Princípio ativo: mitoxantronaMitoxantrona
Composição – MITOXANTRONA
cada ml de solução injetável contém: cloridratode mitoxantrona (equivalente a 2 mg de mitoxantrona) 2,328 mg; veículo q.s.p. 1 ml.
Posologia e Administração – MITOXANTRONA
é necessário adaptar cuidadosamente a dose a cada paciente. Salvo prescrição facultativa, são válidas as seguintes recomendações posológicas: aplicação intravenosa: carcinoma mamário, linfomas de Hodgkin, câncer primário de células hepáticas, carcinoma de ovário: na monoterapia recomenda- se para o primeiro ciclo uma dose inicial de 14 mg de mitoxantrona/m2 de superfície corporal. Ao final de 21 dias pode-se administrar novamente esta dose. Em pacientes com diminuição da reserva da medula óssea, devido à quimioterapia e/ou radioterapia ou a estado geral comprometido, a dose inicial deve ser reduzida a 12 mg/m2 de acordo com o quadro sanguíneo. Em toda nova administração de mitoxantrona a dose deverá ser sempre reconsiderada dependendo da evolução individual, da magnitude e duração da mielossupressão. As recomendações gerais são as seguintes: valor mais baixo (Nadir) de leucócitos e trombócitos (geralmente 6-15 dias depois da aplicação): mais de 1,5 g/l de leucócitos e menos de 50 g/l de trombócitos; tempo de recuperação a valores normais: 21 dias mais ou menos; posologia recomendada: a mesma dose recomendada acima. Valor mais baixo (Nadir) de leucócitos e trombócitos (geralmente 6-15 dias depois da aplicação): mais de 1,5 g/l de leucócitos e mais de 50 g/l de trombócitos; tempo de recuperação a valores normais: mais de 21 dias; posologia recomendada: esperar a recuperação aos valores normais e administrar a dose acima. Valor mais baixo (Nadir) de leucócitos e trombócitos (geralmente 6-15 dias depois da aplicação): menos de 1,5 g/l de leucócitos ou menos de 50 g/l de trombócitos; tempo de recuperação a valores normais: independentemente do tempo de recuperação; posologia recomendada: reduzir a dose anterior em 2 mg/m2. Valor mais baixo (Nadir) de leucócitos e trombócitos (geralmente 6-15 dias depois da aplicação): menos de 1,0 g/l de leucócitos e menos de 25 g/l de trombócitos; tempo de recuperação a valores normais: independentemente do tempo de recuperação; posologia recomendada: reduzir a dose anterior em 4 mg/m2. Na combinação de Mitoxantrona com outros citostáticos de ação mielotóxica, recomenda-se reduzir a dose indicada da monoterapia em 2-4 mg de Mitoxantrona/m2 de superfície corporal. Nos ciclos terapêuticos seguintes a dose de Mitoxantrona se orienta igualmente segundo a evolução individual, duração e grau da mielossupressão. Leucemias agudas: para o tratamento de indução das leucemias agudas recomenda-se administrar uma dose de 10-12 mg de Mitoxantrona/m2 de superfície corporal em 5 dias sucessivos (dose total 50-60 mg de Mitoxantrona/m2). Taxas de remissão mais elevadas podem ser alcançadas com uma administração de 12 mg/m2 durante 5 dias. Contudo, a dose mais elevada somente deverá ser aplicada se o estado do paciente permitir. Na aplicação simultânea de Mitoxantrona com outros citostáticos, dependendo do estado de saúde do paciente, pode ser necessário modificar a dose independentemente da fase de tratamento em que esta se encontre. Se no curso do primeiro tratamento de indução aparecerem efeitos secundários não hematológicos com grave ameaça para a vida, não deverá iniciar-se um segundo tratamento até que os efeitos secundários regridam. Administração intrapleural em metástases pleurais a distância, no câncer mamário e nos linfomas não Hodgkin: na administração intrapleural se recomenda uma dose única de 20-30 mg de Mitoxantrona. O derrame pleural deverá ser evacuado (na medida do possível) antes de iniciar a terapia. A primeira dose de Mitoxantrona permanecerá na cavidade pleural durante 48 horas. Durante esse período os pacientes deverão ser mobilizados para se alcançar uma boa distribuição do citostático. Depois destas 48 horas deve-se proceder novamente à evacuação de um eventual derrame. Se a quantidade derramada posteriormente for inferior a 200 ml, dar-se-á por concluído o primeiro ciclo terapêutico; se a quantidade dor superior a 200 ml administrar uma dose adicional de 30 mg de Mitoxantrona. Antes desta segunda administração, o quadro sanguíneo deve ser controlado. Esta dose poderá ser administrada por via intrapleural. A dose máxima administrada em um ciclo deve ser de 60 mg de Mitoxantrona. Se ao final de 4 semanas os valores dos leucócitos e trombócitos estiverem normais, repetir a administração intrapleural. Recomenda-se não efetuar terapias citostáticas sistêmicas 4 semanas antes e depois da administração de Mitoxantrona. Modo e duração da administração: a aplicação de Mitoxantrona deve ser efetuada sob a supervisão de um médico especializado em oncologia. Aplicação intravenosa: Mitoxantrona pode ser aplicada por via intravenosa lenta de duração não inferior a 5 minutos. É aconselhável injetar Mitoxantrona lentamente mediante uma infusão de gotejamento contínuo. Como solução portadora recomenda-se uma solução isotônica de cloreto de sódio ou de glicose a 5%. Mitoxantrona também pode ser administrada como infusão breve de duração compreendida entre 15 e 30 minutos. Esta dose deverá ser diluída com 50-100 ml de uma das soluções para infusão citadas acima. Em caso de infiltração paravenosa a aplicação deve ser suspensa imediatamente e a injeção deverá ser tentada novamente por outro acesso venoso. Até agora, foram descritos casos isolados de reações locais graves (necroses) causados por uma injeção paravenosa. Aplicação intrapleural: para a administração intrapleural, Mitoxantrona deverá ser diluída em 50 ml de uma solução isotônica de cloreto de sódio. Esta solução deverá ser instilada à temperatura corporal muito lentamente (durante 5-10 min.) sem aplicar uma pressão perceptível à injeção. Duração da aplicação: depois de alcançar a dose acumulada total de 200 mg de Mitoxantrona/m2 de superfície corporal, a aplicação de Mitoxantrona dar-se-á independentemente da indicação. Advertências especiais para preparação: durante a manipulação de Mitoxantrona deve-se evitar qualquer tipo de contaminação (usar luvas e óculos de proteção). Em caso de contato da pele ou mucosas com Mitoxantrona deverá limpar-se imediatamente com água morna (não quente). Os olhos devem ser exaguados abundantemente com água; caso necessário, consultar um oftalmologista. Durante a preparação, aplicação e destruição de material contaminado, assim como durante a limpeza de objetos contaminados (por exemplo: cerâmica sanitária) deve-se ter sempre atenção especial em usar luvas e óculos de proteção. Os objetos que entrarem em contato com soluções que contenham Mitoxantrona poderão ser limpos com uma solução de 5,5 unidades (peso) de hipoclorito de cálcio em 13 unidades de água. Enxaguar com água em abundância. Os instrumentos que tiverem sido lavados com hipoclorito poderão ser reutilizados como recipientes para soluções com Mitoxantrona uma vez que tenham sido lavados com ácido acético diluído e enxaguados repetida e abundantemente com água.
Precauções – MITOXANTRONA
antes de cada administração de Mitoxantrona e pelo menos uma vez por ciclo terapêutico, o quadro sanguíneo deve ser controlado. Quando se alcança uma dose acumulada total de mais de 160 mg de mitoxantrona/m2 de superfície corporal (em pacientes de risco 140 mg/m2) aconselha- se efetuar um controle regular da função cardíaca mediante métodos adequados. – Interações medicamentosas: na terapia de combinação com outros medicamentos antineoplásicos deve-se ter em mente manifestações tóxicas graves, especialmente a nível cardíaco e de medula óssea. Mitoxantrona não deve ser misturada com outros medicamentos em uma mesma solução de infusão ou seringa. A solução de infusão de Mitoxantrona não deve ser misturada com heparina, o que pode produzir precipitação.
Reações adversas – MITOXANTRONA
durante a administração de doses terapêuticas pode- se produzir uma inibição da medula óssea na qual se observa em primeiro lugar um decréscimo dos leucócitos. Pacientes que receberam quimioterapia e/ou radioterapia prévias assim como aqueles em mau estado geral podem apresentar uma inibição pronunciada da medula óssea. O valor mais baixo de leucócitos se pode observar entre os 6 e 15 dias posteriores à administração de Mitoxantrona. Em seguida tem lugar uma recuperação da medula óssea e do quadro sanguíneo que geralmente se conclui no 21º dia. Raramente se observa uma queda grave do número de plaquetas sanguíneas e com maior frequência nota-se uma forte redução no número dos eritrócitos. De modo passageiro pode causar náuseas e vômitos de grau leve a médio. Aproximadamente em 20% dos pacientes tratados com Mitoxantrona observou-se alopecia, geralmente reversível depois da suspensão do medicamento. Como efeitos secundários cardíacos podem ocorrer modificações passageiras do ECG, arritmias agudas, diminuição da fração da ejeção ventricular esquerda, assim como casos de insuficiência cardíaca depois da administração de Mitoxantrona, sobretudo em pacientes de risco. A pacientes com insuficiência cardíaca recomenda-se um tratamento digitálico e/ou diurético conjuntamente com o tratamento com Mitoxantrona. Ocasionalmente pode apresentar-se uma estomatite/mucosite pouco pronunciada (no tratamento da leucemia possivelmente com maior frequência e intensidade). Às vezes, é possível ocorrer hipersensibilidades e excepcionalmente também reações alérgicas agudas generalizadas (anafilaxia). Efeitos secundários como falta de apetite, diarréia, dores abdominais, constipação, hemorragias gastrintestinais, cansaço e debilidade, amenorréia, febre, dispnéia e deficits neurológicos inespecíficos são observados ocasionalmente. A relação entre deficits neurológicos e a administração de Mitoxantrona não está provada. Apenas em casos isolados variam temporariamente os valores das enzimas hepáticas assim como os valores da creatinina e uréia no sangue. Em pacientes com leucemia aguda se produziram ocasionalmente alterações patológicas de alto grau nos valores das enzimas hepáticas assim como disfunção hepática. Até agora, poucas vezes foram descritas reações locais graves (necrose) devido a uma injeção venosa administrada erroneamente. Mitoxantrona causa durante 1 a 2 dias após a administração uma coloração verde-azulada na urina. Raramente foi observado uma coloração verde reversível das escleróticas, das veias e do tecido perivenoso, assim como das unhas (e seus desprendimentos). A instalação intrapleural pode ser dolorosa podendo aparecer efeitos secundários similares aos da administração sistêmica.
Contra-Indicações – MITOXANTRONA
hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo. Mitoxantrona deve ser administrada com cuidado a pacientes com pancitopenia ou infecções graves preexistentes, assim como insuficiência renal e/ou hepática graves. Requerem cuidado especial pacientes com enfermidades cardíacas graves ou que tenham recebido tratamento anterior com antraciclinas e/ou irradiações mediastinais. Em pacientes com um ou mais fatores de risco anteriormente citados junto com a combinação de Mitoxantrona com citostáticos cardiotóxicos ou outras substâncias cardiotóxicas, os tratamentos deverão ser cuidadosamente vigiados (com eventual adaptação da dose), realizando- se regularmente controles da função cardíaca com métodos adequados. Durante o tratamento com Mitoxantrona e depois dos 3 primeiros meses de concluída a terapia, recomenda-se que os pacientes em idade fértil utilizem método eficaz de contracepção. Uso durante a gravidez e lactação: Mitoxantrona não deve ser administrado durante a gravidez e lactação.
Indicações – MITOXANTRONA
carcinoma mamário; linfomas malignos; leucemias agudas; câncer primário de células hepáticas; carcinoma de ovário.
Apresentação – MITOXANTRONA
frasco com 10 ml de solução injetável contendo 20 mg de Mitoxantrona; frasco com 15 ml de solução injetável contendo 30 mg de Mitoxantrona.
LABORATÓRIO
ASTA MEDICA ONCOLOGIA