Princípio ativo: fator ix de coagulaçãoFator Anti-hemofílico Ix

Fator Anti- hemofílico IX

Forma farmacêutica e apresentações: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Liofilizado e diluente: 500 U.I./10 ml, 1.000 U.I./10 ml,

USO ADULTO

Composição: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

    Por frasco- ampola de liofilizado    Princípio ativo             Fator IX    500 U.I. – 10mg    1.000 U.I. – 20 mg    
Excipientes    
         Albumina humana    100 mg    100 mg     Cloreto de sódio    90 mg    90 mg     Citrato de sódio    44 mg    44mg     Antitrombina humana    1 U.I.    2 U.I.    
Diluente    
         Água para injetáveis     10 ml    10 ml         Por frasco- ampola    
    

INFORMAÇÃO TÉCNICA – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Características: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

O Fator Anti- hemofílico IX é uma glicoproteína de cadeia única com peso molecular de cerca de 68.000. É um fator de coagulação dependente de vitamina K sintetizado pelo fígado. O Fator IX é ativado por duas vias: através do Fator IXa na via de coagulação intríseca e pelo fator VII/fator complexo nos tecidos na via de coagulação extrínseca. O Fator IX ativado, ativa o Fator X. Estes resultados definem a conversão da protrombina em trombina. A trombina então converte o fibrinogênio em fibrina, e é formado um coágulo.
A atividade congênita do Fator IX é significativamente reduzida em pacientes com hemofilia B, resultando em tendência a sangramentos e risco de hemorragia severa. A terapia de reposição é, desta forma, necessária.
O fator de coagulação plasmático humano IX contido na preparação é um constituinte normal do plasma e age como o Fator IX endógeno. Os testes de toxicidade por dose única não normal do plasma e age como o Fator IX endógeno. Os testes de toxicidade por dose única não são relevantes, já que doses mais altas resultam em superdosagem.
Atenção especial tem sido voltada à segurança viral, a segurança é baseada na doação não- remunerada de sangue na Finlândia e consistente acompanhamento laboratorial, o que exclui a possibilidade de transmissão de doenças infecciosas, inclusive hepatite B, C e AIDS. O Fator Anti-hemofílico IX  é fabricado com plasma fresco coletado de doadores voluntários de sangue finlandeses. Cada unidade plasmática e o “pool” plasmático composto utilizados para o produto têm sido testados e encontrados negativos para HBsAg, anti-HIV-1, anti-HIV-2 e anti-HCV. O processo de fabricação de Fator Anti-hemofílico IX  inclui métodos para a eliminação e inativação de vírus utilizando tratamento químico com reagentes S/D (TNBP/ Tween 80) e remoção de vírus por filtração através de filtro de 15 nm. Acredita-se que o tratamento de eliminação viral S/D elimine o risco de transmissão de todos os vírus com invólucros, como HIV e os vírus da hepatite B e C. A filtração de vírus remove efetivamente também vírus sem invólucro.

Indicações: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Tratamento e prolifaxia da hemorragia em:
·    · Pacientes com hemofilia B (deficiência congênita do fator IX);
·    Deficiência adquirida do Fator IX.

Contra-indicações: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Não há contra- indicações absolutas.

Advertências e Precauções Especiais de Uso: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Aconselha- se precaução em pacientes com reações alérgicas conhecidas a qualquer constituinte da preparação. Se uma reação alérgica ou anafilática ocorrer, deve-se descontinuar imediatamente a administração da preparação. Os procedimentos usuais devem ser seguidos para o tratamento de choque.De acordo com a literatura, o uso de preparações de Fator IX com baixa pureza (Concentrados de complexos de protrombina = PCC) está associado, em certas circunstâncias, com risco de trombose ou coagulação intravascular disseminada. Pacientes que receberam preparações à base de Fator IX devem ser observados estritamente quanto a sinais ou sintomas de coagulação intravascular ou trombose. Devido à possibilidade de complicações tromboembolíticas, deve- se ter precaução ao administrar preparações à base de Fator IX a pacientes com histórico de doença cardíaca coronariana ou infarto do miocárdio, com problemas hepáticos, a pacientes em período pós-operatório, a neonatos ou a pacientes suscetíveis a fenômenos tromboembolíticos ou coagulação intravascular disseminada. Em cada uma dessas situações, os benefícios do tratamento com a formulação de Fator IX deve ser avaliado em relação à possibilidade destas complicações.
Há evidências de que o risco de trombogênese associado a preparações com Fator IX purificado, tais como o Fator Anti- hemofílico IX , é significantemente mais baixo que o associado àqueles de concentrados de complexos de protrombina.
Como o Fator Anti- hemofílico IX  é uma preparação purificada de Fator IX, ele não corrige as deficiências de alguns fatores de coagulação causadas pela superdosagem de anticoagulantes orais e não serve à monoterapia para o tratamento da hemorragia resultante de tal superdosagem.
Se a reposta clínica ou mensurada produzida pelo produto decrescer, deve- se determinar os níveis plasmáticos de inibidor.

Interações medicamentosas: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Não são conhecidas interações entre a preparação de Fator IX e outras drogas in vivo. Contudo, é provável incompatibilidade in vitro entre soluções de infusão e outros fatores de coagulação administrados durante procedimentos cirúrgicos. Principalmente as soluções de infusão contendo medicamentos.

Efeitos indesejáveis: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Reações alérgicas ou anafiláticas são observadas em raros casos. Aumento na temperatura corpórea é observado em raros casos.
O desenvolvimento de anticorpos ao Fator IX tem sido relatado na literatura como um fenômeno raro.
O tratamento com preparações de Fator IX está associado à possibilidade de complicações tromboembolíticas.
Não foram observados efeitos adversos em nenhum dos cinco pacientes com hemofilia B severa em um ensaio clínico com o Fator Antihemofílico IX .

Reações alérgicas e desenvolvimento de inibidores: Reações alérgicas e anafiláticas associadas com produtos de Fator IX são raras. A ocorrência de inibidores é também rara.

POSOLOGIA: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

A dose e a duração da terapia de substituição dependem da severidade do problema de coagulação, da localização e extensão do sangramento e da condição clínica do paciente.
Uma unidade de atividade de Fator IX é equivalente à quantidade de Fator IX presente em 1,0 ml de plasma humano normal.
O cálculo da dose terapêutica requerida de Fator IX é baseada na observação de ensaios clínicos em que uma UI de Fator IX por kg de peso corpóreo aumenta a atividade plasmática de Fator IX em cerca de 1% do normal. A dose requerida é determinada utilizando- se a seguinte fórmula:

Dose inicial: Unidades requeridas = peso corpóreo (kg) x aumento desejado de Fator IX (%) x 1
Em um ensaio clínico com Fator Anti- hemofílico IX  realizado em 5 pacientes com hemofilia B, uma UI do Fator IX contida no produto, por kg de peso corpóreo aumenta a atividade plasmática do Fator IX em cerca de 1,4% (entre 1,3 e 1,7%). Para garantir a segurança durante o uso, contudo, e devido ao limitado número de pacientes estudados, as dosagens do Fator Anti-hemofílico IX  abaixo recomendadas são baseadas na fórmula comumente utilizadas para o cálculo da dose inicial.

IMPORTANTE:
A dose e a frequência de administração devem sempre ser ajustadas individualmente de acordo com o caso do paciente e resposta clínica.

Tratamento de hemorragia Em casos recentes de hemorragias menores, uma dose única é comumente suficiente. Em outros casos, uma segunda dose pode ser administrada após 12 horas. Hemorragia severa requer algumas doses, administradas em intervalos de aproximadamente 12 horas. No tratamento de manutenção a dose é normalmente dois terços da dose inicial. A terapia de substituição deve ser mantida até que o sangramento tenha cessado ou a ferida cicatrizada adequadamente.

Tipo de hemorragia    Atividade plasmática desejada de fator ix (% do normal)    Dose inicial (ui/kg)    Período médio de tratamento    
Hemorragias menores: Hemorragia recente nas juntas, sangramento nasal, gengival e hematúria branda.     20 – 30     25     Esta dose produz níveis suficientes para hemostase por cerca de 12 horas. A dose única é normalmente suficiente.     
Hemorragias maiores: Hemorragia prolongada nas juntas, hemorragia nos músculos, traumatismo leve, hematúria maior, hemoptise branda, hematêmese ou melena e hemorragia na cavidade oral.     30 – 50    40    Dois dias ou até a cicatrização adequada da ferida.    
Hemorragia severa: Hemorragia intracraniana, intra- abdominal e intratorácica, traumatismo maior, hemoptise severa e hematêmese ou melena.     60 – 80    70    Três a quatro dias ou até a cicatrização adequada da ferida.    
Tratamento de intervenções cirúrgicas A resposta ao tratamento com Fator IX deve ser confirmada antes da cirúrgica e a cirurgia escolhida deve ser realizada em colaboração com um especialista em coagulação sanguínea. Dependendo do tipo de operação, o tratamento deve ser continuado por uma ou duas semanas. As doses utilizadas na terapia de manutenção devem ser determinadas com base nas quantidades plasmáticas de fator IX e consultando- se um especialista em coagulação sanguínea.
Tipo de operação    Atividade pré- operatória desejada de fator ix (% do normal)    Dose (ui/kg)    Tratamento pós-operatório     Cirurgias menores, extração de dente     40 – 60     50    Baseado no monitoramento do Fator IX; consulta com um especialista em coagulação sanguínea    
Cirurgias maiores     60 – 80     70    Baseado no monitoramento do Fator IX; consulta com um especialista em coagulação sanguínea    
Para a profilaxia durante longos períodos contra sangramento em pacientes com hemofilia B severa, doses de 20- 30 UI por kg de peso corpóreo devem ser administradas em intervalos de 3 a 4 dias.
Em hemofílicos com anticorpos contra Fator IX (inibidores), uma preparação denominada complexo ativado de protrombina é o tratamento de escolha. Sangramentos perigosos devem ser tratados com altas doses de Fator IX, possivelmente após a redução inicial das concentrações de anticorpos através de plasmaférese, ou uma preparação de recombinante Fator VII ativado pode ser utilizada.

Método de administração – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Dissolver a preparação conforme descrito e injetar lenta e endovenosamente. A velocidade máxima recomendada é de 1- 2 ml/minuto.

Superdosagem: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

O uso de concentrados de complexos de protrombina (PCC) contendo altas doses de Fator IX tem sido associado a episódios de infarto do miocárdio, coagulação intravascular disseminada, trombose venosa e embolia pulmonar. Em casos de superdosagem, a possibilidade complicações tromboembolíticas ou coagulação intravascular disseminada é,  assim, maior em pacientes com suscetibilidade preexistente a estas complicações.

Cuidados de conservação:Conservar o produto entre 2º e 8ºC. Não congelar.
A preparação pode ser armazenada em temperatura ambiente (abaixo de 25º C) por dois meses, por exemplo durante uma viagem, sem que sua eficácia seja prejudicada.

INSTRUÇÕES DE USO: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

O pó para injeção Fator Anti- hemofílico IX  deve ser diluído com a água estéril fornecida, em temperatura ambiente, utilizando-se uma agulha de dupla extremidade. O pó normalmente dissolve-se em um minuto e em não mais de 5 minutos. Após a dissolução, aspire a solução em uma seringa através da agulha-filtro fornecida. Remova a agulha-filtro e administre a solução por via endovenosa utilizando o tubo para injeção.
A solução reconstituída deve ser utilizada imediatamente após a dissolução do pó para injeção. Qualquer porção não utilizada deve ser descartada. A solução reconstituída é límpida e ligeiramente opalescente. Soluções túrbidas não devem ser utilizadas.
A preparação não deve ser utilizada após haver expirado a data de validade indicada na embalagem.

Incompatibilidades: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

Não se deve misturar outras soluções ou medicamentos com Fator Anti- hemofílico IX .Apenas soluções de glicose e eletrólitos límpidas devem ser infusas concomitantemente na mesma veia.

Reconstituição: – FATOR ANTI-HEMOFÍLICO IX

 1.    Antes da reconstituição, os frascos de pó para injeção e diluente devem estar em temperatura ambiente.
2.    Remova os lacres dos frascos de forma que as tampas de borracha fiquem expostas. Desinfete as tampas dos dois frascos.
3.    Remova o protetor de extremidades da agulha de dupla extremidade e insira a agulha no frasco de diluente até a base da agulha. Remova o outro protetor, vire o frasco de diluente para baixo e insira a agulha através da tampa do frasco de pó para injeção. O vácuo levará o diluente para dentro do frasco de pó para injeção. (Fig. 1)
4.    Desconecte o frasco de diluente e, posteriormente, a agulha do frasco de pó para injetáveis. (Fig. 2).
5.    Gire suavemente o frasco de pó para injetáveis em movimentos circulares a um ângulo de 45º para misturar os conteúdos. Evite sacudir pois pode causar formação de agregados de proteínas parecidos com flocos. (Fig. 3).
6.    Verifique se o pó para injetáveis foi dissolvido. Pode permanecer alguma espuma na superfície da solução. A reconstituição normalmente leva 1 minuto, e em nenhum caso mais de 5 minutos. A solução deve ser utilizada imediatamente após a reconstituição.

FILTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA
 
7.    Desinfete a tampa de Fator Anti- hemofílico IX  novamente.
8.    Conecte o filtro à seringa e insira através da tampa do frasco de Fator Anti- hemofílico IX .
9.    Vire o frasco para baixo e transfira toda a solução para seringa. (Fig. 4).
10.    Remova o filtro da seringa.
11.    Proceda à venopunção utilizando uma agulha, deixe que o tubo de plástico preencha- se com sangue e conecte a seringa ao tubo.
12.    Injete a solução de Fator Anti- hemofílico IX  na veia. Segure o êmbolo da seringa de forma que não permaneça ar dentro da seringa. (Fig. 5).

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS. Lote, Data de fabricação e de Vencimento: vide cartucho.

LABORATÓRIO

GRIFOLS

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