Princípio ativo: folinato de cálcio
FAULDLEUCO®
folinato de cálcio 10 mg/mL
Solução injetável
USO INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Solução injetável com 10 mg/mL de ácido folínico. Embalagens contendo 1 frasco-ampola com 5 mL (Fauldleuco 50 mg) ou com 30 mL (Fauldleuco 300 mg).
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Fauldleuco 50 contém:
folinato de cálcio………..54 mg
(equivalente a 50 mg de ácido folínico)
veículos q.s.p…………..5 mL
(cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injeção).
Cada frasco-ampola de Fauldleuco 300 contém:
folinato de cálcio………..324 mg
(equivalente a 300 mg de ácido folínico)
veículos q.s.p…………..30 mL
(cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injeção).
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Este medicamento é de uso restrito a hospitais e clínicas especializadas para redução da toxicidade e como antídoto após terapia com antagonistas do ácido fólico, tratamento de anemia megaloblástica e tratamento paliativo de carcinoma colorretal avançado devendo ser manipulado apenas por pessoal treinado. As ?Informações ao paciente? serão fornecidas pelo médico assistente conforme necessário. Este medicamento somente deve ser utilizado sob expressa recomendação médica.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO: conservar este medicamento em sua embalagem original sob refrigeração (entre 2°C e 8°C), protegido da luz. Não congelar. As soluções de ácido folínico são estáveis em solução de glicose 5% infusão intravenosa e em solução de cloreto de sódio 0,9% infusão intravenosa por 24 horas, quando armazenadas a temperaturas entre 2°C e 8°C. O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
PRAZO DE VALIDADE: desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação. Não devem ser utilizados medicamentos fora do prazo de validade, pois podem trazer prejuízos à saúde.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
INFORMAÇÃO TÉCNICA CARACTERÍSTICAS
Fauldleuco é uma solução injetável estéril, isotônica e sem conservantes.
Propriedades farmacológicas: o folinato de cálcio (anteriormente denominado leucovorina) é o sal cálcico do ácido folínico, a forma ativa do ácido fólico. É um dos vários derivados ativos reduzidos do ácido fólico (folatos ativos reduzidos), também conhecido como fator Citrovorum ou 5-formil-5, 6, 7,8 ácido tetraidrofólico (THF). A fórmula molecular do ácido folínico é C20H23N7O7, com peso molecular de 473,44 Da.
Propriedades farmacodinâmicas: o ácido folínico participa como cofator em muitas reações metabólicas, incluindo a síntese de purina e pirimidina e a conversão de aminoácidos. É eficaz no tratamento da anemia megaloblástica causada por deficiência de ácido fólico e potente antídoto dos efeitos tóxicos
(hematopoiéticos ou retículo endoteliais) dos antagonistas do ácido fólico, como o metotrexato, a pirimetamina e a trimetoprima.
Na terapia citotóxica, os antagonistas do ácido fólico bloqueiam a redução do ácido fólico a tetraidrofolato ativo, ao se ligarem à enzima diidrofolato-redutase. Portanto, a administração de ácido folínico supre as necessidades de folato reduzido ativo das células normais, nas quais entra pelo mesmo sistema de transporte ativo que o metotrexato. Dessa forma, em alguns tipos de câncer, o ácido folínico entra nas células normais e as ?resgata?, de modo preferencial às células tumorais, dos efeitos tóxicos dos antagonistas do ácido fólico, devido a uma diferença no mecanismo de transporte de membrana entre estas células. Este princípio é aplicado na terapia com altas doses de metotrexato com ?resgate? por ácido folínico.
Na anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico, o ácido folínico repõe os estoques de folato reduzido biologicamente ativo, revertendo a carência nutricional.
O uso de ácido folínico no tratamento quimioterápico do câncer colorretal, se baseia no fato de que o fármaco estabiliza a ligação da 5-dUMP com a timidilato sintaxe, aumentando consequentemente seus efeitos, tanto terapêuticos como tóxicos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: após a administração oral, Fauldleuco é rapidamente absorvido, com biodisponibilidade de 98% para doses de 25 mg ou menos. Doses maiores que 25 mg exibem saturação de absorção, com biodisponibilidade de 75 mg para 50 mg, 37% para 100 mg e 31% para 200 mg. Ao ser absorvido, o ácido folínico integra-se ao conteúdo orgânico total dos folatos reduzidos.
Distribuição: os níveis plasmáticos mais elevados de ácido folínico são alcançados em cerca de 40 minutos e 1,7 hora, após a administração intramuscular e oral, respectivamente. O ácido tetraidrofólico e seus derivados são distribuídos por todos os tecidos corporais, se concentram no fígado e líquido cefalorraquidiano. Após administração de uma dose de 15 mg via oral ou intramuscular, foram detectados picos de concentração sérica de 0,268 mcg/mL e 0,241 mcg/mL, respectivamente.
Metabolização: o folinato de cálcio é rapida e extensivamente metabolizado pela mucosa intestinal e fígado em 5-metiltetraidrofolato (metabólito ativo) in vivo, com uma conversão menos extensa resultando da administração parenteral, em oposição à administração oral. Outros metabólitos incluem o L-formiltetraidrofolato (ativo) e o D-formiltetraidrofolato (inativo).
Eliminação: o ácido folínico é eliminado principalmente como 10-formiltetraidrofolato e 5,10-formiltetraidrofolato. Os metabólitos são excretados principalmente pela urina (80-90%) e fezes (5-8%), com eliminação logarítmica em doses que excedem 1 mg.
INDICAÇÕES
Fauldleuco demonstrou ótimos resultados no tratamento de certas anemias megaloblásticas causadas por deficiência de ácido fólico, como ocorre, por exemplo, em crianças, gestantes, nas síndromes de má absorção, doenças hepáticas, psilose e em pacientes com má nutrição, quando a terapia oral não for adequada.
Fauldleuco também demonstrou ótimos resultados na redução da toxicidade dos antagonistas do ácido fólico como, por exemplo, o metotrexato, em casos de eliminação reduzida do metotrexato e na superdosagem acidental de antagonistas do ácido fólico.
Pode também ser utilizado em terapia combinada com 5-fluoruracila (5-FU) a fim de aumentar sua eficácia no tratamento paliativo de portadores de carcinoma colorretal avançado. Não é indicada para pacientes pediátricos.
CONTRAINDICAÇÕES
Em casos de hipersensibilidade conhecida ao folinato de cálcio ou a qualquer componente da formulação. No tratamento da anemia perniciosa ou de outras anemias megaloblásticas, onde a vitamina B12 esteja deficitária. Nestes casos, o tratamento com folinato de cálcio pode levar à remissão hematológica, porém, não impede a progressão dos sintomas neurológicos.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
O folinato de cálcio só deve ser administrado com antagonistas do ácido fólico, como metotrexato; ou fluorpirimidinas, como a 5-FU, sob supervisão de um médico experiente na administração de agentes quimioterápicos.
A administração simultânea com antagonistas do ácido fólico e folinato de cálcio a fim de reduzir ou evitar
sua toxicidade clínica não é recomendada, porque o efeito do antagonista do ácido fólico é reduzido ou completamente inibido.
A eficácia do folinato de cálcio em antagonizar a toxicidade induzida pela superdosagem acidental do metotrexato diminui à medida que aumenta o período de tempo entre a administração dos dois fármacos. Desta maneira, o folinato de cálcio deve ser administrado o mais rápido possível após o metotrexato. A dose e a duração do tratamento com Fauldleuco devem ser determinadas através da monitoração dos níveis séricos de metotrexato.
Em situações que levem a uma eliminação reduzida do metotrexato, o tratamento com Fauldleuco deve ser prolongado ou suas doses aumentadas. O folinato de cálcio pode aumentar a toxicidade da fluoruracila (vide ?Interações medicamentosas?).
Foram relatados casos raros de convulsão e/ou síncope, em pacientes com câncer recebendo folinato de cálcio em associação com fluorpirimidina. Estes relatos foram mais comuns em pacientes com metástases no sistema nervoso central (SNC). Tendo em vista que três pacientes apresentaram sintomas neurológicos recorrentes, o tratamento com folinato de cálcio não é recomendado.
Após terapia com antagonistas do ácido fólico é preferível a administração parenteral do folinato de cálcio em vez da administração oral, pela possibilidade do paciente vomitar e não absorver o fármaco.
Devido à presença do íon cálcio na formulação, não deve ser administrado um volume superior a 16 mL (160 mg) de folinato de cálcio por minuto.
O folinato de cálcio não afeta a toxicidade não hematológica, como por exemplo, nefrotoxicidade causada pela precipitação do fármaco e/ou metabólito nos rins.
Na terapia de ?resgate? por ácido folínico, os níveis séricos de creatinina e de metotrexato devem ser determinados, no mínimo uma vez por dia. A administração de folinato de cálcio, hidratação e alcalinização urinária devem ser mantidas até que o nível de metotrexato seja inferior a 5 x 10-8 M (0,05 mcmol). A dose de folinato de cálcio deve ser ajustada ou a terapia de ?resgate? estendida (vide ?Posologia?).
Pacientes que apresentam eliminação tardia do metotrexato são susceptíveis ao desenvolvimento de insuficiência renal reversível. Ao lado de uma terapia apropriada com folinato de cálcio estes pacientes requerem contínua hidratação e alcalinização urinária, assim como monitoração cuidadosa do seu equilíbrio hídrico e eletrolítico, até que os níveis de metotrexato sejam menores que 0,05 mcmol e a função renal esteja normalizada.
A possibilidade de que o paciente esteja fazendo uso de outros medicamentos que interajam com o metotrexato (como medicamentos que interfiram em sua eliminação ou em sua ligação à albumina sérica) deve ser reconsiderada quando anormalidades laboratoriais ou sinais clínicos de toxicidade forem observados.
São recomendados cuidados especiais no tratamento de carcinoma colorretal em pacientes idosos ou debilitados, por causa do risco aumentado de toxicidade grave. Pacientes tratados em conjunto com folinato de cálcio e 5-FU devem fazer hemograma completo com contagem diferencial de leucócitos e plaquetas antes de cada tratamento. Durante os dois primeiros ciclos de administração, o hemograma completo com contagem diferencial de leucócitos e plaquetas deve ser repetido semanalmente e, em seguida, uma vez a cada ciclo, para ser evitada leucopenia grave. Devem ser realizados testes de função hepática e eletrólitos antes de cada tratamento para os primeiros três ciclos e, em seguida, imediatamente antes de cada ciclo. As doses de 5-FU devem ser ajustadas com base nos sinais de toxicidade grave:
– Diarreia e/ou estomatite moderada, nível mínimo de 1.000-1.900 leucócitos/mm3 e nível mínimo de 25.000 -75.000 plaquetas/mm3: a dose de 5-FU deve ser reduzida em 20%.
– Diarreia e/ou estomatite graves, com nível mínimo de leucócitos inferior a 1.000/mm3 e nível mínimo de plaquetas inferior a 25.000/mm3: a dose de 5-FU deve ser reduzida em 30%.
– Se não ocorrerem sinais de toxicidade, a dose de 5-FU pode ser aumentada em 10%.
– O tratamento deve ser suspenso até que o número de leucócitos atinja 4.000/mm3 e o de plaquetas 130.000/mm3. Se esses níveis não forem atingidos em duas semanas, o tratamento deve ser descontinuado.
– Os pacientes devem ser acompanhados através de exame físico antes de cada ciclo, inclusive com exames radiológicos apropriados, sempre que necessário.
– O tratamento deve ser descontinuado no caso de evidência de progressão tumoral.
Cuidados de administração: Fauldleuco pode ser administrado por via intramuscular, intravenosa ou infusão. Fauldleuco não deve ser administrado por via intratecal. Doses maiores que 25 mg devem ser
administradas por via parenteral. Devido à presença de íon cálcio na formulação, não deve ser administrado volume superior a 16 mL (160 mg) de folinato de cálcio por minuto.
Quando se faz necessária a administração por infusão, Fauldleuco deve ser diluído em 1 litro de solução de glicose 5% em água para injeção ou solução de cloreto de sódio 0,9%. Estas soluções são estáveis por 24 horas, quando mantidas sob refrigeração, entre 2°C e 8°C. Para evitar contaminação microbiológica, a infusão deve ser iniciada imediatamente após o preparo da solução.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O folinato de cálcio foi administrado a um grande número de mulheres grávidas e mulheres com potencial de amamentação sem que tenha sido observado qualquer aumento comprovado na frequência de malformações ou outros efeitos nocivos diretos ou indiretos no feto. Entretanto, não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e não foram conduzidos estudos de reprodução animal com o folinato de cálcio. Recomenda-se, portanto, que o medicamento somente seja administrado a mulheres grávidas se estritamente necessário. Não se sabe se o folinato de cálcio é excretado pelo leite materno, portanto, recomenda-se cautela na sua administração a mulheres que estejam amamentando.
Grupos de risco
Pacientes idosos e/ou debilitados apresentam riscos maiores de toxicidade gastrintestinal na terapia combinada de folinato de cálcio e fluoruracila (vide ?Interações medicamentosas?).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Em grandes quantidades, pode inibir a ação antiepilética do fenobarbital, fenitoína e primidona e aumento da frequência de convulsões, em crianças susceptíveis.
A administração de folinato de cálcio pode diminuir a eficácia do metotrexato administrado por via intratecal, e aumentar a toxicidade da fluoruracila.
Casos fatais de enterocolite severa, diarreia e desidratação foram relatados em pacientes idosos recebendo folinato de cálcio e fluoruracila. Alguns pacientes também apresentaram granulocitopenia e febre.
A administração conjunta de folinato de cálcio e fluoropiridinas, como a fluoruracila, pode aumentar a eficácia clínica e também a toxicidade desta. A dose de fluoruracila deve ser menor que a usualmente administrada. A toxicidade gastrintestinal, especialmente estomatite e diarreia, é observada com maior frequência com esta combinação e pode ser mais grave e prolongada. Foram observadas desidratação, diarreia, enterocolite grave e mortes em pacientes idosos recebendo estas medicações. A terapia combinada não deve ser iniciada ou continuada até o desaparecimento destes sintomas.
A capecitabina é um pró-fármaco da 5?-deoxi-5-fluoruridina (5?-DFUR), a qual é convertida ao fármaco ativo 5-FU enzimaticamente in vivo. Pacientes com diarreia devem ser cuidadosamente monitorados, pois a deterioração clínica pode ser rápida, levando inclusive à morte.
REAÇÕES ADVERSAS E ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS
São raras as reações adversas associadas ao ácido folínico, embora tenha sido relatada pirexia após administração parenteral, bem como sensibilização alérgica, incluindo reações anafilactoides e urticária, após administração parenteral ou oral.
Foram relatadas náuseas e vômitos quando administradas doses muito altas.
Em terapia combinada, o folinato de cálcio pode aumentar a toxicidade da fluoruracila. As manifestações mais comuns são estomatites, diarreia e leucopenia, podendo ser dose limitante.
Em pacientes com diarreia, pode ocorrer rápida deterioração clínica que pode levar ao óbito.
Casos raros de convulsão e/ou síncope foram relatados em pacientes com câncer recebendo folinato de cálcio em associação com a fluorpirimidina.
ADMINISTRAÇÃO
Nota: o folinato de cálcio pode ser administrado via intravenosa ou intramuscular. No caso de via intravenosa não devem ser administrados mais que 160 mg de folinato de cálcio por minuto.
Atenção: o folinato de cálcio não deve ser administrado via intratecal.
Todos os procedimentos para manuseio, dispensação e descarte adequado de medicamentos injetáveis devem ser considerados:
Todo o procedimento de manuseio e dispensação devem ser realizados por pessoal treinado.
É recomendada a manipulação em capela de fluxo laminar, mediante material de proteção adequado.
Todos os dispositivos utilizados na reconstituição (seringas, agulhas, etc.) devem ser adequada e cuidadosamente descartados.
No caso da utilização de Fauldleuco em terapia combinada com substância antineoplásica, todos os procedimentos para manuseio, dispensação e descarte adequado para esses fármacos devem ser considerados.
Preparação para administração: como regra geral, antes de sua administração, as medicações para uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas em suspensão e quanto à descoloração, sempre que a solução e o recipiente permitirem.
Podem ser utilizadas seringas com ajuste ?Luer-Lock? e de diâmetro interno largo, a fim de minimizar a pressão e a eventual formação de aerossol. A formação de aerossol pode ser diminuída pela utilização de agulha com respiro durante a preparação.
Quando necessária infusão intravenosa, o folinato de cálcio deve ser diluído em solução de glicose 5% ou solução de cloreto de sódio 0,9% em água para injeção.
Compatibilidades e incompatibilidades da administração intravenosa: o folinato de cálcio é estável em soluções de glicose a 5% e 10%, solução de Ringer lactato e água para injeção. É compatível com cisplatina, fluoridina. É incompatível (concentrações > 2 mg/mL) com fluoruracila (concentrações > 25 mg/mL); com droperidol e fosfonosulfatos. Pode ocorrer formação de precipitado quando o medicamento for administrado imediatamente depois ou na mesma infusão de droperidol injetável. Existe incompatibilidade também com foscarnete injetável.
Estabilidade e condições de armazenamento: quando for necessária a infusão intravenosa, o folinato de cálcio deve ser diluído em solução de glicose 5% ou solução de cloreto de sódio 0,9%, ambos em água para injeção. As soluções resultantes diluídas de folinato de cálcio em solução de glicose 5% ou em solução de cloreto de sódio 0,9% são estáveis por 24 horas quando armazenadas entre 2°C a 8°C. Para evitar risco de contaminação microbiana, a infusão deve ser iniciada logo após a preparação.
O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
POSOLOGIA
Como ?resgate? após terapia com metotrexato: as recomendações para o uso de folinato de cálcio na terapia de ?resgate? são baseadas na dose de 12-15 g/m2 de metotrexato administrada por infusão intravenosa por mais de cinco horas. A terapia de ?resgate? com uma dose de 15 mg (aproximadamente 10 mg/m2) de seis em seis horas para dez doses, deve ser iniciada 24 horas após o início da infusão do metotrexato.
Na presença de toxicidade gastrintestinal, náusea ou vômito, o folinato de cálcio deve ser administrado por via parenteral. Os níveis séricos de creatinina e metotrexato devem ser determinados, no mínimo uma vez por dia. A administração de folinato de cálcio, hidratação e alcalinização urinária (pH igual ou superior a 7,0), devem ser mantidas até que o nível de metotrexato seja inferior a 5 x 10-8 M (0,05 mcmol). A dose de folinato de cálcio deve ser ajustada ou a terapia de ?resgate? estendida, de acordo com as seguintes diretrizes:
Situação clínica
Dados laboratoriais
Doses de folinato de cálcio e duração do tratamento
Eliminação normal do metotrexato
Níveis séricos de metotrexato de aproximadamente 10 mcmol, 24h após administração; 1 mcmol após 48h e < 0,2 mcmol após 72h
15 mg IM ou IV a cada 6h durante 60h (dez doses), iniciando-se 24h após o início da infusão do medicamento
Eliminação tardia diminuída do metotrexato
Níveis séricos de metotrexato permanecendo > 0,2 mcmol após 72h e > 0,05 mcmol após 96h de administração
Continuar 15 mg IM ou IV a cada 6h até que os níveis de metotrexato estejam < 0,05 mcmol
Eliminação precoce diminuída de metotrexato e/ou evidência de doença renal aguda
Nível sérico de metotrexato de 50 mcmol ou mais após 24h ou 5 mcmol ou mais após 48h após a administração;
Ou um aumento igual ou superior a 100 % nos níveis séricos de
150 mg, IV a cada 3h, até o nível de metotrexato < 1 mcmol; em seguida 15 mg IV a cada 3h até o nível de metotrexato < 0,05 mcmol.
creatinina 24h após a administração de metotrexato (ex: um aumento de 0,5 mg/dL para um nível de 1,0 _mg/dL ou mais)_
Pacientes com eliminação tardia do metotrexato estão susceptíveis ao desenvolvimento de insuficiência renal reversível. Ao lado de uma terapia apropriada com folinato de cálcio, estes pacientes requerem contínua hidratação e alcalinização urinária, assim como monitoração cuidadosa do seu equilíbrio hídrico e eletrolítico, até que os níveis de metotrexato estejam abaixo de 0,05 mcmol e a função renal normalizada. Alguns pacientes podem apresentar anormalidades na eliminação do metotrexato ou na função renal, após administração de metotrexato, que são significativas, porém, menos graves do que as anormalidades descritas na tabela acima. Estas anormalidades podem ou não estar associadas à toxicidade clínica significativa. Na eventualidade de se observar toxicidade clínica significativa, o uso do folinato de cálcio como ?resgate? deve ser estendido por período adicional de 24 horas (total de 14 doses em 84 horas) nos ciclos terapêuticos subsequentes. A possibilidade de o paciente estar tomando outros medicamentos que interajam com o metotrexato (por exemplo, medicamentos que interfiram com a eliminação do metotrexato ou com sua ligação à albumina sérica) deve ser reconsiderada, quando anormalidades laboratoriais ou sinais clínicos de toxicidade forem observados.
Eliminação deficiente do metotrexato ou superdose acidental: o uso do folinato de cálcio como antídoto deve ser iniciado dentro de uma hora após uma superdosagem acidental de metotrexato e dentro do período de 24 horas após administração de metotrexato, quando a eliminação deste se encontra deficiente.
O folinato de cálcio na dose de 10 mg/m2 deve ser administrado por via intravenosa ou intramuscular a cada seis horas, até que os níveis séricos de metotrexato estejam abaixo de 10-8 M. Os níveis séricos de creatinina e de metotrexato devem ser determinados a cada período de 24 horas. Se após 24 horas, os níveis de creatinina aumentarem 50% acima da linha de base ou se os níveis de metotrexato estiverem maiores que 5×10-6 M, ou após 48 horas seu nível estiver maior que 9×10-7 M, a dose de folinato de cálcio deve ser aumentada para 100 mg/m2 a cada três horas, por via intravenosa, até que os níveis de metotrexato estejam abaixo de 10-8 M.
A hidratação (3 L/d) e alcalinização urinária com solução de bicarbonato de sódio devem ser empregadas de forma concomitante. A dose de bicarbonato deve ser ajustada para manter o pH da urina igual ou superior a
7,0.
Anemia megaloblástica devida à deficiência de ácido fólico: a dose recomendada é de até 1,0 mg/d. Não existem evidências de que doses maiores que 1 mg/d apresentem maior eficácia; a perda de folatos na urina torna-se praticamente logarítmica quando a quantidade administrada for maior que 1,0 mg.
Carcinoma colorretal avançado: o ácido folínico deve ser administrado na dose de 200 mg/m2 em injeção lenta, durante pelo menos três minutos, seguido da injeção venosa de fluoruracila na dose de 370 mg/m2. O tratamento deve ser repetido diariamente por cinco dias e esses ciclos devem ser repetidos a intervalos de quatro semanas (28 dias) por duas vezes. Repetir a cada quatro a cinco semanas (28 a 35 dias) de intervalo, desde que o paciente tenha se recuperado completamente dos efeitos tóxicos do tratamento anterior. Em tratamentos subsequentes, a dose de fluoruracila deve ser ajustada com base na tolerância do paciente ao tratamento anterior (vide "Precauções e advertências"). As doses de ácido folínico não devem ser ajustadas pela toxicidade.
Embora existam outros esquemas terapêuticos eficazes utilizando ácido folínico e fluoruracila no tratamento do carcinoma colorretal avançado, ainda é necessária pesquisa clínica adicional para confirmar a segurança e eficácia desses esquemas alternativos. No tratamento com folinato de cálcio a dose deverá ser ajustada ou a terapêutica prolongada de acordo com as recomendações da tabela acima. Não está indicado para tratamento de câncer colorretal em pacientes pediátricos.
SUPERDOSAGEM
A administração de doses excessivas de folinato de cálcio pode anular os efeitos quimioterápicos dos antagonistas do ácido fólico.
O folinato de cálcio é similar ao ácido fólico, é solúvel em água, rapidamente excretado pela urina e de baixa toxicidade aguda e crônica no homem. Doses de até 4000 mg foram administradas sem qualquer reação adversa aparente, sugerindo que o fármaco seja relativamente seguro. Caso ocorra uma superdose, devem ser tratados os sintomas clínicos.
PACIENTES IDOSOS
Todas as recomendações anteriormente descritas são recomendadas aos pacientes idosos.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
MS n°: 1.0033.0142
Farmacêutica responsável: Cintia Delphino de Andrade – CRF-SP n°: 25.125 Registrado por:
LIBBS FARMACÊUTICA LTDA.
Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP CNPJ: 61.230.314/0001-75
Fabricado por:
LIBBS FARMACÊUTICA LTDA.
Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu – SP
Indústria brasileira
(§08000-135044
Data de fabricação, lote e validade: vide cartucho. FLEUC 5