Princípio ativo: benazeprilLotensin
Classe terapêutica dos Antihipertensivos
Princípio ativo Cloridrato de Benazepril. Uso adulto. venda sob prescrição médica.
Indicações de Lotensin
· Tratamento da hipertensão arterial.
· Tratamento adjuvante da insuficiência cardíaca congestiva (pacientes classe II-IV da NYHA).
Efeitos Colaterais de Lotensin
Estimativas de freqüência: muito rara < 0,01%, rara 0,01% a < 0,1%; incomum 0,1% a < 1%; comum 1% a < 10%; muito comum 10%.
LOTENSIN é um produto bem tolerado. As reações adversas associadas a LOTENSIN e a outros inibidores da ECA estão indicadas a seguir:
Sistema cardiovascular
Comuns: palpitações e sintomas ortostáticos. Raras: hipotensão sintomática, dores no peito, angina pectoris e arritmias. Muito rara: infarto do miocárdio.
Trato gastrintestinal
Comuns: distúrbios gastrintestinais não específicos. Raras: diarréia, constipação, náusea, vômito e dores abdominais. Muito rara: pancreatite.
Pele
Comum: rash cutâneo, vermelhidão, prurido, fotossensibilidade. Rara: há relatos raros de pênfigo em pacientes sob tratamento com inibidores da ECA. Muito rara: síndrome de Stevens-Johnson.
Fígado e duto biliar
Raras: hepatite (predominantemente colestática) e icterícia colestática (vide “Advertências”).
Sistema urogenital
Comum: micção freqüente. Raras: aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e aumento da creatinina sérica. Muito rara: função renal prejudicada (vide “Precauções”).
Trato respiratório
Comuns: tosse e sintomas no trato respiratório.
Sistema nervoso central (SNC)
Comuns: cefaléia, vertigens e fadiga; Raras: sonolência, insônia, nervosismo e parestesia.
Sangue
Muito raras: anemia hemolítica e trombocitopenia (vide “Advertências”).
Órgãos dos sentidos
Muito raras: zumbido e distúrbios do paladar (disgeusia).
Reações alérgicas e imunes
Raras: angioedema e edema dos lábios e/ou da face (vide “Advertências”).
Sistema musculoesquelético
Raras: artralgia, artrite e mialgia.
Achados laboratoriais
Assim como com outros inibidores da ECA, uma pequena elevação do nitrogênio uréico sangüíneo (BUN) e da creatinina sérica, reversível com a descontinuação da terapia, foi observada em menos de 0,1% dos pacientes com hipertensão essencial tratados com LOTENSIN em monoterapia. A probabilidade de ocorrência é maior nos pacientes tratados concomitantemente com diuréticos ou naqueles com estenose arterial renal (vide “Precauções”).
Como Usar (Posologia)
Hipertensão
A dose inicial recomendada para pacientes que não estejam recebendo um diurético tiazídico é de 10 mg uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 20 mg diários. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial, geralmente a intervalos de 1 a 2 semanas. Em alguns pacientes o efeito anti-hipertensivo pode diminuir ao final do intervalo de dose. A dosagem total diária deve, nesses casos, ser dividida em duas doses iguais. A dose diária máxima de LOTENSIN recomendada em pacientes hipertensos é de 40 mg, administrados em dose única ou em duas doses.
Se LOTENSIN isoladamente não produzir uma redução suficiente da pressão arterial, um outro anti-hipertensivo pode ser administrado concomitantemente, por ex., um diurético tiazídico ou um antagonista de cálcio (inicialmente em baixa dose). Em caso de tratamento diurético prévio, o mesmo deverá ser descontinuado por 2 a 3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN e administrado subseqüentemente, se necessário. Se não for possível descontinuar o diurético, a dose inicial de LOTENSIN deve ser reduzida (5 mg ao invés de 10 mg) de modo a se evitar a hipotensão excessiva (vide “Advertências”).
A dose usual de LOTENSIN é recomendada para pacientes com clearance de creatinina 30 ml/min.
Pacientes com clearance de creatinina < 30 ml/min:
A dose inicial é de 5 mg. A dose pode ser aumentada até 10 mg/dia. Para alguma redução adicional na pressão arterial pode ser adicionado um diurético não-tiazídico ou outro agente anti-hipertensivo.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A dose inicial recomendada é de 2,5 mg ao dia. Pelo risco de redução substancial da pressão arterial, em resposta a primeira dose, pacientes recebendo LOTENSIN pela primeira vez, devem ser mantidos sob rigorosa supervisão médica (vide “Advertências”). A dose pode ser aumentada para 5 mg ao dia após 2 a 4 semanas, se os sintomas de insuficiência cardíaca não tiverem sido adequadamente aliviados, desde que o paciente não tenha desenvolvido hipotensão sintomática ou outras reações adversas inaceitáveis. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 10 mg e finalmente para 20 mg ao dia, a intervalos de tempo apropriados.
A dose única diária é geralmente eficaz. Alguns pacientes podem responder melhor a um regime de duas doses diárias. Ensaios clínicos controlados demonstram que pacientes com insuficiência cardíaca mais grave (classe IV da NYHA), usualmente necessitam de doses menores de LOTENSIN que pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada (classes II e III da NYHA).
Em pacientes com ICC e clearance de creatinina < 30 ml/min, a dose diária pode ser aumentada para 10 mg, mas a menor dose inicial administrada (2,5 mg ao dia) pode ser a dose ótima (vide "Farmacocinética").
Crianças
A segurança e a eficácia de LOTENSIN em crianças não foram estabelecidas.
Pacientes idosos
As recomendações de dosagem e os cuidados com os idosos são os mesmos dos adultos (vide “Farmacocinética”).
Contra-Indicações de Lotensin
Hipersensibilidade conhecida ao benazepril ou às substâncias relacionadas. História de angioedema associada a tratamentos anteriores com inibidores da ECA. Gravidez (vide “Advertências”).
Precauções
Função renal reduzida:
Podem ocorrer alterações da função renal em pacientes susceptíveis. Em pacientes com insuficiência cardíaca grave, em que a função renal depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidor da ECA pode-se associar a oligúria e/ou azotemia progressiva e (raramente) insuficiência renal aguda. Em um pequeno estudo de pacientes hipertensos com estenose da artéria renal unilateral ou bilateral, o tratamento com LOTENSIN esteve associado com aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e creatinina sérica e tais incrementos foram revertidos com a descontinuação de LOTENSIN, da terapia diurética ou de ambos. Se tais pacientes são tratados com inibidores da ECA, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas da terapia. Alguns pacientes hipertensos, com doença vascular renal preexistente não-aparente, desenvolveram aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e dos níveis de creatinina sérica (usualmente leve ou passageira), especialmente quando LOTENSIN foi administrado com um diurético. Essa ocorrência é mais provável em pacientes que tenham insuficiência renal preexistente. Pode ser necessária a redução da dose de LOTENSIN e/ou a descontinuação do diurético. A avaliação do paciente hipertenso deve sempre incluir a verificação da função renal (vide “Posologia”).
Tosse:
A tosse persistente não-produtiva tem sido relacionada à utilização de inibidores da ECA, presumivelmente pela inibição da degradação de bradicinina endógena. Essa tosse desaparece com a interrupção da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada no diagnóstico diferencial de tosse.
Cirurgia/anestesia:
Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado se o paciente está utilizando um inibidor da ECA. Durante a anestesia com agentes que induzam a hipotensão, os inibidores da ECA podem bloquear a formação da angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. A hipotensão decorrente desse mecanismo pode ser corrigida por expansão de volume.
Hiperpotassemia:
Durante o tratamento com inibidores da ECA pode-se observar, em raras ocasiões, a elevação do potássio sérico. Não foram relatadas interrupções do uso de LOTENSIN, em ensaios clínicos em hipertensão, pela ocorrência de hiperpotassemia. Os fatores de risco para o desenvolvimento de hiperpotassemia podem incluir insuficiência renal, diabetes mellitus e o uso concomitante de agentes para tratamento de hipopotassemia (vide “Interações”). Em um estudo que envolvia pacientes com doença renal crônica progressiva, alguns pacientes descontinuaram o tratamento em função da hiperpotassemia. Em pacientes com doença renal crônica progressiva, o potássio sérico deve ser monitorizado.
Estenose mitral ou aórtica:
Assim como com todos os outros vasodilatadores, indica-se cuidado especial em pacientes que sofram de estenose mitral ou aórtica.
Modo de Uso (Posologia) de Lotensin
Hipertensão
A dose inicial recomendada para pacientes que não estejam recebendo um diurético tiazídico é de 10 mg uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 20 mg diários. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial, geralmente a intervalos de 1 a 2 semanas. Em alguns pacientes o efeito anti-hipertensivo pode diminuir ao final do intervalo de dose. A dosagem total diária deve, nesses casos, ser dividida em duas doses iguais. A dose diária máxima de LOTENSIN recomendada em pacientes hipertensos é de 40 mg, administrados em dose única ou em duas doses.
Se LOTENSIN isoladamente não produzir uma redução suficiente da pressão arterial, um outro anti-hipertensivo pode ser administrado concomitantemente, por ex., um diurético tiazídico ou um antagonista de cálcio (inicialmente em baixa dose). Em caso de tratamento diurético prévio, o mesmo deverá ser descontinuado por 2 a 3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN e administrado subseqüentemente, se necessário. Se não for possível descontinuar o diurético, a dose inicial de LOTENSIN deve ser reduzida (5 mg ao invés de 10 mg) de modo a se evitar a hipotensão excessiva (vide “Advertências”).
A dose usual de LOTENSIN é recomendada para pacientes com clearance de creatinina 30 ml/min.
Pacientes com clearance de creatinina < 30 ml/min:
A dose inicial é de 5 mg. A dose pode ser aumentada até 10 mg/dia. Para alguma redução adicional na pressão arterial pode ser adicionado um diurético não-tiazídico ou outro agente anti-hipertensivo.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A dose inicial recomendada é de 2,5 mg ao dia. Pelo risco de redução substancial da pressão arterial, em resposta a primeira dose, pacientes recebendo LOTENSIN pela primeira vez, devem ser mantidos sob rigorosa supervisão médica (vide “Advertências”). A dose pode ser aumentada para 5 mg ao dia após 2 a 4 semanas, se os sintomas de insuficiência cardíaca não tiverem sido adequadamente aliviados, desde que o paciente não tenha desenvolvido hipotensão sintomática ou outras reações adversas inaceitáveis. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 10 mg e finalmente para 20 mg ao dia, a intervalos de tempo apropriados.
A dose única diária é geralmente eficaz. Alguns pacientes podem responder melhor a um regime de duas doses diárias. Ensaios clínicos controlados demonstram que pacientes com insuficiência cardíaca mais grave (classe IV da NYHA), usualmente necessitam de doses menores de LOTENSIN que pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada (classes II e III da NYHA).
Em pacientes com ICC e clearance de creatinina < 30 ml/min, a dose diária pode ser aumentada para 10 mg, mas a menor dose inicial administrada (2,5 mg ao dia) pode ser a dose ótima (vide "Farmacocinética").
Crianças
A segurança e a eficácia de LOTENSIN em crianças não foram estabelecidas.
Pacientes idosos
As recomendações de dosagem e os cuidados com os idosos são os mesmos dos adultos (vide “Farmacocinética”).
Advertências
Reações anafilactóides e relacionadas:
Presumivelmente, pelo fato de os inibidores da ECA afetarem o metabolismo dos eucosanóides e polipeptídeos, inclusive a bradicinina endógena, os pacientes tratados com inibidores da ECA (incluindo-se LOTENSIN) podem experimentar uma variedade de reações adversas, algumas delas graves.
Angioedema:
Angioedema da face, lábios, língua, glote e laringe foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive LOTENSIN. Em tais casos, LOTENSIN deve ser imediatamente descontinuado e deve-se prover ao paciente a terapia adequada e acompanhamento até a resolução completa e sustentável dos sinais e sintomas. Nos casos em que o inchaço estiver limitado à face e aos lábios, a condição geralmente se resolve tanto sem tratamento como com a administração de anti-histamínicos. O angioedema com edema de laringe pode ser fatal. Nos casos em que a língua, a glote ou a laringe estão envolvidas, a terapia adequada deve ser adotada imediatamente, ex., injeção subcutânea de adrenalina 1:1000 (0,3 – 0,5 ml) e/ou medidas para assegurar a desobstrução das vias aéreas do paciente.
A incidência de angioedema durante o tratamento com inibidores da ECA tem sido relatada como sendo maior em pacientes negros de origem africana do que em pacientes não-negros.
Reações anafilactóides durante dessensibilização:
Dois pacientes que passavam por tratamento de dessensibilização com veneno de Hymenoptera, enquanto recebiam inibidores da ECA, sofreram reações anafilactóides com risco de vida. Nesses mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas reapareceram com nova exposição ao fármaco.
Reações anafilactóides durante a exposição a membranas:
Têm sido relatadas reações anafiláticas em pacientes dialisados com membrana de diálise de alto fluxo, sob tratamento com um inibidor da ECA. Foram também relatadas reações anafilactóides em pacientes submetidos a aférese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano.
Hipotensão sintomática:
Assim como com outros inibidores da ECA, a hipotensão sintomática foi observada em casos raros, tipicamente em pacientes com depleção de sal ou de volume, como resultado de terapia diurética prolongada, dieta com restrição de sal, diálise, diarréia ou vômitos. A depleção de volume e/ou de sal deve ser corrigida antes do início do tratamento com LOTENSIN. Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, receber solução salina fisiológica i.v. O tratamento com LOTENSIN pode ser continuado assim que a pressão arterial e o volume tenham retornado ao normal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave, a terapia com inibidores da ECA pode causar hipotensão excessiva, que pode estar associada a oligúria e/ou azotemia e, raramente, com insuficiência renal aguda. Em tais pacientes, a terapia deve ser iniciada sob supervisão médica rigorosa, eles devem ser acompanhados durante as duas primeiras semanas do tratamento e sempre que houver aumento da dose do diurético ou do benazepril.
Agranulocitose / neutropenia:
Outro inibidor da ECA, o captopril, tem demonstrado causar agranulocitose e depressão da medula óssea. Tais efeitos ocorrem com maior freqüência em pacientes com insuficiência renal, especialmente se apresentarem também doença vascular de colágeno, tal como lúpus eritematoso sistêmico ou escleroderma. Não há dados suficientes, a partir dos estudos clínicos com benazepril, para demonstrar se este causa incidência semelhante de agranulocitose. O acompanhamento da contagem das células brancas sangüíneas deve ser considerado em pacientes com doença vascular de colágeno, especialmente se a doença estiver associada com função renal prejudicada.
Hepatite e insuficiência hepática:
Há relatos raros de hepatite predominantemente colestática e casos isolados de insuficiência hepática aguda, algumas delas fatais, em pacientes tratados com inibidores da ECA. O mecanismo não está esclarecido. Pacientes em tratamento com inibidores da ECA que desenvolverem icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas devem interromper o uso do inibidor da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.
Morbidade e mortalidade fetal/neonatal:
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados a mulheres grávidas. Há vários relatos na literatura mundial. Quando for constatada a gravidez, o inibidor da ECA deve ser descontinuado o mais breve possível.
A utilização de inibidores da ECA durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez tem sido associada com dano fetal e neonatal, incluindo-se hipotensão, hipoplasia neonatal do crânio, anúria, insuficiência renal reversível ou irreversível e morte. Oligoidrâmnio, presumivelmente pela insuficiência da função renal fetal, foi também relatado. O oligoidrâmnio nesses casos tem sido associado a contratura fetal dos membros, deformação craniofacial e desenvolvimento de pulmão hipoplástico. Prematuridade, retardo no crescimento intra-uterino e ductus arteriosus persistente foram também relatados, entretanto não está clara a correlação com exposição a inibidores da ECA.
Esses efeitos adversos parecem não ter ocorrido após exposição intra-uterina a inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez. Isso deve ser exposto a mulheres que utilizaram inibidores da ECA somente durante o primeiro trimestre. Se uma paciente engravidar durante o tratamento, o médico deve descontinuar o benazepril o mais breve possível.
Composição
Cada comprimido revestido contém: 5 ou 10 mg de cloridrato de benazepril; excipiente (dióxido de silício coloidal, celulose, óleo de rícino hidrogenado, lactose, amido de milho, polivinilpirrolidona, hidroxipropilmetilcelulose, óxido de ferro amarelo, polietilenoglicol, talco, dióxido de titânio) q.s.p. 1 comprimido.
Efeitos Sobre a Habilidade de Dirigir Veículos E/ou Operar Máquinas
Assim como com outros medicamentos anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Farmacocinética
Absorção e concentrações plasmáticas:
No mínimo 37% de uma dose oral de cloridrato de benazepril são absorvidos. A pró-droga é então rapidamente convertida ao metabólito farmacologicamente ativo, o benazeprilato. Após a administração do cloridrato de benazepril, com estômago vazio, os picos de concentração plasmática do benazepril e do benazeprilato são alcançados, respectivamente, após 30 e 60 a 90 minutos.
A biodisponibilidade absoluta do benazeprilato, após a administração oral do cloridrato de benazepril, é de aproximadamente 28% da biodisponibilidade obtida após a administração i.v. do metabólito isolado. A administração dos comprimidos após as refeições retarda a absorção, mas não afeta a quantidade absorvida e convertida a benazeprilato. LOTENSIN pode, portanto, ser ingerido com ou sem alimentos.
No intervalo de dose de 5 a 20 mg, a área sob a curva (AUC) e o pico das concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilato são aproximadamente proporcionais à dose. Desvios pequenos, mas estatisticamente significativos, da proporcionalidade da dose são observados no intervalo de dose mais amplo, de 2 a 80 mg. Isso pode ser causado pela ligação saturável do benazeprilato à enzima conversora de angiotensina.
A cinética não se altera durante doses múltiplas (5 a 20 mg uma vez ao dia). O benazepril não se acumula. O benazeprilato se acumula apenas em extensão mínima, sendo a AUC no steady-state aproximadamente 20% mais elevada do que a observada no primeiro intervalo de dose de 24 horas. A meia-vida efetiva de acumulação do benazeprilato é de 10 a 11 horas. Os níveis de steady-state são alcançados após 2 a 3 dias.
Distribuição:
Cerca de 95% do benazepril e do benazeprilato se ligam a proteínas plasmáticas humanas (principalmente a albumina). A ligação não é afetada pela idade. O volume de distribuição do benazeprilato no steady-state é de cerca de 9 litros.
Biotransformação:
O benazepril é extensivamente metabolizado, sendo seu principal metabólito o benazeprilato. Supõe-se que essa metabolização ocorra principalmente no fígado, por hidrólise enzimática. Os outros dois metabólitos são os acilglicuronídeos conjugados do benazepril e do benazeprilato.
Eliminação:
O benazepril é eliminado principalmente por clearance metabólico. O benazeprilato é eliminado por via renal e biliar, sendo a excreção renal a principal via em pacientes com função renal normal. O clearance metabólico do benazeprilato disponível sistemicamente é de importância secundária. Na urina, o benazepril corresponde a menos de 1% e o benazeprilato a cerca de 20% de uma dose oral. A eliminação plasmática do benazepril é completa após 4 horas. A eliminação do benazeprilato é bifásica, com uma meia-vida inicial de cerca de 3 horas e uma meia-vida terminal de cerca de 22 horas. A fase de eliminação terminal (de 24 horas adiante) sugere uma forte ligação do benazeprilato à enzima conversora de angiotensina.
Populações de pacientes especiais – Pacientes hipertensos: As concentrações plasmáticas de benazeprilato no steady-state se correlacionam com a dose diária.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva:
A absorção do benazepril e sua conversão a benazeprilato não são afetadas. Porque a eliminação é um pouco mais lenta, as concentrações plasmáticas do benazeprilato no steady-state tendem a ser maiores nesse grupo de pacientes, quando comparado a voluntários sadios ou a pacientes hipertensos.
Idade, insuficiência renal leve a moderada, síndrome nefrótica e disfunção hepática:
As cinéticas do benazepril e do benazeprilato não são grandemente afetadas por idade, insuficiência renal leve a moderada (clearance de creatinina de 30 a 80 ml/min) ou por síndrome nefrótica. A cinética e a biodisponibilidade do benazeprilato não são afetadas em pacientes com disfunção hepática causada por cirrose, não sendo necessário o ajuste de dose em tais pacientes.
Insuficiência renal severa e doença renal em estágio final:
A cinética do benazeprilato é substancialmente afetada pela insuficiência renal severa (clearance de creatinina < 30 ml/min), sendo necessária a redução da dose como resultado da eliminação mais lenta e maior acúmulo. O benazepril e o benazeprilato são eliminados do plasma mesmo em pacientes com doença renal em estágio final, sendo a cinética similar àquela de pacientes com insuficiência renal severa. O clearance não-renal (ex., biliar ou metabólico) compensa parcialmente o clearance renal deficiente.
Hemodiálise:
A hemodiálise regular, que se inicia ao menos duas horas após a administração do cloridrato de benazepril, não afeta significativamente as concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilato, o que significa não ser necessária a administração de dose adicional após a hemodiálise. Apenas uma pequena quantidade do benazeprilato é removida do organismo pela diálise.
Co-medicações:
As propriedades farmacocinéticas do cloridrato de benazepril não são afetadas pelos seguintes fármacos: hidroclorotiazida, furosemida, clortalidona, digoxina, propranolol, atenolol, nifedipina, amlodipina, naproxeno, aspirina ou cimetidina. Do mesmo modo, a administração do cloridrato de benazepril não afeta substancialmente a farmacocinética dessas medicações (a cinética da cimetidina não foi estudada).
Dados de segurança pré-clínica
Estudos de toxicidade na reprodução:
Não foram observados efeitos adversos no perfil de reprodução em ratos machos e fêmeas tratados com cloridrato de benazepril em doses de até 500 mg/kg/dia.
Não foram observados efeitos embriotóxicos, fetotóxicos ou teratogênicos diretos em camundongos tratados com até 150 mg/kg/dia, em ratos tratados com até 500 mg/kg/dia e em coelhos tratados com até 5 mg/kg/dia
Mutagenicidade:
Em uma série de estudos in vitro e in vivo, não foi detectado potencial mutagênico.
Carcinogenicidade:
Não foi observada evidência de efeito carcinogênico quando o cloridrato de benazepril foi administrado a ratos em doses de até 150 mg/kg/dia (250 vezes a dose máxima recomendada para humanos). Não foi observada evidência de carcinogenicidade quando o cloridrato de benazepril foi administrado a camundongos por 104 semanas nas mesmas doses.
Farmacodinâmica
Classe terapêutica: Inibidor da enzima conversora de angiotensina.
LOTENSIN (cloridrato de benazepril) é uma pró-droga que, após hidrólise para a substância ativa benazeprilato, inibe a enzima conversora de angiotensina (ECA) e, conseqüentemente, bloqueia a conversão de angiotensina I para angiotensina II. Assim sendo, reduz todos os efeitos mediados pela angiotensina II – por ex. vasoconstrição e produção de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais – e eleva o débito cardíaco. LOTENSIN diminui o aumento simpático reflexoinduzido na freqüência cardíaca, que ocorre em resposta à vasodilatação.
Hipertensão:
Como outros inibidores da ECA, LOTENSIN também inibe a degradação do vasodilatador bradicinina pela quininase. Essa inibição pode contribuir para o efeito anti-hipertensivo.
A administração de LOTENSIN a pacientes com qualquer grau de hipertensão resulta na redução da pressão arterial nas posições sentada, supina ou em pé. Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única, e a redução máxima de pressão arterial é alcançada dentro de 2 a 4 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste pelo menos 24 horas após a administração. Durante a administração repetida, a redução máxima da pressão arterial com cada dose é geralmente obtida após 1 semana e persiste durante o tratamento a longo prazo. Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. Os efeitos anti-hipertensivos de LOTENSIN não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio.
Não foi observada elevação rápida da pressão arterial após retirada abrupta do benazepril. Em estudo conduzido com voluntários sadios, doses únicas de LOTENSIN produziram um aumento no fluxo sangüíneo renal e não afetaram a taxa de filtração glomerular.
Os efeitos anti-hipertensivos de LOTENSIN e dos diuréticos tiazídicos são sinérgicos. O uso concomitante de LOTENSIN e outros fármacos anti-hipertensivos, inclusive diuréticos, beta-bloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na pressão arterial.
Insuficiência cardíaca congestiva:
A administração de benazepril em pacientes pré-tratados com digitálicos e diuréticos resultou num aumento do débito cardíaco e da tolerância ao exercício, assim como numa diminuição da pressão capilar pulmonar, na resistência vascular sistêmica e na pressão arterial. A freqüência cardíaca foi levemente reduzida. O tratamento com LOTENSIN de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva resultou também em melhora da fadiga, de estertores, edema e da classificação NYHA. Ensaios clínicos demonstraram que a melhoria nas variáveis hemodinâmicas persiste por 24 horas com dose única diária.
Insuficiência renal crônica progressiva:
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de três anos, 583 pacientes com doença renal de várias etiologias e creatinina sérica variando entre 1,5 a 4 mg/dl (clearance de creatinina entre 30 e 60 ml/min), com ou sem hipertensão, foram randomizados para placebo ou LOTENSIN 10 mg, uma vez ao dia. Para se atingir o controle da pressão arterial foram administrados agentes anti-hipertensivos adicionais, de acordo com a necessidade dos pacientes, em ambos os grupos. O grupo tratado com LOTENSIN teve 53% de redução no risco relativo de atingir o objetivo do estudo, definido como sendo a duplicação da creatinina sérica ou a necessidade de diálise. Esses efeitos benéficos foram acompanhados pela redução da pressão arterial e por uma pronunciada redução na proteinúria. Pacientes com doença renal policística não apresentaram redução na perda da função renal quando tratados com LOTENSIN; entretanto, o produto pode ainda ser utilizado no tratamento da hipertensão em tais pacientes.
Forma Farmacêutica e Apresentações
Comprimidos revestidos. frascos com 14, 30 ou 60 comprimidos de 5 mg ou 10 mg.
Gravidez e Lactação
O uso de LOTENSIN é contra-indicado durante a gravidez (vide “Advertências – Morbidade e mortalidade fetal/neonatal” e “Contra-indicações”).
O benazepril e o benazeprilato são excretados no leite materno, mas as concentrações máximas obtidas corresponderam a apenas 0,3% das concentrações encontradas no plasma. A fração de benazeprilato que atinge a circulação sistêmica da criança pode ser negligenciável. Entretanto, embora qualquer efeito adverso na criança seja pouco provável, não é recomendada a utilização de LOTENSIN pelas mães durante o período de amamentação.
Informação ao Paciente
LOTENSIN deve ser protegido do calor e da umidade. O frasco deve ser fechado imediatamente após o uso do produto. O prazo de validade está impresso no cartucho. Não utilizar o produto após a data de validade.
Informe ao seu médico se estiver grávida, amamentando ou se ocorrer gravidez durante o tratamento.
Os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de líquido. Siga corretamente as instruções do médico quanto ao uso do produto, não interrompendo ou modificando o tratamento sem antes consultá-lo.
LOTENSIN é geralmente bem tolerado. Porém, principalmente no início do tratamento e dependendo da sensibilidade de cada paciente, ocasionalmente podem ocorrer reações desagradáveis, tais como dores de cabeça, tontura, sintomas de gripe, cansaço, tosse, problemas de estômago e intestino, vermelhidão da pele, sensibilidade à luz, aumento da freqüência urinária, coceira, palpitação e queda de pressão. Essas reações devem diminuir ou desaparecer com a continuidade do tratamento. Caso ocorra qualquer reação desagradável, avise ao seu médico: ele lhe dará a orientação adequada.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Antes do início do tratamento com LOTENSIN, o paciente deve informar ao médico se está tomando qualquer outro medicamento ou se tiver qualquer outra doença. O paciente não deve tomar outro medicamento juntamente com LOTENSIN sem orientação ou conhecimento do médico.
Contra-indicações: LOTENSIN está contra-indicado a pacientes que apresentem alergia ao produto ou história de angioedema associado ao uso anterior de outros inibidores da ECA. Está também contra-indicado durante a gravidez e a amamentação.
Precauções: Avise imediatamente ao seu médico se durante o tratamento ocorrer inchaço no rosto ou nos lábios, dificuldade de respirar ou vermelhidão na pele. Pacientes com doença nos rins devem ser cuidadosamente acompanhados pelo médico durante as primeiras semanas de tratamento e logo depois, a intervalos periódicos. Pacientes que apresentarem tontura ou problemas de concentração com o uso de LOTENSIN deverão evitar operar máquinas, dirigir veículos ou efetuar tarefas que exijam atenção.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.
Interações Medicamentosas
Os pacientes sob tratamento com diuréticos ou os que apresentam perdas de líquido podem, ocasionalmente, sentir uma redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com inibidores da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos em tais pacientes pode ser minimizada ao se descontinuar a terapia com o diurético por 2-3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN (vide “Posologia” e “Advertências”).
O uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (ex.: espironolactona, triamtereno e amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, não são recomendados para pacientes tratados com inibidores da ECA, uma vez que podem conduzir a aumentos significativos no potássio sérico. Entretanto, se a co-medicação for considerada necessária, aconselha-se o acompanhamento freqüente do potássio sérico.
Foram relatados níveis séricos de lítio aumentados e efeitos de toxicidade do lítio em pacientes que utilizavam inibidores da ECA, durante tratamento com lítio. Esses fármacos devem ser administrados com cautela quando o forem simultaneamente e recomenda-se a monitorização freqüente dos níveis séricos de lítio. Se for também utilizado um diurético, o risco de toxicidade do lítio pode igualmente ser aumentado.
Foi também demonstrado que o efeito hipotensivo dos inibidores da ECA pode ser reduzido quando esses são administrados concomitantemente com a indometacina. Em um estudo clínico controlado, a indometacina não interferiu com o efeito anti-hipertensivo de LOTENSIN.
Superdosagem
Sinais e sintomas
Embora não haja relatos de superdosagem com lotensin, o principal sinal esperado é uma acentuada hipotensão.
Tratamento
Se a ingestão for recente, deve-se induzir o vômito. embora o metabólito ativo, benazeprilato, seja pouco dialisável, a hemodiálise deve ser considerada em pacientes com superdosagem e insuficiência renal agravada, de modo a manter-se a eliminação normal (vide “precauções”). em caso de hipotensão pronunciada, administrar solução salina normal endovenosa.
Atenção: este é um novo medicamento e embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ainda não descritas ou conhecidas. em caso de suspeita de reação adversa, o médico responsável deve ser notificado.
Laboratório
Novartis Biociências S.A.
Remédios da mesma Classe Terapêutica
Adalat, Adalat Oros, Aldazida 50, Aldomet, Amiretic
Remédios que contém o mesmo Princípio Ativo
Lotensin H