Princípio ativo: gabapentina

C1 – Receituário de controle especial em duas vias

Progresse

Indicações de Progresse

Gabapentina é um agente anticonvulsivante indicado como adjuvante no tratamento de crises convulsivas parciais com ou sem generalização secundária, resistentes aos fármacos habitualmente utilizados, em pacientes com idade superior a 12 anos. Evidências sugerem a ação da gabapentina: no tratamento da dor neuropática decorrente do diabetes e do herpes-zóster; em pacientes com esclerose lateral amiotrófica; em pacientes com crises convulsivas generalizadas.

Efeitos Colaterais de Progresse

As reações adversas relacionadas ao uso de gabapentina descritas são as seguintes: o efeito hematológico possível é leucopenia. No sistema cardiovascular ocorreram vasodilatação e edema periférico com baixa freqüência. No sistema nervoso central, os efeitos mais comuns foram sonolência, tonturas e ataxia, principalmente no início do tratamento. Outros efeitos menos freqüentes foram tremores, fala pastosa, concentração ou memória prejudicadas e cefaléia. Há alguns relatos de caso em que pacientes com as mais diferentes doenças associadas tiveram aumento na freqüência de convulsões parciais, generalizadas e crises de ausência. Quanto ao sistema endócrino, notou-se aumento de peso em alguns pacientes. O uso de gabapentina aumentou a freqüência de náuseas, vômitos e desconforto gástrico. Secura na boca, constipação e aumento do apetite também foram notados. No sistema geniturinário alguns pacientes queixaram-se de impotência. No sistema respiratório rinite, tosse e faringite foram associados ao uso do gabapentina. No sistema tegumentar, prurido, erupções cutâneas, acne e eczema foram relatados. Os efeitos oculares associados ao uso de gabapentina foram visão embaçada, diplopia, ambliopia e nistagmo.

Como Usar (Posologia)

A dose efetiva comum de gabapentina é de 900 a 1800 mg/dia, por via oral, dividida em três tomadas diárias. O fármaco pode ser titulado a partir de uma dose inicial de 300 mg no primeiro dia do tratamento, 300 mg duas vezes ao dia no segundo dia e 300 mg três vezes ao dia no terceiro dia. O ajuste posterior da dose é feito de acordo com a resposta de cada paciente. – Uso pediátrico: a segurança e eficácia não foram estabelecidas, nos pacientes abaixo de 12 anos. – Uso geriátrico: com a idade há um decaimento no clearance renal da gabapentina, o que pode ser explicado pelo declínio normal da função renal, sugerindo que doses mais baixas devam ser, inicialmente, consideradas. – Superdosagem: alguns casos de superdose de até 49 gramas foram relatados, sendo notadas diplopia, fala pastosa, sonolência, letargia e diarréia. Em todos os casos os pacientes se recuperaram apenas com terapia de suporte, a hemodiálise só foi indicada em casos extremos ou quando a função renal se mostrava importantemente comprometida.

Contra-Indicações de Progresse

Contra-indicado a pacientes que apresentam hipersensilibidade à gabapentina. – Gravidez e lactação: não há estudos controlados em mulheres grávidas. Não se sabe se gabapentina é eliminada no leite materno e qual o efeito do fármaco no lactente. Portanto, a gabapentina pode ser usada durante a gravidez ou em lactantes, somente quando os benefícios justificarem os possíveis riscos ao feto ou lactente.

Precauções

Durante o início do tratamento, quando ainda há risco de vertigem e mais gravemente de quadro de síncope, o paciente deve ser alertado para evitar situações de risco, como dirigir ou operar máquinas. A droga deve ser suspensa gradualmente, por um período mínimo de 1 semana, pois caso contrário, a suspensão abrupta de gabapentina pode resultar em quadros neurológicos graves como o mal epiléptico. Em estudos com animais as mais altas concentrações do fármaco foram encontradas no pâncreas e rins, e como está associado a alta incidência de adenocarcinomas pancreáticos em ratos machos, deve-se ter cuidado quando o epiléptico usuário do fármaco apresentar doença neste órgão. A gabapentina é em grande parte excretada inalterada na urina, assim pacientes com função renal deteriorada devem ter um ajuste preciso da dose administrada. Pacientes com clearance de creatinina de 30 a 60 ml/min devem receber 300 mg duas vezes ao dia; com clearance de 15 a 30 ml/min, 300 mg ao dia e com clearance menor que 15 ml/min, a dose é de 300 mg em dias alternados. – Interações medicamentosas: anticonvulsivantes: gabapentina é um fármaco não significativamente metabolizado, não interferindo com o metabolismo e conseqüentemente com os níveis plasmáticos de outros anticonvulsivantes administrados concomitantemente, como carbamazepina, clonazepan, ácido valpróico, fenitoína e fenobarbital. Antiácidos: gabapentina deve ser administrada 2 horas após a administração de antiácidos, pois o uso concomitante destes diminui a biodisponibilidade da gabapentina em 20%. Cimetidina: o uso conjunto parece diminuir o clearance da gabapentina em 14%, aparentemente sem importância clínica significativa, quanto a uma possível intoxicação. Anticoncepcionais orais: não há alterações clínicas importantes quando esses fármacos são administrados concomitantemente.

Apresentação

Embalagem com 30 cápsulas de 300 mg e 400 mg.

Composição

Cada cápsula de 300 mg e 400 mg contém,respectivamente: gabapentina 300 mg e 400 mg.

Laboratório

Laboratórios Biosintética Ltda.