Princípio ativo: dipiridamolPersantin
dipiridamol

Esta bula é atualizada continuamente. Por favor, proceda à sua leitura antes de
utilizar o medicamento.

Forma farmacêutica e apresentações
PERSANTIN 75 mg: embalagens com 40 e 200 drágeas.
PERSANTIN 100 mg: embalagem com 50 drágeas.

Uso adulto

Composição
Cada drágea de 75 mg contém:
dipiridamol………………………………………………………………………………………….75 mg
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido, dióxido de silício coloidal, estearato
de magnésio, sacarose, talco, goma arábica, dióxido de titânio, macrogol, cera
branca, cera de carnaúba, corante amarelo crepúsculo.

Cada drágea de 100 mg contém:
dipiridamol………………………………………………………………………………………..100 mg
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido, dióxido de silício coloidal, estearato
de magnésio, sacarose, talco, goma arábica, dióxido de titânio, macrogol, cera
branca, cera de carnaúba.

Informação ao paciente
PERSANTIN é um medicamento que impede a agregação de plaquetas,
prevenindo a ocorrência de tromboses e embolias. Para tanto, requer tratamento a
longo prazo. Manter o medicamento em temperatura ambiente (15°C a 30°C).
Proteger da umidade. O prazo de validade do produto é de 24 meses a partir da
data de fabricação, desde que observadas as condições de armazenamento. Não
tome medicamentos com prazo de validade vencido. Informe ao seu médico a
ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe
ao médico se está amamentando. PERSANTIN não deve ser administrado durante
a gravidez e o período de lactação, a não ser com autorização do médico
responsável. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as
doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o
conhecimento do seu médico. Como efeitos colaterais podem ocorrer, sobretudo
no início da terapêutica, vômitos, diarréia, vertigem, náuseas e dores de cabeça.
Em casos raros registraram-se também queda da pressão, sensação de falta de ar
e aumento dos batimentos cardíacos. Informe ao seu médico o aparecimento de
reações desagradáveis. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO
ALCANCE DAS CRIANÇAS. Informe seu médico sobre qualquer medicamento
que esteja usando antes do início ou durante o tratamento. NÃO TOME REMÉDIO
SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA
SAÚDE.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Informação técnica

Propriedades Farmacológicas:
A substância ativa de PERSANTIN, o dipiridamol, inibe a recaptação de adenosina
nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células endoteliais in vitro e in vivo. A inibição
atinge no máximo 80%, sendo dose-dependente em concentrações terapêuticas
(0,5 – 2 mcg/ml). Conseqüentemente, há um aumento local da concentração de
adenosina que atua no receptor A2 das plaquetas, estimulando a adenilciclase
plaquetária e aumentando assim os níveis de AMPc plaquetário. Desse modo, a
agregação plaquetária é inibida em resposta aos vários estímulos, tais como PAF,
colágeno e ADP. A diminuição da agregação plaquetária reduz o consumo de
plaquetas aos níveis normais. Além disso, a adenosina tem um efeito
vasodilatador, e este é um dos mecanismos pelo qual o dipiridamol produz a
vasodilatação. O dipiridamol inibe a fosfodiesterase em vários tecidos. Enquanto a
inibição de AMPc-fosfodiesterase é fraca, níveis terapêuticos inibem GMPc-
fosfodiesterase, aumentando assim a produção de GMPc pelo fator relaxante de
origem endotelial.
O dipiridamol também estimula a biossíntese e a liberação da prostaciclina pelo
endotélio. Além disso, o dipiridamol reduz a trombogenicidade das estruturas
subendoteliais pelo aumento da concentração do mediador 13-HODE (ácido 13-
hidroxioctadecadienóico).

Farmacocinética:
A maioria dos dados farmacocinéticos é baseada em voluntários saudáveis.
Há linearidade de doses para todas as doses terapêuticas de dipiridamol. Após
administração de PERSANTIN drágeas, a droga demora de 10-15 min para ser
absorvida, devido à desintegração da drágea e o esvaziamento gástrico. Depois
disso, é rapidamente absorvida e sua concentração plasmática máxima é atingida
após uma hora. A média (variação) da concentração máxima em condições
estáveis, com 75 mg 3 vezes ao dia, é de 1,86 mcg/ml (1,23 ­ 3,27 mcg/ml), e da
concentração mínima é de 0,13 mcg/ml (0,06 ­ 0,26 mcg/ml). Com doses de 75
mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 1,54 mcg/ml (0,975 ­ 2,17
mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,269 mcg/ml (0,168 ­ 0,547 mcg/ml). Com
doses de 100 mg 4 vezes ao dia, a concentração máxima é de 2,36 mcg/ml (1,13
­ 3,81 mcg/ml) e a concentração mínima é de 0,432 mcg/ml (0,186 ­ 1,38
mcg/ml).

A fase de distribuição observada após administração intravenosa não pode ser
distinguida da distribuição após administração oral. A meia-vida dominante é de
aproximadamente 40 minutos, como no caso da administração intravenosa.
Após administração intravenosa ocorre uma fase de eliminação terminal com
meia-vida de aproximadamente 13 horas. Essa fase terminal de eliminação é
relativamente pouco significativa, pois representa uma pequena proporção do total
absorvido, como evidencia o fato de que o estado de equilíbrio é atingido dentro
de dois dias tanto para três como para quatro doses ao dia. Não ocorre acúmulo
significativo da droga com o uso prolongado.

O volume de distribuição aparente do compartimento central (VC) é de cerca de 5
litros (similar ao volume plasmático). O volume de distribuição aparente no estado
de equilíbrio é de cerca de 100 litros, refletindo distribuição em vários
compartimentos. O clearance total é de aproximadamente 250 ml/min e o tempo
de permanência é de aproximadamente 8 horas (resultado de um MRT intrínseco
de aproximadamente 6,4 horas e um tempo médio de absorção de 1,4 horas).
A farmacocinética estimada, bem como os resultados experimentais em estados
de equilíbrio, indicam que o regime de três ou quatro doses ao dia é adequado.
O tratamento com dipiridamol drágeas no estado de equilíbrio produz uma
biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 60% e uma biodisponibilidade
relativa de aproximadamente 95% quando comparada com a administração de
solução oral. Isto se deve ao efeito de primeira passagem pelo fígado, que remove
cerca de 1/3 da dose administrada, e também à absorção incompleta da droga.

Distribuição do dipiridamol:
A distribuição do dipiridamol é bastante ampla, atingindo vários órgãos, devido ao
fato de ser altamente lipofílico.
Em animais, o dipiridamol distribui-se preferencialmente pelo fígado, depois pelos
pulmões, rins, baço e coração. A droga não atravessa significativamente a barreira
hematoencefálica. A transferência placentária de dipiridamol é muito baixa. Em um caso detectou-se aproximadamente 1/17 da concentração plasmática no leite
materno.
A ligação do dipiridamol com proteínas é de aproximadamente 97-99%, ligando-se
principalmente à 1-alfa-ácido-glicoproteína e à albumina.

Metabolismo do dipiridamol:
A metabolização do dipiridamol ocorre no fígado. O dipiridamol é metabolizado por
conjugação com ácido glicurônico, formando principalmente um monoglicuronídeo
e somente pequenas quantidades de diglicuronídeos. Na administração oral,
aproximadamente 80% da concentração plasmática total não é metabolizada, e
20% da quantidade total é de monoglicuronídeo.

Eliminação do dipiridamol:
A excreção renal do composto não metabolizado é insignificante (< 0,5%). A
excreção urinária do metabólito glicuronídeo é baixa (5%). Os metabólitos são
quase totalmente excretados por via biliar (cerca de 95%), com alguma evidência
de recirculação entero-hepática.

Cinética em pacientes idosos:
A concentração plasmática após administração de drágeas em idosos (acima de
65 anos) foi aproximadamente 50% maior que em indivíduos mais jovens (abaixo
de 55 anos).
A diferença é causada principalmente pela menor velocidade de remoção da
substância do sangue. A absorção em idosos parece ser similar à que ocorre em
mais jovens.

Cinética em pacientes com disfunção hepática:
Pacientes com insuficiência hepática não apresentam mudanças na concentração
plasmática de dipiridamol, mas observa-se um aumento de glicuronídeos
(farmacodinamicamente inativos). Sugere-se administrar dipiridamol sem restrição,
desde que não haja evidência clínica de insuficiência hepática.

Cinética em pacientes com disfunção renal:
Nos casos de insuficiência renal, nenhuma alteração na farmacocinética é
esperada, pois a excreção renal é muito baixa (5%). No estudo realizado em
pacientes com clearance de creatinina variando de aproximadamente 15 ml/min a
> 100 ml/min, não se observaram alterações na farmacocinética de dipiridamol ou
nos seus metabólitos glicuronídeos quando os dados foram corrigidos para
diferenças relacionadas à idade.

Indicações
PERSANTIN é indicado como coadjuvante de anticoagulantes orais na profilaxia
de tromboses decorrentes de próteses de válvulas cardíacas.

Contra-indicações
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.


Precauções
Dentre outras propriedades, o dipiridamol atua como vasodilatador e deve
ser utilizado com prudência em pacientes com doença arterial coronariana
grave, incluindo angina instável e infarto do miocárdio recente, em casos de
estenose aórtica subvalvular ou de instabilidade hemodinâmica (por
exemplo, insuficiência cardíaca descompensada).
A experiência clínica demonstra que pacientes tratados com dipiridamol
oral, que também necessitam do teste de stress farmacológico com
dipiridamol intravascular, devem descontinuar o uso de dipiridamol via oral
vinte e quatro horas antes do teste de stress. Caso contrário, a sensibilidade
do teste pode ser prejudicada.

Em pacientes com miastenia grave pode haver necessidade de reajuste da
terapêutica durante o emprego de dipiridamol (vide Interações
medicamentosas).

Relatou-se pequeno número de casos apresentando dipiridamol não-
conjugado incorporado em grau variável a cálculos biliares (de até 70 % do
peso seco do cálculo). Todos os pacientes eram idosos, tinham ascendência
evidente de colangite e haviam sido tratados com dipiridamol por via oral
durante vários anos. Não há evidência de que dipiridamol tenha sido o fator
principiante na formação de cálculos biliares nesses pacientes. A
desglicuronização bacteriana de dipiridamol conjugado na bile pode ser o
mecanismo responsável para a presença de dipiridamol em cálculos biliares.


Interações medicamentosas
O dipiridamol aumenta os níveis plasmáticos e efeitos cardiovasculares da
adenosina, devendo-se considerar um ajuste da dosagem desta. No uso
concomitante de anticoagulantes ou de ácido acetilsalicílico, devem-se
considerar os relatos de intolerância e riscos destes medicamentos. A
adição de dipiridamol ao ácido acetilsalicílico não aumenta a incidência de
hemorragias. Quando o dipiridamol foi administrado concomitantemente
com varfarina, a freqüência ou severidade de hemorragia não foi maior do
que a observada com a administração isolada de varfarina. O dipiridamol
pode potencializar o efeito hipotensor de fármacos anti-hipertensivos e pode
atuar contra os efeitos anticolinesterásicos dos inibidores da colinesterase;
deste modo, é potencialmente um agravante da miastenia grave.

Gravidez e lactação
Não se evidencia total segurança no uso deste medicamento durante a
gravidez, mas PERSANTIN tem sido usado por muitos anos durante a
gestação sem aparentes efeitos à saúde. Estudos pré-clínicos não
evidenciaram nenhum risco à saúde. Todavia, medicamentos devem ser
evitados durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre, a menos
que o benefício esperado supere um possível risco ao feto. PERSANTIN
somente deve ser usado na amamentação se considerado essencial pelo
médico.


Reações adversas
Reações adversas a doses terapêuticas de PERSANTIN são em geral leves e
passageiras. Têm sido observados vômitos, diarréia, sintomas subjetivos,
tais como vertigem, náuseas, cefaléia e mialgia. Na maioria das vezes, estes
efeitos desaparecem durante tratamentos a longo prazo.

As propriedades vasodilatadoras de PERSANTIN podem determinar
hipotensão, sensação de falta de ar e taquicardia. Observou-se piora de
cardiopatia coronariana.

Existem relatos de reações de hipersensibilidade, tais como ocorrência de
exantemas, urticária, broncoespasmo severo e angioedema.

Raramente ocorreu um grau maior de hemorragia durante ou após cirurgias.

Relataram-se casos isolados de trombocitopenia associados ao tratamento
com PERSANTIN.

Há relatos de incorporação de dipiridamol em cálculos biliares (ver
Precauções).

Modo de usar e posologia
Uso oral: Recomendam-se doses entre 300 e 450 mg/dia, em administração
fracionada. A dose diária máxima é de 600 mg.

Sobre o uso de PERSANTIN em crianças, as informações disponíveis são
limitadas.

Superdosagem
Sintomas: Devido ao pequeno número observado de casos de superdosagem, a
experiência com superdosagem de dipiridamol é limitada. Os seguintes sintomas
são esperados: sensação de calor, rubor, sudorese, inquietação, astenia, vertigem
e sintomatologia anginosa. Podem ocorrer hipotensão e taquicardia.

Tratamento: Recomenda-se terapia sintomática. Em caso de superdose oral,
considerar lavagem gástrica. A administração de derivados da xantina (p. ex.
aminofilina) pode anular o efeito hemodinâmico da superdosagem de dipiridamol.
Devido à sua ampla distribuição nos tecidos e eliminação hepática predominante,
é pouco provável que se consiga acessar o dipiridamol por processos de remoção.

Pacientes idosos
Não existem restrições ou precauções especiais para o uso do produto em
pacientes com idade acima de 65 anos, desde que sigam corretamente as
precauções e a orientação médica.

N° do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.

Para sua segurança, mantenha esta embalagem até o uso total do
medicamento.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

MS -1.0367.0030

Resp. Técn.: Farm. Laura M. S. Ramos CRF-SP n° 6870

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Rod. Regis Bittencourt (BR 116), km 286
Itapecerica da Serra – SP
SAC 0800-701 6633
CNPJ/MF n° 60.831.658/0021-10
Indústria Brasileira

BPI 0248-02 20020725
155563-1
CL 469

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