Princípio ativo: etoposídeo
PARTE I
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
Nome: Eunades® CS
Nome genérico: etoposídeo
Forma farmacêutica e apresentações:
Eunades® CS solução estéril 20 mg/mL em embalagem contendo 10 frascos-ampola de 5mL (100 mg).
USO ADULTO
USO INJETÁVEL POR INFUSÃO INTRAVENOSA LENTA
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
Composição:
Cada frasco-ampola de Eunades® CS solução estéril, contém 100 mg de etoposídeo em 5mL de solução; cada mL de solução contém 20 mg de etoposídeo.
Excipientes: polissorbato 80, ácido cítrico anidro, macrogol 300 e etanol absoluto.
Eunades® CS (etoposídeo)
PARTE II
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, comemprego específico em neoplasias malignas e deve ser manipulado apenas porpessoal treinado. As informações ao paciente serão fornecidas pelo médicoassistente, conforme necessário.
Eunades® CS (etoposídeo) deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de25°C), protegido da luz. As soluções diluídas a 0,4 mg/mL em glicose a 5% ou cloretode sódio a 0,9% são estáveis durante 24 horas, desde que conservadas atemperaturas entre 2°C e 8°C. O medicamento é de uso único e qualquer solução nãoutilizada deve ser devidamente descartada.
O prazo de validade está indicado na embalagem externa do produto. Não usemedicamento com o prazo de validade vencido, pode ser perigoso para a saúde.
PARTE III
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O etoposídeo é um agente antineoplásico, derivado semi-sintético da podofilotoxina.Eunades® CS (etoposídeo) é uma solução estéril, amarelada, com pH entre 3,0 e 4,0, edeve ser administrada por infusão intravenosa lenta.
O mecanismo de ação do etoposídeo não é exatamente conhecido; no entanto, estefármaco parece produzir efeitos citotóxicos que causam alterações do DNA, inibindo assimou alterando a síntese do DNA. O etoposídeo parece ser dependente do ciclo celular e dafase cíclica específica, induzindo a suspensão da fase G2 e destruindo preferencialmente ascélulas dessa fase e de fases S tardias. Ao contrário da podofilotoxina, o etoposídeo nãointerfere no conjunto microtubular. Foram observadas duas respostas dose-dependentesdiferentes. As concentrações elevadas (≥ 10 µg/mL) causam lise das células em início demitose. As baixas concentrações (0,3 a 10 µg/mL) inibem o início da prófase celular. Osdanos induzidos ao DNA pelo etoposídeo parecem estar relacionados com a citotoxicidadedo fármaco. O etoposídeo parece induzir, indiretamente, rupturas na fita única do DNA.
Propriedades Farmacocinéticas
Distribuição
Após a administração intravenosa do etoposídeo, os picos das concentrações plasmáticas eas curvas da concentração plasmática vs tempo (AUC) mostram uma variaçãointerindividual significativa. A distribuição do etoposídeo nos tecidos e fluidos corporais nãofoi completamente caracterizada. A administração intravenosa do etoposídeo leva a umarápida distribuição. O volume aparente de distribuição no estado de equilíbrio é, em média,de 20 a 28% do peso corporal, ou seja, 18-29 L ou 7-17 L/m2 nos adultos e 5-10 L/m2 nascrianças. Após a administração intravenosa, o etoposídeo é minimamente distribuído nofluido pleural, tendo sido detectado na saliva, fígado, baço, rins, miométrio, tecido cerebralsaudável e tecido neoplásico cerebral. Os estudos realizados sugerem uma distribuiçãomínima na bile. Desconhece-se se o etoposídeo é excretado no leite materno. Os estudosem animais demonstraram que o etoposídeo atravessa a placenta. O etoposídeo tempequena penetração no sistema nervoso central (SNC), com concentrações do fármaco nofluido cerebroespinal oscilando de valores indetectáveis até menos do que 5% dasconcentrações plasmáticas concomitantes. Dados limitados sugerem que o etoposídeo sedistribui mais rapidamente no tecido neoplásico cerebral do que no tecido cerebral saudável.As concentrações de etoposídeo se mostram mais elevadas no tecido pulmonar saudável doque em metástases pulmonares, mas aquelas detectadas nos tumores primários domiométrio foram semelhantes às encontradas no tecido saudável do miométrio.
In vitro, a ligação do etoposídeo às proteínas séricas é cerca de 94%, numa concentraçãode 10 µg/mL. Fenilbutazona, salicilato de sódio e ácido acetilsalicílico em concentraçõesterapêuticas deslocam in vivo o etoposídeo ligado às proteínas.
Biotransformação
Estudos in vitro sugerem que a ativação metabólica do etoposídeo por oxidação para oderivado orto-quinona pode desempenhar um papel essencial na sua atividade contra oDNA. A biotransformação é responsável por cerca de 66% da depuração não-renal do etoposídeo. Após a administração intravenosa ou oral do etoposídeo, o metabolismo eexcreção parecem ser idênticos.
Eliminação
Após a administração intravenosa, foi reportado um decréscimo bifásico das concentraçõesplasmáticas do etoposídeo; contudo, alguns dados indicam que o fármaco pode apresentaruma eliminação trifásica com prolongamento da fase terminal. Em adultos com funçõesrenal e hepática normais, a meia-vida média do fármaco é de 0,6 a 2 horas na fase inicial ede 5,3 a 10,8 horas na fase terminal. Em crianças com funções renal e hepática normais, ameia-vida média é de 0,6 a 1,4 horas na fase inicial e de 3 a 5,8 horas na fase terminal. Oetoposídeo e seus metabólitos são excretados principalmente pela urina; a excreção fecal évariável. Aproximadamente 40-60% de uma dose é excretada na urina como fármacoinalterado e metabólitos, dentro de 48-72 horas. A eliminação nas fezes varia entre menosde 2% a 16%, num período de 72 horas. O clearance plasmático total do etoposídeo foirelatado como variando de 19-28 mL/minuto/m2 nos adultos e 18-39 mL/minuto/m2 emcrianças com funções renal e hepática normais. O clearance renal representaaproximadamente 30-40% do clearance plasmático total. Pode ser necessário um ajusteposológico em pacientes com disfunção renal ou hepática.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
A DL50 intravenosa do etoposídeo foi de 220, 82 e 49 mg/kg em camundongos, ratos ecoelhos respectivamente. Em cães, a dose máxima não letal foi ≤ 20 mg/kg. Os principaisalvos após uma dose única foram o sistema hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal e ostestículos. Sinais leves de toxicidades hepática e renal foram observados em cães.
Os efeitos tóxicos após administrações parenterais repetidas de etoposídeo foraminvestigados em ratos e cães. Os principais alvos nessas espécies foram o sistemahemolinfopoiético, o trato gastrintestinal, a bexiga urinária e os órgãos reprodutivosmasculinos. Ao contrário do que se observa na toxicidade subaguda, nenhum efeito graveno trato gastrintestinal foi observado após uso crônico de doses. A maioria das alteraçõesregrediu durante o período de recuperação, com exceção daquelas detectadas no tratogenitourinário.
Etoposídeo foi genotóxico em testes realizados in vitro e in vivo e tóxico aos órgãosreprodutivos masculinos. Apesar disso, a fertilidade não foi reduzida em ratos e etoposídeonão modificou os parâmetros gestacionais em ratas e coelhas, mesmo em doses que seprovaram consideravelmente tóxicas para mães e fetos em ambas espécies e causarammalformações e anormalidades em ratos. Nenhuma toxicidade de longo prazo foi observadana geração F1 e a geração F2 não pareceu ser afetada pelo tratamento. Não existem dadosdisponíveis de estudos em animais sobre a carcinogenicidade do fármaco, mas etoposídeo,como outros fármacos citotóxicos, deve ser considerado potencialmente carcinogênico. Ofármaco foi considerado destituído de qualquer potencial antigênico. Estudos específicos emcamundongos e ratos indicam que a administração de etoposídeo em qualquer cavidadecorporal revestida por membrana serosa deve ser evitada.
INDICAÇÕES
Eunades® CS (etoposídeo) está indicado para o tratamento de: – Carcinoma de pequenas células de pulmão – Leucemia aguda monocítica e mielomonocítica – Doença de Hodgkin – Linfoma não-Hodgkin – Tumores testiculares (em esquemas quimioterápicos combinados de primeira linha, com procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos adequados) e tumores testiculares refratários (em combinação com outros agentes quimioterápicos adequados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já tenham sofrido cirurgia adequada, tratamentoquimioterápico e radioterápico).
CONTRA-INDICAÇÕES
Eunades® CS (etoposídeo) não deve ser administrado a pacientes com disfunção hepáticagrave ou com hipersensibilidade ao etoposídeo ou a qualquer um dos componentes doproduto. Está também contra-indicado a pacientes com mielossupressão grave (contagemde leucócitos abaixo de 2.000/mm3 ou número de plaquetas inferior a 75.000/mm3) nãodevido a doença maligna.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÔES
Gerais
Eunades® CS (etoposídeo) deve ser administrado por pessoal experiente no uso dequimioterapia antineoplásica e apenas quando os benefícios potenciais da terapêutica cometoposídeo superarem os riscos envolvidos. A maioria das reações adversas é reversível sedetectada no início da ocorrência. Se ocorrerem reações graves, o fármaco deverá ter suadose reduzida ou suspensa. O restabelecimento da terapia com etoposídeo deverá serefetuado com cautela. Devem estar disponíveis os meios adequados para o controle deeventuais complicações que possam surgir.
Deve-se prevenir o paciente sobre a possibilidade de ocorrência de náuseas e alopeciareversível durante o tratamento com etoposídeo.
Foi reportada hiperuricemia na seqüência do primeiro período de tratamento cometoposídeo.
O etoposídeo não deve ser administrado por via intrapleural ou intraperitoneal, nem porinfusão intravenosa rápida. O etoposídeo deve ser administrado apenas por infusãointravenosa lenta (normalmente durante um período de 30 a 60 minutos), uma vez querelatou-se hipotensão como efeito adverso resultante de administração rápida da infusãointravenosa.
A mielossupressão pode aumentar o risco de septicemia. Se radioterapia e/ou quimioterapiafoi administrada previamente ao início do tratamento com Eunades® CS, um intervaloadequado deve ser proporcionado para permitir a recuperação da medula óssea. Se acontagem leucocitária cair abaixo de 2.000/mm3, o tratamento deve ser suspenso até que osníveis dos componentes do sangue tenham retornado a valores aceitáveis (plaquetas acimade 100.000/mm3 e leucócitos acima de 4.000/mm3). Isso acontece, geralmente, dentro de 10dias. Hemogramas de sangue periférico devem ser monitorados periodicamente.
As infecções bacterianas devem ser controladas antes do início do tratamento comEunades® CS.
O uso de etoposídeo deve ser feito com cautela em pacientes com história de varicela ouherpes zóster.
A ocorrência de leucemia aguda, que pode ocorrer com ou sem uma fase pré-leucêmica, foirelatada, raramente, em pacientes tratados com etoposídeo em associação a outrosmedicamentos antineoplásicos.
Eunades® CS também contém etanol como excipiente, o que pode constituir fator de riscoem pacientes portadores de doença renal, alcoolismo, epilepsia e em mulheres grávidas ecrianças.
Os pacientes tratados com etoposídeo devem ser cuidadosa e freqüentemente observadosdurante e após a terapia.
Toxicidade: o etoposídeo tem um baixo índice terapêutico e não é provável uma respostaterapêutica sem evidência de toxicidade.
Função Hematológica: deve ser freqüente e cuidadosamente monitorada durante e após aterapia com etoposídeo, uma vez que a toxicidade mais significativa associada aotratamento com o produto é a depressão da medula óssea, dose-limitante. Devem serrealizadas determinações sangüíneas (contagem de leucócitos com diferenciais, plaquetas ehemoglobina) antes do início da terapia com etoposídeo, em intervalos adequados durante operíodo de tratamento (ex: duas vezes por semana) e antes de cada tratamentosubseqüente com o produto. O tratamento com etoposídeo deve ser suspenso no caso decontagens plaquetárias inferiores a 50.000/mm3, contagem absoluta de neutrófilos inferior a500/mm3, ou se a contagem de glóbulos brancos for inferior a 3.000/ mm3.
Anafilaxia: o médico deve estar consciente da possibilidade de ocorrência de reaçõesanafiláticas, manifestadas por calafrios, febre, broncospasmo, taquicardia, dispnéia ehipotensão; sendo usualmente responsivas à interrupção da terapia e administração deagentes pressóricos, corticóides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conformeapropriado (vide "Reações Adversas"). O risco de hipotensão pode ser reduzido com oprolongamento do tempo de infusão (vide "Posologia e Administração").
Função Renal: uma vez que uma fração significativa do etoposídeo é excretada inalteradapela urina (cerca de 30% de uma dose intravenosa), pode ser necessário o ajusteposológico em pacientes com função renal prejudicada. Recomenda-se monitoramentodurante e após o tratamento com o fármaco de função renal e de uricemia.
Função Hepática: durante o tratamento com etoposídeo, a mielotoxicidade é mais provável emais grave em pacientes com disfunção hepática. Uma disfunção hepática grave contraindica o tratamento com etoposídeo, enquanto que uma disfunção leve a moderada exigeuma vigilância cuidadosa.
Distúrbio da Fertilidade: considerando seu potencial mutagênico, o fármaco poderia induzirdano cromossômico em espermatozóides humanos. Portanto, homens em tratamento comEunades® CS devem empregar medidas contraceptivas.
Uso em Crianças
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças. O polissorbato 80, um doscomponentes do excipiente do produto, foi associado a reações adversas graves emcrianças prematuras.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste da dose. Da mesma forma que com todos os pacientes sobtratamento com etoposídeo, a administração do produto em paciente com função renal ouhepática prejudicada deve ser feita com cautela.
Uso durante a Gravidez
O etoposídeo pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Em estudosrealizados em camundongos e ratos, o etoposídeo demonstrou ser teratogênico eembriotóxico, não sendo, portanto, recomendável sua administração a mulheres grávidas. Oetoposídeo não deve ser utilizado em mulheres em idade fértil a menos que os benefíciosesperados se sobreponham aos riscos da terapia, ou que seja utilizado um métodoanticoncepcional adequado. No caso da paciente engravidar durante o tratamento cometoposídeo, ela deverá ser advertida quanto ao risco potencial para o feto.
Uso durante a Lactação
É desconhecido se o etoposídeo é excretado no leite materno, portanto devido ao potencialdo etoposídeo provocar graves reações adversas no lactente, como medida de precaução, aamamentação deve ser descontinuada durante a terapia com o fármaco.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não ocorreram relatos de eventos adversos relacionados a efeitos do tratamento cometoposídeo na habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Extravasamento
Deve-se evitar extravasamento de Eunades® CS, uma vez que o fármaco provoca forteirritação dos tecidos vizinhos. No caso de extravasamento, deve-se suspenderimediatamente a administração e qualquer porção remanescente da dose deve seradministrada em outra veia. Devem ser seguidos os procedimentos usuais deextravasamento. O etoposídeo é um produto citotóxico e, por isso, devem ser tomadas asprecauções adequadas durante sua manipulação e preparo de soluções. Podem ocorrerreações da pele associadas com a exposição acidental ao produto. Eunades® CS deve seradministrado apenas por via intravenosa. Caso ocorra extravasamento (vide ?PrecauçõesEspeciais de utilização e Manipulação – Procedimentos em caso de Extravasamento?):
– Interrompa a infusão ao primeiro sinal de queimadura; – Injete corticosteróide (hidrocortisona) na região subcutânea ao redor da lesão; – Aplique pomada de hidrocortisona a 1% na área afetada até o eritema desaparecer; – Aplique curativo seco na área afetada por 24 horas.
Carcinogênese
Não foram conduzidos testes de carcinogenicidade com etoposídeo em animais delaboratório. Devido a seu mecanismo de ação, pode ser considerado um possívelcarcinógeno em seres humanos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Eunades® CS não deve ser fisicamente misturado com qualquer outro fármaco. A soluçãodeve ser inspecionada quanto à presença de partículas ou descoloração antes do uso.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações mais freqüentes:
Hematológico: mielossupressão é o principal e mais freqüente efeito adverso limitante dadose. A mielossupressão manifesta-se geralmente pela ocorrência de leucopenia,principalmente granulocitopenia. Anemia ocorre infreqüentemente. O nadir (efeitodeteriorante máximo) na contagem leucocitária ocorre aproximadamente 21 dias após otratamento. A trombocitopenia ocorre com menor freqüência. Pode também se manifestaranemia. Leucopenia e leucopenia grave (menos de 1000 leucócitos/mm3) foram observadasem 60 a 91% e em 7 a 17%, respectivamente, dos pacientes tratados com etoposídeo comoagente único. A mielossupressão não é cumulativa, mas pode ser mais grave em pacientespreviamente tratados com outros agentes antineoplásicos ou com radioterapia. A ocorrênciade leucemia aguda com ou sem fase pré-leucêmica tem sido raramente relatada empacientes tratados com etoposídeo em combinação com outros agentes antineoplásicos.
Gastrintestinal: náuseas e vômitos ocorrem freqüentemente e podem ser tratadossintomaticamente. Antieméticos são úteis no controle desses efeitos colaterais. Outrosefeitos infreqüentes incluem dor abdominal, diarréia, anorexia ,mucosite e esofagite, de levea grave. Foi reportada estomatite em 1-6% dos pacientes.
Alopecia: foi observada alopecia reversível algumas vezes progressiva até calvície total, ematé 66% dos pacientes. O grau de alopecia está relacionado com a dose.
Hipotensão: pode ocorrer hipotensão após administração intravenosa rápida, que pode serrevertida com a diminuição da velocidade de infusão do fármaco. Esta reação não foiassociada à toxicidade cardíaca ou a alterações eletrocardiográficas e não foi observadonenhum caso de hipotensão tardia. Para evitar esta reação, o etoposídeo deve seradministrado por infusão intravenosa lenta durante pelo menos 30 minutos. Se ocorrerhipotensão, esta normalmente responde à interrupção da infusão e a administração defluidos ou outra terapia de apoio deverá ser instituída. No reinício da infusão, aadministração deverá ser mais lenta.
Reações anafilactóides foram relatadas após a administração de etoposídeo. Taxas maisaltas de reações anafilactóides foram relatadas em crianças que receberam infusões emdoses mais altas do que aquelas recomendadas. Essas reações usualmente responderam àcessação da terapia e à administração de agentes pressóricos, corticóides, anti-histamínicosou expansores de volume, conforme apropriado.
Reações Menos Comuns:
Sistema Nervoso Central: foi reportada neuropatia periférica em um pequeno grupo depacientes tratados com etoposídeo (1-2%). Embora ainda não totalmente definido, supõe-seque o risco e/ou gravidade da neuropatia periférica aumenta quando o etoposídeo éadministrado concomitantemente com outros agentes potencialmente neurotóxicos, como avincristina.
Reações Alérgicas: foram reportadas reações do tipo anafilático, durante ou após a administração de etoposídeo, caracterizadas por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispnéia e hipotensão. Estas reações são, de forma geral, rapidamente reversíveis quando se suspende a infusão e se procede à administração adequada de agentes vasoconstritores, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume. Observou-se uma reação aguda fatal associada a broncoespasmo. Foram também relatadas hipertensão e/ou rubor facial; no entanto, a pressão sangüínea geralmente retoma os níveis normais poucas horas após o término da infusão. Registra-se altas taxas de choque anafilático em crianças que recebem infusões com concentrações mais altas do que a recomendada. A influência da concentração ou velocidade de infusão no desenvolvimento de reações anafiláticas é incerta. Reações do tipo anafilático podem ocorrer com a dose inicial de etoposídeo. Tem sido descrita apnéia, com retomada espontânea da respiraçãoapós a interrupção da infusão.
Cardiovasculares: registrou-se um caso clínico de enfarte do miocárdio, que ocorreu em umpaciente que também recebia radiação mediastinal. Houve um caso de cardiotoxicidade comrisco fatal, possivelmente relacionado com o uso do produto.
Efeitos Locais: após a administração intravenosa do etoposídeo, em particular com soluçõesconcentradas, pode ocorrer flebite.
Outras Reações Adversas: embora raramente, observaram-se as seguintes reaçõesadversas: hepatotoxicidade (aumento dos níveis da bilirrubina sérica e das concentraçõesde AST e fosfatase alcalina); estes efeitos foram transitórios e não provocaram seqüelas;nefrotoxicidade (manifestada pelo aumento dos níveis de uréia e por hiperuricemia);septicemia, durante a administração de regimes de altas doses, disfagia, persistência desabor, febre, erupções, pigmentação, prurido, urticária, dor abdominal, constipação,toxicidade do sistema nervoso central (sonolência e fadiga), cegueira cortical temporária eum relato único de recidiva de dermatite provocada por radioterapia.
POSOLOGIA
A dose usual de Eunades® CS (etoposídeo) deve se basear na resposta clínica ehematológica e na tolerância do paciente. A dose deverá ser modificada em função dosefeitos mielodepressores de outros fármacos associados ou dos efeitos de terapia préviacom radiação ou da quimioterapia que possam ter comprometido a reserva medular. Não sedeve repetir a dose de etoposídeo até que a função hematológica retorne a limitesaceitáveis.
Eunades® CS deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepáticaleve a moderada. Pode ser necessário ajuste posológico em pacientes com disfunção renal,uma vez que parte do etoposídeo (cerca de 30%) é excretado inalterado pela urina (vide"Advertências e Precauções").
Uso em Adultos
A posologia usual desse produto é de 50-60 mg/m2/dia por via intravenosa durante 5 diasconsecutivos. A dose total não deve, normalmente, exceder 400 mg/m2 por período detratamento.
Administração:
Foi relatado que os dispositivos plásticos de acrílico ou ABS (um polímero de acrilonitrila,butadieno e estireno) podem se romper ou vazar quando usados com o produto não diluído.
O etoposídeo deve ser administrado lentamente por via intravenosa (normalmente duranteum período de 30 a 60 minutos), uma vez que se verificou hipotensão após administraçãointravenosa rápida. Períodos de infusão mais longos podem ser necessários, de acordo coma tolerância do paciente (vide "Precauções" e "Reações Adversas").
Eunades® CS não deve ser administrado por via intrapleural ou intraperitoneal, nempor infusão intravenosa rápida.
Eunades® CS deve ser diluído antes de sua administração. As concentrações resultantesnão devem exceder 0,4 mg/mL, porque pode ocorrer precipitação. Geralmente, o etoposídeoé adicionado a 250 mL de soro fisiológico (cloreto de sódio a 0,9%) ou glicose a 5%. Contatocom soluções aquosas tamponadas com pH acima de 8 deve ser evitado. A infusão deveser administrada por um período de 30 a 60 minutos.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste da dose. Deve-se ter cautela na disfunção renal ou hepática.
Uso em Crianças
A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.
Incompatibilidades e estabilidade
Eunades® CS não deve ser fisicamente misturado com quaisquer outros fármacos. Sempreque a solução e recipiente permitirem, os fármacos destinados à administração parenteraldevem ser inspecionados quanto à possível existência de partículas e descoloração, antesde serem usados.
Deve-se evitar o contato com soluções tampão aquosas com pH superior a 8. As soluçõesdiluídas a 0,4 mg/mL em glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9% são estáveis durante 24horas, desde que conservadas a temperaturas entre 2 e 8°C.
Os frascos-ampola fechados de Eunades® CS devem ser conservados em temperaturasinferiores a 25°C, protegidos da luz.
A apresentação desse produto com 5 mL (100 mg de etoposídeo) é para uso único.Demonstrou-se estabilidade microbiológica de pelo menos 16 horas após a primeiraperfuração da tampa de borracha quando o produto é armazenado em temperatura inferior a25o C. Deve-se descartar o restante da solução não utilizada.
SUPERDOSAGEM
Não existem informações disponíveis relacionadas à superdosagem de etoposídeo emhumanos. Efeitos tóxicos hematológicos e gastrintestinais são esperados como as principaismanifestações da superdosagem de etoposídeo. O tratamento é principalmente de suporte.Não existe antídoto conhecido.
A administração intravenosa de doses totais de 2,4 g/m2 a 3,5 g/m2 por três dias resultou em mucosite grave e mielotoxicidade. Foram relatados acidose metabólica e casos detoxicidade hepática grave em pacientes recebendo doses mais altas que as recomendadas.
PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO
As recomendações que se seguem devem-se à natureza tóxica do produto.
Tal como acontece com todos os agentes antineoplásicos, a preparação das soluções deetoposídeo deve ser efetuada por pessoal treinado, numa área reservada para isso(preferencialmente, uma câmara de fluxo laminar para citotóxicos). A superfície de trabalhodeve ser protegida por material descartável, constituído de papel absorvente com fundoplástico.
Durante a manipulação do etoposídeo devem ser utilizadas: bata protetora, máscara, luvase proteção adequada dos olhos. No caso de contato acidental da solução com a pele oumucosas, a área atingida deve ser imediatamente lavada com água e sabão, procurando-secuidados médicos em seguida.
Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos, como o etoposídeo, pormulheres grávidas.
Recomenda-se a utilização de seringas "Luer-Lock" ajustáveis e de largo diâmetro internopara minimizar a pressão e eventual formação de "aerossol". A formação de "aerossol" podeser diminuída pela utilização, durante a preparação, de agulha com vácuo.
Precauções especiais para eliminação dos materiais utilizados na preparação doproduto
Os materiais utilizados na preparação das soluções de etoposídeo, ou materiais usadospara proteção corporal, devem ser colocados num saco de polietileno duplamente selado eincinerados a 1100°C.
Procedimentos em caso de Extravasamento
Em caso de extravasamento, o acesso à área afetada deve ser restringido. Usar dois paresde luvas (borracha látex), uma máscara respiratória, uma bata protetora e óculos desegurança. Limitar a extensão do extravasamento utilizando uma toalha absorvente ougrânulos adsorventes. Pode-se também utilizar hidróxido de sódio a 5%. Reunir o materialabsorvente/adsorvente e outros resultantes do extravasamento e colocá-los num recipientede plástico estanque, rotulando-o de acordo com o conteúdo. Os resíduos citotóxicos devemser considerados perigosos ou tóxicos, sendo claramente rotulados "RESÍDUOCITOTÓXICO PARA INCINERAÇÃO A 1100°C". Estes resíduos devem ser incinerados aessa temperatura durante, pelo menos, 1 segundo. Lavar o restante da área deextravasamento com quantidade abundante de água (vide ?Advertências e Precauções ?Extravasamento?).
PARTE IV
MS – 1.0216.0215 Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann ? CRF-SP nº 36144
Produto fabricado e embalado por:
Pfizer (Perth) Pty LtdBentley ? Austrália
Importado e distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Monteiro Lobato, 2270 CEP 07190-001 ? Guarulhos ? SPCNPJ nº 46.070.868/0001-69Indústria Brasileira.
Fale Pfizer 0800-16-7575
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS. CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
Número do lote e data de fabricação: vide embalagem externa.