Princípio ativo: pirazinamida
Pirazinamida
Laboratório
Iquego
Referência
FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA
Apresentação de Pirazinamida
Envelope de papel Kraft com 10 comprimidos 500 mg Blister de alumínio e PVC com 10 comprimidos 500 mg Pirazinamida 3% susp. Oral
Pirazinamida – Indicações
IQUEGO-Pirazinamida é indicado para o tratamento da tuberculose, depois que os tratamentos de primeira escolha não foram eficazes, sempre em associação com outros antituberculosos.
Contra-indicações de Pirazinamida
O IQUEGO – Pirazinamida é contra-indicado para indivíduos com algum grau de disfunção hepática, a menos que seja absolutamente inevitável, e em pacientes com história de hipersensibilidade à Pirazinamida ou a qualquer outro componente da fórmula.
Advertências
IQUEGO – Pirazinamida deve ser administrada associada com outros tuberculostáticos, devido ao risco de desenvolvimento de resistência bacteriana. A terapêutica antituberculose deve ser mantida por um período de 6 meses a 2 anos, dependendo do tipo de tratamento utilizado. Pacientes com imunodeficiência adquirida (AIDS) concomitante podem necessitar um período maior de tratamento. Pacientes com função renal diminuída não necessitam de redução da dose. O risco/benefício deve ser avaliado em situações clínicas como: gota, função hepática comprometida, hipersensibilidade a Pirazinamida, etionamida, isoniazida, ácido nicotínico ou outros medicamentos quimicamente relacionados. Monitorar a função hepática (enzimas) e ácido úrico.
Uso na gravidez de Pirazinamida
USO DURANTE A GRAVIDEZ Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de isoniazida e rifampicina durante a gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o feto. Categoria de risco na gravidez: C (ambos os fármacos) USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO A isoniazida passa para o leite materno e, portanto, é preciso avaliar a relação risco/benefício. Caso seja administrado, existe um risco teórico de neuropatia e convulsões. Recomenda-se uso preventivo de piridoxina para a mãe e o bebê. Deve-se monitorar o lactente para identificar possível toxicidade,
Interações medicamentosas de Pirazinamida
a) isoniazida Aumento da hepatotoxicidade com a administração de isoniazida com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano. Aumento da neurotóxicidade com cicloserina. A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carmabazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina. A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida. Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação. A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol. Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade. Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central Dissulfiram: uso concomitante pode causar alterações comportamentais ou na coordenação motora. Anticoagulantes orais como varfarin podem ter efeito aumentado pela isoniazida. b) rifampiciina Os antiácidos e o c etoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina. Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída em conseqüência de seu metabolismo acelerado no uso concomitante com rifampicina: Ansiolíticos: diazepam. Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida. Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona. Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante). Anticoncepcionais orais. Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina. Antidiabéticos: clorpropramida, tolbutamida e possivelmente outras sulfoniluréias (reduz o efeito, dificultando o controle). Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína. Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol. Antipsicóticos: haloperidol. Anti-retrovirais: indinavir, nelfinavir e saquinavir (evitar o uso concomitante). Beta-bloqueadores: propranolol. Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino. Ciclosporina. Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes). Corticosteróides. Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método se se quiser evitar a gestação. Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo. Tacrolimus. Teofilina. Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina. Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina. INTERAÇÃO COM ALIMENTOS, CHÁS OU ÁLCOOL Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol). O consumo diário de álcool aumenta o risco de hepatoxicidade da isoniazida. A absorção de rifampicina é diminuída quando administrada junto com alimentos. A erva-de-São João pode diminuir a ação da rifampicina. INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS A isoniazida interfere na determinação da glicosúria e dos níveis sangüíneos de bilirrubinas e de transaminases. Elevação moderada e transitória dos níveis séricos das transaminases ocorrem em alguns doentes mas geralmente há retorno à normalidade sem interromper o tratamento.
Reações adversas / Efeitos colaterais de Pirazinamida
Lesão hepática. Elevações das TGO e TGP plasmáticas são as principais anormalidades provocadas pela droga.Todos os pacientes tratados com Pirazinamida devem ser submetidos a exames da função hepática antes de administrar-se a droga, o que deve ser repetido a intervalos freqüentes durante todo o período do tratamento. Se houver evidências de lesão hepática significativa, o tratamento deve ser interrompido. Citam-se também artralgias, anorexia, náuseas e vômitos, disúria, mal-estar e febre. Pode interferir com nitroprussiato de sódio, produzindo uma cor rósea-acastanhada que interfere na análise urinária, bem como na determinação de corpos cetônicos na urina e, podendo aumentar a concentração sérica de ácido úrico.
Pirazinamida – Posologia
A dose diária é de 20 a 35 mg/kg, por via oral, fracionada em três ou quatro doses administradas em intervalos iguais. A quantidade máxima a ser dada é de 3 g por dia, independente do peso corporal.
Superdosagem
Em caso de superdosagem procure orientação médica.As manifestações devidas à isoniazida são vômitos, acidose metabólica, hiperglicemia, convulsões e coma. Superdosagem de rifampicina pode provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema periorbital ou facial, urticária e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as descritas no item anterior. Deve-se promover o esvaziamento gástrico nas ingestões recentes e administrar carvão ativado na dose de 1 g/kg de peso até a dose de 50g. Deve-se aplicar piridoxina, em doses elevadas, por via intravenosa. Também se promove a diurese com agentes osmóticos. Nos casos mais graves, são indicadas medidas para reposição hidro-eletrolítica, correção da acidose com bicarbonato de sódio e medicação sintomática.
Características farmacológicas
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS O produto combina um tuberculostático (isonizida) com um antibiótico macrocíclico (rifampicina) também ativo contra o M. tuberculosis que são usados associados com grande freqüência na prática clínica. Farmacocinética a) isoniazida É bem absorvida no sistema digestivo, mas pode ocorrer significativo metabolismo de primeira passagem. Possui ampla distribuição nos diversos tecidos e fluidos corporais incluindo o líquido cefalorraquidiano, quando apresenta níveis equivalentes a 20% dos níveis no sangue mas que se elevam quando existe inflamação das meninges, podendo se igualarem à concentração sérica. Atravessa a barreira placentária e é excretada no leite. A biotransformação é hepática, por acetilação. Em seres humanos há heterogeneidade genética quanto à velocidade de acetilação da isoniazida, isto é, existem indivíduos que são acetiladores rápidos e outros lentos, sendo estes os que tendem a apresentar manifestações de hepatotoxicidade. A sua meia-vida fica em torno de uma hora em indivíduos acetiladores rápidos e de três a cinco horas nos lentos, elevando-se ainda mais na presença de hepatopatias. A duração da ação é prolongada e assim os níveis da concentração sangüínea necessários para que ocorra ação contra as micobactérias são muito baixos. Permite o uso de dose única diária ou em dias alternados. A absorção e biodisponibilidade oral são diminuídas com a presença de alimentos. b) rifampicina É bem absorvida pelo trato gastrintestinal mas esta absorção se reduz quando é administrada com alimentos. Tem ampla distribuição orgânica incluindo o sistema nervoso. Atravessa a barreira placentária e é encontrada no leite materno. A metabolização é hepática. A sua meia-vida é de três horas após uma dose única de 600 mg, diminuindo um pouco para as doses repetidas. É longa sua duração de ação porque são mínimos os níveis necessários para a atividade antibacteriana. Farmacodinâmica A isoniazida é um derivado sintético do ácido isonicotínico. Age inibindo a síntese do ácido micólico, um componente importante da parede de micobactérias, não atuando contra outros tipos de bactérias. É considerada um fármaco primário, sendo utilizada no tratamento de todas as formas de tuberculose causadas por cepas de Mycobacterium tuberculosis sensíveis à isonizada. Tem ação bactericida extracelular. A rifampicina é um antibiótico derivado semi-sintético da rifamicina B. As rifamicinas são derivadas do Nocardia mediterranei. A rifampicina age contra Mycobacterium leprae, M.tuberculosis, diversas outras micobactérias e bactérias gram-positivas e gram-negativas. M. fortuitum é resistente. O mecanismo de ação é a inibição da biossíntese do ARN bacteriano. Embora tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase e da tuberculose, sempre em associação com outros antibacterianos adequados, pois é muito rápida a emergência de resistência bacteriana. A causa mais comum de resistência bacteriana é a mutação na subunidade beta da ARN polimerase, onde ocorre a ligação da rifampicina.
Resultados de eficácia
Vários trabalhos da literatura confirmam a eficácia dos fármacos presentes no produto. Vide: – Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Manual Técnico para o Cont role da Tuberculose. Normas e Manuais Técnicos, n.148. p.28-30, 2002 ou edições posteriores. – CASTELO FILHO, Adauto; KRITSKI, Afrânio Lineu; BARRETO, Ângela Werneck et al. II Consenso Brasileiro de Tuberculose: Diretrizes Brasileiras para Tuberculose. J. bras. pneumol. 30 suppl.1, p.S57-S86, 2004. – Fundamentos farmacológico-clínicos de medicamentos de uso corrente acessível em http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/INDEX.HTM . – Singapore Tuberculosis Service/British Medical Research Council. Clinical trial intermittent regimens of rifampin plus isoniazid for pulmonary tuberculosis in Singapore. Am Rev Resp Dis. n.116:p 807-820, 1977. – Zwarenstein M; Schoeman JH; Vundule C; Lombard CJ; Tatley M. Randomized cont rolled t r ial of self supervised and direct ly observed t reatment of tuberculosis. Lancet, n.352: p.1340-1343,1998.
Modo de usar
O produto deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas após a refeição, com algum líquido, sem mastigar, com outros medicamentos para tuberculose. A administração de FURP-Isoniazida + Rifampicina não deve ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da administração sem orientação médica. É muito importante respeitar os horários de tomada deste medicamento. Caso você se esqueça de tomar uma dose, tome-a o quanto antes, a menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deve ser avisado. Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se administrar junto de uma refeição leve. Conservar este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e umidade.
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
USO EM IDOSOS Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia que pode ser evitada com uso de piridoxina. GRUPOS DE RISCOS Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica pela isoniazida que pode ser evitada com uso preventivo de piridoxina. Os pacientes com disfunção hepática ou renal apresentam grande de efeitos tóxicos da rifampicina. Só se deve empregar em caso de real necessidade e sob supervisão médica, com monitorização de enzimas no sangue.
Armazenagem
As caixas contendo o medicamento devem ser conservadas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegidas da luz e umidade.
Pirazinamida – Informações
QUEGO – Pirazinamida é um análogo pirazínico sintético da Nicotinamida. Apresenta atividade bactericida in vitro apenas em pH ligeiramente ácido, o bacilo da tuberculose dentro dos monócitosin vitro são destruídos pela droga na concentração de 12,5 g/ml. A resistência desenvolve-se, rapidamente, se a Pirazinamida for utilizada isoladamente.
Dizeres legais
MS 1.1039.0062 Farm. Responsável: Dr. Adivar Aparecido Cristina CRF-SP nº 10.714 FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR – FURP Governo do Estado de São Paulo Rua Endres, 35 – Guarulhos – São Paulo C.N.P.J. 43.640.754/0001-19 – Indústria Brasileira SAC Serviço ao Cliente 0800 055 1530 DISPENSAÇÃO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA PROIBIDA A VENDA AO COMÉRCIO