para manter uma concentração mínima de IgG de 6 g/L é de 0,2 a 0,8 g/kg de peso corpóreo / mês. Uma vez alcançada a concentração do estado de equilíbrio, o intervalo de dose varia de 2 a 4 semanas. Para verificar a dose necessária e o intervalo de dose correto, as concentrações mínimas de IgG devem ser determinadas.

Terapia de reposição em mielomas ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes; terapia de reposição em crianças com infecção congênita por HIV e infecções recorrentes

A dose recomendada é de 0,2 a 0,4 g/kg de peso corpóreo a cada 3 a 4 semanas.

Púrpura trombocitopênica imune

Para tratar um episódio agudo, 0,8 a 1 g/kg de peso corpóreo é administrado no primeiro dia. O tratamento pode ser repetido uma vez dentro de 3 dias ou 0,4 g/kg de peso corpóreo é administrado diariamente por 2 a 5 dias consecutivos. No caso de recidiva, o tratamento pode ser repetido.

Síndrome de Guillain-Barré

0,4 g/kg de peso corpóreo/dia, a longo de 5 dias. A experiência em crianças é limitada. Doença de Kawasaki

1,6 a 2,0 g/kg de peso corpóreo devem ser administrados em doses divididas durante 2 a 5 dias, ou 2,0 g/kg de peso corpóreo, como uma dose única. Deve-se administrar ácido acetilsalicílico aos pacientes como medicação concomitante.

Transplante alogênico de medula óssea

A terapia com imunoglobulina humana pode ser utilizada como parte do regime de condicionamento e depois do transplante. Para tratar infecções e prevenir a doença do enxerto versus hospedeiro, a dose deve ser ajustada individualmente.

A dose inicial é, geralmente, de 0,5 g/kg de peso corpóreo por semana, começando sete dias antes do transplante. O tratamento é continuado por até 3 meses depois do transplante. Caso a falta de produção de anticorpos persista, uma dose de 0,5 g/kg de peso corpóreo por mês é recomendada até que os níveis de anticorpos IgG retornem ao normal.

Uso em Crianças

No estudo clínico principal de fase III com pacientes com doenças de imunodeficiência primária (n = 80), 19 pacientes entre 3 e 11 anos de idade e 15 pacientes a partir de 12 anos e incluindo os de 18 anos de idade foram tratados. No estudo de extensão com pacientes com doenças de imunodeficiência primária (n = 50), 13 pacientes entre 3 e 11 anos e 11 pacientes entre 12 e 18 anos foram tratados.

Em um estudo clínico realizado em 57 pacientes com púrpura trombocitopênica imune crônica, 2 pacientes pediátricos (15 e 16 anos de idade) foram tratados.

O ajuste de dose não foi requerido para as crianças nesses três estudos.

As doses recomendadas estão resumidas na tabela a seguir:

Indicações

Dose

Intervalos entre as injeções

Terapia de reposição em:

Doenças de imunodeficiência primária

Dose inicial:

0,4-0,8 g/kg PC Seguida por:

0,2-0,8 g/kg PC

a cada 2-4 semanas para obter concentrações mínimas de IgG de pelo menos 4-6

g/L

Doenças de imunodeficiência secundária

0,2-0,4 g/kg PC

a cada 3-4 semanas para obter concentrações mínimas de IgG de pelo menos 4-6

g/L

Crianças com infecção congênita por HIV e infecções recorrentes

0,2-0,4 g/kg PC

a cada 3-4 semanas

Indicações

Dose

Intervalos entre as injeções

Imunomodulação:

Púrpura trombocitopênica imune

0,8-1 g/kg PC ou

no primeiro dia; a terapia pode ser repetida uma vez dentro de 3 dias

0,4 g/kg PC/dia

por 2-5 dias

Síndrome de Guillain-Barré

0,4 g/kg PC/dia

por 5 dias

Doença de Kawasaki

1,6-2 g/kg PC ou

divididas em diversas doses administradas durante 2-5 dias em conjunto com ácido acetilsalicílico

2 g/kg PC

como uma dose única em conjunto com ácido acetilsalicílico

Transplante alogênico de medula óssea:

Tratamento de infecções e prevenção da doença de enxerto versus hospedeiro

0,5 g/kg PC

semanalmente, de 7 dias antes até 3 meses após o transplante

Ausência persistente de produção de anticorpos

0,5 g/kg PC

mensalmente, até que os níveis de anticorpos retornem ao normal

PC = peso corpóreo

Modo de usar:

Sandoglobulina® Privigen® deve ser administrado intravenosamente.

Sandoglobulina® Privigen® é isotônico, com osmolalidade da solução é de 320 mOsmol/kg. Sandoglobulina® Privigen® é uma solução pronta para uso. O produto deve estar em temperatura ambiente ou corpórea antes de ser utilizado. Administrar utilizando um equipo para infusão com respiro com um filtro integrado. A tampa do frasco deve sempre ser furada dentro da área demarcada no centro. Se necessário, Sandoglobulina® Privigen® pode ser diluído sob condições assépticas, com solução de glicose a 5%.

Para obter uma solução de imunoglobulina de 50 mg/mL (5%), Sandoglobulina® Privigen® 100mg/mL (10%) deve ser diluída com um volume igual de 5% de solução de glicose.

Durante a diluição do produto, técnicas assépticas devem ser estritamente utilizadas. Sandoglobulina® Privigen® não deve ser misturado com soro fisiológico. Entretanto, o pós-enxágue dos tubos de infusão com soro fisiológico é permitido.

Qualquer produto não utilizado e os resíduos devem ser descartados de acordo com as exigências locais.

O produto deve ser infundido inicialmente a uma velocidade de 0,3 mL/kg de peso corpóreo/h (0,5 mg/kg de peso corpóreo/min, por aproximadamente 30 min.). Se houver boa tolerabilidade, a velocidade de infusão pode ser aumentada gradativamente para 4,8 mL/kg de peso corpóreo/h (8mg/kg PC/min). Em pacientes com doença de imunodeficiência primária que tem tolerado bem o tratamento de reposição com Sandoglobulina® Privigen®, a velocidade de infusão pode ser gradualmente aumentada até o valor máximo de 7,2 mL/kg de peso corpóreo/h (12mg/kg peso PC/min).

Incompatibilidades:

Esse medicamento não deve ser misturado com outros produtos medicinais nem soro fisiológico. No entanto, é possível a diluição com 5% de solução de glicose.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas como calafrios, cefaleia, febre, vômito, reações alérgicas, náusea, dor nas articulações, pressão arterial baixa e leve dor nas costas podem ocorrer ocasionalmente em conexão com a administração intravenosa de imunoglobulina humana.

Raramente, a imunoglobulina humana pode causar reações de hipersensibilidade com uma queda repentina na pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando os pacientes não apresentaram hipersensibilidade depois de tratamento anterior.

Casos de meningite asséptica reversível e casos raros de reações cutâneas transitórias foram observados após o uso de imunoglobulina humana.

Reações hemolíticas foram observadas em pacientes que possuem grupos sanguíneos A, B e AB. Raramente, pode haver o desenvolvimento de anemia hemolítica sendo necessária a transfusão após altas doses de IgIV (veja seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Foi observada elevação dos níveis de creatinina sérica e/ou insuficiência renal aguda.

Reações tromboembólicas como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda ocorreram em ocasiões muito raras.

Três estudos clínicos foram realizados com Sandoglobulina® Privigen® dois em pacientes com imunodeficiência primária (IDP) e um em pacientes com púrpura trombocitopênica imune (PTI). Oitenta (80) pacientes foram incluídos e tratados com Sandoglobulina® Privigen® no estudo principal de IDP. Desses, 72 completaram os 12 meses de tratamento. Cinquenta e cinco (55) pacientes foram incluídos e tratados com Sandoglobulina® Privigen® no estudo de extensão de IDP. O estudo de PTI foi realizado em 57 pacientes.

A maioria das reações adversas a medicamentos (RAMs) observadas nos três estudos clínicos foram de natureza leve a moderada.

A tabela a seguir mostra uma síntese das RAMs nos três estudos, classificadas de acordo com a Classe de Sistema de Orgãos MedDRA e frequência. A frequência por infusão foi avaliada de acordo com as seguintes definições: muito comum (> 1/10), comum (> 1/100 a <1/10), incomum (> 1/1000 a < 1/100).

Dentro de cada grupo de incidência, os efeitos indesejáveis foram listados de acordo com a gravidade decrescente.

Sistema de Classe de Órgãos MedDRA

Termo MedDRA

Categoria da frequência de reações adversas

Cardiopatias

Palpitações

Incomum

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Anemia, anisocitose

Incomum

Distúrbios do sistema nervoso

Cefaleia

Muito comum

Tonturas, desconforto na cabeça, sonolência, tremores, cefaleia sinusal

Incomum

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino

Dispneia, bolhas orofaríngeas, respiração dolorida, aperto na garganta

Incomum

Distúrbios gastrointestinais

Vômitos, náuseas

Comum

Diarreia, dor abdominal superior

Incomum

Distúrbios renais e urinários

Proteinúria

Incomum

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Prurido, afecções da pele, suores noturnos, urticária

Incomum

Afecções

musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos

Dor nas costas

Comum

Cervicalgia, dor nas extremidades, rigidez musculoesquelética, espasmos musculares, dor musculoesquelética, mialgia

Incomum

Infecções e infestações

Infecções do ouvido, gripe, nasofaringite

Incomum

Vasculopatias

Rubor, aumento da pressão arterial (hipertensão), diminuição da pressão arterial (hipotensão)

Incomum

Distúrbios gerais e condições do local de administração

Calafrios, fadiga, febre

Comum

Dor no peito, sintomas gerais, astenia, sintomas semelhantes à gripe, hipertermia, dor, dor no local da injeção

Incomum

Distúrbios hepatobiliares

Hiperbilirrubinemia

Incomum

Exames

Bilirrubina conjugada aumentada, bilirrubina do sangue não conjugada aumentada, teste direto de Coombs positivo, teste de Coombs positivo, aumento de lactato desidrogenase no sangue, hematócrito diminuído, alanina aminotransferase aumentada, aspartato aminotransferase aumentado, creatinina sanguínea aumentada, diminuição da pressão arterial, aumento da pressão arterial, temperatura corporal aumentada, hemoglobina diminuída.

Incomum

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou, para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A superdose pode causar sobrecarga do volume de líquidos e hiperviscosidade, principalmente em pacientes de risco, incluindo pacientes idosos ou pacientes com insuficiência renal.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. DIZERES LEGAIS MS 1.0151.0120

Farm. Resp.: Ulisses Soares de Jesus CRF – SP 67.021

Fabricado por: CSL Behring AG Berna – Suíça

Importado por: CSL Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.

Rua Olimpíadas, 134, 9° andar CEP: 04551-000, São Paulo – SP CNPJ 62.969.589/0001-98

Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC): 0800 600 88 10 USO RESTRITO A HOSPITAIS VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

fr 25.09.2014

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