Princípio ativo: gentamicina
Garamicina Injetável Adulto
GARAMICINA*SULFATO DE GENTAMICINA
Injetável
FORMAS FARMACÊUTICAS/APRESENTAÇÃO – GARAMICINA Injetável Adulto
USO ADULTO
PARA ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL intramuscular e intravenosa
Cada ml de GARAMICINA Injetável 60 mg contém 40 mg de sulfato de gentamicina.
Componentes inativos: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injetáveis.
Estojo com 2 ampolas de 1,5 ml.
Caixa com 100 ampolas de 1,5 ml para venda hospitalar.
Cada ml de GARAMICINA Injetável 80 mg contém 40 mg de sulfato de gentamicina.
Componentes inativos: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injetáveis.
Estojo com 2 ampolas de 2 ml.
Caixa com 100 ampolas de 2 ml para venda hospitalar.
Cada ml de GARAMICINA Injetável 120 mg contém 80 mg de sulfato de gentamicina.
Componentes inativos: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injetáveis.
Estojo com 2 ampolas de 1,5 ml.
Caixa com 100 ampolas de 1,5 ml para venda hospitalar.
Cada ml de GARAMICINA Injetável 160 mg contém 80 mg de sulfato de gentamicina.
Componentes inativos: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injetáveis.
Estojo com 1 ampola de 2 ml.
Recomenda- se administração intramuscular.
Cada ml de GARAMICINA Injetável 280 mg contém 140 mg de gentamicina base.
Componentes inativos: metilparabeno, propilparabeno, metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injetáveis.
Estojo com 1 ampola de 2 ml, mais 1 seringa esterilizada descartável.
Recomenda- se administração intramuscular.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE – GARAMICINA Injetável Adulto
Conserve o produto em temperatura entre 2°C e 30°C, protegido da luz.
O prazo de validade é de 36 meses e encontra- se gravado em sua embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilize o produto.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após seu término.
Informar ao médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis como náuseas, vômitos, cefaléia, febre, distúrbios visuais, urticária, coceira, depressão respiratória.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Informar ao médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
NÃO USE REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.
INFORMAÇÃO TÉCNICA – GARAMICINA Injetável Adulto
A gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo bactericida que atua inibindo a síntese protéica bacteriana. É ativa contra ampla variedade de bactérias patogênicas Gram- negativas e Gram-positivas, incluindo: Escherichia coli, Proteus sp. (indol-negativo e indol-positivo), Pseudomonas aeruginosa, espécies do grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo, incluindo cepas resistentes à penicilina e à meticilina) e Neisseria gonorrhoeae. A gentamicina também é ativa in vitro contra espécies de Salmonella e Shigella.
Estudos in vitro têm demonstrado que um aminoglicosídeo combinado com um antibiótico que interfere na síntese da parede celular agem sinergicamente contra algumas cepas estreptocócicas do grupo D. A associação de gentamicina e penicilina G tem um efeito bactericida sinérgico contra quase todas as cepas de Streptococcus faecalis (S. faecalis var. liquefaciens, S. faecalis var. zymogenes), Streptococcus faecium e Streptococcus durans. Tem- se demonstrado também in vitro maior efeito bactericida contra as cepas desses patógenos com a associação de gentamicina e ampicilina, carbenicilina, nafcilina e oxacilina.
O efeito combinado da gentamicina e da carbenicilina é sinérgico para muitas cepas de P. aeruginosa. Tem- se demonstrado também o sinergismo in vitro contra outros microorganismos Gram-negativos com associações de gentamicina e cefalosporinas.
A gentamicina pode ser ativa contra cepas de bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos. A resistência bacteriana à gentamicina desenvolve- se lentamente.
Teste de sensibilidade
De acordo com o método descrito por Bauer, et al. (Am. J. Clin. Path.,45:493,1966), um disco de 10 mcg de gentamicina deve produzir uma zona de inibição de 13 mm ou mais para indicar a sensibilidade do microorganismo.
INDICAÇÕES – GARAMICINA Injetável Adulto
GARAMICINA Injetável é indicado para o tratamento de infecções causadas por cepas de bactérias suscetíveis dos seguintes microorganismos: P. aeruginosa, Proteus sp., (indol- positivo e indol-negativo), E. coli, Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo, incluindo cepas resistentes à penicilina e à meticilina) e N. gonorrhoeae.
Os estudos clínicos têm demonstrado a eficácia de GARAMICINA Injetável em: septicemia, bacteriemia (incluindo sepse neonatal); infecções graves do sistema nervoso central (incluindo meningite); infecções dos rins e do aparelho geniturinário (incluindo infecções pélvicas); infecções respiratórias; infecções gastrintestinais; infecções da pele, de ossos ou de tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas); infecções intra- abdominais (incluindo peritonite) e infecções oculares.
Na sepse por Gram- negativos, presumida ou comprovada, GARAMICINA Injetável pode ser considerado como o antibiótico de escolha no tratamento inicial. Na sepse presumida, quando se desconhece o microorganismo infectante, deve-se administrar GARAMICINA em associação com um antibiótico do tipo penicilina ou cefalosporina. Depois de identificados o microorganismo e a sua sensibilidade, deve-se continuar o tratamento antibiótico apropriado com base também na resposta clínica do paciente e na tolerância ao medicamento.
Se houver suspeita da presença de microorganismos anaeróbicos, dever- se-á associar a GARAMICINA Injetável um tratamento antimicrobiano adequado ou continuar o tratamento com outro antibiótico apropriado.
GARAMICINA Injetável tem sido utilizado eficazmente no tratamento de infecções muito graves causadas por P. aeruginosa, em associação com carbenicilina ou ticarcilina. Também se tem mostrado eficaz quando usada em associação com um antibiótico do tipo penicilina, no tratamento da endocardite causada por Streptococcus do grupo D. No recém- nascido com sepse presumida ou pneumonia estafilocócica, tem-se indicado o uso concomitante de GARAMICINA Injetável com um antibiótico do tipo penicilina.
No período pré- operatório, pode-se iniciar a administração de GARAMICINA Injetável antes da cirurgia e continuá-la no pós-operatório para o tratamento de infecções presumidas ou confirmadas devidas a microorganismos suscetíveis.
A administração subconjuntival de GARAMICINA é recomendada para o tratamento da endoftalmite causada por cepas bacterianas sensíveis. Também é utilizada, como profilática, em pacientes que irão submeter- se à cirurgia intra-ocular, principalmente se as culturas identificarem germes Gram-negativos (utilize as apresentações de 20 mg/ml ou 40 mg/ml).
GARAMICINA Injetável pode igualmente ser administrado por injeção intratraqueal direta ou nebulização, como coadjuvante da terapia sistêmica no tratamento de infecções pulmonares graves (utilize as apresentações de 20 mg/ml ou 40 mg/ml).
CONTRA-INDICAÇÕES – GARAMICINA Injetável Adulto
GARAMICINA Injetável está contra- indicado em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade ou que tenham apresentado reações tóxicas em tratamentos anteriores com gentamicina ou outros aminoglicosídeos.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS – GARAMICINA Injetável Adulto
Os pacientes tratados com aminoglicosídeos deverão estar sob observação clínica, diante da possível toxicidade associada ao seu uso.
Recomenda- se vigilância das funções renal e do oitavo par craniano, principalmente em pacientes com insuficiência renal anterior. Na urina, deve-se pesquisar se há diminuição da gravidade específica, aumento da excreção de proteína ou presença de células ou cilindros. A creatinina sérica, o clearance de creatinina e os níveis séricos de nitrogênio e uréia (BUN) deverão ser determinados periodicamente. Os sinais de ototoxicidade (náuseas, vertigens, tinito, zumbidos e diminuição da audição) ou de nefrotoxicidade requerem modificação de dose ou suspensão do antibiótico.
As concentrações séricas de aminoglicosídeos deverão ser monitoradas quando possível para assegurar níveis adequados e para evitar níveis potencialmente tóxicos. Ajustar a dose a fim de evitar concentrações máximas acima de 12 mcg/ml e concentrações mínimas abaixo de 2 mcg/ml.
Em pacientes com queimaduras extensas, alteração na farmacocinética pode dar lugar à diminuição das concentrações séricas dos aminoglicosídeos. Nestes pacientes tratados com gentamicina, deverão ser determinadas as concentrações séricas como base para o ajuste da dose.
Os pacientes devem estar bem hidratados durante o tratamento.
Na disfunção renal pode haver maior risco de ototoxicidade devido a vagarosa excreção da gentamicina, resultando no aumento da concentração no soro. Em tais pacientes, a frequência da administração deverá ser reduzida ou as doses adaptadas às condições renais do paciente.
Em pacientes previamente tratados com drogas que afetam a função do oitavo par craniano, deverá ser usada com cautela e conhecimento de que a toxicidade de tais agentes pode ter ação cumulativa com a da gentamicina.
Há relatos de casos de uma síndrome similar à síndrome de Fanconi, com acidose metabólica e aminoacidúria, em alguns adultos e lactentes tratados com a gentamicina.
Antibióticos aminoglicosídeos devem ser usados com precaução em pacientes apresentando distúrbios neuromusculares, como miastenia grave, doença de Parkinson ou botulismo infantil, uma vez que, teoricamente, estes agentes podem agravar a debilidade muscular devido a seus potentes efeitos do tipo curare sobre a junção neuromuscular.
O tratamento com a gentamicina pode resultar na proliferação de germes não- suscetíveis. Caso isto ocorra, iniciar o tratamento apropriado.
A quantidade de gentamicina administrada nas inalações pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado e as condições sob as quais se opera. O emprego da via inalatória concomitante com a via sistêmica de um aminoglicosídeo pode resultar em concentrações séricas mais altas, especialmente quando se emprega a via intratraqueal direta.
GARAMICINA Injetável contém bissulfito de sódio, composto que pode causar reações alérgicas, inclusive anafiláticas, que ameaçam a vida, ou crises de asma de menor gravidade.
Uso durante a gravidez e a lactação
Os antibióticos aminoglicosídeos atravessam a placenta e podem ocasionar dano fetal se administrados a mulheres grávidas.
Não está determinado se o sulfato de gentamicina pode causar dano ao feto ao ser administrado a mulheres grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva.
Ante a possibilidade de reações adversas graves em lactantes associadas à administração de aminoglicosídeos, deve- se considerar a interrupção do aleitamento ou do tratamento, tendo em vista a importância do fármaco para o benefício da mãe.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – GARAMICINA Injetável Adulto
GARAMICINA não deve ser administrado em combinação com outras substâncias potencialmente ototóxicas ou nefrotóxicas.
Deve- se evitar o uso tópico concomitante e/ou sequencial de outros antibióticos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, como cisplatina, cefaloridina, canamicina, amicacina, neomicina, polimixina B, colistina, paromomicina, estreptomicina, tobramicina, vancomicina e viomicina. Também aumentam o risco de toxicidade a idade avançada e a desidratação.
O uso concomitante de GARAMICINA com potentes diuréticos, como o ácido etacrínico ou a furosemida, deve ser evitado, já que os diuréticos por si só podem provocar ototoxicidade. Além disso, quando administrados por via intravenosa, os diuréticos podem aumentar a toxicidade dos aminoglicosídeos, alterando sua concentração no soro e nos tecidos.
Os antibióticos neuro e nefrotóxicos podem ser absorvidos através da pele e de irrigações tópicas. Deve- se avaliar o efeito tóxico potencial quando estes antibióticos são administrados concomitantemente.
Há casos de aumento da nefrotoxicidade após o uso concomitante de aminoglicosídeos e certas cefalosporinas.
Relataram- se bloqueio muscular e paralisia respiratória em animais que receberam altas doses (40 mg/kg) de gentamicina. A possibilidade de ocorrer tais fenômenos no homem deve ser considerada quando aminoglicosídeos são administrados a pacientes que receberam anestésicos, agentes bloqueadores neuromusculares como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio ou transfusões volumosas de sangue citratado. Se ocorrer bloqueio neuromuscular, este efeito será antagonizado pelos sais de cálcio.
Apesar de, in vitro, a associação de gentamicina e carbenicilina resultar em rápida e significativa inativação da gentamicina, esta interação não ocorre em pacientes com função renal normal e que recebem ambas as drogas separadamente.
Há relatos de alergia cruzada entre os aminoglicosídeos.
Os pacientes idosos podem apresentar certo grau de insuficiência renal verificada mediante exames laboratoriais de rotina. A observação da função renal durante tratamento com a gentamicina, como com outros aminoglicosídeos, é particularmente importante nesses pacientes.
A associação in vitro de um aminoglicosídeo com antibióticos betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode ocasionar inativação mútua. Ao administrar- se o aminoglicosídeo e o composto penicilínico separadamente e através de vias distintas, há, segundo relatos, reduções dos níveis séricos e da meia-vida sérica do aminoglicosídeo em pacientes com insuficiência renal e em alguns com função renal normal. Redução da meia-vida sérica da gentamicina foi relatada em pacientes com insuficiência renal grave que receberam carbenicilina concomitantemente com gentamicina. Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente em indivíduos com insuficiência renal grave.
REAÇÕES ADVERSAS – GARAMICINA Injetável Adulto
Nefrotoxicidade Os efeitos nefrotóxicos ocorrem com mais frequência em pacientes com antecedentes de insuficiência renal e nos tratados durante longos períodos ou com doses mais altas que as recomendadas.
Neurotoxicidade Efeitos adversos sobre o ramo vestibular e/ou auditivo do VIII par craniano têm sido relatados, principalmente em pacientes com alteração da função renal ou em pacientes que fazem uso de altas doses e/ou que se submetem a tratamentos prolongados, e podem ser irreversíveis. Outros fatores que podem aumentar o risco de ototoxicidade induzida por aminoglicosídeos incluem desidratação, administração concomitante com ácido etacrínico ou furosemida, ou exposição prévia a outras drogas ototóxicas. Estes efeitos incluem tontura, zumbido, sensação de ruído nos ouvidos e perda de audição, este último podendo ser irreversível, e iniciam- se com diminuição da audição aos sons de alta tonalidade.
Também, têm- se sido relatado casos de parestesias, espasmos musculares, convulsões e uma síndrome similar à miastenia gravis.
Outros efeitos secundários, possivelmente relacionados à gentamicina, incluem: depressão respiratória, letargia, confusão, depressão, distúrbios visuais, diminuição do apetite, perda de peso, hipotensão e hipertensão, erupções cutâneas, prurido, urticária, ardor generalizado, edema laríngeo, reações anafiláticas, febre, cefaléia, náuseas, vômitos, aumento da salivação, estomatite, púrpura, pseudotumor cerebral, síndrome orgânica cerebral aguda, fibrose pulmonar, alopecia, dores articulares, hepatomegalia transitória e esplenomegalia.
A tolerância local a GARAMICINA Injetável é excelente, tendo- se relatado, no entanto, ocasionalmente, dor no local da injeção.
Raramente, tem- se observado atrofia cutânea ou necrose sugestivas de irritação local.
Alterações em testes laboratoriais As anormalidades nas provas de laboratório, possivelmente relacionadas com a gentamicina, incluem: elevação das transaminases séricas [ALT (TGP), AST (TGO)] aumento da desidrogenase lática no soro (DHL) e da bilirrubina; diminuição do cálcio, magnésio, sódio e potássio séricos; anemia, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose transitória, eosinofilia; aumento ou diminuição do número de reticulócitos; e trombocitopenia. Apesar de as anormalidades nas provas laboratoriais serem não- significativas, certos casos podem associar-se à sintomatologia clínica.
POSOLOGIA – GARAMICINA Injetável Adulto
GARAMICINA Injetável pode ser aplicado por via intramuscular, intravenosa, sub- conjuntival, subcapsular (cápsula de Tenon), nebulização ou instilação intratraqueal direta.
Antes do tratamento, deve- se determinar o peso corporal do paciente para calcular a dose correta. A dose de aminoglicosídeo em pacientes obesos deverá basear-se na massa corporal magra estimada.
GARAMICINA Injetável não deve ser misturado com outros fármacos. Aplique- o em separado de acordo com a via de administração e o esquema posológico recomendados.
Devem- se medir as concentrações séricas máximas e residuais de gentamicina a fim de não ultrapassar as concentrações adequadas. Com 2-3 doses diárias intravenosas ou intramusculares de GARAMICINA Injetável, a concentração máxima medida 30 minutos a uma hora após a administração, situa-se na faixa de 4 a 6 mcg/ml. Com a administração de uma dose única diária, podem ocorrer transitoriamente concentrações máximas altas. Com qualquer esquema, a dosagem deve ser ajustada para se evitar concentrações acima de 12 mcg/ml por períodos prolongados. Também se devem evitar níveis séricos residuais acima de 2 mcg/ml, justamente antes da próxima dose. A determinação de uma concentração sérica adequada num paciente deve levar em conta a sensibilidade do germe causal, a gravidade da infecção e o estado imunológico do paciente.
Normalmente, a duração do tratamento é de 7 a 10 dias. Em infecções complicadas recomenda- se tratamento mais prolongado. Nestes casos, recomenda-se monitorar as funções renal, auditiva e vestibular uma vez que propiciam mais frequentemente o surgimento de efeitos colaterais, em especial nos tratamentos acima de 10 dias. As doses devem ser reduzidas quando clinicamente indicado.
Administração intramuscular
Para pacientes com função renal normal e infecções graves, a dose indicada é de 3 mg/kg/dia, divididas em três tomadas iguais a cada 8 horas ou em duas tomadas iguais a cada 12 horas ou em uma dose única diária. Uma dose simplificada é de 80 mg 3 vezes por dia ou 120 mg 2 vezes por dia para pacientes com mais de 60 kg. Uma dose de 60 mg três vezes por dia pode ser utilizada para pacientes com menos de 60 kg. Em doenças com risco de vida, podem- se utilizar doses de até 5 mg/kg/dia, divididas em três tomadas iguais a cada 8 horas ou quatro tomadas iguais a cada 6 horas. Esta dose deve ser reajustada para 3 mg/kg/dia tão logo a evolução clínica assim o indicar.
Para infecções menos graves, sistêmicas ou urinárias, quando o germe é provavelmente muito sensível, pode- se considerar a dose de 2 mg/kg/dia dividida em duas tomadas iguais a cada 12 horas ou em uma dose única diária. Esta dose deve ser reajustada para 3 mg/kg/dia caso não haja melhora rápida.
A gentamicina é altamente concentrada na urina e no tecido renal. Em pacientes com infecção urinária, crônica ou recorrente, e sem evidência de insuficiência renal, GARAMICINA INJETÁVEL poderá ser administrado intramuscularmente em doses de 160 mg uma vez por dia, durante 7- 10 dias. Para adultos com peso abaixo de 50 kg, a dose diária deverá ser de 3,0 mg/kg de peso corporal.
Em pacientes com insuficiência renal, deve- se modificar a dose de Garamicina. Sempre que possível, devem-se determinar as concentrações séricas de gentamicina. A dose de gentamicina pode ser reajustada mediante o aumento de intervalo entre as doses administradas habitualmente.
O intervalo em horas pode ser estimado mediante a multiplicação da creatinina sérica (mg/100 ml) por 8. Por exemplo, um paciente pesando 60 kg com um nível sérico de creatinina de 2,0 mg/100 ml deverá receber 60 mg (1 mg/kg) a cada 16 horas (2,0 mg/100 ml x 8).
TABELA IGuia para modificação da posologia na insuficiência renal
(Quando o intervalo de administração entre as doses habituais é prolongado)
_______________________________________________
Peso Dose Clearance Creatinina Frequência
Corporal de Sérica de
Creatinina Administração
Mais de 60 kg 80 mg >70 <1,4 A cada 8 horas
35- 70 1,4-1,9 A cada 12 horas
24- 34 2,0-2,8 A cada 18 horas
16- 23 2,9-3,7 A cada 24 horas
10- 15 3,8-5,3 A cada 36 horas
5- 9 5,4-7,2 A cada 48 horas
_______________________________________________________
Em pacientes com infecção sistêmica grave e insuficiência renal, é aconselhável a administração do antibiótico com mais frequência, mas em doses menores. Nestes indivíduos, devem- se determinar as concentrações séricas de gentamicina para se obter concentrações adequadas, mas não excessivas. Após a dose inicial, pode-se fazer um cálculo aproximado para se determinar a dose reduzida, que deverá ser administrada a intervalos de 8 horas, dividindo-se a dose normalmente redomendada pelo nível de creatinina no soro (TABELA II).
Após a dose inicial deve- se calcular a próxima dose dividindo-se a dose habitualmente recomendada pela creatinina sérica. Portanto, um paciente com 60 kg e creatinina sérica de 2,0 mg% deve receber 30 mg a cada 8 horas (60 mg ¸ 2).
TABELA II
Guia para modificação da posologia na insuficiência renal
_________________________________________________
Creatinina Sérica Clearance de Creatinina Porcentagem
(mg%) da Dose Habitual
<1,0 <100 100
1,1- 1,3 70-100 80
1,4- 1,6 55-70 65
1,7- 1,9 45-55 55
2,0- 2,2 40-45 50
2,3- 2,5 35-40 40
2,6- 3,0 30-35 35
3,1- 3,5 25-30 30
3,6- 4,0 20-25 25
4,1- 5,1 25-20 20
5,2- 6,6 10-15 15
6,7- 8,0 <10 10
_________________________________________________________
Nos pacientes com insuficiência renal submetidos a hemodiálise, a quantidade de gentamicina removida do sangue pode variar dependendo de diversos fatores, inclusive o método de diálise empregado. Uma hemodiálise de 6 horas pode reduzir as concentrações séricas de gentamicina aproximadamente em 50%. A dose recomendada ao final de cada período de diálise é de 1 a 1,7 mg/kg, dependendo da gravidade da infecção. Em crianças, pode- se administrar uma dose de 2 a 2,5 mg/kg. A eliminação de antibióticos aminoglicosídeos pode também realizar-se através de diálise peritoneal, mas em menor proporção que através de hemodiálise.
Administação intravenosa
A administração intravenosa será recomendada na septicemia, no choque e nas circunstâncias em que a via intramuscular não for praticável. Pode também ser a via de administração preferida para alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, distúrbios hematológicos, queimaduras graves ou para os pacientes com massa muscular reduzida.
A dose recomendada e precauções para a administração são idênticas às recomendações e precauções observadas no uso intramuscular. Uma única dose de GARAMICINA poderá ser diluída em 50 a 200 ml de solução salina normal estéril ou solução de dextrose em água a 5%. A concentração de gentamicina na solução não deverá exceder a 1 mg/ml (0,1%). A solução deverá ser transfundida em um período de meia hora a duas horas.
GARAMICINA também pode ser aplicada em diluição, diretamente na veia ou na borracha do equipo, lentamente, em um período de 2 a 3 minutos.
GARAMICINA Injetável não deverá ser pré- misturada com outras drogas, devendo ser administrada separadamente.
Administração subconjutival e subcapsular (cápsula de Tenon)
GARAMICINA pode ser utilizado por via subconjuntival com segurança nas infecções bacterianas oculares profundas e graves causadas por microorganismos sensíveis. Também pode ser usado em associação com penicilina antes e depois de cirurgias oculares. Tais administrações devem ser feitas exclusivamente por profissionais treinados. A dose varia de 10 a 20 mg, dependendo da gravidade do caso. O antibiótico deve ser administrado com uma seringa de 1 ml e agulha de calibre 27- 30 por baixo da conjuntiva ou dentro da cápsula de Tenon. A dose pode ser repetida 24 horas após, se necessário.
Terapia Inalatória
A terapia inalatória é adjuvante da sistêmica no tratamento de infecções pulmonares graves e pode ser feita através de nebulização ou instilação intratraqueal direta. A dose usual é de 20 a 40 mg a cada 8- 12 horas, diluída em solução salina para um volume de 2 ml.
Regime de dose específica
Uretrite gonocócica masculina e feminina
GARAMICINA em dose única intramuscular de 240 a 280 mg tem sido eficaz no tratamento da uretrite gonocócica e mesmo em uretrites causadas por cepas resistentes à penicilina. Há disponível uma apresentação de GARAMICINA com 2 ml contendo 280 mg do antibiótico. A administração deve ser em região glútea profunda.
Infecções urinárias
Em decorrência de elevadas concentrações de gentamicina na urina, os pacientes com infecções urinárias, especialmente crônicas e recorrentes, e sem evidência de insuficiência renal, podem ser tratados com uma dose única diária de 160 mg de gentamicina administrada por via intramuscular durante 7 a 10 dias. Para esta indicação, há uma apresentação disponível de 1 ampola de 2 ml contendo 160 mg. Para adultos que pesam menos de 50 kg, a dose única diária é de 3,0 mg/kg de peso corporal.
Terapia concomitante Em combinação com outros antibióticos, a dose de garamicina não deverá ser reduzida.
SUPERDOSAGEM – GARAMICINA Injetável Adulto
Em casos de superdosagem ou de reações tóxicas, a hemodiálise pode ajudar a retirar a gentamicina do sangue. Com a diálise peritoneal, a proporção é consideravelmente menor à obtida por hemodiálise.
Em recém- nascidos deve-se considerar a possibilidade de realizar exanguinotransfusão. Procedimentos desse tipo são de particular importância em pacientes com insuficiência renal.
LABORATÓRIO
Mantecorp