Princípio ativo: rifampicina

Antibióticos – Receituário simples em duas vias

PARTE I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FURP-RIFAMPICINA

rifampicina

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES

Cápsula gelatinosa dura

Caixa com 500 cápsulas – embalagem com 10 cápsulas de 300 mg

Suspensão oral

Caixa com 50 frascos – frascos com 50 ml de suspensão oral na concentração de 20 mg/ ml

Uso oral

USO PEDIÁTRICO OU ADULTO

Composição:

Cada cápsula contém: rifampicina ….. 300 mg Excipientes qsp ….. 1 cápsula (croscarmelose sódica; estearato de magnésio; talco)

Cada ml da suspensão oral contém: rifampicina ….. 20 mg Veículo qsp ….. 1 ml (sacarose; ácido cítrico anidro; goma adraganta; fosfato de sódio dibásico; metabissulfito de sódio; metilparabeno; propilparabeno; simeticona; essência de cereja; água deionizada)

PARTE II – INFORMAÇÕES AO PACIENTE

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

FURP-RIFAMPICINA 300 mg Cápsula e FURP-RIFAMPICINA 20 mg/ml Suspensão Oral contém rifampicina que é um antibiótico que age inibindo a multiplicação de bactérias sensíveis a este medicamento. Embora tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase (Mycobacterium leprae) e da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis), sempre em associação com outros antibióticos adequados, pois é muito rápido o desenvolvimento de resistência bacteriana (o antibiótico não consegue mais agir sobre estas bactérias). Mesmo que possa haver melhora nos primeiros dias de uso, o tratamento deve ser mantido nos intervalos e na duração recomendada pelo médico para não permitir a falha na recuperação.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

A rifampicina é indicada no tratamento das diversas formas de tuberculose e de hanseníase causadas por microrganismos sensíveis, sempre em associação com outros antibióticos. A rifampicina também está indicada na prevenção em indivíduos que tiveram contato íntimo com pacientes com doença meningocócica (meningite).

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

CONTRA-INDICAÇÕES Não deve ser utilizada em pacientes com antecedentes de alergia à rifampicina ou a outros medicamentos do grupo das rifampicinas ou a qualquer outro componente do produto. Alguns pacientes que apresentam doenças graves de fígado ou rins não podem utilizar rifampicina, cabe ao seu médico avaliar o risco-benefício. Uso concomitante com contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos.

PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS Não deve ser utilizada sozinha para o tratamento da tuberculose e hanseníase. O uso de rifampicina pode provocar uma coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas, sendo que estas últimas podem se manchar em caráter definitivo. Em alguns pacientes pode ocorrer aumento da bilirrubina e de outras substâncias no sangue que podem ser transitórias sem exigir término do tratamento, o médico irá avaliar cada caso. Alguns pacientes que apresentam doenças graves de fígado ou rins não podem utilizar rifampicina, cabe ao seu médico avaliar. Evitar uso de bebidas alcóolicas durante o tratamento.

ATENÇÃO: este medicamento na apresentação suspensão oral contém açúcar, portanto deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.

Informe imediatamente seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando.

USO NA GRAVIDEZ Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na gravidez. Este medicamento atravessa a barreira placentária, portanto não deve ser utilizada, a menos que, a critério médico e os benefícios para a mão superem os possíveis riscos para o feto.

USO NA AMAMENTAÇÃO Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na amamentação. Este medicamento passa para o leite materno, portanto não deve ser utilizada, a menos que, a critério médico e os benefícios para a mãe superem os possíveis riscos para o recémnascido.

USO EM OUTROS GRUPOS DE RISCO O uso deve ser cauteloso em pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maior risco de feitos tóxicos. Nestes casos, o tratamento somente deve ser empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção da rifampicina, portanto devem ser tomados em horários separados, pelo menos, por duas horas. Vários medicamentos têm sua ação diminuída pelo uso concomitante com a rifampicina. São eles: diazepam, quinidina, disopiramida, cloranfenicol, dapsona, cumarinas, varfarina (reduz o efeito anticoagulante), imipramina, clomipramina, carbamazepina, fenitoína, (dificulta o controle da epilepsia) fluconazol, itraconazol, cetoconazol, haloperidol, (evitar o uso concomitante). propranolol, diltiazem, nifedipino, verapamil, isradipino, nisoldipino, ciclosporina, azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes), corticosteróides (prednisona), levotiroxina, tacrolimus, teofilina, metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina. Estrogênios combinados a progestogênios ou progestogênios: se reduz o efeito contraceptivo, exigindo a utilização de outros métodos para evitar a gravidez.

O uso de anti-retrovirais, como indinavir, nelfinavir, saquinavir, efavirenz e nevirapina, com rifampicina pode aumentar o risco de reações. O uso associado de rifampicina com ritonavir e saquinavir apresenta elevado risco de causar efeitos tóxicos no fígado. A redução no efeito de clorpropramida, tolbutamida e, possivelmente, outros antidiabéticos orais pode dificultar o controle da doença. Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina. O uso concomitante da rifampicina com o trimetoprim pode aumentar a eliminação deste prejudicando a eficácia. O emprego junto com o miconazol pode aumentar o risco de lesão no fígado.

INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS As concentrações plasmáticas de ALT. AST, fosfatase alcalina, bilirrubina, uréia e ácido úrico (são exames de sangue) podem estar aumentadas.

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS E CHÁS A absorção da rifampicina é diminuída quando tomada junto com alimentos. A erva-de-São João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS OU AMAMENTANDO SEM A ORIENTAÇÃO DO MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA.

NÃO HÁ CONTRA-INDICAÇÃO RELATIVA A FAIXAS ETÁRIAS.

INFORME AO MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.

INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO.

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

FURP-RIFAMPICINA 300 mg Cápsula

Aspecto físico Cápsula vermelho cereja, contendo pó vermelho amarronzado Características organolépticas Cápsulas sem odor ou sabor

FURP-RIFAMPICINA 20 mg/ml Suspensão Oral

Aspecto físico Suspensão homogênea de cor vermelho escuro Características organolépticas Suspensão com sabor adocicado e cheiro de cereja

CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO Tanto as cápsulas como a suspensão, devem ser tomadas com o estômago vazio, preferencialmente uma hora antes ou duas após as refeições. Em caso de desconforto digestivo, recomenda-se administrar junto com uma leve refeição.

O frasco da suspensão sempre deve ser agitado antes de usar, e após a abertura deve ser mantido bem fechado. As cápsulas deste medicamento não podem ser partidas ou mastigadas.

Conservar as cápsulas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e umidade.

Conservar a suspensão oral em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz. Após aberto conservar o frasco bem fechado na mesma condição.

DOSAGEM Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente.

Tratamento da tuberculose pulmonar e extrapulmonar: -Pacientes com peso inferior a 20 kg: 10 mg/kg de peso corporal ao dia (criança de 10 kg de peso, por exemplo, receberá 5 ml da suspensão oral) -Pacientes com mais de 20 kg de peso até 35 kg: 300 mg/dia (uma cápsula de 300 mg ou 15 ml da suspensão oral). -Pacientes com mais de 35 kg de peso até 45 kg: 450 mg/dia (uma cápsula de 300 mg e também 7,5 ml da suspensão oral).

-Pacientes com mais de 45 kg de peso: 600 mg/dia (duas cápsulas de 300 mg). A duração do tratamento é de seis meses, sempre em associação com outros medicamentos para o tratamento da tuberculose.

Para tuberculose meningoencefálica as doses de rifampicina seguem o mesmo esquema exposto acima mas tem duração de 9 meses.

Para a prevenção de doença meningocócica (meningite não tuberculosa), a dose é igual a citada para meningite tuberculosa, durante apenas dois dias. Os recém-nascidos formam uma exceção porque devem receber 5 mg/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, durante dois dias.

Hanseníase: dose mensal de 600 mg (duas cápsulas) para adultos, sempre sob forma combinada. Pacientes adultos com menos de 35 kg de peso devem receber doses mensais de 450 mg. Crianças podem receber doses equivalentes a 10 mg/kg, desde que não ultrapassem as doses mencionadas acima.

De preferência, o medicamento deve ser tomado uma hora antes ou duas após as refeições.

Cada ml da solução contém 20 mg de rifampicina.

SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.

NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.

NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

AS CÁPSULAS NÃO PODEM SER PARTIDAS OU MASTIGADAS.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

As mais comuns são: perda de apetite, náuseas, vômitos e diarréia. Pode ocorrer colite (inflamação intestinal) associada ao uso do antibiótico. Também pode ocorrer alterações na pele (vermelhidão facial, urticária e erupções), pancreatite (inflamação no pâncreas), icterícia (amarelamento da pele e/ou olhos), insuficiência do fígado (problema no fígado), presença de pontos ou manchas avermelhadas na pele, sangramento do nariz ou gengiva, sangramento vaginal, anemia por destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, sintomas de gripe (como febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e dor muscular) e problemas graves nos rins, com perda do órgão e choque, distúrbios do sistema nervoso central (confusão mental, distúrbios de coordenação motora, alterações visuais transitórias), neurite periférica (inflamação dos nervos periféricos) e trombose venosa (formação de coágulos no interior das veias). Podem surgir ainda coloração avermelhada e marrom da urina, fezes, saliva, suor e lágrimas. Outras reações incluem calafrios, respiração ofegante, tontura, dores musculares, tremores e hematúria.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTI DADE DESTE MEDI CAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

O uso de grandes doses de rifampicina pode provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, inchaço ao redor dos olhos ou na face, coceira e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as descritas no item anterior. Procure auxílio médico de urgência. Se possível, leve o produto e/ou embalagem ao local de atendimento.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Conserve as cápsulas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegidas da luz e umidade.

Conserve a suspensão oral em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegida da luz. Após aberto, conserve o frasco bem fechado na mesma condição.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

PARTE III – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A rifampicina é um antibiótico macrocíclico semi-sintético derivado da rifampicina B.

FARMACOCÍNÉTICA Absorção É bem absorvida pelo trato gastrintestinal mas esta absorção se reduz quando é administrada com alimentos. Depois de completamente absorvida níveis plasmáticos médios são obtidos dentro e 1 e 4 horas. Liga-se em 80% às proteínas e é muito solúvel em lipídios. Distribuição: Difunde-se nos líquidos e tecidos orgânicos, inclusive no líquido cerebroespinhal e sistema nervoso. Concentrações terapêuticas são obtidas na saliva. Por ser lipossolúvel a rifampicina pode chegar às micobactérias. Metabolismo: A rifampicina é metabolizada no fígado e o metabólito é ainda ativo contra a

M. tuberculosis. Excreção: 6 a 30% da rifampicina é excretada na urina; 30 a 60% sob forma desacetilada e aproximadamente 50% inalterada. Ela é também excretada no leite materno e atravessa a barreira placentária. Meia vida: é de aproximadamente 3 horas após dose única oral de 600 mg e de 5,1 horas após dose oral de 900 mg

FARMACODINÂMICA As rifampicinas são derivadas do Nocardia mediterranei. A rifampicina age contra Mycobacterium leprae, M. tuberculosis, diversas outras microbactérias e bactérias Grampositivas e Gram-negativas. M. fortuitum é resistente.

Mecanismo de ação: inibe a biossíntese do RNA bacteriano ao inibir fortemente a subunidade beta da RNA-polimerase que depende do DNA, evitando a união da enzima do DNA e bloqueando, assim, o início da transcrição do RNA.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

-Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Manual Técnico para o Controle

da Tuberculose. Normas e Manuais Técnicos, n.148. p.28-30, 2002 ou edições

posteriores. -CASTELO FILHO, Adauto; KRITSKI, Afrânio Lineu; BARRETO, Ângela Werneck et al. II

Consenso Brasileiro de Tuberculose: Diretrizes Brasileiras para Tuberculose. J. bras.

pneumol. 30 suppl.1, p.S57-S86, 2004. -Fundamentos farmacológico-clínicos de medicamentos de uso corrente acessível em

http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/INDEX.HTM . -Singapore Tuberculosis Service/British Medical Research Council. Clinical trial intermittent

regimens of rifampin plus isoniazid for pulmonary tuberculosis in Singapore. Am Rev

Resp Dis. n.116:p 807-820, 1977.

INDICAÇÕES

No tratamento das diversas formas de tuberculose e de hanseníase causadas por microrganismos sensíveis, sempre em associação com outros antibacterianos adequados para diminuir o risco de resistência bacteriana. Como o fármaco elimina o estado de portador nasofaríngeo de Neisseria meningitidis de indivíduos que tiveram contato íntimo com afetados por doença meningocócica, tem preferência nesta indicação.

CONTRA-INDICAÇÕES

Antecedentes de sensibilidade as rifampicinas. Portadores de insuficiência hepática merecem cautela especial pelo risco de agravamento das condições do fígado. Uso concomitante com contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos. Insuficiência renal grave.

MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS E ABERTO

Tanto as cápsulas como a suspensão, devem ser administradas em jejum, preferencialmente uma hora antes ou duas após as refeições. Em caso de desconforto gástrico, recomenda-se administrar junto com uma refeição leve.

O frasco da suspensão sempre deve ser agitado antes de usar, e após a abertura deve ser mantido bem fechado. As cápsulas deste medicamento não podem ser partidas ou mastigadas.

Conservar as cápsulas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e umidade.

Conservar a suspensão oral em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz. Após aberto conservar o frasco bem fechado na mesma condição.

POSOLOGIA

Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente.

Tratamento da tuberculose pulmonar e extrapulmonar:

Pacientes com peso inferior a 20 kg: 10 mg/kg de peso corporal ao dia.
Pacientes com mais de 20 kg de peso até 35 kg: 300 mg/dia.
Pacientes com mais de 35 kg de peso até 45 kg: 450 mg/dia.
Pacientes com mais de 45 kg de peso: 600 mg/dia. A duração do tratamento é de seis meses, sempre em associação com outros medicamentos para o tratamento da tuberculose, no seguinte esquema: nos dois primeiros meses, administra-se isoniazida, rifampicina e pirazinamida, nos quatro meses seguintes somente isoniazida e rifampicina. A administração deve ocorrer 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.

Para tuberculose meningoencefálica as doses de rifampicina seguem o mesmo esquema exposto acima mas o tratamento tem duração de 9 meses, sendo que nos dois primeiros meses, administram-se os três medicamentos e nos sete meses seguintes administra-se somente a rifampicina e a isoniazida.

A prevenção de doença meningocócica (meningite não tuberculosa), a dose é igual a citada para meningite tuberculosa, durante apenas dois dias. Os recém-nascidos formam uma exceção porque devem receber 5 mg/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, durante dois dias.

Hanseníase: dose mensal de 600 mg para adultos, sempre sob forma combinada. Pacientes adultos com menos de 35 kg de peso devem receber doses mensais de 450 mg. Crianças podem receber doses equivalentes a 10 mg/kg, desde que não ultrapassem as doses mencionadas acima.

A rifampicina deve ser administrada de preferência com o estômago vazio 1 hora antes ou 2 horas após as refeições; pode eventualmente ser administrada com leite e suco;.

PRECAUÇÕES

-Em pacientes com comprometimento hepático as doses devem ser reduzidas (não exceder 8 mg/Kg/dia). -Em pacientes com comprometimento renal não é necessário reduzir as doses, mas em caso de real necessidade pode-se empregá-la sob supervisão médica.

-Recomenda-se não utilizar anticoncepcionais durante o tratamento com a rifampicina

ADVERTÊNCIAS

-Não deve ser utilizada como monoterapia para a tuberculose nem hanseníase. -O paciente deve ser advertido da possibilidade de ocorrência de coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas que podem se manchar em caráter definitivo. -Em alguns pacientes pode ocorrer hiperbilirrubinemia por competição. A elevação das bilirrubinas ou transaminases como dado isolado não impõe a interrupção no emprego do fármaco. Indica-se avaliação clínica e laboratorial evolutiva para melhor decisão. O paciente deve ser orientado a evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

ATENÇÃO: este medicamento na apresentação suspensão oral contém açúcar, portanto deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.

USO NA GRAVIDEZ Não se conhece o efeito da rifampicina (isolada ou associada a outros fármacos antituberculosos) sobre o feto humano. A rifampicina atravessa a barreira placentária. Nos estudos em roedores demonstrou-se que a rifampicina administrada nas doses de 150 a 250 mg provoca fenda palatina e espinha bífida.

Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na gravidez. Se a rifampicina for administrada durante as últimas semanas da gravidez pode provocar hemorragias pós-natais na mãe e recém-nascido.

Categoria de risco na gravidez: C

USO NA AMAMENTAÇÃO Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na lactação. Passa ao leite materno portanto não deve ser utilizada, a menos que os benefícios para a mãe superem os possíveis riscos para o recém-nascido.

USO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL E/OU HEPÁTICA Os pacientes com disfunção hepática ou renal constituem grupo de maior risco de efeitos tóxicos. Só se deve empregar em caso de real necessidade e sob supervisão médica, com monitorização de enzimas no sangue.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída, em virtude de seu metabolismo acelerado quando utilizados com a rifampicina.

Ansiolíticos: diazepam.

Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida.

Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona.

Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante).

  1. Anticoncepcionais orais.
  2. Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina.

Antidiabéticos: clorpropamida, tolbutamida e possivelmente outras sulfoniluréias (reduz

o efeito, dificultando o controle).

Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína.

Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol.

Antipsicóticos: haloperidol.

Anti-retrovirais: indinavir, nelfinavir, efavirenz, nevirapina e saquinavir (evitar o uso concomitante).

Beta-bloqueadores: propranolol.

Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino.

Ciclosporina.

Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes).

Corticosteróides.

Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método se quiser evitar a gravidez.

Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo.

Tacrolimus.

Teofilina. Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina. Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina. Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina. O uso concomitante da rifampicina com o trimetoprim pode aumentar a eliminação deste e o emprego com o miconazol pode aumentar o risco de hepatotoxicidade.

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS E CHÁS

A absorção da rifampicina é diminuída quando administrada junto com alimentos.

A erva-de-São João pode diminuir a ação de rifampicina.

INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS

As concentrações plasmáticas de ALT. AST, fosfatase alcalina, bilirrubina, uréia e ácido úrico pode estar aumentadas

REAÇÕES ADVERSAS

Reações mais freqüentes: distúrbios gastrintestinais (inapetência, náuseas, vômitos, diarréia e colite (associada ao uso do antibiótico), coloração avermelhada a marrom da urina, fezes, saliva, suor e lágrimas. Reações ocasionais ou raras: rubor facial, urticária, erupção cutânea, icterícia, insuficiência hepática, pancreatite, púrpura trombocitopênica, epistaxe, metrorragia, hemorragias gengivais, anemia hemolítica e síndrome pseudogripal com febre, astenia, cefaléia, tremores e mialgia ,calafrios, respiração ofegante, tontura, dores musculares, tremores e hematúria. Há registros de nefrite intersticial, necrose tubular aguda e choque, distúrbios do SNC (confusão mental, ataxia, alterações visuais transitórias), neurite aguda e trombose venosa.

SUPERDOSE

Superdosagem de rifampicina pode levar a náusea, vômitos e letargia crescente logo após a ingestão e também provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema periorbital ou facial, urticária e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as descritas no item anterior. Nos casos mais graves, são indicadas as medidas para reposição hidro-eletrolítica e terapêutica de manutenção. Tratamento: Deve-se preferir lavagem gástrica ao invés da indução do vômito. A diurese forçada deve promover a excreção da rifampicina.

ARMAZENAGEM

As caixas contendo o medicamento devem ser conservadas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegidas da luz e umidade.

PRAZO DE VALIDADE: 24 meses

PARTE IV – DIZERES LEGAIS

MS – 1.1039.0016

Farm. Responsável: Dr. Adivar Aparecido Cristina – CRF-SP nº 10.714

FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR – FURP

Governo do Estado de São Paulo Rua Endres, 35 – Guarulhos – São Paulo

C.N.P.J. 43.640.754/0001-19 – Indústria Brasileira

SAC – Serviço ao Cliente 0800 055 1530

DISPENSAÇÃO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

PROIBIDA A VENDA AO COMÉRCIO

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