Princípio ativo: indapamida

NATRILIX SR

indopamida 1,5mg

Forma farmacêutica e apresentações:

Caixa contendo 15 ou 30 comprimidos revestidos de liberação sustentada de 1,5mg.

USO ADULTO USO ORAL

Composição:

Cada comprimido revestido contém:

Indapamida (DCB 04875) ………………….. 1,5 mg.

Excipientes: Lactose, estearato de magnésio, polivinilpirrolidona, sílica coloidal anidra, dióxido de titânio, hidroxipropilmetilcelulose, glicerol, polietilenoglicol 6000,q.s.p. um comprimido de …………………205,0 mg.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE: AÇÃO DO MEDICAMENTO

NATRILIX SR atua eficazmente reduzindo a pressão arterial por meio de um mecanismo vascular. NATRILIX SR atua logo na primeira hora após sua ingestão, com sua ação perdurando por 24 horas.

INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO

NATRILIX SR é indicado no tratamento da hipertensão arterial essencial.

RISCOS DO MEDICAMENTO

NATRILIX SR é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade às sulfonamidas ou a qualquer um dos excipientes, com insuficiências hepática ou renal graves, com encefalopatia hepática ou com hipocalemia.

Advertências

Em caso de insuficiência hepática, os diuréticos tiazídicos podem causar uma encefalopatia hepática. Neste caso, a administração do diurético deve ser suspensa imediatamente. Devido à presença de lactose, este medicamento é contra-indicado em casos de galactosemia congênita, síndrome de má absorção da glicose e galactose ou deficiência de lactase.

Precauções de uso

Natremia: deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento e depois, em intervalos regulares. Todo tratamento diurético pode provocar uma hiponatremia, com conseqüências graves. A baixa da natremia pode apresentar-se assintomática, no início. Assim sendo, um controle regular é indispensável e deverá ser feito, mais freqüentemente, nos grupos de risco, representados pelos idosos e pelos pacientes cirróticos (ver "Reações adversas" e "Superdose"). Calemia: a depleção de potássio com hipocalemia constitui-se no maior risco dos diuréticos tiazídicos.

O risco de surgimento de uma hipocalemia (< 3,4 mmol/L) deve ser prevenido em certos grupos de risco, como idosos; pessoas subnutridas e/ou polimedicadas; pacientes cirróticos portadores de

edemas e ascite; pacientes com Doença Arterial Coronariana e portadores de insuficiência cardíaca. Nestes casos, a hipocalemia aumenta a toxicidade cardíaca dos digitálicos e o risco de arritmias. Os pacientes que apresentam um intervalo QT prolongado são considerados igualmente como grupo de risco, seja de origem congênita ou iatrogênica. A hipocalemia, assim como a bradicardia, age como um fator favorável ao surgimento de arritmias graves, em particular as "torsades de pointes" potencialmente fatais. Em todos estes casos, um monitoramento mais freqüente da calemia torna-se necessário. A primeira avaliação do potássio plasmático deve ser realizada no decorrer da primeira semana de tratamento. A constatação de uma hipocalemia requer a sua correção.

Calcemia: os diuréticos tiazídicos podem reduzir a excreção urinária do cálcio e ocasionar um aumento pequeno e transitório da calcemia. Uma hipercalcemia pode ocorrer devido a um hiperparatireoidismo não diagnosticado previamente. O tratamento deve ser interrompido antes da investigação funcional da paratireóide.

Glicemia

O monitoramento da glicemia é importante nos pacientes diabéticos, principalmente na ocorrência de uma hipocalemia.

Ácido úrico

Nos pacientes hiperuricêmicos, pode haver aumento na ocorrência de crises de gota.

Função renal e diuréticos

Os diuréticos tiazídicos somente possuem eficácia total quando a função renal está normal ou pouco alterada (creatinemia < 25 mg/L, isto é, 220 |mol/ L para um adulto). Em pacientes idosos, o valor da concentração plasmática de creatinina deve ser ajustado de acordo com a idade, peso e sexo do paciente.

A hipovolemia, secundária à perda de água e de sódio induzida pelo diurético no início do tratamento, causa uma redução da filtração glomerular, resultando num aumento das concentrações plasmáticas de uréia e creatinina. Esta insuficiência renal funcional e transitória não tem conseqüências para os pacientes com função renal normal, mas pode agravar uma insuficiência renal pré-existente.

Desportistas

Deve-se atentar para o fato de que NATRILIX SR contém um princípio ativo que pode induzir uma reação positiva nos testes realizados durante o controle antidoping.

Gravidez e lactação Gravidez

Como regra geral, a administração de diuréticos tiazídicos deve ser evitada durante a gravidez e, nunca devem ser utilizados para o tratamento dos edemas fisiológicos da gravidez. Os diuréticos podem causar uma isquemia fetoplacentária, com risco de hipotrofia fetal. Lactação

A amamentação é desaconselhada durante o tratamento com NATRILIX SR tendo em vista a passagem da indapamida para o leite materno.

Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas

NATRILIX SR não afeta a vigilância, mas podem ocorrer em determinados pacientes reações individuais relacionadas à diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento ou no caso de associação com outro medicamento anti-hipertensivo.

Conseqüentemente, a capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas pode estar diminuída.

Pacientes idosos

A ampla experiência clínica desde 1977, quando a indapamida foi lançada no mercado, confirma que este produto é muito bem tolerado clínica e metabolicamente. Esta excelente segurança é o maior critério de escolha para pacientes idosos, caracterizados por sua maior suscetibilidade a efeitos adversos. A melhor tolerabilidade com relação a parâmetros hidroeletrolíticos, resultado da redução do princípio ativo no NATRILIX SR, fazem dele um diurético anti-hipertensivo ainda melhor para o tratamento da hipertensão em idosos. Como para qualquer outro tratamento com diuréticos utilizados neste tipo de paciente, é essencial adaptar o monitoramento ao estado clínico inicial e a doenças intercorrentes. A associação de NATRILIX SR com lítio não é recomendada.

No caso de utilização dos antiarrítmicos quinidi-na, hidroquinidina, disopiramida, amiodarona, sotalol, dofetilida e ibutilida; dos antipsicóticos fenotiazínicos (clorpromazina, ciamemazina, levomepromazina, tioridazina, trifluoperazina), benzamídicos (amisulpirida, sulpirida, sultoprida, tiaprida), butirofenonas (droperidol, haloperidol) e outros (bepridil, cisaprida, difemanil, eritro-micina IV, halofantrina, mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, moxifloxacina, vincamina IV); de antiinflamatórios não-esteroidais (via sistêmica); de inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA); de outros agentes hipo-calemiantes como anfotericina B (via IV), glico e mineralocorticóides (via oral), tetracosactídeo e laxativos estimulantes; de baclofeno e digitálicos durante o tratamento com NATRILIX SR, comunique ao seu médico antes da utilização dos mesmos.

Associações com diuréticos hipercalemiantes (amilorida, espironolactona, triantereno), met-formina, antidepressivos imipramínicos (tricíclicos), neurolépticos, sais de cálcio, ciclosporina, tacrolimus, corticóides, tetracosactídeo (via oral) e produtos de contraste iodados devem ser avaliadas cuidadosamente.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe ao seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Este medicamento é contra-indicado para crianças.

Informe ao seu médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

MODO DE USO

NATRILIX SR é apresentado sob a forma de

comprimidos revestidos redondos de cor branca.

Os comprimidos devem ser tomados com água e

não devem ser mastigados.

A posologia de NATRILIX SR é de um comprimido

ao dia, de preferência pela manhã.

O aumento da dose não melhora a ação anti-

hipertensiva da indapamida enquanto que

aumenta seu efeito diurético, logo não se deve

aumentar a dose.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

A maior parte dos efeitos adversos relacionados aos parâmetros clínicos e laboratoriais são dose-dependentes.

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a indapamida, podem causar:

Alterações no sistema sangüíneo e linfático

– Muito raramente: trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose, anemia aplástica e anemia hemolítica.

Alterações no sistema nervoso

– Raramente: vertigem, fadiga, dor de cabeça e parestesia.

Alterações cardíacas

– Muito raramente: arritmia e hipotensão. Alterações gastro-intestinais

– Raramente: náusea, constipação e secura na boca.

– Muito raramente: pancreatite. Alterações hepato-biliares

– No caso de insuficiência hepática, pode ocorrer encefalopatia hepática (Ver contra-indicações e precauções).

– Muito raramente: alteração na função hepática. Afecções cutâneas e tegumentares

– Reações de hipersensibilidade principalmente dermatológicas (comuns: erupções maculo-papulares e menos comuns: púrpura) em pacientes pré-dispostos aos sintomas alérgicos e asmáticos.

– Possibilidade de exacerbação de lúpus eritematoso agudo pré-existente.

Efeitos nos parâmetros laboratoriais

? Durante os estudos clínicos, foi observada uma redução da calemia após 4 a 6 semanas de tratamento correspondendo a 10 % dos pacientes para uma calemia < 3,4 mmol/L e 4 % dos pacientes para uma calemia < 3,2 mmol/L.

Após 12 semanas de tratamento, a redução média da calemia foi de 0,23 mmol/L.

? Depleção de potássio com hipocalemia, particularmente grave em determinados grupos de risco (ver "Advertências e Precauções de uso").

? Hiponatremia com hipovolemia podendo causar desidratação e hipotensão ortostática. A perda concomitante de íons cloreto pode causar secundariamente, uma alcalose metabólica compensatória: a incidência e o grau desse efeito são fracos.

? Aumento nos níveis plasmáticos de ácido úrico e glicose durante o tratamento: a prescrição desses diuréticos deve ser cuidadosamente avaliada em pacientes portadores de gota e em pacientes diabéticos.

? Hipercalcemia – muito raramente.

Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE

NATRILIX SR não apresentou toxicidade em doses de até 40 mg, ou seja, 27 vezes a dose terapêutica.

Os sinais de intoxicação aguda se traduzem, principalmente, pelas alterações hidroeletrolíticas (hiponatremia, hipocalemia). Clinicamente, existe a possibilidade de ocorrência de náusea, vômito, hipotensão, cólica, vertigem, sonolência, confusão mental, poliúria ou oligúria podendo chegar a anúria (por hipovolemia). O tratamento de urgência consiste na eliminação rápida dos produtos ingeridos através de lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativo, seguida da normalização do equilíbrio hidroeletrolítico em um centro especializado.

CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO E USO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30° C). Proteger da luz e umidade.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

PRAZO DE VALIDADE

3 anos após a data de fabricação, impressa na embalagem.

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS

DE SAÚDE:

1. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas:

A indapamida é um derivado sulfonamídico com anel indólico relacionado farmacologicamente aos diuréticos tiazídicos, que age inibindo a reabsorção de sódio à nível do segmento de diluição cortical. A indapamida aumenta a excreção urinária de sódio e cloretos e, em uma escala menor, a excreção de potássio e magnésio, aumentando assim a diurese e exercendo uma ação anti-hipertensiva.

Os estudos de Fases II e III demonstraram, em monoterapia, um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24 horas em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Esta atividade anti-hipertensiva é demonstrada por uma melhoria do tônus arterial e uma diminuição das resistências periféricas totais e arteriolares.

A indapamida reduz a hipertrofia do ventrículo esquerdo.

Os diuréticos tiazídicos possuem um efeito terapêutico em platô acima de uma determinada dose, enquanto que os efeitos adversos continuam a aumentar: se o tratamento não for eficaz, não se deve aumentar a dose.

Por outro lado, foi demonstrado a curto, médio e longo prazo no paciente hipertenso, que a indapamida:

– não altera o metabolismo lipídico: triglicerídeos, LDL – colesterol e HDL-colesterol;

– não altera o metabolismo glicídico, mesmo no paciente diabético hipertenso.

Propriedades farmacocinéticas:

NATRILIX SR é apresentado sob uma forma galênica de liberação sustentada, baseada em um sistema matricial com dispersão da substância ativa no meio de um suporte que permite uma liberação sustentada da indapamida.

Absorção

A fração liberada de indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato digestivo gastrointestinal. A tomada do produto em conjunto com as refeições aumenta ligeiramente a velocidade de absorção, mas não há influência sobre a quantidade de produto absorvido. O pico sangüíneo, após administração única, é atingido aproximadamente 12 horas após a tomada; a continuidade na administração do produto, reduz a variação das concentrações sangüíneas entre duas tomadas. Existe variabilidade interindividual.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de 79 %. A meia-vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 horas (média de 18 horas). O estado de equilíbrio é atingido após 7 dias. As administrações repetidas não provocam acúmulo.

Metabolismo

A eliminação é essencialmente urinária (70 % da dose) e fecal (22 % da dose) sob a forma de metabólitos inativos.

Grupos de risco

Os parâmetros farmacocinéticos permanecem inalterados nos pacientes com insuficiência renal.

Dados pré-clínicos de segurança

As mais altas doses administradas por via oral em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas dos estudos de toxicidade aguda com uma administração intravenosa ou intraperitonial de indapamida, são relacionados com a atividade farmacológica da indapamida (bradipnéia e vasodilatação periférica). Os testes de mutagenicidade e carcinogenicidade da indapamida foram negativos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os benefícios clínicos da indapamida no tratamento da hipertensão arterial foram demonstrados através de vários estudos clínicos, desde o lançamento do produto no mercado.

3. INDICAÇÕES

NATRILIX SR é indicado no tratamento da hipertensão arterial essencial.

4. CONTRA – INDICAÇÕES

NATRILIX SR é contra-indicado nos seguintes casos:

– Hipersensibilidade às sulfonamidas ou a qualquer um dos excipientes;

– Insuficiências hepática ou renal graves;

– Encefalopatia hepática;

– Hipocalemia.

Devido à presença de lactose, este medicamento é contra-indicado nos casos de galactosemia congênita, síndrome de má-absorção da glicose e galactose ou deficiência de lactase.

5. MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO

Os comprimidos devem ser tomados com água e não devem ser mastigados ou partidos. Conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30° C). Proteger da luz e umidade.

6. POSOLOGIA

Um comprimido ao dia, de preferência pela manhã. O aumento da dose não aumenta a ação anti-hipertensiva da indapamida enquanto que aumenta seu efeito diurético.

7. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES DE USO Advertências

Em caso de insuficiência hepática, os diuréticos tiazídicos podem causar uma encefalopatia hepática. Neste caso, a administração do diurético deve ser suspensa imediatamente.

Precauções de uso Equilíbrio hidroeletrolítico: Natremia: deve ser avaliada antes do início do tratamento e depois, em intervalos regulares. Todo tratamento diurético pode provocar uma hiponatremia, com conseqüências graves. A baixa da natremia pode apresentar-se assintomática, no início. Assim sendo, um controle regular é indispensável e deverá ser feito, mais freqüentemente, nos grupos de risco, representados pelos idosos e pelos pacientes cirróticos (ver "Reações adversas" e "Superdose"). Calemia: a depleção de potássio com hipocalemia constitui-se no maior risco dos diuréticos tiazídicos. O risco de surgimento de uma hipocalemia (< 3,4 mmol/L) deve ser prevenido em certos grupos de risco, como idosos, pessoas desnutridas e/ou polimedicadas; pacientes cirróticos portadores de edemas e ascite; pacientes com Doença Arterial Coronariana e portadores de insuficiência cardíaca. Nestes casos, a hipocalemia aumenta a toxicidade cardíaca dos digitálicos e o risco de arritmias. Os pacientes que apresentam um intervalo QT prolongado são considerados igualmente como grupo de risco, quer seja de origem congênita ou

iatrogênica. A hipocalemia, assim como a bradicardia, age como um fator favorável ao surgimento de arritmias graves, em particular as "torsades de pointes", potencialmente fatais. Em todos estes casos, um monitoramento mais freqüente da calemia torna-se necessário. A primeira avaliação do potássio plasmático deve ser realizada no decorrer da primeira semana de tratamento. A constatação de uma hipocalemia requer a sua correção.

Calcemia: os diuréticos tiazídicos podem reduzir a excreção urinária do cálcio e ocasionar um aumento pequeno e transitório da calcemia. Uma hipercalcemia pode ocorrer devido a um hiperparatireoidismo não diagnosticado previamente. O tratamento deve ser interrompido antes da investigação funcional da paratireóide.

Glicemia

O monitoramento da glicemia é importante para os pacientes diabéticos, principalmente na ocorrência de uma hipocalemia.

Ácido úrico

Nos pacientes hiperuricêmicos, pode haver aumento na ocorrência de crises de gota.

Função renal e diuréticos

Os diuréticos tiazídicos somente possuem eficácia total quando a função renal está normal ou pouco alterada (creatinemia < 25 mg/L, isto é, 220 |mol/ L para um adulto). No idoso, a creatinemia deve ser ajustada em função da idade, do peso e do sexo do paciente.

A hipovolemia, secundária à perda de água e de sódio induzida pelo diurético no início do tratamento, causa uma redução da filtração glomerular, resultando num aumento das concentrações plasmáticas de uréia e creatinina. Esta insuficiência renal funcional e transitória não tem conseqüências para os pacientes com função renal normal, mas pode agravar uma insuficiência renal pré-existente.

Desportistas

Deve-se atentar para o fato de que NATRILIX SR contém um princípio ativo que pode induzir uma reação positiva nos testes realizados durante o controle antidoping.

Gravidez e lactação Gravidez

Como regra geral, a administração de diuréticos deve ser evitada durante a gravidez e, nunca devem ser utilizados para o tratamento dos edemas fisiológicos da gravidez. Os diuréticos podem causar uma isquemia fetoplacentária, com risco de hipotrofia fetal.

Lactação

A amamentação é desaconselhada durante o tratamento com NATRILIX SR tendo em vista a passagem da indapamida para o leite materno.

Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas:

NATRILIX SR não afeta a vigilância. No entanto podem ocorrer em determinados pacientes reações individuais relacionadas à diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento ou no caso de associação com outro medicamento anti-hipertensivo.

Conseqüentemente, a capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas pode estar diminuída.

8. USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS

GRUPOS DE RISCO

Pacientes idosos

A ampla experiência clínica desde 1977, quando a indapamida foi lançada no mercado, confirma que este produto é muito bem tolerado clínica e metabolicamente. Esta excelente segurança é o maior critério de escolha para pacientes idosos, caracterizados por sua maior suscetibilidade a efeitos adversos. A melhor tolerabilidade com relação a parâmetros hidroeletrolíticos, resultado da redução do princípio ativo no NATRILIX SR, fazem dele um diurético anti-hipertensivo ainda melhor para o tratamento da hipertensão em idosos. Como qualquer outro tratamento com diuréticos utilizados neste tipo de paciente, é essencial adaptar o monitoramento ao estado clínico inicial e a doenças intercorrentes.

9. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS

FORMAS DE INTERAÇÃO

1. Associação não recomendada

? Lítio:

Aumento dos níveis sanguíneos de lítio acompanhado de sinais de superdosagem, como ocorre durante uma dieta hipossódica (redução na excreção urinária do lítio). No entanto, se o uso de diuréticos for necessário, os níveis sanguíneos de lítio devem ser monitorados com atenção e a dosagem deve ser ajustada.

2. Associações que exigem precauções de uso

? Medicamentos causadores de "torsades de pointes":

– Antiarrítmicos da Classe Ia (quinidina, hidroquinidina, disopiramida);

– Antiarrítmicos da Classe III (amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida);

– Alguns antipsicóticos: Fenotiazinas (clorpro-mazina, ciamemazina, levomepromazina, tioridazina, trifluoperazina), Benzamidas (amisulpirida, sulpirida, sultopirida, tiapirida), Butirofenonas (droperidol, haloperidol), outros (bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina IV, halofantrina, mizolastina, pentamidina, espar-floxacina, moxifloxacina, vincamina IV).

– Risco aumentado de arritmia ventricular, em particular "torsades de pointes" (a hipocalemia é um fator de risco).

A hipocalemia deve ser monitorada e corrigida, se necessário, antes de iniciar a associação com estes produtos.

Deve-se monitorar os sinais clínicos, os eletrólitos plasmáticos e o ECG. Em casos de hipocalemia, utilizar medicamentos sem a desvantagem de causar "torsades de pointes".

? Medicamentos do tipo AINEs (via sistêmica), incluindo inibidores seletivos da COX-2 e salicilatos em doses elevadas (> 3 g/dia) Possível redução do efeito anti-hipertensivo da indapamida.

Risco de insuficiência renal aguda no paciente desidratado (diminuição da filtração glomerular). Hidratar o paciente; monitorar a função renal no início do tratamento.

• Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) / antagonistas dos receptores da angiotensina II:

Risco de hipotensão súbita e/ou insuficiência renal aguda quando se inicia um tratamento com um inibidor da ECA ou com um antagonista da angiotensina II nos pacientes com depleção sódica pré-existente (particularmente nos pacientes portadores de estenose da artéria renal).

Na hipertensão arterial essencial, quando uma terapia prévia com diuréticos pode ter ocasionado depleção sódica, é necessário:

– interromper o diurético 3 dias antes de iniciar o tratamento com um inibidor da ECA e reintroduzir um diurético hipocalemiante, se necessário;

– ou iniciar o tratamento com o inibidor da ECA em doses iniciais baixas e aumentar grada-tivamente.

Na insuficiência cardíaca congestiva, iniciar o tratamento com uma dose muito baixa do inibidor da ECA, se possível, após redução da dose do diurético hipocalemiante associado. Em todos os casos, monitorar a função renal (creatinina plasmática) nas primeiras semanas do tratamento com um inibidor da ECA.

• Outros agentes hipocalemiantes: anfotericina B (via IV), glico e mineralocorticóides (via oral), tetracosactídeo, laxativos estimulantes:

Risco aumentado de hipocalemia (efeito aditivo). Monitorar a calemia e, se necessário, proceder à sua correção; este controle deve ser feito, principalmente, nos casos de tratamento concomitante com digitálicos. Utilizar laxativos não estimulantes.

• Baclofeno:

Aumento do efeito anti-hipertensivo.

Monitorar a pressão arterial e ajustar a posologia

do antihipertensivo, se necessário.

• Digitálicos:

Hipocalemia que favorece os efeitos tóxicos dos digitálicos.

Monitorar a calemia, o ECG e, se necessário, reavaliar o tratamento.

3. Associações que devem ser avaliadas cuidadosamente

• Diuréticos hipercalemiantes (amilorida, espironolactona, triantereno):

A associação racional, útil para determinados pacientes, não exclui a possibilidade do surgimento de uma hipocalemia ou, particularmente no paciente com insuficiência renal e no diabético, de uma hipercalemia. Monitorar a calemia, o ECG e, se necessário, reavaliar o tratamento.

• Metformina:

Risco aumentado de ocorrência de acidose láctica devido à metformina, desencadeada por uma eventual insuficiência renal funcional ligada aos diuréticos e, mais especificamente, aos diuréticos de alça.

Não utilizar a metformina quando os níveis sanguíneos de creatinina ultrapassarem 15 mg/L (135 |jmol/L) no homem e 12 mg/L (110 |jmol/L) na mulher.

• Produtos de contraste iodados:

Em caso de desidratação provocada pelos diuréticos, há um risco aumentado de insuficiência renal aguda, particularmente quando da utilização de doses elevadas de produtos de contraste iodados.

Reidratar o paciente antes da administração do produto iodado.

• Antidepressivos imipramínicos (tricíclicos), neurolépticos:

Efeito anti-hipertensivo e aumento do risco de hipotensão ortostática aumentados (efeito aditivo).

• Sais de cálcio:

Risco de hipercalcemia pela redução da eliminação urinária do cálcio.

• Ciclosporina, Tacrolimus

Risco de aumento dos níveis plasmáticos de creatinina sem modificação das taxas circulantes de ciclosporina, mesmo na ausência de depleção hidrossódica.

• Corticosteróides, tetracosactídeo (via oral): Diminuição do efeito anti-hipertensivo (retenção hidrossódica dos corticosteróides).

• Amifostina:

Aumento do efeito hipotensor pela adição dos efeitos indesejáveis.

• Carbamazepina:

Risco de uma hiponatremia sintomática. Deve-se proceder ao monitoramento clínico e biológico. Se possível, utilizar outra classe de diuréticos.

10. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

A maior parte dos efeitos adversos relacionados aos parâmetros clínicos e laboratoriais são dose-dependentes.

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a indapamida, podem causar:

Alterações no sistema sangüíneo e linfático

– Muito raramente: trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose, anemia aplástica e anemia hemolítica.

Alterações no sistema nervoso

– Raramente: vertigem, fadiga, dor de cabeça e parestesia.

Alterações cardíacas

– Muito raramente: arritmia e hipotensão. Alterações gastro-intestinais

– Raramente: náusea, constipação e secura na boca.

– Muito raramente: pancreatite. Alterações hepato-biliares

– No caso de insuficiência hepática, pode ocorrer encefalopatia hepática (Ver contra-indicações e precauções).

– Muito raramente: alteração na função hepática. Afecções cutâneas e tegumentares

– Reações de hipersensibilidade principalmente dermatológicas (comuns: erupções maculo-papulares e menos comuns: púrpura) em pacientes pré-dispostos aos sintomas alérgicos e asmáticos.

– Possibilidade de exacerbação de lúpus eritematoso agudo pré-existente.

Efeitos nos parâmetros laboratoriais

• Durante os estudos clínicos, foi observada uma redução da calemia após 4 a 6 semanas de

tratamento correspondendo a 10 % dos pacientes para uma calemia < 3,4 mmol/L e 4 % dos pacientes para uma calemia < 3,2 mmol/L. Após 12 semanas de tratamento, a redução média da calemia foi de 0,23 mmol/L.

• Depleção de potássio com hipocalemia, particularmente grave em determinados grupos de risco (ver "Advertências e Precauções de uso").

• Hiponatremia com hipovolemia podendo causar desidratação e hipotensão ortostática.

A perda concomitante de íons cloreto pode causar secundariamente, uma alcalose metabólica compensatória: a incidência e o grau desse efeito são fracos.

• Aumento nos níveis plasmáticos de ácido úrico e glicose durante o tratamento: a prescrição desses diuréticos deve ser cuidadosamente avaliada em pacientes portadores de gota e em pacientes diabéticos.

• Hipercalcemia – muito raramente.

11. SUPERDOSE

NATRILIX SR não apresentou toxicidade em doses de até 40 mg, ou seja, 27 vezes a dose terapêutica.

Os sinais de intoxicação aguda se traduzem, principalmente, pelas alterações hidroeletrolíticas (hiponatremia, hipocalemia). Clinicamente, existe a possibilidade de ocorrência de náusea, vômito, hipotensão, cólica, vertigem, sonolência, confusão mental, poliúria ou oligúria podendo chegar a anúria (por hipovolemia). O tratamento de urgência consiste na eliminação rápida dos produtos ingeridos através de lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativo, seguida da restauração do equilíbrio hidroeletrolítico em um centro especializado.

12. ARMAZENAGEM

Conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30° C). Proteger da luz e umidade. Prazo de validade: 3 anos após a data de fabricação, impressa na embalagem._

N.° lote, data de fabricação, prazo de validade: vide cartucho.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

MS 1.1278.0048

Farmacêutico Responsável:

Patrícia Kasesky de Avellar – CRF-RJ n.° 6350.

Fabricado e embalado por: Laboratórios Servier do Brasil Ltda.

Estrada dos Bandeirantes, n.° 4.211 – Jacarepaguá 22775-113 – Rio de Janeiro – RJ Indústria Brasileira. C.N.P.J. 42.374.207/0001-76

DDG 0800-7033431

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