Princípio ativo: glimepiridaGlimepirida

Laboratório

Genérico

Referência

Glimepirida

Apresentação de Glimepirida

1mg ou 2mg cx 10 OU 30 comp 4mg cx 10, 30 ou 60 comp

Glimepirida – Indicações

A Glimepirida está indicada para o trata mento oral de diabetes mellitus não insulino-de pendente (tipo II), como um adjunto, quando os níveis de glicose não podem ser adequadamente controlados por meio de dieta alimentar, exercícios físicos e redução de peso. A Glimepirida pode ser associada a outros antidiabéticos orais que não estimulam a secreção de insulina, e também associada a metformina quando os níveis de glicemia não podem ser adequadamente controlados por meio da dieta alimentar, exercícios físicos e uso de Glimepirida ou metformina em monoterapia. A Glimepirida pode ser usada em associação com a insulina, entretanto este uso combinado pode aumentar o potencial para hipoglicemia.

Contra-indicações de Glimepirida

Glimepirida está contra-indicada a pacientes que apresentem hipersen sibi lidade a Glimepirida ou a outras sulfo niluréias ou qualquer outro componente da composição do medicamento. Em pacientes com insuficiência renal ou hepática grave, é indicada a substituição pela insulina, para se obter um controle metabólico adequado. Também não deve ser administrado a pacientes portadores de diabetes mellitus insulino dependente (tipo I), em cetoacidose diabética, pré-coma e coma diabético. Essa condição deve ser tratada com insulina.

Advertências

Todas as sulfoniluréias são capazes de produzir severa hipoglicemia. Deste modo, selecionar apropriadamente os pacientes e a dosagem são importantes para evitar episódios de hipoglicemia. Pacientes com função renal alterada podem ser mais sensíveis ao efeito hipoglicemiante da Glimepirida. Pode ser difícil reconhecer quadros de hipoglicemia em pacientes idosos e naqueles que fazem uso de betabloquea – dores. A ocorrência de hipoglice mia é mais freqüente quando a ingestão calórica é deficiente, após exercícios físicos, quando há ingestão de álcool, ou quando mais de uma agente hipogli cemiante é usado. O uso combi nado de Glimepirida com insulina ou metformina pode aumen – tar o potencial para hipoglicemia. Quando um paciente com glicemia controlada é exposto a estresses tais como: febre, trauma, infecção ou cirurgia, pode ocorrer alteração da glicemia. Nestes casos, pode ser necessário acres centar insulina em combinação com Glimepirida ou mesmo o uso de mono terapia com insulina. A falta de efetividade de qualquer droga hipoglice miante, incluin do glimepi – rida, em diminuir a taxa de glicose sanguínea a níveis desejados em muitos pacientes por um período de tempo, pode ser associado a progressão da severidade do diabetes ou diminuição da resposta ao medicamento. Este fenôme no é conhecido como falha secun dária, e se distingui de uma falha primária, pelo fato do medica – mento ser ineficaz em um paciente, quando dado pela primeira vez. Durante as primeiras semanas do tratamento, o risco da ocorrência de hipo glicemia pode estar aumentado e necessita de monitorização cuidadosa. A hipoglicemia pode ser, quase sempre, controlada pela administração de carboidratos (glicose ou açúcar). Entre tanto apesar de se obter um aumento da glicemia com medidas de controle, pode ocorrer hipoglicemia novamente. Casos graves de hipoglicemia requerem tratamento imedia to, e em alguma cir cuns tâncias o paciente deve ser hospitalizado. Pode ocorrer diminuição do estado de alerta devido a hipoglicemia ou hiperglicemia, principalmente no inicio ou após alterações no tratamento ou quando o medicamento não é tomado regular mente. Afetando, por exemplo, a habilidade em conduzir veículos ou operar máquinas. O uso de bebidas alcoólicas deve ser evitado.

Uso na gravidez de Glimepirida

Categoria de risco de gravidez: C. Este medicamento não deve ser utiliza do por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Glimepirida não produziu efeitos terato – gênicos em ratos expostos a uma dose oral acima de 4000 mg/kg por peso corpóreo (aproximadamente 4.000 vezes a dose máxima recomendada em huma – nos) ou em coelhos expostos a mais de 32 mg/kg de peso corpóreo (aproxima da – mente 60 vezes a dose máxima recomen – dada em humanos). Glimepirida mostrou estar associada com morte fetal intra-uterina em ratos quando dada em doses menores do que 50 vezes da dose humana, baseado na superfície corpórea e em coelhos quando administrados em doses menores que 0,1 vez a dose humana, baseada na superfície corpórea. Esta fetotoxicidade, observada somente em doses que induzem hipoglicemia materna, tem sido observada com outras sulfonilureias, e acredita-se que esteja diretamente relacio nado a ação farmacológica (hipoglice miante) da Glimepirida. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Basea do nos resultados de estudos em animais, Glimepirida não deve ser admi nis trada durante a gravidez. Devido a recentes informações sugerindo que níveis anormais de glicemia durante a gravidez estaria associado com uma alta inci dência de anormalidades congênitas, muitos especialistas recomendam que insulina seja usada durante a gravidez para manter a glicemia o mais próximo da normalidade. Em alguns estudos em ratos, as crias que foram expostas a altos níveis de Glimepirida durante a gravidez e lactação, desenvolveram deformidades esqueléticas consistindo de encur tamento, espessamento e curvatura do úmero durante o período pós-natal. Concentrações significantes de Glimepirida foram observadas no soro e leite materno das cobaias bem como no soro dos filhotes. Estas deformidades esqueléticas foram avaliadas como resultantes da ama mentação por fêmeas expostas a Glimepirida. Em estudos de reprodução em ratos, concentração significativa de Glimepirida foi observada no soro e leite materno das cobaias, bem como no soro dos filhotes. Embora não se saiba se Glimepirida é excretada no leite humano, outras sulfonilureias são excretadas no leite humano. Por isso, o potencial para hipoglicemia em lactentes pode existir, e a Glimepirida deve ser descontinuada em mães lactantes. Se a Glimepirida é descontinuada, e se a dieta e exercícios físicos são inadequados para o controle da glicemia, a terapia com insulina deve ser considerada.

Interações medicamentosas de Glimepirida

A ação hipoglicemiante das sulfoninuréias pode ser potencializada pelo uso de certas drogas, incluindo: insulina ou outro antidia – bético oral, inibidores da ECA, cloran fenicol, esteróides, anabolizantes e hormônios sexuais masculinos, ciclofos famidas, deriva dos cumarí – nicos, fenfluramina, disopira mida, fibratos, fenilramidol, guanetidina, fluoxetina, inibidores da MAO, ifosfamida, ácido para-aminosalicílico, miconazol, fenilbutazona e oxifembutazona, pentoxifilina (uso parenteral em doses eleva – das), probenecida, azapro pazona, salicilatos, quinolonas, antibióticos sulfonamí dicos, sulfimpirazona, tritoqualina, tetraciclinas, trofosfamida. Certas drogas tendem a produzir hiperglicemia e podem levar a uma perda de controle da glicemia, como: acetazolamida, barbitúricos, corticosteróides, diazóxido, diuréticos, epinefrina (adrenalina) e outros agentes simpatomiméticos, glucagon, laxantes (após uso prolongado), ácido nicotínico (em doses elevadas), estrogênios e progestagênios, feno tiazínicos, fenitoína, rifampicina, hor – mô ni os da tireóide Antagonistas de receptores H2, betabloque – adores, clonidina e reserpina podem induzir tanto a potencialização quanto a diminuição do efeito hipoglicemiante da Glimepirida. Sob influência de fármacos simpatolíticos, como betabloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais da contra-regulação adrenérgica para hipoglicemia podem estar reduzidos ou ausentes. Tanto a ingestão crônica como a aguda de álcool podem potencializar ou diminuir a ação hipoglicemiante da Glimepirida de maneira imprevisível. O uso da Glimepirida pode potencializar ou diminuir os efeitos dos derivados cumarínicos. Testes laboratoriais: a glicemia sanguínea deve ser monitorizada periodicamente para determinar a resposta terapêutica. A hemoglobina glicosilada também deve ser monitorizada, a cada 3 a 6 meses.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Glimepirida

Endócrino: em estudos clínicos, episó – dios de hipoglicemia (glicemia menor do que 60 mg%) ocorreram em 0,9 a 1,7% dos pacientes tratados com Glimepirida. Os sintomas que podem ocorrer são cefaléia, náuseas, vômitos, excesso de apetite, fadiga, anormalidades do sono, inquietação, agressividade, depressão, confusão, alterações na fala, afasia, alterações visuais, tremor, paresias, dis túr bios sensoriais, delírio, tontura, sensação de abandono, perda do autocontrole, convulsões, sonolência, po – den do evoluir para coma, dificuldade res pi ra tória e bradicardia. Sinais de contra regulação adrenérgica podem surgir como sudorese, pele úmida e fria, ansiedade, taquicardia, hipertensão, palpitação, dor no peito e arritmias cardíacas. O quadro clínico de um ataque hipoglicêmico grave pode assemelhar-se a um acidente vascular cerebral. Os sintomas podem variar de paciente para paciente, e melhoram ou desaparecem com a correção da glicemia. Sistema nervoso central: tontura, astenia e cefaléia foram observados em menos de 2% dos pacientes diabéticos tipo II tratados com Glimepirida em estudos clínicos. Metabólico: hiponatremia ocorreu em alguns pacientes tratados com glime – pirida. Embora casos específicos sejam escassos, o fármaco é capaz de induzir a síndrome de secreção inapro priada de hormônio antidiurético, similar a outras sulfoniluréias. Gastrintestinal: náuseas ocorreram em aproximadamente 1% dos pacientes recebendo Glimepirida por via oral. Outros efeitos gastrintestinais ocorreram com similar ou me nor freqüência tais como: vômito, diarréia e dor abdominal. Foi relatada ocasionalmente a elevação de transaminases séricas na terapia de diabetes tipo II com Glimepirida. A Glimepirida, assim como as demais sulfoniluréias, podem causar, em casos isolados, alterações na função hepática. Ocular: menos de 1% dos pacientes diabéticos tipo II em uso de Glimepirida apresentaram turvamento visual. Isto pode ser associado a mudanças na glicemia após o inicio do tratamento. Hematológico: podem ocorrer altera ções na crase sanguínea, ocorrem raramente leucopenia e trombocitopenia. Pode causar em casos isolados anemia hemolítica ou, por exemplo, eritro citopenia, granulo – citopenia, agranu locitose e pancitopenia. Dermatológico: menos de 1% dos pa – cientes tratados com Glimepirida em estudos clínicos desenvolveram reações cutâneas – tipo alérgica (exemplos: eritema, urticária, erupções morbiliformes ou macopapulares). Estas reações são geralmente leves, podendo tornar-se graves acompanhadas por dispnéia e hipotensão arterial, algumas vezes evoluindo até choque. Outros: em casos isolados pode ocorrer redução da concentração sérica de sódio, e com base em outras sulfoniluréias, podem ocorrer vasculite alérgica ou hipersensibilidade cutânea a luz.

Glimepirida – Posologia

A dose inicial recomendada de Glimepirida é de 1 mg uma vez ao dia. Se necessário esta dose pode ser aumentada de acordo com o controle da glicemia e de forma gradual. Intervalos de 1 a 2 semanas, de acordo com as seguintes etapas: 1 mg, 2 mg e 4 mg. A dose inicial usual para pacientes com diabetes bem controlado é de 1 a 4 mg de Glimepirida ao dia. Doses diárias superiores a 6 mg (até 8 mg) somente são eficazes para uma minoria de pacientes; portanto doses superiores não devem ser utilizadas. Ajuste secundário da dose: a sensibilidade à insulina aumenta à medida que melhora o controle do diabetes; portanto, as neces – sidades de Glimepirida podem dimi nuir durante o tratamento. Para evitar hipogli – cemia, deve-se considerar oportuna uma temporária redução na dose ou interrupção da terapia com Glimepirida. Um ajuste de dose deverá ser considerado caso ocorram mudanças no peso ou no estilo de vida do paciente, ou ainda na ocorrência de outros fatores que aumentem a suscepti – bilidade para hipo ou hiperglicemia. Em pacientes com insuficiência renal, os níveis séricos da Glimepirida diminuem (sem alteração na meia vida de eliminação) em proporção ao clearance da creatinina, possivelmente relacionada a redução da biodisponibilidade; entretanto, a concen – tração sérica e eliminação de meias-vidas dos metabólitos cicloexil hidroximetil (ativo) e carboxil aumentam. Em um estudo com pacientes com diabetes mellitus tipo II e clerance de creatinina menor que 22 mL/min, a glicemia foi mantida sob controle com dose de 1 mg/dia de Glimepirida, sugerindo que a dose inicial seja de 1 mg/dia. Pacientes com insuficiência hepática: não existem estudos específicos neste grupo de pacientes. A Glimepirida é extensamente metabolizada no fígado, sugerindo a neces – sidade de ajuste de dose ou evitar o fármaco, pelo risco de hipoglicemia. Entre tanto, nos pacientes com insuficiência hepá tica leve, a terapia pode ser iniciada com pequenas doses (1 mg diariamente), seguido de cuida – doso monitoramento da glicemia. Em paci entes com insuficiência hepática grave, o fármaco deve ser evitado. Em situações de estresse, como infecções, febre, trauma ou cirurgias, pode ser necessária substituição da Glimepirida por insulina.

Superdosagem

A superdose de Glimepirida pode causar hipoglicemia. Em caso de superdose o paciente deve ingerir açúcar de imediato, de preferência na forma de glicose e procurar orientação médica. Não é indicada a indução do vômito. Reações de hipoglicemia severa como coma, tontura ou outra reação neurológica ocorrem com pouca freqüência e exigem hospitalização imediata.

Características farmacológicas

Características farmacológicas Tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes com diabetes mellitus Tipo 2, a Glimepirida diminui as concentrações san – güí neas da glicose, principalmente pela estimulação da secreção de insulina pelas células beta do pâncreas. Este efeito está baseado predominantemente no aumento da resposta das células beta do pâncreas ao estímulo fisiológico da glicose. Ao mesmo tempo que promove uma redução equiva – lente da glicemia, a administração de baixas doses de Glimepirida em animais e volun – tários sadios leva à liberação de menores quantidades de insulina compara tivamente à glibenclamida. Este fato sugere a existência de efeitos extrapancreáticos (sensibilização à insulina e mimetismo da insulina) da Glimepirida. Adicionalmente, quando comparada às ou tras sulfoniluréias, a Glimepirida apre sen – ta menor efeito sobre o sistema cardiovascular. A Glimepirida reduz a agregação plaquetária (dados de estudos in vitro e em animais) e promove uma redução marcante na forma ção de placas ateroscleróticas (dados de estudos em animais). Secreção de insulina: Como todas as sulfo – niluréias, a Glimepirida regula a secreção de insulina através da interação com os canais de potássio sensíveis à ATP pre sentes na membrana da célula beta. Contrariamente às outras sulfoniluréias, a Glimepirida ligase especificamente à proteína 65 kDa, localizada na membrana da célula beta. Esta interação da Glimepirida com sua proteína ligadora determina a probabilidade do canal de potássio sensível a ATP permanecer aberto ou fechado. A Glimepirida fecha o canal de potássio, o que induz a despolarização da célula beta e resulta na abertura do canal de cálcio sensível à voltagem e, conseqüentemente, no influxo de cálcio para o interior da célula. Finalmente, o aumento da concentração intracelular de cálcio ativa a secreção da insulina por meio da exocitose. A Glimepirida se associa e se dissocia da proteína ligadora muito mais rápida e freqüentemente do que a glibenclamida. Acredita-se que a característica alta taxa de associação/dissociação da Glimepirida à proteína ligadora é responsável pelo seu pronunciado efeito de sensibilização à glicose e pelo efeito de proteção da célula beta contra a dessensibilização e exaustão prematura. Efeito de sensibilização à insulina: A glime – pirida aumenta a ação normal da insulina sobre a absorção periférica de glicose (dados de estudos em humanos e animais). Efeitos de mimetismo da insulina: A glime – pirida mimetiza a ação da insulina na absorção periférica de glicose e produção hepática de glicose. A absorção periférica de glicose ocorre pelo seu transporte para o interior das células musculares e lipídicas. A Glimepirida aumenta diretamente o número de moléculas de glicose transportadas pela membrana plasmática das células musculares e lipídicas. O aumento do influxo de glicose leva à ativação da fosfolipase C glicosilfos fatidi – linositol-específica. Como resultado, os níveis celulares de AMPc diminuem, causando redução da atividade da proteína quinase A, que, por sua vez, estimula o metabolismo da glicose. A Glimepirida inibe a produção hepática de glicose por meio do aumento da concen – tração de frutose-2,6-bifosfato, que inibe a gliconeogênese. Efeitos sobre a agregação plaquetária e formação de placas ateroscleróticas: A Glimepirida reduz a agregação plaquetária in vitro e in vivo. Este efeito é provavel men – te o resultado da inibição seletiva da ciclo – oxigenase, que é responsável pela forma ção de tromboxano A, um importante fator endógeno de agregação plaquetária. A Glimepirida reduz significativamente a formação das placas ateroscleróticas em animais. O mecanismo de ação relacionado à este efeito ainda não está elucidado. Efeitos cardiovasculares: As sulfoniluréias afetam o sistema cardiovascular por meio dos canais de potássio sensíveis a ATP (ver acima). Comparada às sulfoniluréias convencionais, a Glimepirida exerce um efeito significativamente menor no sistema cardiovascular (dados de estudos em animais). Este fato pode ser explicado pela natureza específica da interação entre a Glimepirida e a proteína ligadora do canal de potássio sensível a ATP. Propriedades farmacodinâmicas Em pessoas saudáveis, a dose oral mínima efetiva é de aproximadamente 0,6 mg. O efeito da Glimepirida é dose-dependente e reprodutível. A resposta fisiológica ao exercício físico agudo, como por exemplo, a redução da secreção de insulina, continua presente sob o efeito de Glimepirida. Não existem diferenças significativas relacio nadas à administração do fármaco 30 minutos ou imediatamente antes da refeição. Em pacientes diabéticos, alcança-se um bom controle metabólico durante 24 horas com a administração de uma única dose. Adicionalmente, em um estudo clínico, 12 de 16 pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina entre 4 e 79 mL/min) alcançaram um bom controle metabólico. Apesar do metabólito hidroxi da Glimepirida causar uma redução pequena, porém significativa da glicose sérica em pessoas saudáveis, ele é responsável por somente uma pequena parte do efeito total do fármaco. Terapia combinada com insulina: Em pacientes que não alcançaram um controle metabólico adequado com a dose máxima de Glimepirida, pode-se iniciar a terapia concomitante com insulina. Em dois estu – dos, a terapia com a associação de insulina e Glimepirida promoveu o mesmo controle metabólico que insulina em monoterapia; entretanto, foi necessária uma dose média menor de insulina na terapia associada. Terapia combinada com metformina: Em pacientes que não alcançaram um controle adequado com a dose máxima tanto de Glimepirida quanto de metformina, pode-se iniciar a terapia concomitante com ambos agentes antidiabéticos. Em dois estudos, verificou-se melhora no controle metabólico no tratamento combinado em comparação ao tratamento com o fármaco isolado. Propriedades farmacocinéticas Absorção: após administração oral, a glime – pirida é completamente (100%) absor vida no trato gastrintestinal. Quando glime pirida é administrada com refeições, o parâmetro Tmax (tempo para alcançar Cmax) é ligei – ramente aumentado e os parâmetros Cmax e ASC (área sobre a curva) são ligeiramente diminuídos. Distribuição: após aplicações intravenosas (IV) em pacientes normais, o volume de distribuição (Vd) foi de 8,8 L (113 mL/kg), e o clearance total foi de 47,8 mL/min. Metabolismo: Glimepirida é completamente metabolizada por biotransfor mação oxi – da tiva hepática após doses orais ou IV. Os principais metabólitos são o derivado metil hidroxi ciclohexil (M1) e o derivado carboxil (M2). O citocromo P450 II C9 mostrou-se envolvido na biotransformação da glime pirida a M1, que é posteriormente metabolizado a M2 por uma ou varias enzimas citosólicas. Excreção: a maior parte de uma dose de Glimepirida é excretada na urina na forma de metabólitos (acima de 63%). A meia vida de eliminação da Glimepirida é de 5-9 horas. Os parâmetros farmacocinéticos foram semelhantes em homens e mulheres, assim como em pacientes jovens e idosos (acima de 65 anos). Em pacientes com clearance de creatinina baixo, foi observada tendência de aumento do clearance da Glimepirida e de redução da concentração sérica média da mesma, devido provavelmente à eliminação mais rápida do fármaco, causada pela dimi nuição da sua ligação às proteínas plasmáticas. A eliminação renal dos dois metabólitos foi prejudicada. Em geral, não existem riscos adicionais de acúmulo do fármaco em tais pacientes.

Resultados de eficácia

Em estudos com animais, Glimepirida exibiu uma redução da glicemia mais potente do que a gliburida, e em alguns estudos uma maior duração do efeito hipoglicêmico foi observado. Estudos em indivíduos saudáveis e pacientes diabéticos tipo II confirmaram o potente e sustentado efeito da Glimepirida na glicemia (Anon, 1992).

Modo de usar

Os comprimidos de Glimepirida devem ser administrados antes do desjejum ou da primeira refeição da manhã e devem ser engolidos sem mastigar e com quantidade suficiente de líquido (aproximadamente meio copo). Os comprimidos de Glimepirida apresentam o seguinte aspecto: – Glimepirida 1 mg: comprimido de cor rosa claro e com um vinco em uma das faces – Glimepirida 2 mg: comprimido de cor verde claro e com um vinco em uma das faces – Glimepirida 4 mg: comprimido de cor azul claro e com um vinco em uma das faces. O tratamento com Glimepirida é de longa duração, vai depender da resposta e evolução do paciente e da conduta do médico responsável.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Pacientes idosos: os parâmetros farmaco – cinéticos da Glimepirida (6 mg/dia) foram similares em pacientes diabéticos tipo II com idade maior ou menor de 65 anos. Um discreto aumento no clearance (11%) foi evidenciado em pacientes idosos. Estas informações não sugerem a necessidade de ajuste de dose para idosos, entretanto, recomenda-se iniciar com pequenas doses e monitorar cautelosamente a glicemia. Uso em crianças: a eficácia e efetividade em pacientes pediátricos ainda não foram claramente estabelecidas.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C). Proteger da luz e umidade. O medicamento deve ser armazenado na embalagem original até sua total utilização. Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação. Não devem ser utilizados medicamentos fora do prazo de validade, pois podem trazer prejuízos à saúde.

Glimepirida – Informações

Ação do medicamento A Glimepirida pertence à segunda geração das sulfoniluréias e age reduzindo a glicemia (nível de açúcar no sangue) por estimular a liberação de insulina por células do pâncreas em resposta à glicose. Estima-se que o pico de redução da glicemia ocorra em 2 a 4 horas. Indicações do medicamento A Glimepirida está indicada para o tratamento oral de diabetes mellitus não insulino-dependente (tipo II), como um adjunto, quando os níveis de glicose não podem ser adequadamente controlados por meio de dieta alimentar, exercícios físicos e redução de peso. A Glimepirida pode ser associada a outros antidiabéticos orais que não estimulam a secreção de insulina, e também associada a metformina quando os níveis de glicemia não podem ser adequadamente controlados por meio da dieta alimentar, exercícios físicos e uso de Glimepirida ou metformina em monoterapia. A Glimepirida pode ser usada em associação com a insulina, entretanto este uso combinado pode aumentar o potencial para hipoglicemia. Riscos do medicamento Contra-indicações A Glimepirida está contra-indicada a pacientes que apresentem hipersensibilidade a Glimepirida ou a outras sulfoniluréias ou qualquer outro componente da composição do medicamento. Em pacientes com insuficiência renal ou hepática grave, é indicada a substituição pela insulina, para se obter um controle metabólico adequado. Também não deve ser administrado a pacientes portadores de diabetes mellitus insulino dependente (tipo I), em cetoacidose diabética, pré-coma e coma diabético. Essa condição deve ser tratada com insulina. Este medicamento é contra-indicado em crianças. Advertências e precauções Todas as sulfoniluréias são capazes de produzir severa hipoglicemia. Deste modo, selecionar apropriadamente os pacientes e a dosagem são importantes para evitar episódios de hipoglicemia. Pacientes com função renal alterada podem ser mais sensíveis ao efeito hipoglicemiante da Glimepirida. Pode ser difícil reconhecer quadros de hipoglicemia em pacientes idosos e naqueles que fazem uso de betabloqueadores. A ocorrência de hipoglicemia é mais freqüente quando a ingestão calórica é deficiente, após exercícios físicos, quando há ingestão de álcool, ou quando mais de um agente hipoglicemiante é usado. O uso combinado de Glimepirida com insulina ou metformina pode aumentar o potencial para hipoglicemia. Quando um paciente com glicemia controlada é exposto a estresses tais como: febre, trauma, infecção ou cirurgia, pode ocorrer alteração da glicemia. Nestes casos, pode ser necessário acrescentar insulina em combinação com Glimepirida ou mesmo o uso de monoterapia com insulina. A falta de efetividade de qualquer droga hipoglicemiante, incluindo Glimepirida, em diminuir a taxa de glicose sanguínea a níveis desejados em muitos pacientes por um período de tempo, pode ser associado à progressão da severidade do diabetes ou diminuição da resposta ao medicamento. Este fenômeno é conhecido como falha secundária, e se distingue de uma falha primária, pelo fato do medicamento ser ineficaz em um paciente, quando dado pela primeira vez. Durante as primeiras semanas do tratamento, o risco da ocorrência de hipo – glicemia pode estar aumentado e necessita de monitorização cuidadosa. A hipoglicemia pode ser, quase sempre, controlada pela administração de carboi dratos (gli cose ou açúcar). Entretan to, apesar de se obter um aumento da glicemia com medidas de controle, pode ocorrer hipo glicemia nova mente. Casos graves de hipoglicemia re querem tratamento imediato, e em algu mas circunstâncias o paciente deve ser hospitalizado. Pode ocorrer diminuição do estado de alerta devido a hipoglicemia ou hiperglicemia, principalmente no início ou após alterações no tratamento ou quan do o medicamento não é tomado regular mente. Afetando, por exemplo, a habilidade em conduzir veículos ou operar máquinas. Evite usar bebidas alcoólicas durante o tratamento. Informe ao seu médico ou cirurgião dentista o aparecimento de reações indesejáveis.

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