Princípios ativos: cloranfenicol, guaifenesina
Quemicetina
Classe terapêutica dos Antibioticos Sistemicos
Princípios ativos Cloranfenicol e Guaifenesina.
Indicações de Quemicetina
Actinomicose, antrax, brucelose, granuloma inguinal, treponematoses, peste, sinusites, otite crônica supurativa. Observação: o cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados. O cloranfenicol não é indicado para uso profilático de infecções.
Efeitos Colaterais de Quemicetina
Reações hematológicas: estas podem se manifestar de duas formas: como uma depressão reversível da medula óssea ou como uma anemia aplástica idiossincrática. A depressão medular é dose-dependente e é mais comumente observada quando as concentrações séricas ultrapassam 25 microgramas por ml; esta afecção é geralmente reversível com a suspensão do fármaco. A anemia aplástica é uma reação idiossincrática grave que ocorre em pacientes tratados com cloranfenicol; não tem relação com a dose ou duração do tratamento, a maioria dos casos está relacionada ao uso oral e seu aparecimento ocorre em geral várias semanas ou meses após o uso do fármaco. Foram descritos casos raros de leucemia após anemia aplástica provocada pelo cloranfenicol, porém essa correlação não está ainda totalmente definida. Síndrome cinzenta do recém-nascido: é caracterizada por distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o cloranfenicol. Se o uso em recém-nascidos é necessário, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado. Níveis séricos acima de 50 microgramas/ml tem sido encontrados na maioria dos casos relatados. Adultos com ingestão acidental de doses muito elevadas podem apresentar esta reação. Neurite óptica ocorre raramente com o uso prolongado, a diminuição da acuidade visual em geral é reversível. Outros sintomas neurológicos raros: neurite periférica, cefaléia, depressão, oftalmoplegia e confusão mental. Reações de hipersensibilidade são raras. Reações gastrintestinais como diarréia, náusea, vômitos, glossite e estomatite são pouco freqüentes e sem gravidade.
Como Usar (Posologia)
Tanto para a via oral quanto a parenteral, a posologia é a mesma, dividida em 4 doses, ou administrações, a cada 6 horas. Adultos: 50 mg de cloranfenicol base por quilo de peso por dia. A dose máxima para adultos é de 4 g/dia. Em infecções graves, assim como em meningites, a dose pode chegar a 100 mg/kg/dia. Crianças: 50 mg (base) por quilo de peso por dia; em prematuros e recém-nascidos com menos de 2 semanas de vida, a dose é de 25 mg (base) por quilo de peso por dia. A concentração sérica, tanto para via oral, como para a parenteral, deve ser mantida entre 10 e 25 microgramas por ml. Quemicetina Succinato Injetável pode ser aplicada por via intramuscular ou intravenosa. A injeção intravenosa deve ser feita lentamente, nunca em menos de 1 minuto. A solução reconstituída para uso intravenoso mantém sua potência por até 3 dias, se refrigerada. Superdosagem: quadro clínico: doses elevadas administradas de forma aguda, podem levar à síndrome cinzenta no recém-nascido e raramente no adulto. Depressão medular pode ocorrer nesse caso. Ingestão crônica de doses excessivas pode levar à depressão medular, neurites, deficiência de vitamina K e sintomas gastrintestinais. Tratamento: não existe antídoto e o tratamento consiste em suporte e diálise peritoneal para eliminação do fármaco.
Contra-Indicações de Quemicetina
Pacientes alérgicos ao cloranfenicol ou derivados, portadores de depressão medular, discrasias sangüíneas ou insuficiência hepática. Em recém-nascidos e prematuros, a concentração sérica deve ser monitorizada. Não deve ser usado em grávidas próximo ao término do trabalho de parto, pelo risco de síndrome cinzenta no recém-nascido. Pacientes utilizando medicamentos antineoplásicos ou radioterapia devem evitar o uso de cloranfenicol, sob o risco de depressão medular. – Interações medicamentosas ou com alimentos: álcool: pode ocorrer reações semelhantes ao dissulfiram. Antiepiléticos: fenobarbital e hidantoína: podem diminuir a concentração sérica de cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema do citocromo P-450 pelo cloranfenicol pode diminuir o metabolismo do fenobarbital e também da hidantoína, elevando os níveis séricos destes fármacos. Warfarina: mesma interação que com fenobarbital. Piridoxina: o cloranfenicol aumenta sua excreção renal. Vitamina B12: o cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina B12. Alfentanil: diminui o clearance, com acúmulo sérico. Antidiabéticos orais: o cloranfenicol pode inibir o metabolismo hepático deste fármacos, aumentando seu efeito. Eritromicinas e lincomicinas: o cloranfenicol compete com ambos na ligação com a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, antagonizando seus efeitos; deve-se evitar o uso concomitante. Ativadores de enzimas hepáticas (rifampicina, fenobarbital, etc.) aumentam a degradação de cloranfenicol. Penicilinas: pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.
Precauções
Durante a gravidez não é recomendável sua utilização, apesar de nunca terem sido relatados defeitos teratogênicos relacionados com o uso. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do cloranfenicol para o feto pode levar ao aparecimento da síndrome cinzenta do recém-nascido. O cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome cinzenta do recém-nascido. Em recém-nascidos o cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado. O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com anemia, sangramentos, doenças hepáticas ou renais. Em insuficiência renal ou hepática as doses devem ser menores. Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea, alfentanil, hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia. Evitar o uso durante imunizações ativas. O uso de cloranfenicol pode provocar aumento da incidência de infecções dentárias, cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter crises hemolíticas com o uso do medicamento. Pacientes com porfiria têm o risco de crises aumentado. Advertências: o cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea, nem sempre reversível. O risco da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso o uso deste medicamento não deve ultrapassar a dez dias. Se forem necessários tratamentos mais longos, devem ser realizados rigorosamente exames periódicos de controle hematológico. Pacientes diabéticos devem ser advertidos que o cloranfenicol pode provocar falsas reações positivas de glicosúria. – Toxicidade: o principal efeito tóxico do cloranfenicol ocorre na medula óssea, provocando duas alterações: depressão da medula óssea e anemia aplástica. A primeira é provocada pela interferência do fármaco na síntese protéica das células medulares e a segunda tem causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco e é dose-dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4 g ou mais por dia ou com nível sérico acima de 30 microgramas por ml). A aplasia é idiossincrática e geralmente fatal, embora bastante rara. Pode ocorrer neurite óptica em tratamentos prolongados. Diminuição da acuidade visual pode ocorrer, mas é reversível. Neurite periférica, cefaléia, confusão mental, oftalmoplegia, náuseas, vômitos, diarréia, glossite, estomatite e hipersensibilidade são raros. O cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina K, o que poderia causar sangramento quando o seu uso é prolongado. Não há estudos confirmando a ausência de efeitos mutagênicos, carcinogênicos ou teratogênicos no ser humano. Por isso, apesar da ausência de relatos comprovando a ligação do uso do fármaco com tais efeitos, não se recomenda o uso durante a gravidez. Interferência em exames laboratoriais: o cloranfenicol pode causar falsos resultados positivos de glicosúria. O teste de Bartiromide é alterado, pois o cloranfenicol provoca aumento da quantidade de PABA recuperada.
Apresentação
Caixas contendo 20 e 100 cápsulas de 250 e 500 mg; caixas contendo 20 e 100 drágeas de 250 e 500 mg; frascos de vidro contendo 100 ml de xarope. Quemicetina Succinato 1 g: pó liofilizado em caixas com 1 frasco-ampola e 1 ampola diluente de 5 ml. Caixas com 50 frascos-ampola e 50 ampolas de diluente de 5 ml.
Composição
Cada cápsula de 250 e 500 mg contém,respectivamente: cloranfenicol 250 mg e 500 mg. Excipientes: lactose, estearato de magnésio, talco. Cada drágea de 250 e 500 mg contém, respectivamente: cloranfenicol 250 mg e 500 mg. Excipientes: açúcar cristal, amido de milho, carbonato de cálcio, cera polidora, levilite, estearato de magnésio, methocel 400, PVP oral, dióxido de titânio, talco. Cada 5 ml de xarope contém: palmitato de cloranfenicol 0,272 g (correspondente a 0,156 g de cloranfenicol). Excipientes: carboximetilcelulose sódica, veegum, polissorbato 80, ácido sórbico, p-hidroxibenzoato de metila, p-hidroxibenzoato de etila, p-hidroxibenzoato de propila, corante amarelo tartrazina, trietanolamina, álcool etílico 95%, essência de canela e limão, trimetil cetil amônio p-tolueno sulfonado, açúcar cristal, água desmineralizada. Quemicetina Succinato Injetável, hidrossolúvel: cada frasco-ampola contém: hemissuccinato sódico de cloranfenicol. 1,38 g (equivalente a 1 g de cloranfenicol), acompanha ampola de diluente (água para injeção) de 5 ml.
Laboratório
Searle Monsanto do Brasil Ltda.
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