Princípio ativo: ácido folínicoLeucovorina Biosintética
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Pó liófilo injetável de 50 mg. Embalagens com 1 frasco- ampola e 1 ampola de diluente de 5 ml.
Solução injetável(I.M./I.V.) de 3 mg/1 ml. Embalagens com 6 frasco- ampola com 1 ml.
COMPOSIÇÕES – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Cada frasco- ampola de pó liófilo injetável contém:
Ácido Folínico (leucovorina cálcica) ……………….. 50 mg
Cada ampola de diluente contém:
Água estéril para injeção ……………….. 5 ml
Cada frasco- ampola de solução injetável de 3 mg contém:
Ácido Folínico (leucovorina cálcica) ……………….. 3 mg
Veículo q.s.p. ……………….. 1 ml
USO ADULTO E PEDIÁTRICO – I.V. e I.M.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
. Conservar o produto em local fresco.
. O prazo de validade encontra- se impresso no cartucho; não use o produto com prazo de validade vencido.
. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA é indicada na redução da toxicidade ao metotrexato em pacientes que estejam sendo tratados com a droga metotrexato, ou quando a eliminação desta droga esteja prejudicada ou ainda quando se esteja frente a uma superdosagem de metotrexato.
. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA pode ainda ser indicada em casos de anemias megaloblásticas, devidas à deficiência de ácido fólico.
. Podem ocorrer reações desagradáveis do tipo alérgico, no caso de pacientes hipersensíveis ao ácido fólico.
. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
MODO DE AÇÃO – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA é uma mistura de diasteroisômeros do ácido tetra- hidrofólico. O composto biologicamente ativo é o (-)-L-isômero ou (-)-Leucovorina, ou ainda fator citrovorum. Trata-se de um metabólito do ácido fólico e de uma coenzima essencial para a síntese do ácido nucleico. Por isso é um fator básico na reprodução celular e no desenvolvimento dos sistemas distintos, principalmente naqueles de crescimento rápido (sistemas: hematopoético, nervoso, etc). Têm-se demonstrado que o Leucovorina melhora a sintomatologia clínica e o quadro hemático devido a deficiência de folatos. O Leucovorina não necessita ser reduzido pela diidrofolato-redutase para participar de reações que utilizam os folatos como matéria-prima. Após ingestão oral, o Leucovorina é rapidamente absorvido e convertido a N5-metil-FH4, o folato fisiológico, normalmente existente no plasma, passando a fazer parte do depósito tissular de folatos reduzidos. Esta conversão é mais rápida se o Leucovorina for administrado por via oral do que após administração parenteral. Foi estudada a farmacocinética do produto após administração intravenosa, intramuscular e oral de uma dose de 25 mg de Leucovorina, em voluntários do sexo masculino. Após a injeção I.V., os folatos reduzidos plasmáticos alcançam um pico de concentração máxima de 1.259 ng/ml (limites de 897-1625 ng/ml), na média de 10 minutos. Após a injeção I.M., obtém-se uma Cmáx de 436 ng/ml aos 52 minutos, aproximadamente. A meia-vida beta dos folatos foi de 6,2 horas. Apresenta excreção urinária.
INDICAÇÕES – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
A LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA é usada como antídoto dos antagonistas do ácido fólico.
Está indicado na redução da toxicidade do metotrexato de pacientes que estejam sendo submetidos a tratamento com o metotrexato para ósteossarcoma, ou quando existe eliminação diminuída desta droga ou ainda em sua superdosagem. Pode- se também recorrer à LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA em caso de anemias megaloblásticas por deficiência de folatos.
Pode, também, ser utilizada para normalizar os níveis de folatos, que frequentemente são diminuídos durante a gravidez.
No tratamento de pacientes com problemas hepáticos (cirrose e hepatopatias crônicas), alcoolismo e nos idosos (melhora dos sintomas psíquicos da deficiência de folatos).
CONTRA-INDICAÇÕES – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA está formalmente contra- indicada nas anemias perniciosas por carência de cobalaminas (vitamina B12), pelo simples fato de que pode ser observada uma melhora da crase sanguínea, sem a necessária remissão do quadro neurológico. Gravidez e lactação.
PRECAUÇÕES – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Adequar as doses aos níveis séricos de metotrexato. Não deve ser administrada simultaneamente com antagonistas do ácido fólico, pois pode anular o efeito do antagonista.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
O Leucovorina em altas doses pode inibir a ação anticonvulsiva da fenitoína, do fenobarbital e da primidona, sendo que pode inclusive desencadear crises comiciais em crianças com baixo limiar de convulsibilidade. O Leucovorina pode aumentar o risco de toxicidade quando administrado concomitantemente ao 5- fluoracil.
REAÇÕES ADVERSAS – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Apenas reações de hipersensibilidade ao princípio ativo e ao ácido fólico. Tem ocorrido pirexia após as injeções.
POSOLOGIA – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Câncer cólo- retal avançado: São recomendados os dois seguintes regimes de tratamento:
1. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA é administrada 200 mg/m2 por injeção intravenosa durante no mínimo 3 minutos seguido por 5 fluoruracil a 370 mg/m2 por injeção intravenosa.
2. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA é administrada 20 mg/m2 por injeção intravenosa seguido por 5 fluoruracil a 425 mg/m2 por injeção intravenosa.
O tratamento é repetido diariamente por 5 dias. Este tratamento de 5 dias pode ser repetido em intervalos de 4 semanas (28 dias), por 2 vezes e depois repetido a intervalos de 4 a 5 semanas (28 a 35 dias) depois que o paciente estiver completamente recuperado dos efeitos tóxicos do primeiro tratamento.
Nos tratamentos subsequentes a dosagem de 5 fluoruracil deve ser ajustada baseada na tolerância do paciente durante o primeiro tratamento. A dosagem diária de 5 fluoruracil deve ser reduzida em 20% para pacientes que experimentaram moderada toxicidade hematológica ou gastrintestinal durante o tratamento inicial, e em 30% para pacientes que experimentaram toxicidade severa.
Para pacientes que não experimentaram toxicidade durante o tratamento inicial a dosagem de 5 fluoruracil pode ser aumentada em 10%. As dosagens de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA não são ajustadas pela toxicidade.
Outras doses e dosagens da terapia de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA /5 fluoruracil tem sido avaliadas em pacientes com câncer cólo- retal avançado, alguns desses regimes alternativos podem também ser eficazes no tratamento dessa doença. Contudo, mais pesquisas clínicas são necessárias para confirmar a segurança e eficácia desses regimes de tratamento alternativos.
Como fator de “proteção” ou na redução da toxicidade depois de altas doses de terapia com metotrexato: As recomendações para LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA são baseadas na dose de metotrexato de 12 a 15 g/m2 administrada por infusão intravenosa durante 4 horas. “Proteção” de uma dose de 15 mg (aproximadamente 10 mg/m2) a cada 6 horas por 10 doses começa 24 horas depois do início da infusão do metotrexato. Na presença de toxicidade gastrintestinal, náusea ou vômito, LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve ser administrada parenteralmente.
Creatinina sérica em níveis de metotrexato devem ser determinados, no mínimo, uma vez por dia. A administração de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA, hidratação e alcalinização urinária (pH de 7,0 ou mais) devem ser continuadas até o nível de metotrexato ficar inferior a 5 x 10- 8M (0,05 micromolar). A dose de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve ser ajustada ou redução da toxicidade do metotrexato extendida baseada nas seguintes recomendações:
Situação Clínica
1– Eliminação Normal de Metotrexato
2– Eliminação Tardia de Metotrexato
3– Eliminação Inicial de Metotrexato e/ou Evidência de Insuficiência Renal Aguda
Achados Laboratoriais
1– Nível sérico de metotroxate aproximadamente 10 micromolar 24 horas após administração, 1 micromolar 48 horas após e menos que 0,2 micromolar após 72 horas.
2– Nível sérico de metotrexato permanecendo acima de 0,2 micromolar após 72 horas e mais que 0,05 micromolar após 96 horas da administração.
3– Nível sérico de metotrexato de 50 micromolar ou mais após 24 horas, ou 5 micromolar ou mais após 48 horas; um aumento de 100% ou mais nos níveis séricos de creatinina 24 horas após administração de metotrexato (p.ex. um aumento de 0,5 mg/dL para o nível de 1 mg/dL ou mais).
Dosagem e Duração da LEUCOVORINA
1– 15 mg via oral, I.M. ou I.V., 10 doses começando 24 horas depois de iniciar a infusão do metotrexato
2– Continua 15 mg via oral, I.M. ou I.V., até que o nível de metotrexato seja inferior a 0,05 micromolar.
3– 150 mg I.V., até o nível de metotrexato ser inferior a 1 micromolar; então 15 mg I.V., até o nível de metotrexato ser inferior a 0,05 micromolar.
Pacientes que experimentaram eliminação inicial do metotrexato são susceptíveis a desenvolver insuficiência renal reversível. Adicionalmente à terapia apropriada de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA, esses pacientes necessitam de contínua hidratação e alcalinização urinária e monitorização da situação fluídica e eletrolítica, até os níveis séricos de metotrexato diminuírem até 0,05 micromolar e a insuficiência renal estar normalizada. Alguns pacientes irão apresentar eliminação anormal de metotrexato ou na função renal após a administração de metotrexato que é significantemente menos severa que as anormalidades descritas na tabela acima. Essas anormalidades podem ou não estar associadas com significante toxicidade clínica. Caso toxicidade clínica seja observada, a terapia com LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve ser extendida por mais 24 horas (total de 14 doses durante 84 horas) na terapia subsequente. A possibilidade do paciente receber outra medicação que interage com metotrexato (p.ex. medicamentos que possam interferir com eliminação do metotrexato ou prender- se com albumina sérica) deve ser sempre considerada quando anormalidades laboratoriais ou toxicidade clínica seja observada.
Eliminação de metotrexato diminuída ou superdosagem inadvertida: O uso de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve começar tão logo seja possível. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA 10 mg/m2 I.M., I.V. ou via oral a cada 6 horas até que o nível sérico do metotrexato seja inferior a 10- 8M. Na presença de toxicidade gastrintestinal, náusea ou vômito, LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve ser administrada parenteralmente.
Creatinina sérica e nível de metotrexato devem ser determinados em intervalos de 24 horas. Caso o nível de creatinina sérico, após 24 horas, aumentar 50%, ou caso o nível de metotrexato for maior que 5 x 10- 6M após 24 horas, ou caso seja maior que 9 x 10-7M após 48 horas, a dose de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA deve ser aumentada para 100 mg/m2 I.V. cada 3 horas até que o nível de metotrexato seja inferior a 10-8M.
Hidratação (3 L/d) e alcalinização urinária com solução de bicarbonato de sódio devem ser empregadas concomitantemente. O bicarbonato deve ser ajustado para manter um pH urinário de 7,0 ou mais.
Anemia megaloblástica devido a deficiência de ácido fólico: Até 1 mg diária. Não há evidências que doses maiores que 1 mg/dia tenham maior eficácia que doses de 1 mg, adicionalmente perda de folato na urina torna- se maior quando a administração excede 1 mg.
Cada 50 mg de LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA quando reconstituída com 5 ml, de diluente estéril, gera uma concentração final de 10 mg/ml. Cada 350 mg de Leucovorina Biosintética quando reconstituída com 17 ml de diluente estéril, gera uma concentração de 20,5 mg/ml. LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA não contém preservativos. Reconstituir com água estéril para injeção. Produtos para uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a discoloração ou material particulado, imediatamente antes da administração, caso a solução ou recipiente permitam.
CONDUTA NA SUPERDOSAGEM – LEUCOVORINA BIOSINTÉTICA
Não há reações clínicas significativas.
VENDA SOB PRESCRISÃO MÉDICA
LABORATÓRIO
BIOSINTETICA