Princípio ativo: heparinaLiquemine Subcutâneo
Heparina sódica
PREPARADO DE HEPARINA PARA ADMINISTRAçãO SUBCUTâNEA
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO – LIQUEMINE subcutâneo
Nome genérico
Heparina sódica
Forma farmacêutica e apresentação – LIQUEMINE subcutâneo
Solução injetável – caixas com 25 ampolas de 0,25 ml em solução aquosa.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição – LIQUEMINE subcutâneo
Cada ampola de 0,25 ml contém 5000 U.I. de heparina sódica para administração subcutânea.
INFORMAÇÃO TÉCNICA – LIQUEMINE subcutâneo
Propriedades e efeitos – LIQUEMINE subcutâneo
A heparina é constituída por uma mistura de ésteres polissulfúricos de um mucopolissacarídeo.
Seu efeito anticoagulante é exercido por intermédio da antitrombina III que, como co- fator,
neutraliza vários fatores ativados da coagulação (colicreína XIIa, XIa, IXa, Xa e trombina). A
heparina promove o aumento, além disso, da hidrólise dos triglicerídeos dos quilomícrons e das
VLDL através da liberação e estabilização de lipases- lipoprotéicas presentes nos tecidos.
Farmacocinética – LIQUEMINE subcutâneo
Liquemine® é absorvido após injeção intramuscular ou subcutânea, porém não após
administração oral. A ligação às proteínas é elevada. As proteínas muito básicas (protamina)
neutralizam sua ação. A concentração eficaz se eleva a 0,6 ± 0,3 UI/ml de plasma na terapêutica
e a 0,05 – 0,2 UI/ ml de plasma na profilaxia. Uma vez que a heparina atua no sangue, a
distribuição nos tecidos é praticamente destituída de importância clínica.
O Liquemine® não atravessa a barreira placentária nem passa para o leite materno. Por esta
razão, é considerado o anticoagulante de eleição durante a gravidez e lactação. O endotélio
vascular e o sistema reticuloendotelial captam e provavelmente promovem a degradação do
Liquemine®. Os metabólitos são inativos e eliminados por via renal. A meia- vida biológica
depende da dose administrada e situa- se em uma hora com 100 UI/kg e 2,5 horas com 400
UI/kg.
Indicações – LIQUEMINE subcutâneo
Profilaxia das tromboses artério- venosas e da embolia pulmonar.
Posologia – LIQUEMINE subcutâneo
Profilaxia pela heparina em doses baixas
A profilaxia pela heparina em doses baixas deve ser instituída antes da cirurgia, o que não vem a
elevar sensivelmente o risco de hemorragia durante ou após o ato cirúrgico. Duas horas antes da
intervenção cirúrgica, administrar por via subcutânea uma ampola de Liquemine® (5.000 UI). Em
seguida repetir a administração desta dose a intervalos de 8 a 12 horas durante 7 a 10 dias. Não
são necessários controles de laboratório durante o tratamento profilático. O Liquemine® SC deve
ser injetado no tecido subcutâneo da região abdominal subdiafragmática por meio de agulha tão
fina quanto possível. Para esse fim convém levantar uma prega cutânea e enfiar a agulha
horizontalmente com precaução. Terminada a injeção retirar a agulha sempre na posição
horizontal.
Contra-indicações – LIQUEMINE subcutâneo
O Liquemine® está contra- indicado na diátese hemorrágica, nas hemorragias cerebrais,
nas coagulopatias graves, na insuficiência hepática e renal grave, na hipertensão grave,
em pacientes com úlceras, em presença de tumores malignos com permeabilidade capilar
elevada do aparelho digestivo, na trombocitopenia, na endocardite bacteriana subaguda,
a pacientes que sofreram intervenções cirúrgicas oculares, do cérebro, ou da medula
espinhal (alto risco de hemorragias tardias), aborto iminente e hipersensibilidade
reconhecida à heparina.
Precauções – LIQUEMINE subcutâneo
Especiais precauções devem ser tomadas quando da administração de Liquemine® em
mulheres grávidas que apresentem algum sinal ou queixa de hepatopatia (com
hipersensibilidade à heparina) ou após intervenções da próstata, fígado e vias biliares.
A menstruação normal não constitui contra- indicação.
Tem sido relatado que pacientes sob heparinização, podem desenvolver novas formações
trombóticas em associação com trombocitopenia, resultante de uma agregação
plaquetária irreversível induzida pela heparina, a chamada “síndrome do trombo
branco”. Este processo pode levar a complicações tromboembólicas severas. Desta
forma, a administração de heparina deverá ser imediatamente descontinuada se o
paciente desenvolver novo quadro de trombose associado com trombocitopenia. Se a
continuação da heparinoterapia for essencial, a administração de uma diferente fonte de
heparina poderá ser iniciada após a comprovação da negatividade “in vitro” do teste de
agregação plaquetária. A contagem plaquetária, entretanto, deverá ser monitorada.
Efeitos adversos – LIQUEMINE subcutâneo
A tolerância geral e local ao Liquemine® é, em geral, boa. Ocasionalmente, podem
ocorrer hemorragias durante o tratamento com heparina, por exemplo, hematúria,
hematomas subcutâneos nos pontos de injeção. De acordo com a extensão, podem
ocorrer, às vezes, lesões. Por este motivo, antes de cada injeção de Liquemine® é
preciso pesquisar cuidadosamente o eventual aparecimento de sangramentos na região
de cirurgia, ao nível das lojas renais e no local de aplicação, bem como a presença de
hematomas nos pontos de pressão (nádegas, costas). Para evitar hemorragias, não
convém administrar, sempre que possível, injeções i.m. durante o tratamento
anticoagulante.
Em compensação não há objeções a outras medicações por injeção subcutânea e ainda
menos por via intravenosa. Sangramentos insignificantes, em especial pequenos
hematomas, não constituem motivo obrigatório de interrupção do tratamento pela
heparina. Conforme o caso, pode- se admitir a redução da dose. Diante de hemorragias
de importância média, recomenda- se cessar a administração da heparina e esperar que o
efeito se esgote. Em casos excepcionais, suspende- se o tratamento e neutraliza-se o
efeito da heparina ainda circulante pela administração do cloridrato de protamina
(Protamina 1000 “Roche”).
Em casos muito raros observaram- se reações de hipersensibilidade (eritema, asma
brônquica, febre medicamentosa, colapso, espasmos vasculares) devidos provavelmente
à natureza macromolecular da heparina. Quando se suspeita de hipersensibilidade ao
medicamento, pode- se administrar uma pequena quantidade antes de injetar a primeira
dose.
A alopécia que pode surgir depois do tratamento pela heparina é espontaneamente
reversível.
Algumas vezes observou- se uma ligeira diminuição passageira do número de plaquetas,
que carece de importância para a hemostasia. Em raras ocasiões produziu- se
trombocitopenias importantes ao fim de uma a três semanas de tratamento com
tendência paradoxa a tromboses arteriais. Neste caso, o tratamento com heparina deve
ser imediatamente interrompido. Com a suspensão do tratamento o número de plaquetas
retorna à normalidade. Em casos raros, trombocitopenia clinicamente significante
associada com trombose (a chamada “síndrome do trombo branco”), com complicações
tromboembólicas sérias podem ocorrer 1- 3 semanas após o início do tratamento (Veja
“Precauções”). Se eventualmente ocorrer tal complicação, a heparina deverá ser
interrompida imediatamente. A terapia trombolítica deve ser considerada.
Após tratamento de vários meses com heparina observaram- se casos isolados de
osteoporose.
Controle do tratamento pela heparina
Em princípio não há necessidade de controles de laboratório durante a profilaxia e o
tratamento pela heparina. Entretanto, se for necessário utilizar Liquemine® apesar de
uma das contra- indicações mencionadas, é prudente controlar-lhes os efeitos pela
medida do tempo de trombina (também chamado tempo de antitrombina) ou por um teste
global (tempo de recalcificação, por exemplo). A determinação do tempo de
tromboplastina (o tempo de protrombina) não convém ao controle do tratamento pela
heparina.
Ação antagonista da “Protamina 1000 Roche”
Quando o Liquemine® subcutâneo é utilizado em doses de 5.000 UI 2 a 3 vezes por dia é
desnecessário neutralizar com protamina o efeito da heparina, em vista da curta vida
média dessa substância.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS.
LABORATÓRIO
ROCHE