Princípio ativo: gentamicina

Antibióticos – Receituário simples em duas vias

Garamicina Injetável Pediátrico

          GARAMICINA*SULFATO DE GENTAMICINA
Injetável
         

FORMAS FARMACÊUTICAS/APRESENTAÇÃO – GARAMICINA Injetável Pediátrico

USO PEDIÁTRICO

PARA ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL

Cada ml de GARAMICINA Injetável 20 mg contém 20 mg de gentamicina- base. Componentes inativos: serão listados qualitativamente.
Estojo com 2 ampolas de 1 ml.
Caixa com 100 ampolas de 1 ml para venda hospitalar.

Cada ml de GARAMICINA Injetável 40 mg contém 40 mg de gentamicina- base. Componentes inativos: serão listados qualitativamente.
Estojo com 2 ampolas de 1 ml.
Caixa com 100 ampolas de 1 ml para venda hospitalar.

INFORMAÇÃO AO PACIENTE – GARAMICINA Injetável Pediátrico


Conservar o produto em temperatura entre 2°C e 30°C, protegido da luz.

O prazo de validade é de 36 meses e encontra- se gravado em sua embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilize o produto.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após seu término.

Informar ao médico se está amamentando.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis como náuseas, vômitos, cefaléia, febre, distúrbios visuais, urticária, coceira, depressão respiratória.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Informar ao médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

NÃO USE REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.

INFORMAÇÃO TÉCNICA – GARAMICINA Injetável Pediátrico

A gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo bactericida que atua inibindo a síntese protéica bacteriana. É ativa contra ampla variedade de bactérias Gram- negativas e Gram-positivas, incluindo: Escherichia coli, Proteus sp. (indol-negativo e indol-positivo), Pseudomonas aeruginosa, espécies do grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo, incluindo cepas resistentes à penicilina e à meticilina) e Neisseria gonorrhoeae. A gentamicina também é ativa in vitro contra espécies de Salmonella e Shigella.

A associação de gentamicina e penicilina G tem efeito bactericida sinérgico contra quase todas as cepas de Streptococcus faecalis (S. faecalis var. liquefaciens, S. faecalis var. zymogenes) Streptococcus faecium e Streptococcus durans. Tem- se demonstrado também in vitro maior efeito bactericida contra as cepas desses patógenos com a associação de gentamicina e ampicilina, carbenicilina, nafcilina e oxacilina.

O efeito combinado da gentamicina e da carbenicilina é sinérgico para muitas cepas de P. aeruginosa. Tem- se demonstrado também o sinergismo in vitro contra outros microorganismos Gram-negativos com associações de gentamicina e cefalosporinas.

A gentamicina pode ser ativa contra cepas de bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos. A resistência bacteriana à gentamicina desenvolve- se lentamente.

Teste de sensibilidade De acordo com o método descrito por Bauer, et al.(Am. J. Clin. Path.,45:493,1966), um disco de 10 mcg de gentamicina deve produzir uma zona de inibição de 13 mm ou mais para indicar a sensibilidade do microorganismo.

INDICAÇÕES – GARAMICINA Injetável Pediátrico


GARAMICINA Injetável é indicado para o tratamento de infecções causadas por cepas  de bactérias suscetíveis dos seguintes microorganismos: P. aeruginosa, Proteus sp. (indol- positivo e indol-negativo), E. coli, Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo, incluindo cepas resistentes à penicilina e à meticilina) e N. gonorrhoeae.

Os estudos clínicos têm demonstrado a eficácia de GARAMICINA Injetável em: septicemia, bacteriemia (incluindo sepse neonatal); infecções graves do sistema nervoso central (incluindo meningite); infecções dos rins e do aparelho geniturinário (incluindo infecções pélvicas); infecções respiratórias; infecções gastrintestinais; infecções da pele, de ossos ou de tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas); infecções intra- abdominais (incluindo peritonite) e infecções oculares.

Na sepse por Gram- negativo presumida ou comprovada, GARAMICINA Injetável pode ser considerada como o antibiótico de escolha no tratamento inicial. Na sepse presumida, quando se desconhece o microorganismo infectante, deve-se administrar GARAMICINA em associação com um antibiótico do tipo penicilina ou cefalosporina. Depois de identificados o microorganismo e sua sensibilidade, deve-se continuar o tratamento antibiótico apropriado com base também na resposta clínica do paciente e na tolerância ao medicamento.

Se houver suspeita da presença de microorganismos anaeróbicos, dever- se-á associar a GARAMICINA Injetável um tratamento antimicrobiano adequado ou continuar o tratamento com outro antibiótico apropriado.

GARAMICINA Injetável tem sido utilizado eficazmente no tratamento de infecções muito graves causadas por P. aeruginosa, em associação com carbenicilina ou ticarcilina. Também se tem mostrado eficaz quando usada em associação com um antibiótico do tipo penicilina, no tratamento da endocardite causada por Streptococcus do grupo D. No recém- nascido com sepse presumida ou pneumonia estafilocócica, tem-se indicado o uso concomitante de GARAMICINA Injetável com um antibiótico do tipo penicilina.

No período pré- operatório, pode-se iniciar a administração de GARAMICINA Injetável antes da cirurgia e continuá-la no pós-operatório para o tratamento de infecções presumidas ou confirmadas devidas a microorganismos suscetíveis.

A administração subconjuntival de GARAMICINA é recomendada para o tratamento da endoftalmite causada por cepas bacterianas sensíveis. Também utilizada, como profilática, em pacientes que irão se submeter a cirurgia intra- ocular, principalmente se as culturas identificarem germes Gram-negativos.

GARAMICINA Injetável pode igualmente ser administrado por injeção intratraqueal direta ou nebulização, como coadjuvante da terapia sistêmica no tratamento de infecções pulmonares graves.

CONTRA-INDICAÇÕES – GARAMICINA Injetável Pediátrico

GARAMICINA Injetável está contra- indicado em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade ou que tenham apresentado reações tóxicas em tratamentos anteriores com gentamicina ou outros aminoglicosídeos.

PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS – GARAMICINA Injetável Pediátrico


Os pacientes tratados com aminoglicosídeos deverão estar sob observação clínica, diante da possível toxicidade associada ao seu uso.

Recomenda- se vigilância das funções renal e do oitavo par craniano principalmente em pacientes com insuficiência renal anterior. Na urina, deve-se pesquisar se há diminuição da gravidade específica, aumento da excreção de proteína ou presença de células ou cilindros. O clearance de creatinina, a creatinina sérica e os níveis séricos de nitrogênio e uréia (BUN) deverão ter suas concentrações determinadas periodicamente. Os sinais de ototoxicidade (náuseas, vertigens, tinito, zumbidos e diminuição da audição) ou de nefrotoxicidade requerem modificação de dose ou suspensão do antibiótico.

As concentrações séricas de aminoglicosídeos deverão ser monitoradas quando possível para assegurar níveis adequados e para evitar níveis potenciamente tóxicos. Ajustar a dose a fim de evitar concentrações máximas acima de 12 mcg/ml e concentrações mínimas abaixo de 2 mcg/ml.

Em pacientes com queimaduras extensas, alteração na farmacocinética pode dar lugar à diminuição das concentrações séricas dos aminoglicosídeos. Nestes pacientes tratados com gentamicina, deverão ser determinadas as concentrações séricas como base para o ajuste da dose.

Os pacientes devem estar bem hidratados durante o tratamento.

Na disfunção renal pode haver maior risco de ototoxicidade devido a vagarosa excreção da gentamicina, resultando no aumento da concentração no soro. Em tais pacientes, a frequência da administração deverá ser reduzida ou as doses adaptadas às condições renais do paciente.

Em pacientes previamente tratados com drogas que afetam a função do oitavo par craniano, deverá ser usada com cautela e conhecimento de que a toxicidade de tais agentes pode ter ação cumulativa com a da gentamicina.

Há relatos de casos de uma síndrome similar à síndrome de Fanconi, com acidose metabólica e aminoacidúria, em alguns adultos e lactentes tratados com a gentamicina.

Antibióticos aminoglicosídeos devem ser usados com precaução em pacientes apresentando distúrbios neuromusculares, como miastenia grave, doença de Parkinson ou botulismo infantil, uma vez que, teoricamente, estes agentes podem agravar a debilidade muscular devido a seus potentes efeitos do tipo curare sobre a junção neuromuscular.

O tratamento com a gentamicina pode resultar na proliferação de germes não- suscetíveis. Caso isto ocorra, iniciar o tratamento apropriado.

A quantidade de gentamicina administrada nas inalações pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado e as condições sob as quais se opera. O emprego da via inalatória concomitante com a via sistêmica de um aminoglicosídeo pode resultar em concentrações séricas mais altas, especialmente quando se emprega a via intratraqueal direta.

GARAMICINA Injetável contém bissulfito de sódio, composto que pode causar reações alérgicas, inclusive anafiláticas, que ameaçam a vida, ou crises de asma de menor gravidade.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – GARAMICINA Injetável Pediátrico

GARAMICINA não deve ser administrado em combinação com outras substâncias potencialmente ototóxicas ou nefrotóxicas.

Deve- se evitar o uso concomitante e/ou sequencial de outros antibióticos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, como cisplatina, cefaloridina, canamicina, amicacina, neomicina, polimixina B, colistina, paromomicina, estreptomicina, tobramicina, vancomicina e viomicina. Também aumentam o risco de toxicidade a idade avançada e a desidratação.

Os antibióticos neuro e nefrotóxicos podem ser absorvidos através da pele e de irrigações tópicas. Deve- se avaliar o efeito tóxico potencial quando estes antibióticos são administrados concomitantemente.

Há casos de aumento da nefrotoxicidade após o uso concomitante de aminoglicosídeos e certas cefalosporinas.

O uso concomitante de GARAMICINA com potentes diuréticos, como o ácido etacrínico ou a furosemida, deve ser evitado, já que os diuréticos por si só podem provocar ototoxicidade. Além disso, quando administrados por via intravenosa, os diuréticos podem aumentar a toxicidade dos aminoglicosídeos, alterando sua concentração no soro e nos tecidos.

Relataram- se bloqueio muscular e paralisia respiratória em animais que receberam altas doses de gentamicina. Deve-se considerar a possibilidade de ocorrer tais fenômenos no homem deve ser considerada quando aminoglicosídeos são administrados a pacientes que receberam anestésicos, agentes bloqueadores neuromusculares  como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio  ou transfusões volumosas de sangue citratado. Se ocorrer bloqueio neuromuscular, este efeito será antagonizado pelos sais de cálcio.

Apesar de, in vitro, a associação de gentamicina e carbenicilina resultar em rápida e significativa inativação da gentamicina, esta interação não ocorre em pacientes com função renal normal e que recebem ambas as drogas separadamente.

Há relatos de alergia cruzada entre os aminoglicosídeos.

A associação in vitro de um aminoglicosídeo e antibióticos betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode ocasionar inativação mútua. Ao administrar- se o aminoglicosídeo e o composto penicilínico separadamente e através de vias distintas, há, segundo relatos, reduções dos níveis séricos e da meia-via sérica do aminoglicosídeo em pacientes com insuficiência renal e em alguns com função renal normal. Redução da meia-vida sérica da gentamicina foi relatada em pacientes com isuficiência renal grave que receberam carbenicilina concomitantemente com gentamicina. Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente em indivíduos com insuficiência renal grave.

REAÇÕES ADVERSAS – GARAMICINA Injetável Pediátrico

Nefrotoxicidade  Os efeitos nefrotóxicos ocorrem com mais frequência em pacientes com antecedentes de insuficiência renal e nos tratados durante longos períodos ou com doses mais altas que as recomendadas.

Neurotoxicidade  Efeitos adversos sobre o ramo vestibular e/ou auditivo do VIII par craniano têm sido relatados, principalmente em pacientes com alteração da função renal ou em pacientes que fazem uso de altas doses e/ou que se submetem a tratamentos prolongados, e podem ser irreversíveis. Outros fatores que podem aumentar o risco de ototoxicidade induzida por aminoglicosídeos incluem desidratação, administração concomitante com ácido etacrínico ou furosemida, ou exposição prévia a outras drogas ototóxicas. Estes efeitos incluem tontura, zumbido, sensação de ruído nos ouvidos e perda da audição, este último podendo ser irreversível, e iniciam- se com diminuição da audição aos sons de alta tonalidade.

Também têm- se relatado casos de parestesias, espasmos musculares, convulsões e uma síndrome similar à miastenia gravis.

Outros efeitos secundários possivelmente relacionados à gentamicina, incluem: depressão respiratória, letargia, confusão, depressão, distúrbios visuais, diminuição do apetite, perda de peso, hipotensão e hipertensão, erupções cutâneas, prurido, urticária, ardor generalizado, edema laríngeo, reações anafiláticas, febre, cefaléia, náuseas, vômitos, aumento da salivação, estomatite, púrpura, pseudotumor cerebral, síndrome orgânica cerebral aguda, fibrose pulmonar, alopecia, dores articulares, hepatomegalia transitória e esplenomegalia.

A tolerância local a GARAMICINA Injetável é excelente, tendo- se relatado, no entanto, ocasionalmente, dor no local da injeção.

Raramente, tem- se observado comunicado atrofia cutânea ou necrose  sugestivas de irritação local.

Alterações em exames laboratoriais As anormalidades nas provas de laboratório, possivelmente relacionadas com a gentamicina, incluem: elevação das transaminases séricas [ALT (TGP), AST (TGO)], aumento da desidrogenase lática no soro (DHL) e da bilirrubina; diminuição do cálcio, magnésio, sódio e potássio séricos; anemia, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose transitória, eosinofilia; aumento ou diminuição do número de reticulócitos; e trombocitopenia. Apesar das anormalidades nas provas laboratoriais serem não significativas, certos casos podem associar- se à sintomatologia clínica.

POSOLOGIA – GARAMICINA Injetável Pediátrico

GARAMICINA Injetável pode ser aplicado por via intramuscular, intravenosa, sub- conjuntival, subcapsular (cápsula de Tenon), nebulização ou instilação intratraqueal direta.

Antes do tratamento, deve- se determinar o peso corporal do paciente para calcular a dose correta. A dose do aminoglicosídeo em pacientes obesos deverá basear-se na massa corporal magra estimada.

GARAMICINA Injetável não deve ser misturado com outros fármacos. Aplique- o em separado, de acordo com a via de administração e o esquema posológico recomendados.

Devem- se medir as concentrações séricas máximas e residuais de gentamicina a fim de não ultrapassar as concentrações adequadas. Com 2-3 doses diárias intravenosas ou intramusculares de GARAMICINA Injetável, a concentração máxima medida 30 minutos a uma hora após a administração, situa-se na faixa de 4 a 6 mcg/ml. Com qualquer esquema, a dosagem deve ser ajustada para se evitar concentrações acima de 12 mcg/ml por períodos prolongados. Também devem-se evitar níveis séricos residuais acima de 2 mcg/ml, justamente antes da próxima dose. A determinação de uma concentração sérica adequada num paciente deve levar em conta a sensibilidade do germe causal, a gravidade da infecção e o estado imunológico do paciente.

Normalmente, a duração do tratamento é de 7 a 10 dias. Em infecções complicadas  recomenda- se tratamento mais prolongado. Nestes casos, recomenda-se monitorar as funções renal, auditiva e vestibular, uma vez que propiciam mais frequentemente o surgimento de efeitos colaterais, em especial nos tratamentos acima de 10 dias. As doses devem ser  reduzidas quando clinicamente indicado.

Pacientes pediátricos  Administração parenteral

Recém- nascidos a termo, até uma semana de vida, e prematuros: 5 a 6 mg/kg/dia (2,5 a 3,0 mg/kg, administrados a cada 12 horas);
Recém- nascidos com mais de uma semana e lactentes
: 7,5 mg/kg/dia (2,0 a 2,5 mg/kg, administrados a cada 8 horas);

Crianças maiores até 12 anos
: 6 a 7,5 mg/kg/dia  (2,0 a 2,5 mg/kg, administrados a cada 8 horas).

Em pacientes com insuficiência renal, a dose deve ser ajustada e as concentrações séricas de gentamicina devem ser monitoradas. Um método utilizado para o ajuste da dose consiste em aumentar o intervalo entre a administração das doses habituais. Como a concentração sérica de creatinina possui grande correlação com a meia- vida sérica da gentamicina, este teste laboratorial poderá servir de parâmetro para o ajuste do intervalo entre as doses. O intervalo entre as doses (em horas) para o tratamento de crianças com insuficiência renal grave deverá ser calculado multiplicando-se o nível de creatinina sérica (mg/100 ml) por 8.

Em pacientes com infecção sistêmica grave e insuficiência renal, é aconselhável a administração do antibiótico com mais frequência, mas em doses menores. Nestes indivíduos, devem- se determinar as concentrações séricas de gentamicina para se obter concentrações adequadas, mas não excessivas. Após a dose inicial, pode-se fazer um cálculo aproximado para se determinar a dose reduzida, que deverá ser administrada a intervalos de 8 horas, dividindo-se a dose normalmente recomendada pelo nível de creatinina no soro (Tabela I).

Guia para modificação da posologia na insuficiência renal (modificação da dose).
___________________________________________________
Creatinina Sérica    Clearance de creatinina    Porcentagem
              (mg%)                        da dose habitual
       <1,0    >100    100
      1,1- 1,3    70-100    80
         1,4- 1,6    55-70    65
          1,7- 1,9    45-55    55
    2,0- 2,2    40-45    50
    2,3- 2,5    35-40    40
    2,6- 3,0    30-35    35
    3,1- 3,5    25-30    30
    3,6- 4,0    20-25    25
    4,1- 5,1    25-20    20
         5,2- 6,6    10-15    15
          6,7- 8,0    <10    10
___________________________________________________
         
Em pacientes com insuficiência renal submetidos a hemodiálise, a quantidade de gentamicina removida do sangue pode variar dependendo de diversos fatores, inclusive o método de diálise empregado. Uma hemodiálise de 6 horas pode reduzir as concentrações séricas de gentamicina aproximadamente em 50%. A dose recomendada ao final de cada período de diálise é de 2 a 2,5 mg/kg. A eliminação de antibióticos aminoglicosídeos pode também realizar- se através de diálise peritoneal, mas em menor proporção que através de hemodiálise.

Administração intravenosa

A administração intravenosa será recomendada na septicemia, no choque e nas circunstâncias em que a via intramuscular não for praticável. Pode também ser a via de administração preferida para alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, distúrbios hematológicos, queimaduras graves ou para os pacientes com massa muscular reduzida.

A dose recomendada e precauções para a administração são idênticas às recomendações e precauções observadas no uso intramuscular. Uma única dose de GARAMICINA poderá ser diluída em 50 a 200 ml de solução salina normal estéril ou solução de dextrose em água a 5%. A concentração de gentamicina na solução não deverá exceder a 1 mg/ml (0,1%). A solução deverá ser transfundida em um período de meia hora a duas horas. GARAMICINA também pode ser aplicado em diluição, diretamente na veia ou na borracha do equipo, lentamente, em um período de 2 a 3 minutos.

GARAMICINA Injetável não deverá ser pré- misturado com outras drogas, devendo ser administrado separadamente.

Administração subconjutival e subcapsular (cápsula de Tenon)

GARAMICINA  pode ser utilizado por via subconjuntival com segurança nas infecções bacterianas oculares profundas e graves causadas por microorganismos sensíveis. Também pode ser usado em associação com penicilina antes e depois de cirurgias oculares. Tais administrações devem ser feitas exclusivamente por profissionais treinados. A dose varia de 10 a 20 mg, dependendo da gravidade do caso. O antibiótico deve ser administrado com uma seringa de 1 ml e agulha de calibre 27- 30 por baixo da conjuntiva ou dentro da cápsula de Tenon. A dose pode ser repetida 24 horas após, se necessário.


Terapia Inalatória
A terapia inalatória é adjuvante da sistêmica nas infecções pulmonares graves por nebulização ou instilação intratraqueal. A dose habitual é de 15- 30 mg a cada 8-12 horas, diluída em solução salina fisiológica (2 ml).

Terapia concomitante A dose de Garamicina não deverá ser reduzida quando administrada concomitantemente com outros antibióticos.

SUPERDOSAGEM – GARAMICINA Injetável Pediátrico


Em casos de superdosagem ou de reações tóxicas, a hemodiálise pode ajudar a retirar a gentamicina do sangue. Com a diálise peritoneal, a proporção é consideravelmente menor à obtida por hemodiálise.

Em recém- nascidos deve-se considerar a possibilidade de realizar exanguinotransfusão. Procedimentos desse tipo são de particular importância em pacientes com insuficiência renal.

LABORATÓRIO

Mantecorp

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