Princípio ativo: dacarbazina
Evodazin®
DACARBAZINA
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Pó Liófilizado Injetável Intravenoso. Embalagem contendo 1 frasco ampola nas apresentações Evodazin® 100 mg e Evodazin® 200 mg.
USO PEDIÁTRICO OU ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de Evodazin® 100 mg contém:
dacarbazina …….100 mg
Excipientes (ácido cítrico, manitol)
q.s.p……1 Frasco-ampola
Cada frasco-ampola de Evodazin® 200 mg contém:
dacarbazina …….200 mg
Excipientes (ácido cítrico, manitol)
q.s.p……1 Frasco-ampola
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Uso restrito a hospitais ou ambulatórios e clínicas especializadas.
Informações sobre o tratamento, indicação, contra-indicações e duração do tratamento deverão ser fornecidas pelo médico assistente conforme necessário.
Deve ser manuseado somente por pessoal treinado e em condições apropriadas para manipulação de citostáticos.
Informe ao seu médico o aparecimento de reações indesejáveis. As mais comuns são náuseas, vômitos, sintomas semelhantes ao da gripe, febre, dor no corpo. Mas outras reações podem ocorrer, e somente seu médico poderá lhe orientar adequadamente sobre como proceder.
Cuidados de armazenamento: conservar em geladeira, entre 2 e 8 °C, protegido da luz.
Prazo de validade: o prazo de validade do produto, quando conservado nas condições acima, é de 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem externa.
NÃO USE MEDICAMENTOS COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER CONSERVADO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS: Evodazin® (dacarbazina) é um agente antineoplásico descrito quimicamente como 5-(3,3-dimetil-l-triazeno)-imidazol-4-carboxamido (DTIC). É o mais importante dos derivados triazeno-imidazólicos. Embora o mecanismo de ação não esteja totalmente esclarecido, age possivelmente por inibição da síntese de ADN por ação como um análogo de purina, ou como agente alquilante, não específico de nenhuma fase do ciclo de divisão celular. É possível também que interfira com os grupos SH.
Após administração intravenosa de Evodazin®, a dacarbazina é rapidamente distribuída. O desaparecimento do plasma é bifásico, com meia vida plasmática inicial de aproximadamente 20 min e meia vida terminal de aproximadamente 5 horas. O volume de distribuição é maior que o conteúdo total de água corpórea, sugerindo a localização em alguns tecidos, provavelmente no fígado, principalmente. Apenas 5% liga-se às proteínas plasmáticas. Atravessa a barreira hematoencefálica de forma limitada, com concentrações em torno de 14% da plasmática no fluido cerebroespinal. A dacarbazina é extensivamente metabolizada no fígado. O maior metabólito parece ser o 5-aminoimidazol-4-carboxamida (AIC). Aproximadamente metade da dose é excretada inalterada na urina por secreção tubular.
RESULTADOS DE EFICÁCIA: Melanoma: a taxa de resposta da dacarbazina quando administrada isoladamente é de 20 a 25% nos estudos de Fase II. Os tratamentos de combinação não aumentam de forma significativa este percentual de atividade. Tratamentos intra arteriais com altas doses de dacarbazina foram utilizados com alguns resultados interessantes. A combinação com Interferon alfa 2 b pode melhorar a taxa de resposta. Hodgkin: a dacarbazina integra o protocolo ABVD para o tratamento desta enfermidade. Sarcomas de tecidos moles: Segundo os resultados de Gottlieb et al. a dacarbazina se usa no protocolo amplamente usado CYVADIC, ou em combinações tipo doxorrubicina/ dacarbazina. Outros usos incluem neuroblastomas em crianças e tumores bronquiais.
INDICAÇÕES: Evodazin® (dacarbazina) está indicado para o tratamento de melanoma maligno metastático. É também útil para pacientes com linfoma de Hodgkin, como terapia de segunda linha, quando em combinação com outros agentes eficazes.
CONTRA-INDICAÇÕES: O produto é contra indicado a pacientes com hipersensibilidade à dacarbazina e aos demais componentes da formulação.
PRECAUÇÕES: A depressão hematopoiética é a manifestação tóxica mais comum com a dacarbazina, e envolve primariamente os leucócitos e as plaquetas, embora possa também ocorrer anemia. A leucopenia e trombocitopenia podem ser suficientemente severas para causar a morte. Uma possível depressão da medula óssea requer monitorização cuidadosa dos níveis sanguíneos da série branca, células vermelhas e plaquetas. A toxicidade hematopoiética pode justificar a suspensão temporária ou até mesmo interrupção da terapia com Evodazin®. A toxicidade hepática acompanhada por trombose da veia hepática e necrose hepatocelular, resultando em óbito, foi relatada. A incidência de tais reações foi baixa, acometendo aproximadamente 0,01% dos pacientes tratados. Esta toxicidade foi observada principalmente quando a dacarbazina foi administrada concomitantemente com outras drogas antineoplásicas. Entretanto, foi também relatada em alguns pacientes tratados somente com dacarbazina. Pode ocorrer anafilaxia com o uso de Evodazin®. Hospitalização não é sempre necessária, porém estudos laboratoriais adequados devem estar disponíveis. O extravasamento subcutâneo da droga durante administração intravenosa pode resultar em dano ao tecido com dor severa. Dor local, sensação de ardência e irritação no local da injeção podem ser aliviados por aplicação local de compressa quente. A carcinogenicidade da dacarbazina foi estudada em ratos e camundongos. Lesões endocárdicas proliferativas, incluindo fibrocarcinomas e sarcomas, foram induzidas pela dacarbazina em ratos. Em camundongos, a administração da dacarbazina resultou na ocorrência de angiosarcomas do baço.
MODO DE USAR: Preparo da solução: no momento do uso, reconstituir o pó liofilizado com a quantidade de água para injetáveis (10 ou 20 ml) indicadas no rótulo de Evodazin® 100 ou Evodazin® 200 mg. Deverá resultar em uma solução límpida e incolor contendo 10 mg de dacarbazina/ml. Via de administração: intravenosa ou intra arterial em perfusão. Forma de administração: a solução reconstituída pode ser diluída em soro glicosado a 5% ou soro fisiológico. A dacarbazina pode ser administrada como injeção intravenosa ou mediante perfusão intravenosa em 250 ml de soro glicosado a 5% infundida em 15 a 30 min. Após reconstituição e antes do uso, a solução no frasco pode ser estocada entre 4° e 8 °C (geladeira) por até 72 horas ou em temperatura de até 25 °C por até 8 horas. Se a solução reconstituída for posteriormente diluída em soro glicosado a 5% ou em soro fisiológico a 0,9%, a solução resultante pode ser estocada entre 4° e 8 °C (geladeira) por até 24 horas ou por até 4 horas a 25 °C com luz difusa. Deve-se adotar os procedimentos e equipamentos de proteção adequados para o manuseio de drogas oncológicas.
POSOLOGIA: Melanoma maligno: a dosagem recomendada é de 2 a 4,5 mg/kg/dia I.V. por 10 dias. O tratamento pode ser repetido em intervalos de 4 semanas. Uma dosagem alternativa recomendada é de 250 mg/m2 dia I.V. por 5 dias. O tratamento pode ser repetido a cada 3 semanas. Doença de Hodgkin: A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da doença de Hodgkin é 150 mg/m2 por 5 dias, em combinação com outras drogas eficazes. O tratamento pode ser repetido a cada 4 semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é 375 mg/m2 em 1 dia, em combinação com outras drogas eficazes, repetir a cada 15 dias. Os frascos-ampola de 100 mg e 200 mg devem ser reconstituídos com 9,9 ml e 19,7 ml de água para injeção USP. A solução resultante contém 10 mg/ml de dacarbazina com pH de 3 a 4. A dose calculada da solução é retirada com uma seringa e administrada somente por via endovenosa. A solução reconstituída pode ser diluída posteriormente com soro glicosado a 5% ou soro fisiológico a 0,9% e administrado como uma infusão I.V. Atenção: este medicamento não é um genérico, portanto, não é um substituto de um outro medicamento que tenha o mesmo fármaco.
ADVERTÊNCIAS: Recomenda-se que Evodazin® seja administrado sob supervisão de médico qualificado com experiência no uso de agentes de quimioterapia do câncer. Tendo em vista a toxicidade inerente a esta classe de produtos, o médico deve avaliar o benefício terapêutico contra a toxicidade.
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E RENAL: A dacarbazina deve ser administrada com cuidado em insuficiência hepática e renal, considerando-se inclusive redução da dose. É necessária monitorização hematológica durante a terapia.
USO NA GRAVIDEZ: A dacarbazina demonstrou ser teratogênica em ratos quando administrada em doses 20 vezes a dose diária humana no 12° dia de gestação. A dacarbazina quando administrada em doses 10 vezes superiores à humana em ratos machos (2 vezes por semana por 9 semanas) não afetou a libido, contudo as fêmeas acasaladas tiveram maior incidência de reabsorção que os controles. Em coelhos, doses diárias de dacarbazina, 7 vezes a dose diária humana administrada nos 6° – 15° dias de gestação resultaram em anormalidades no esqueleto do feto. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A dacarbazina só deve ser usada durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial para o feto. Não se sabe se dacarbazina é excretada no leite materno. Considerando-se o potencial para a produção de tumores em animais demonstrado pela dacarbazina, deve-se ponderar o benefício amamentação x suspensão da terapia, levando em conta a importância do tratamento para a mãe.
PACIENTES IDOSOS: Evodazin® pode ser utilizado por pacientes acima de 65 anos de idade, desde que observadas as precauções comuns ao produto.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Existem relatos que a dacarbazina, bem como outros antineoplásicos, pode afetar o comportamento de várias drogas, incluindo: digoxina, anticoagulantes orais, fenitoína, suxametônio, diminuição de resposta a vacinas. A dacarbazina reduz os efeitos da levodopa.
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS: As reações tóxicas mais freqüentemente observadas são sintomas de anorexia, náusea e vômito. Mais de 90% dos pacientes foram afetados com doses iniciais baixas. Os vômitos persistem por 1 a 12 h e podem ser atenuados com fenobarbital e/ou proclorperazina. Raramente houve a necessidade de descontinuação da terapia por náuseas e vômitos. A ocorrência de casos de diabetes é muito rara. Algumas sugestões incluem restrição a alimentos por 4 a 6 h, antes da administração de Evodazin®. Esta toxicidade gastrointestinal é de origem central, sendo máxima no primeiro dia de tratamento, diminuindo significativamente nos dias subseqüentes. Outras manifestações incluem sintomas gripais, com mal estar, mialgia, fraqueza e febre até 40° C. Estes sintomas ocorrem em aproximadamente 2% dos pacientes, geralmente após doses altas, podendo persistir por vários dias. A depressão da medula óssea afeta principalmente os leucócitos e plaquetas. Pode ser severa e uma ameaça à vida em altas doses. Utilizando-se a dose média de 250 mg/m2 por dia por 5 dias, mais de 95% dos pacientes tem uma contagem leucocitária superior a 3000/µl e plaquetas acima de 50000/µl. O nadir pode se alcançar mais tarde do que com outros agentes alquilantes, por volta do dia 21, com recuperação em torno do dia 35. A toxicidade crônica no homem consiste em disfunção renal e dano hepático, que não são freqüentes. O extravasamento da droga durante a infusão intravenosa pode causar dor e dano tissular. A alopecia é leve. Deve-se ter em consideração os possíveis efeitos carcinogênicos e teratogênicos da dacarbazina. Depois da administração da dacarbazina isolada ou em combinação, foi descrita a ocorrência de enfermidade veno oclusiva ou da síndrome de Buss-Chiari. Estas complicações ocorrem principalmente nos tratamentos de condicionamento para transplantes alogênicos ou autólogos de medula óssea. Eritemas e exantemas urticariformes foram observados com pouca freqüência após a administração de Evodazin®. Raramente pode ocorrer reação de fotossensibilidade.
SUPERDOSE: Tratamento de suporte e monitorização da contagem das células sanguíneas.
ARMAZENAGEM: Manter o produto em sua embalagem original, em temperatura entre 4 a 8 °C (geladeira) ao abrigo da luz. As condições de armazenagem após reconstituição encontram-se descritas no item Modo de Usar.
USO RESTRITO A HOSPITAIS – VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
N.º lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.
MS nº 1.5980.0004
Resp. Tec. Farm. Dra. Liz Helena G. Afonso
CRF-SPn° 8182
Fabricado por:
FARMACO URUGUAYO S.A.
Montevidéu – Uruguai.
Importado e distribuído por:
Evolabis Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Urussuí, 92 conj. 101 a 104
São Paulo – SP
CNPJ: 05.042.410/0001-19 Indústria Brasileira
®Marca Registrada de
Evolabis Produtos Farmacêuticos Ltda.