Princípio ativo: paliperidona

C1 – Receituário de controle especial em duas vias

Invega

paliperidona

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de liberação prolongada de 3, 6 ou 9 em embalagens com 28 comprimidos.

USO ADULTO USO ORAL

COMPOSIÇÂO

Cada comprimido revestido branco contém 3 mg de paliperidona. Excipientes: acetato de celulose, ácido esteárico, butilidroxitolueno, cera de carnaúba, cloreto de sódio, hietelose, macrogol, Opadry II® branco (dióxido de titânio, hipromelose, lactose monoidratada, triacetina), óxido férrico, polioxietileno, povidona.

Cada comprimido revestido bege contém 6 mg de paliperidona. Excipientes: acetato de celulose, ácido esteárico, butilidroxitolueno, cera de carnaúba, cloreto de sódio, hietelose, macrogol, Opadry II® bege (dióxido de titânio, hipromelose, macrogol, óxido férrico), óxido férrico, polioxietileno, povidona.

Cada comprimido revestido cor-de-rosa contém 9 mg de paliperidona. Excipientes: acetato de celulose, ácido esteárico, butilidroxitolueno, cera de carnaúba, cloreto de sódio, hietelose, macrogol, Opadry II® rosa (dióxido de titânio, hipromelose, macrogol, óxido férrico), óxido férrico, polioxietileno, povidona.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? O mecanismo de ação da paliperidona, princípio ativo de Invega, é desconhecido, assim como o de outros fármacos eficazes em esquizofrenia.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO? Invega (paliperidona) é indicado para o tratamento da esquizofrenia, incluindo tratamento agudo e prevenção de recorrência.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Contra-indicações Não utilize Invega se você tiver hipersensibilidade (alergia) a paliperidona ou aos excipientes da fórmula. A paliperidona corresponde a um metabólito ativo da risperidona, portanto, o uso de Invega também é contra-indicado se você apresentar hipersensibilidade à risperidona.

Advertências

Síndrome neuroléptica maligna

O uso de paliperidona, assim como o uso de outros medicamentos com propriedades semelhantes, tem sido associado ao aparecimento de um quadro grave denominado síndrome neuroléptica maligna, caracterizado por febre, rigidez dos músculos, alteração de batimento do coração, sonolência e exames alterados, como níveis elevados de creatina fosfoquinase (tipo de exame de sangue), além de excreção de hemoglobina na urina (tipo de exame de urina) e perda aguda da função dos rins. Se você apresentar esses sintomas, procure o mais rápido possível o seu médico, pois será necessário interromper o tratamento com Invega, além de outras medidas complementares.

Discinesia tardia

O uso de paliperidona, assim como o uso outros medicamentos com propriedades semelhantes, tem sido associada ao aparecimento de movimentos involuntários rítmicos, predominantemente da língua e/ou face. Se você apresentar esse sintoma, procure o médico, pois pode ser necessário interromper o tratamento com Invega.

Intervalo QT

Assim como outros antipsicóticos, deve-se ter cautela quando Invega é prescrito a pacientes com histórico de arritmias cardíacas, em pacientes com síndrome congênita do prolongamento do intervalo QT e em uso concomitante com medicamentos que conhecidamente prolongam o intervalo QT.

Hiperglicemia

Informe ao médico se você é diabético ou se tem fatores de risco para diabetes, para que ele possa monitorar o seu nível de glicose durante o tratamento com Invega.

Hipotensão ortostática

A paliperidona pode causar queda da pressão arterial ao se levantar (hipotensão ortostática). Invega deve ser usado com cuidado se você apresenta doença do coração, [como por exemplo, insuficiência cardíaca, infarto ou isquemia do músculo do coração (miocárdio), anormalidades da condução], doença vascular cerebral ou condições que predispõem a pressão arterial baixa (como por exemplo, desidratação, redução da quantidade de sangue no corpo e tratamento com medicamentos anti-hipertensivos).

Crises epilépticas

Invega deve ser usado com cautela em pacientes com crises epilépticas. Assim, informe ao médico se você tiver epilepsia.

Potencial para obstrução gastrintestinal

Uma vez que o comprimido de Invega não se deforma e não altera sua forma no trato gastrintestinal (estômago e intestino), você não deve tomar Invega se tiver estreitamento gastrintestinal grave preexistente ou dificuldade para engolir o comprimido inteiro.

Pacientes idosos com demência

Invega não foi estudado nessa população de pacientes, desta forma o medicamento não é recomendado para pacientes idosos com demência.

Mortalidade geral

Em uma revisão de 17 estudos clínicos, pacientes idosos com demência tratados com outros fármacos antipsicóticos atípicos, incluindo a risperidona, tiveram um risco aumentado de mortalidade em comparação ao placebo.

Eventos adversos vasculares cerebrais

Em estudos clínicos com placebo em pacientes idosos com demência, tratados com medicamentos antipsicóticos atípicos, incluindo a risperidona, houve uma incidência maior de eventos adversos relacionados a irrigação do cérebro (derrame e episódios passageiros de circulação inadequada de sangue), incluindo mortes, em comparação ao placebo.

Doença de Parkinson e demência com corpos de Lewy

Informe ao médico se você tem doença de Parkinson ou demência (com corpos de Lewy), Ele decidirá se você pode tomar Invega, pois na presença dessas doenças você tem maior risco de apresentar um quadro denominado síndrome neuroléptica maligna, caracterizado por febre, rigidez muscular, alteração de batimento cardíaco, sonolência e exames alterados como níveis elevados de creatina fosfoquinase (tipo de exame de sangue), além de ter maior sensibilidade aos medicamentos antipsicóticos. A sensibilidade aumentada manifesta-se por confusão, dificuldade para se manter em pé com quedas freqüentes, além de sintomas denominados extrapiramidais, tais como movimentos involuntários e rigidez dos músculos.

Priapismo (ereção persistente do pênis)

Tem sido relatado que fármacos com efeitos parecidos com os da paliperidona induzem a ereção persistente do pênis, embora nenhum caso tenha sido relatado nos estudos clínicos com Invega.

Controle da temperatura corporal A interrupção da capacidade do corpo de reduzir a temperatura corporal tem sido atribuída a agentes antipsicóticos. Assim, se você estiver tomando Invega, recomenda-se cuidado ao se expor a condições que possam contribuir para o aumento da temperatura corporal, como por exemplo exercício exagerado, exposição ao calor extremo, uso conjunto de remédios com efeito chamado anticolinérgico ou em situações de desidratação.

Controle de náuseas e vômitos

Um maior controle de náuseas e vômitos foi observado em estudos pré-clínicos com a paliperidona. Esse efeito, se ocorrer em seres humanos, pode mascarar os sinais e sintomas de dose excessiva com certos medicamentos ou de condições tais como obstrução intestinal, síndrome de Reye e tumor cerebral.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas.

Invega pode interferir com as atividades que requerem atenção e concentração e pode ocasionar efeitos visuais. Durante o tratamento, você não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua

habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Gravidez e Amamentação

A segurança da paliperidona para uso em mulheres grávidas não foi estabelecida. Invega só deve ser usado durante a gestação se os benefícios superarem os riscos. O efeito de Invega sobre o parto em seres humanos é desconhecido. Em estudos em animais com a paliperidona e em estudos em seres humanos com a risperidona, a paliperidona foi excretada no leite. Portanto, as mulheres não devem amamentar durante o tratamento com Invega. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica .

Interações Medicamentosas Recomenda-se cautela ao prescrever Invega com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT.

Potencial de Invega afetar outros fármacos Invega deve ser usado com cautela junto com outros medicamentos que apresentam efeito no cérebro e com bebidas alcoólicas. A paliperidona pode prejudicar o efeito de medicamentos para tratamento da Doença de Parkinson como levodopa ou medicamentos com efeito chamado agonista dopaminérgico. Quando usado com outros medicamentos que podem levar à queda de pressão arterial, o uso de Invega pode potencialmente aumentar este efeito.

Uso concomitante de Invega com risperidona O uso concomitante de Invega com risperidona não foi estudado. Uma exposição adicional a paliperidona deve ser considerada se a risperidona for co-administrada com Invega. Não é recomendada a utilização concomitante de Invega com risperidona oral, uma vez que a paliperidona é um metabólito ativo da risperidona e a combinação dos dois pode conduzir a uma exposição adicional de paliperidona.

Não há contra-indicação relativa a faixas etárias. Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis. Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Aspecto Físico

A medicação está contida em um comprimido planejado para liberar a paliperidona de forma prolongada. O revestimento do comprimido, em conjunto com os componentes insolúveis do

núcleo do comprimido, são eliminados do organismo. Não há motivo para preocupação se, ocasionalmente, você notar algo parecido com um comprimido nas fezes. Existem 3 concentrações de Invega que podem ser identificadas pela cor do comprimido: 3 mg – comprimido branco, 6 mg – comprimido bege e 9 mg – comprimido rosa.

Como usar Os comprimidos de Invega devem ser tomados inteiros, com um pouco de líquido e não devem ser mastigados, partidos ou esmagados.

Dosagem

Adultos (idade acima de 18 anos)

A dose de Invega pode variar entre 3 e 12 mg ao dia, sendo a dose recomendada de 6 mg uma vez ao dia, por via oral, pela manhã, acompanhada ou não pela ingestão de alimentos

Pacientes com insuficiência hepática

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência hepática leve. Invega não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave.

Pacientes com insuficiência renal

Para pacientes com insuficiência renal leve, a dose inicial recomendada é de 3 mg uma vez ao dia. A dose deve ser aumentada para 6 mg uma vez ao dia baseada na tolerabilidade e resposta clínica. Para pacientes com insuficiência renal moderada a grave, a dose recomendada é 3 mg uma vez ao dia. Como Invega não foi estudado em pacientes com depuração de creatinina < 10 mL/min , não se recomenda o uso nestes pacientes.

Pacientes idosos

As recomendações posológicas para pacientes idosos com função renal normal são as mesmas que para adultos com função renal normal. No entanto, como os pacientes idosos podem ter função renal diminuída, o médico poderá ajustar a dose de acordo com o estado da função renal.

Crianças

A segurança e a eficácia de Invega não foram avaliadas em pacientes com idade inferior a 18 anos.

Outras populações especiais

Não há recomendação para ajuste da dose de Invega em função do sexo, raça ou se você é fumante ou não.

Troca por outros agentes antipsicóticos

Não existem dados sistematicamente coletados que se referem à troca de Invega por outros agentes antipsicóticos. Devido às diferenças entre as propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas de tais medicamentos, é necessária a orientação de um médico, no caso de troca por outros agentes antipsicóticos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Esse medicamento não pode ser partido ou mastigado.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR? A segurança de Invega foi avaliada em 1205 pacientes com esquizofrenia que participaram em 3 estudos clínicos de dose fixa com duração de 6 semanas. A informação apresentada a seguir para os pacientes tratados com Invega é baseada nos conjuntos de dados de pacientes que receberam Invega na dose diária recomendada de 3, 6, 9 ou 12 mg. As reações adversas mais freqüentes, relatadas por ? 2% dos pacientes tratados com Invega em estudos clínicos incluíram: dor de cabeça (13,2%), batimento rápido do coração (6,6%), inquietude e incapacidade de permanecer sentado (6,5%), transtornos extrapiramidais (tais como movimentos involuntários) (5,4%), sonolência (4,9%), vertigem (4,8%), sedação (4,2%), tremor (3,4%), rigidez muscular (2,8%), alteração da contração muscular (2,6%), queda ao levantar-se (2,5%) e boca seca (2,4%). As reações adversas que parecem estar relacionadas à dose foram: aumento do peso, cefaléia, aumento da salivação, vômito, dificuldade em realizar movimentos voluntários, incapacidade de permanecer sentado, alteração da contração muscular, transtornos extrapiramidais (como movimentos involuntários) e rigidez muscular.

Atenção: Este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ? Se você ingeriu acidentalmente uma quantidade maior de Invega, procure o médico imediatamente. Os possíveis sinais de uma dose excessiva são: sonolência, sedação, batimento rápido do coração, pressão arterial baixa, alterações no exame de eletrocardiograma e sintomas extrapiramidais (tais como movimentos involuntários).

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? Invega comprimidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da umidade.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A paliperidona é um antagonista de ação central de receptores D2 da dopamina, com atividade antagonista serotonérgica 5-HT2A predominante. A paliperidona também é ativa como um antagonista em receptores adrenérgicos ?1 e ?2 e histaminérgicos H1. A paliperidona não tem afinidade para receptores colinérgicos muscarínicos ou adrenérgicos ?1 e ?2. A atividade farmacológica dos enantiômeros (+) e (-) da paliperidona é similar, tanto qualitativamente como quantitativamente. O mecanismo de ação da paliperidona, como outros fármacos eficazes em esquizofrenia, é desconhecido. No entanto, foi proposto que a atividade terapêutica do fármaco em esquizofrenia é mediada através da combinação de antagonismo em receptores tipo 2 (5HT2A) de serotonina e tipo 2 (D2) de dopamina. O antagonismo em outros receptores além do D2 e 5HT2A pode explicar alguns dos outros efeitos da paliperidona.

Polisonografia

Medicamentos com ação central através de seu mecanismo de ação, perfil de liberação e/ou tempo da administração da dose podem afetar o sono. Para avaliar o impacto da dose matinal de Invega sobre a arquitetura e a continuidade do sono, foi conduzido um estudo controlado com placebo em 36 pacientes com esquizofrenia onde 9 mg de Invega ou placebo foram administrados uma vez ao dia por 14 dias. As seguintes observações foram feitas (dados médios em comparação ao placebo): redução de 41,0 (EP 18,70) minutos na latência para sono persistente, diminuição de 35,2 (EP 14,99) minutos na latência para início do sono, redução de 7,0 (EP 3,88) eventos no número de vezes de despertar após o início do sono, aumento do tempo total de sono em 52,8 (SE 24,01) minutos, aumento do período de sono em 41,7 (SE 18,75) minutos e aumento do índice de eficiência do sono em 11,0% (SE 5,00). Houve também uma redução estatisticamente significante (em relação ao placebo) no estágio 1 do sono de 11,9 (SE 4,44) minutos e aumento no estágio 2 do sono de 50,7 (SE 17,67) minutos. Não foi observado efeito clinicamente relevante sobre o sono REM.

Eletrofisiologia

Os efeitos da paliperidona sobre o intervalo QT foram avaliados em dois estudos de fase I, randomizados, , duplo-cegos e multicêntricos, em adultos com esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo e em 3 estudos de eficácia, de dose fixa, controlados com placebo e com controle ativo de 6 semanas de duração em adultos com esquizofrenia. No primeiro estudo de fase I (n=141), pacientes foram randomizados para receber igualmente 7 dias de paliperidona oral de liberação imediata uma vez ao dia (com titulação de 4 a 8 mg) ou uma dose única de moxifloxacino (400mg). A dose de 8 mg uma vez ao dia de paliperidona oral de liberação imediata (n=44) atingiu uma concentração plasmática média no estado de equilíbrio mais de 2 vezes maior que a exposição observada com dose máxima recomendada de 12 mg de Invega (Cmax ss= 113 e 45 ng/mL, respectivamente). No modelo de correção linear-derived QT correction (QTcLD), houve um aumento médio de 5,5 mseg (90% IC: 3,66; 7,25) no grupo de tratamento com Invega (n=44). No segundo estudo de fase I (n=109), os pacientes foram randomizados para receber igualmente placebo, ou a dose máxima recomendada de Invega (12 mg uma vez ao dia), subsequentemente titulado a uma dose acima da faixa recomendada (18 mg uma vez ao dia), ou um controle ativo da mesma classe farmacológica de medicamento (400 mg de quetiapina 2 vezes ao dia). A comparação primária neste estudo de não-inferioridade de 10 dias foi entre Invega 12 mg e quetiapina. A média dos mínimos quadrados da condição basal QTcLD a cada um dos tmáx individuais observados foi estimada para ser 5,1 ms menor para Invega 12 mg (Cmáx média 34 ng/mL) comparado com 400 mg de quetiapina 2 vezes ao dia (Cmáx média 1183 ng/mL) (IC 90%: 9,2; -0,9), encontrando o critério de não-inferioridade pré-especificado de 10 ms. A alteração média da condição basal em QTcLD para cada um dos tmáx individuais observados foi estimada para ser 2,3 ms menor para Invega 18 mg (Cmáx média 53 ng/mL) comparado com 400 mg de quetiapina 2 vezes ao dia( Cmáx média 1183 ng/mL) (IC 90%: -6,8; 2,3).

A alteração média da condição basal em QTcLD para cada tmáx individual observado foi estimada para 1,5 ms maior (IC 90%: -3,3; 6,2) para Invega 12 mg e 8,0 ms maior (IC 90%: 3,1; 12,9) para 400 mg de quetiapina 2 vezes ao dia comparado com alteração média da condição basal em QTcLD em um tmáx mediano observado (da droga ativa na comparação) no braço placebo concorrente. A alteração média da condição basal em QTcLD para cada tmáx individual observado foi estimada para ser 4,9 ms maior (IC 90%: -,05; 10,3) para paliperidona de liberação prolongada 18 mg e 7,5 ms maior (IC 90%: 2,5; 12,5) para quetiapina 400 mg duas vezes ao dia comparado com a alteração média da condição basal em QTcLD no tmáx mediano observado (da droga ativa na comparação) no braço placebo concorrente. Nenhum dos pacientes tiveram mudanças da condição basal excedendo 60 mseg ou um QTcLD excedendo 500 mseg durante o tempo de duração de qualquer destes estudos. Para os 3 estudos de eficácia de dose fixa, medidas eletrocardiográficas extensas foram coletadas em 15 tempos de avaliação em dias determinados (incluindo os tempos de Cmax esperada), usando metodologia padronizada. O aumento médio do QTcLD não excedeu 5 mseg em nenhum grupo de tratamento em nenhum tempo de avaliação, com base nos dados agrupados de 836 pacientes tratados com Invega, 357 pacientes tratados com olanzapina e 350 pacientes tratados com placebo. Um paciente no grupo Invega 12 mg e um paciente no grupo olanzapina tiveram uma mudança que excedeu 60 mseg em um tempo de análise durante esses estudos (aumentos de 62 mseg e 110 mseg respectivamente).

Propriedades Farmacocinéticas A farmacocinética da paliperidona após a administração de Invega, cuja forma farmacêutica corresponde à de comprimido revestido de liberação prolongada (OROS® Push-Pull, tecnologia desenvolvida pela Alza Corporation) é proporcional à dose dentro do intervalo recomendado (3 a 12 mg).

Absorção

Após uma dose única de Invega, as concentrações plasmáticas de paliperidona sobem constantemente até atingir o pico de concentração plasmática (Cmax) em aproximadamente 24 horas após a administração. Com a administração de Invega uma vez ao dia, as concentrações do estado de equilíbrio da paliperidona são atingidas em 4-5 dias na maioria dos indivíduos. As características de liberação de Invega resultam em flutuações mínimas do pico e de vale em comparação àquelas observadas com a risperidona de liberação imediata. Em um estudo comparando a farmacocinética no estado de equilíbrio após a administração de 12 mg de paliperidona (comprimidos de liberação prolongada), uma vez ao dia, com 4 mg de risperidona de liberação imediata em pacientes com esquizofrenia, os índices de flutuação foram 38% para a paliperidona de liberação prolongada em comparação a 125% para a

risperidona de liberação imediata. (Figura 1)

Figura 1: Perfil de concentração no estado de equilíbrio após a administração de 12 mg de paliperidona (6 comprimidos de liberação prolongada de 2 mg, uma vez ao dia) por 6 dias (as concentrações de paliperidona estão representadas) em comparação a risperidona de liberação imediata administrada como 2 mg uma vez ao dia no Dia 1 e 4 mg uma vez ao dia nos Dias 2 a 6 (as concentrações de paliperidona+risperidona estão representadas)

paliperidona liberação prolongada (n=37)

risperidona de liberação imediata (n=37)

Após a administração de Invega os enantiômeros (+) e (-) da paliperidona se interconvertem, alcançando uma razão de AUC (+) para (-) de aproximadamente 1,6 no estado de equilíbrio. A biodisponibilidade oral absoluta da paliperidona após a administração de Invega é 28%. Após a administração de um único comprimido de liberação prolongada de paliperidona a voluntários sadios, confinados ao leito por 36 horas, com refeição padrão com alto teor calórico/de gordura, a Cmax e a AUC aumentaram em 42% e 46%, respectivamente, em comparação com a administração em condição de jejum. Em outro estudo envolvendo voluntários sadios, após administração de um único comprimido de 12 mg em conjunto com uma refeição padronizada contendo elevado conteúdo de gordura e calorias, foram observados aumentos de 60% e 54% de Cmax e AUC de paliperidona, respectivamente, comparados à administração em condições de jejum. Embora a presença ou ausência de alimentos no tempo de administração de Invega possam aumentar ou diminuir a exposição à paliperidona, estas alterações não foram consideradas clinicamente relevantes. Os estudos clínicos que estabeleceram a eficácia e a segurança de Invega foram realizados sem relação com o tempo das refeições.

Distribuição

A paliperidona é rapidamente distribuída. O volume aparente de distribuição é 478 L. A ligação da paliperidona às proteínas plasmáticas é de 74%. Ela liga-se, principalmente, à glicoproteína alfa-1 ácida e à albumina. Em condições in vitro, concentrações terapêuticas altas de diazepam (3 mcg/mL), sulfametazina (100 mcg/mL), varfarina (10 mcg/mL) e carbamazepina (10 mcg/mL) causaram um pequeno aumento na fração livre de paliperidona em 50 ng/mL. Não é esperado que essas mudanças tenham significância clínica.

Metabolismo e eliminação

Uma semana após a administração de uma dose oral única de 1 mg de 14C-paliperidona de liberação imediata, 59% da dose foi excretada inalterada na urina, indicando que a paliperidona não é extensivamente metabolizada no fígado. Aproximadamente 80% da radioatividade administrada foi recuperada na urina e 11% nas fezes. Quatro vias metabólicas foram identificadas in vivo, nenhuma das quais representou mais de 6,5% da dose: desalquilação, hidroxilação, desidrogenação e cisão de benzisoxazol. Embora estudos in vivo tenham sugerido um papel para a CYP2D6 e a CYP3A4 no metabolismo da paliperidona, não há evidência in vivo de que essas isoenzimas representem um papel significante no metabolismo da paliperidona. Apesar da ampla variação na população em geral com relação à capacidade de metabolizar substratos de CYP2D6, as análises da farmacocinética da população não indicaram diferença perceptível na depuração aparente de paliperidona após a administração de Invega entre metabolizadores rápidos e lentos de substratos de CYP2D6. Estudos in vitro usando preparados de microssomas de sistemas heterólogos indicam que as CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A5 não estão envolvidas no metabolismo da paliperidona. A meia-vida terminal de eliminação da paliperidona é cerca de 23 horas.

Populações especiais Insuficiência hepática: a paliperidona não é extensivamente metabolizada pelo fígado. Em um estudo em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh classe B), as concentrações plasmáticas da paliperidona livre foram similares àquelas em indivíduos sadios. A paliperidona não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática grave. Insuficiência renal: a dose deve ser reduzida em pacientes com insuficiência renal moderada e grave. A disposição da paliperidona foi estudada em pacientes com graus variáveis de insuficiência renal. A eliminação da paliperidona diminuiu com a diminuição da depuração da creatinina (DC). A depuração total da paliperidona foi reduzida em pacientes com insuficiência renal: em 32% nos casos leves (DC = 50 a

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