Princípio ativo: rifampicina

Antibióticos – Receituário simples em duas vias

Rifaldin
Classe terapêutica dos Antibioticos Sistemicos e Tuberculostaticos
Princípio ativo Rifampicina.

Indicações de Rifaldin

No tratamento das infecções causadas por germes sensíveis à rifampicina.

Efeitos Colaterais de Rifaldin

Nas doses recomendadas, a rifampicina é geralmente bem tolerada. Podem ocorrer as seguintes reações adversas tanto com o tratamento diário como no intermitente: prurido, eritema, erupção cutânea, anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar abdominal, colite pseudomembranosa, diarréia, hepatite e trombocitopenia. Esta última pode aparecer com ou sem púrpura e geralmente está associada a um tratamento intermitente, sendo reversível se houver suspensão imediata da droga. Tem-se relatado casos de hemorragia cerebral e morte quando a administração da rifampicina se continuou após o aparecimento da púrpura. Em uma pequena porcentagem dos pacientes tem-se observado eosinofilia, leucopenia, edema, fraqueza muscular e miopatias. Durante o tratamento intermitente pode-se observar algumas reações adversas que muito provavelmente são de origem imunológica: síndrome pseudogripal (caracterizado por episódios de febre, calafrios, cefaléia, tonturas e dores musculoesqueléticas que aparecem em geral entre o 3º e o 6º mês de tratamento), insuficiência renal aguda (em geral devido a uma necrose tubular aguda ou uma nefrite intersticial aguda), dispnéia, sibilos, hipotensão, choque e anemia hemolítica. Quando se utilizam doses corretas, administradas pelo menos 2 a 3 vezes por semana, a freqüência destas reações imunológicas é menor. Tem-se relatado distúrbios ocasionais no ciclo menstrual de mulheres sob tratamento antituberculoso prolongado, com esquemas contendo rifampicina. – Superdosagem: sinais e sintomas, náuseas, vômitos e sonolência podem ocorrer dentro de um período curto após a ingestão da medicação: no caso de haver patologia hepática grave poderá ocorrer perda da consciência. Haverá pigmentação marrom-avermelhada ou alaranjada da pele, urina, saliva, suor, lágrimas e fezes, cuja intensidade será proporcional à quantidade de droga ingerida. Tratamento: deve-se realizar lavagem gástrica o mais cedo possível; após esvaziamento gástrico deve-se instilar carvão ativado no estômago para ajudar a absorver a droga remanescente no trato gastrintestinal. Pode haver necessidade de droga antiemética para controlar as náuseas e/ou vômitos severos. A estimulação da diurese (com medições de administração e de eliminação) ajudam a promover a eliminação da droga. Em alguns pacientes, a hemodiálise pode ser valiosa. Não se tem relatado casos fatais por superdosagem até com a ingestão de 12 g de rifampicina. Tem-se conhecimento de um caso fatal de superdosagem em um homem de 26 anos de idade que faleceu após a auto-administração de 60 g de rifampicina. Em pacientes com função hepática normal antes do tratamento, pode-se chegar a observar, dentro de 72 horas, uma regressão do aumento hepático, como também da função excretora prejudicada, com rápido retorno posteriormente ao normal. Deverão ser instituídas medidas intensivas de suporte e os sintomas devem ser tratados individualmente à medida que surgirem. Embora não tenha sido observada no homem, estudos em animais sugerem uma possível ação neurodepressora associada às altas doses de rifampicina.

Como Usar (Posologia)

Para assegurar rápida e completa absorção aconselha-se a administração de Rifaldin com estômago vazio, longe das refeições. Na tuberculose, a dosagem é de 600 mg para pacientes com 50 kg ou mais, de 450 mg para pacientes com menos de 50 kg geralmente em uma única administração. Para crianças até 12 anos é de 10-15 mg/kg de peso corpóreo (recomenda-se não superar a dose diária de 600 mg). Rifaldin deve, em geral, ser associado a outros tuberculostáticos. Nas infecções inespecíficas: adultos: a dosagem diária sugerida é de 600 mg; nas formas graves esta dosagem pode ser aumentada para 900 a 1200 mg. Nas infecções das vias urinárias, a dosagem diária sugerida é de 900 a 1200 mg. Dosagens maiores devem ser fracionadas em 2 administrações diárias. Na blenorragia é indicada uma única administração diária de 900 mg, que poderá ser repetida, eventualmente, também no 2º e 3º dia. Crianças: a dosagem diária aconselhada é de 20 mg/kg em 1 ou 2 administrações diárias. Em todos os casos (exceto na blenorragia), continuar o tratamento por mais alguns dias, mesmo após o desaparecimento total dos sintomas.

Contra-Indicações de Rifaldin

Em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade às rifamicinas ou com icterícia.

Precauções

Pacientes com disfunção hepática só devem receber rifampicina em casos de real necessidade, com precaução e sob estrito controle médico, devendo-se controlar a função hepática, especialmente as transaminases glutâmico-pirúvica (TGP) e glutâmico-oxalacética (TGO), antes do início do tratamento e a cada 2 a 4 semanas durante o mesmo. Se detectados sinais de dano hepatocelular, a rifampicina deve ser suspensa. A descoberta isolada de uma elevação moderada de bilirrubina e/ou das transaminases não constituem, por si só, uma indicação para interromper o tratamento com Rifaldin; esta decisão deve ser tomada após repetição dos exames laboratoriais e levando em consideração a condição clínica do paciente e a tendência dos níveis enzimáticos. A rifampicina pode causar uma coloração avermelhada da urina, do escarro e das lágrimas, devendo-se alertar o paciente sobre este fato. As lentes de contato gelatinosas podem ficar permanentemente manchadas. No tratamento de infecções não tuberculosas, se houver suspeita de forma tuberculosa associada, a rifampicina não deve ser administrada antes que seja esclarecido o diagnóstico, para não mascarar o processo específico e não provocar a emergência de resistência microbacteriana. Quando a rifampicina é administrada de forma intermitente (menos de 2-3 doses por semana), pode haver reações imunológicas; devido a isto, os pacientes devem ser alertados para que não interrompam o tratamento e deve-se controlá-los cuidadosamente. A rifampicina possui propriedades indutoras enzimáticas, incluindo a delta-amino-levulínica-ácido-sintetase. Relatos isolados têm associado uma exacerbação da porfiria com a administração de rifampicina. Tem-se observado elevações transitórias de bromossulfaleína (BSP) e de bilirrubina séricas, pelo que se aconselha realizar estas dosificações antes da dose matinal de Rifaldin. Rifampicina Solução: pelo fato de conter metabissulfito de sódio, pode desencadear reações alérgicas, incluindo sintomatologia de choque anafilático, com risco de vida, ou crises de asma menos severas em algumas pessoas susceptíveis. A prevalência geral de sensibilidade na população ao sulfito não é conhecida e provavelmente seja baixa. A sensibilidade ao sulfito se observa mais freqüentemente em pessoas asmáticas do que naquelas não asmáticas. – Gravidez e lactação: não há estudos bem controlados com rifampicina na mulher grávida. Em altas doses a rifampicina mostrou ação teratogênica em roedores. A rifampicina é excretada pelo leite materno. Embora tenha-se relatado que a rifampicina atravessa a barreira placentária e aparece no cordão umbilical, o efeito da rifampicina isolada ou em combinação com outro antibiótico no feto humano não é ainda conhecido. Quando se administra nas últimas semanas da gravidez, a rifampicina pode causar hemorragias pós-natais tanto no recém-nascido como na mãe, para o que se indica tratamento com vitamina K. Conseqüentemente, Rifaldin não deve ser administrado a mulheres grávidas ou que estejam amamentando, a menos que, a juízo do médico, os benefícios potenciais para a paciente superem os riscos para o feto. – Interações medicamentosas: considerando-se que a rifampicina possui propriedades indutoras das enzimas hepáticas, pode reduzir a atividade de algumas drogas como anticoagulantes, ciclosporina, quinidina, analgésicos, narcóticos, dapsona, corticosteróides, digitálicos, anticoncepcionais orais, e agentes hipoglicemiantes orais. Tem-se relatado também diminuição da atividade das seguintes drogas quando administradas simultaneamente com rifampicina: metadona, barbitúricos, diazepam, verapamil, betabloqueadores adrenérgicos, clofibrato, progestágenos, disopiramida, mexiletina, teofilina, cloranfenicol e anticonvulsivantes. Pode ser necessário o ajuste das doses destes medicamentos se forem administrados concomitantemente com rifampicina. Durante o tratamento com rifamcipina, as mulheres em uso de anticoncepcionais orais devem ser advertidas para o uso de outros métodos não hormonais de controle de natalidade. A diabete pode ficar mais difícil de ser controlada. Tem-se evidenciado que os antiácidos interferem com a absorção da rifampicina. Quando se administra halotano concomitantemente com rifampicina, tem-se relatado casos de elevação de hepatotoxicidade de ambas as drogas. No caso de ketoconazol, diminui a concentração sérica de ambas as drogas e as dosagens deveriam ser ajustadas se a condição clínica do paciente requerer. Os níveis séricos terapêuticos da rifampicina podem inibir os métodos microbiológicos de dosagem de folatos e de vitamina B12 no soro e, portanto, deve-se considerar métodos alternativos. Quando a rifampicina é administrada junto com o ácido paraminossalicílico (PAS), os níveis séricos de rifampicina podem diminuir, conseqüentemente estes medicamentos devem ser tomados com intervalo de pelo menos 4 horas.

Apresentação

Cápsulas 300 mg: caixas com 6 e 90 cápsulas. Suspensão: frascos com 60 ml. Acompanha medida graduada em 2,5, 5, 7,5 e 10 ml. Gotas pediátricas: frascos com 5 ml.

Composição

Cápsulas 300 mg: cada cápsula contém:rifampicina 300 mg. Suspensão: cada 5 ml contém: rifampicina 100 mg. Gotas pediátricas: cada ml (41 gotas) contém: rifampicina 150 mg.

Laboratório

Hoechst Marion Roussel

Remédios da mesma Classe Terapêutica

Ambezetal, Amicacina, Amikin, Amoxil, Ampicil

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