Princípio ativo: cloridrato de mitoxantrona

Evomixan®
Cloridrato de Mitoxantrona 20mg

Solução injetável

APRESENTAÇÃO:
20 mg Cartucho com 1 frasco-ampola com 10 ml (2 mg/ml).

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola contém:
mitoxantrona (equivalente a 23,28 mg de cloridrato de mitoxantrona)……… 20 mg
Veículo (acetato de sódio, ácido acético, cloreto de sódio, metabissulfito de sódio e água para injeção) q.s.p. 10 ml

INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Uso restrito a hospitais ou ambulatórios e clínicas especializadas. Informações sobre o tratamento, indicação, contra-indicações e duração do tratamento deverão ser fornecidas pelo médico assistente conforme necessário. Deve ser manuseado somente por pessoal treinado e em condições apropriadas para manipulação de citostáticos. Informe ao seu médico o aparecimento de reações indesejáveis. As mais comuns são náuseas, vômitos, sintomas semelhantes ao da gripe, febre, dor no corpo. Outras reações podem ocorrer, e somente seu médico poderá lhe orientar adequadamente sobre como proceder. Cuidados de armazenamento: conservar em geladeira, entre 2 e 8 °C, protegido da luz. Prazo de validade: o prazo de validade do produto, quando conservado nas condições acima, é de 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem externa.

NÃO USE MEDICAMENTOS COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER CONSERVADO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

INFORMAÇÃO TÉCNICA
MITOXANTRONA, uma antracenediona sintética, é um potente agente antineoplásico. Nome químico: Dicloridrato 1,4-diidroxi 5,8-bis (2(2-hidroxietil)amino)-etilamino-9, 10-antracenediona. Farmacologia: Embora seu mecanismo de ação não tenha sido determinado, mitoxantrona é um agente DNA-reativo. Apresenta efeito citocida sobre células humanas cultivadas, proliferantes ou não, o que sugere uma atividade contra neoplasias de rápida proliferação e lento crescimento. Farmacocinética: Após administração endovenosa de mitoxantrona, os pacientes demonstraram uma rápida depuração plasmática, longa meia-vida de eliminação e persistentes concentrações tissulares. Apenas 20-32% da dose administrada foram excretados nos primeiros 5 dias após a administração da dose (6-11% na urina e 13-25% nas fezes). Aproximadamente dois terços da excreção ocorreram durante o primeiro dia. Estudos de farmacocinética animal em ratos, cães e macacos que receberam mitoxantrona marcada por elementos radioativos indicam uma rápida distribuição, proporcional à dose em muitos tecidos. A mitoxantrona não atravessa a barreira hematoencefálica em grau apreciável, e a sua distribuição para os testículos é mínima. Em ratas grávidas, a placenta é uma barreira eficaz. A concentração plasmática diminui rapidamente durante as duas primeiras horas e, daí em diante, lentamente. Dados obtidos em estudos com animais estabeleceram a excreção biliar como a principal via de eliminação. Em ratos, a meia-vida de eliminação tissular da radioatividade variou de 20 a 25 dias, em comparação com a meia-vida plasmática de 12 dias. A mitoxantrona não é absorvida significativamente em animais após a administração oral.

INDICAÇÕES:
Citostático para o tratamento de tumores avançados de mama, aparelho digestivo, órgãos sólidos e leucemias.

CONTRA-INDICAÇÕES:
Hipersensibilidade ao princípio ativo, gravidez, lactação, cardiopatias graves, discrasias sangüíneas, insuficiência hepática e renal grave e mielodepressão grave.

PRECAUÇÕES:
Hemogramas completos devem ser realizados seriadamente durante os períodos de tratamento. Podem ser necessários ajustes de dose baseados nesses hemogramas. Recomenda-se que mitoxantrona não seja misturada com outras drogas na mesma perfusão. Por produzir mielodepressão (vide reações adversas), mitoxantrona deve ser usada com cuidado em pacientes em mau estado geral ou com mielossupressão pré-existente. Têm sido relatados casos de alterações cardíacas funcionais, incluindo insuficiência cardíaca congestiva e reduções na fração de ejeção ventricular esquerda. Esses eventos cardíacos ocorreram quase que exclusivamente em pacientes submetidos anteriormente a um tratamento com antraciclinas ou à radioterapia mediastinal, ou com doenças cardíacas pré-existentes. A monitorização cardíaca é aconselhável nesses pacientes. Sugere-se que a monitorização cardíaca seja também realizada naqueles pacientes durante terapias que excedam 12 aplicações, pois a experiência com tratamentos prolongados é limitada. A mitoxantrona pode dar uma coloração azul esverdeada à urina durante 24 horas após a administração, devendo-se avisar os pacientes. A segurança do uso de mitoxantrona na gravidez não foi estabelecida. Não há nenhuma informação disponível a respeito da presença de mitoxantrona no leite de mulheres em fase de amamentação.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Recomenda-se que mitoxantrona não seja misturada com outras drogas na mesma infusão.

REAÇÕES ADVERSAS:
A mitoxantrona é clinicamente bem tolerada, demonstrando uma baixa incidência global de efeitos adversos, especialmente os de natureza grave, irreversíveis ou que acarretem risco de vida. Um certo grau de leucopenia deve ser esperado após as doses recomendadas. Entretanto, a supressão da contagem de leucócitos abaixo de 1.000 mm3 é rara. Com a aplicação das doses a cada 21 dias, a leucopenia geralmente é transitória, alcançando seu nadir cerca de 10 dias após a dose, com a recuperação geralmente ocorrendo por volta do 21º dia. Trombocitopenia pode ocorrer e anemia ocorre mais raramente. A mielossupressão pode ser mais grave e prolongada em pacientes submetidos anteriormente a uma extensa quimioterapia ou radioterapia e em pacientes debilitados. Os efeitos colaterais mais comumente encontrados são náuseas e vômitos, embora na maioria dos casos eles sejam leves (OMS Grau I) e transitórios. A alopecia pode ocorrer, mas é normalmente de mínima intensidade e reversível à cessação da terapia. Outros efeitos colaterais ocasionalmente relatados incluem anorexia, diarréia, dispnéia, fadiga e fraqueza, febre, sangramento gastrintestinal, estomatite/mucosite e efeitos colaterais neurológicos inespecíficos. Alterações em valores de exames laboratoriais têm sido observadas raramente, como, por exemplo, elevação dos níveis de enzimas hepáticas, elevação do nível sérico de creatinina e nitrogênio uréico sangüíneo (BUN). Os efeitos cardiovasculares, que só ocasionalmente são clinicamente significativos, incluem redução da fração de ejeção ventricular esquerda (determinada por ecocardiografia ou pelo MUGA), alterações do ECG e arritmias agudas. Insuficiência cardíaca congestiva tem sido relatada. Esses casos geralmente responderam bem ao tratamento com digitálicos e/ou diuréticos. Necrose tissular após extravasamento tem sido relatada raramente.

POSOLOGIA:
A dose inicial recomendada para o uso como agente único é de 14 mg/m2 de área de superfície corporal, dada como dose endovenosa única, e que pode ser repetida em intervalos de 21 dias. Uma dose inicial menor (12 mg/m2 ou menos) é recomendada em pacientes com reservas medulares inadequadas devido à terapia anterior ou a mau estado geral. A modificação da dose e o estabelecimento do tempo de aplicação das doses subseqüentes devem ser determinados pela avaliação clínica, dependendo do grau e da duração da mielossupressão. Se no 21° dia as contagens de leucócitos e plaquetas tiverem voltado a níveis adequados, as doses anteriores geralmente podem ser repetidas.
Orientação para a dose com base na mielossupressão:
* Nadir* da contagem de leucócitos maior que 1.500 e nadir de plaquetas maior que 50.000, tempo para a recuperação: menor/igual 21 dias; dose subseqüente: repetir dose anterior ou aumentar em 2 mg/m2 se a mielossupressão não for muito acentuada.
* Nadir da contagem de leucócitos menor que 1.500 ou nadir de plaquetas menor que 50.000: qualquer duração; dose subseqüente: diminuir 2 mg/m2 da dose anterior após a recuperação.
* Nadir da contagem de leucócitos menor que 1.000 ou nadir de plaquetas menor que 25.000, tempo para a recuperação: qualquer duração; dose subseqüente: diminuir 4 mg/m2 da dose anterior após a recuperação.
Embora nenhum efeito grave tenha sido relatado quando mitoxantrona é usada em combinação com outras terapias antineoplásicas, os dados são limitados; por isso, mitoxantrona em terapia combinada deve ser usada com cautela até que se obtenha maior experiência. Como guia, quando usada em quimioterapia combinada com outro agente mielossupressor, a dose inicial de mitoxantrona deve ser reduzida para 2-4 mg/m2. Doses subseqüentes dependem do grau e da duração da mielossupressão.
Administração endovenosa: A solução de mitoxantrona deve ser diluída em, ao menos, 50 ml, com cloreto de sódio para injeção ou com glicose a 5% para injeção. Essa solução obtida deve ser introduzida lentamente, numa perfusão venosa de gotejamento livre com solução de cloreto de sódio para injeção, durante não menos de 3 minutos. Caso ocorra um extravasamento, a administração deve ser interrompida imediatamente e reiniciada em outra veia. As propriedades não vesicantes de mitoxantrona reduzem ao mínimo a possibilidade de necrose tissular local, celulite ou vesificação após extravasamento. Uma coloração azul transitória dos tecidos pode ocorrer se a droga for extravasada. A solução parenteral de mitoxantrona é auto-preservável. Com técnicas assépticas adequadas, alíquotas da solução podem ser retiradas do frasco-ampola por um período de 7 dias.

CONDUTA NA SUPERDOSAGEM:
Não há nenhum antídoto específico conhecido para a mitoxantrona. Toxicidade hematopoiética, gastrintestinal, hepática ou renal podem ser observadas, dependendo da dose administrada e das condições físicas do paciente. Nos casos de doses excessivas, o paciente deve ser assistido e o tratamento deve ser sintomático e de apoio.

CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO:
Deve-se tomar cuidado e evitar o contato de mitoxantrona com a pele, membranas mucosas ou os olhos. O uso de óculos, luvas e roupas protetoras é recomendado durante a preparação e a administração. Mitoxantrona pode manchar. A pele acidentalmente exposta à mitoxantrona deve ser lavada cuidadosamente com água morna e, se os olhos forem afetados, devem ser usadas técnicas padronizadas de lavagem. Recomenda-se não misturar com outras drogas na mesma infusão. Após a preparação da infusão, as soluções de mitoxantrona mantêm-se estáveis por 48 horas. A porção não usada de mitoxantrona deve ser descartada após 48 horas. Equipamentos e derrames em superfícies ambientais podem ser limpos usando-se uma solução aquosa de hipoclorito de cálcio (5,5 partes de hipoclorito de cálcio em 13 partes por peso de água para cada parte por peso de mitoxantrona). Deve-se absorver a solução restante com gaze ou toalhas e descartá-las de modo seguro. Equipamento de segurança apropriado, como óculos e luvas, deve ser usado ao se lidar com soluções de hipoclorito de cálcio. (* Nadir = o ponto mais baixo, onde ocorre a maior mielodepressão).

USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

N.º lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.
MS nº 1.5980.0013

Resp. Tec. Farm. Dra. Liz Helena G. Afonso
CRF-SPn° 8182

Fabricado por: FARMACO URUGUAYO S.A.
Montevidéu – Uruguai.

Importado e distribuído por:
Evolabis Produtos Farmacêuticos Ltda.
R. Urussuí, 92 – 10º andar, conj. 101 a 104
São Paulo – SP
CNPJ: 05.042.410/0001-19
Indústria Brasileira

®Marca Registrada de
Evolabis Produtos Farmacêuticos Ltda.

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