Princípio ativo: etoposidoEpósido
EPÓSIDO®ETOPOSIDO
APRESENTAÇÃO – EPÓSIDO
Cápsula. Cartucho de cartolina contendo frasco com 20 cápsulas de 50 mg ou 10 cápsulas de 100 mg de etopósido.
USO ADULTO
Cada cápsula de etopósido 50 mg contém:
Etopósido……………….. 50 mg
Excipientes………………..q.s.p……………….. 1 cápsula
Componentes não ativos: ácido cítrico, glicerina, água destilada e polietilenoglicol 400.
Cada cápsula de etopósido 100 mg contém:
Etopósido……………….. 100 mg
Excipientes………………..q.s.p……………….. 1 cápsula
Componentes não ativos: ácido cítrico, glicerina, água destilada e polietilenoglicol 400.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE – EPÓSIDO
Etopósido tem ação no tratamento de determinados tipos de neoplasias.
Etopósido cápsula deve ser conservado à temperatura ambiente (15ºC a 25ºC).
Prazo de validade: 36 meses. ATENÇÃO: Não utilize o produto após vencido o prazo de validade, sob o risco de não produzir os efeitos desejados.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informar ao médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. As cápsulas deverão ser administradas com estômago vazio.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como náuseas, vômitos, queda de cabelo ou reações alérgicas.
“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS”.
O produto é contra- indicado a pacientes hipersensíveis ao etopósido. O uso do produto não é recomendado durante a gravidez ou em mulheres que estejam amamentando. Este medicamento deve ser usado com cautela em pacientes com história de varicela, herpes zoster, disfunções hepática ou renal.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
“NÃO TOME REMÉDIO SEM CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.”
INFORMAÇÃO TÉCNICA – EPÓSIDO
É um antibiótico, alcalóide semi- sintético epipodofilotoxínico; impede a organização do microtúbulo bloqueando a célula em mitose; também inibe a ADN-topoisomerase II e o transporte de nucleosídeos, bloqueando a síntese de ácidos nucleicos; esse efeito citotóxico é específico na fase S e G2 da divisão celular.Farmacocinética: na administração intravenosa, as áreas sob as curvas de concentrações plasmáticas versus tempo (AUC) e os valores máximos de concentração plasmática (C máx) aumentam linearmente com a dose. O etopósido não se acumula no plasma após administração diária de 100 mg/m2 por 4 a 6 dias. O etopósido atravessa pouco para o líquido cerebrospinhal. As concentrações de etopósido são maiores em pulmões normais do que em metástases pulmonares e são similares em tumores primários e tecidos normais do miométrio. In vitro, o etopósido liga- se fortemente (97%) às proteínas do plasma humano. Fenilbutazona, salicilato de sódio e ácido acetilsalicílico em concentrações terapêuticas in vivo deslocam o etopósido ligado às proteínas. Menos de 50% de uma dose intravenosa é excretada na urina como etopósido, com recuperações médias de 8 a 35% dentro de 24 horas. Em crianças, aproximadamente 55% da dose são excretados na urina como etopósido em 24 horas. O etopósido é, portanto, eliminado por processo renal e não-renal, isto é, metabolismo e excreção biliar. O efeito de uma doença renal sobre o clearance plasmático do etopósido é desconhecido. A excreção biliar parece ser uma via de eliminação secundária do etopósido. O metabolismo é responsável pela maior parte do clearance não-renal do etopósido. Após infusão intravenosa ou administração oral de cápsulas, a C máx e os valores de AUC exibem pronunciada variabilidade intra e interindividual. Isso resulta na variabilidade das estimativas de biodisponibilidade oral absoluta de etopósido em cápsulas. A C máx e os valores de AUC para a administração oral de cápsulas de etopósido em doses de aproximadamente 250 mg caem consistentemente na mesma faixa que os valores de C máx e de AUC de uma dose intravenosa igual à metade de uma dose oral. A biodisponibilidade média global das cápsulas é de aproximadamente 50% (faixa de 25-76%). Um recente estudo concluiu que a biodisponibilidade média de uma dose oral de 100 mg foi de 76 ± 22%. Dose de 400 mg de etopósido demonstra ter biodisponibilidade de 48 ± 18%. Não há evidências do efeito de primeira passagem para o etopósido. Não existem evidências de quaisquer outras diferenças no metabolismo ou na excreção do etopósido após administração oral de cápsulas quando comparada à infusão intravenosa. Em adultos, o clearance corpóreo total do etopósido está relacionado ao clearance de creatinina, à baixa concentração de albumina sérica e ao clearance não-renal. Em pacientes adultos com câncer, com disfunção hepática, o clearance corpóreo total do etopósido não está reduzido. Em crianças, os níveis séricos elevados da transaminase glutâmico pirúvica estão associados com clearance corpóreo total reduzido da droga. O uso anterior da cisplatina também pode resultar em uma diminuição do clearance corpóreo total do etopósido em crianças. Estudos adicionais são necessários para determinar se há necessidade de modificação de dose em pacientes com clearance corpóreo diminuído da droga.
INDICAÇÕES – EPÓSIDO
Etopósido mostrou ser útil no controle das seguintes neoplasias.
Tumores testiculares refratários: em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já receberam tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico e apropriados.
Tumores anaplásicos de pequenas células de pulmão: em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados. (Evidências preliminares demonstraram que o etopósido pode ser eficaz também em outros tipos celulares de carcinoma de pulmão).
Doença de Hodgkin. Linfomas malignos (não Hodgkin): especialmente da variedade histiocítica.
Leucemia aguda não linfocítica.
CONTRA-INDICAÇÕES – EPÓSIDO
O produto é contra- indicado a pacientes que demonstraram hipersensibilidade prévia ao etopósido ou a qualquer outro componente da fórmula.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS – EPÓSIDO
Advertências Etopósido deve ser administrado sob supervisão de médicos especialistas em agentes quimioterápicos. Pode haver ocorrência de severa mielodepressão com infecções resultantes e hemorragias. Os pacientes que estão sendo tratados com etopósido devem ser cuidadosa e frequentemente observados com relação à mielodepressão durante e após a terapia. A toxicidade mais significativa associada à terapia com etopósido é depressão da medula óssea dose- limitante. Consequentemente, os seguintes exames deverão ser feitos no início da terapia e antes de cada dose subsequente de etopósido: contagem de plaquetas, hemoglobina, contagem e diferencial de leucócitos. Na ocorrência de uma contagem de plaquetas menor que 50.000/mm3 ou de uma contagem absoluta de neutrófilos menor que 500/mm3, não é aconselhável continuar a terapia até que a contagem sanguínea esteja suficientemente recuperada. Os médicos deverão ser advertidos da possibilidade de ocorrência de uma reação anafilática que se manifesta por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispnéia e hipotensão. O tratamento é sintomático. A administração deverá ser interrompida imediatamente, sendo seguida pela administração de agentes pressores, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, a critério médico.
Gravidez: Etopósido pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Etopósido mostrou ser teratogênico em camundongos e ratos, entretanto, não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Se a droga for usada durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante a terapia, ela deverá ser advertida do risco potencial sobre o feto. As mulheres com potencial de engravidar devem ser aconselhadas a não fazê- lo.
Precauções Gerais: o médico deve avaliar o benefício da droga em função do risco de reações adversas. A maioria delas é reversível se detectada no início da ocorrência. Se ocorrerem reações graves, a droga deverá ter sua dose reduzida ou suspensa. O restabelecimento da terapia com etopósido deverá ser efetuado com cautela. Em pacientes com história de varicela, herpes zoster, disfunções hepática e renal, o uso de etopósido deve ser feito com cautela.
Carcinogênese: os testes de carcinogenicidade com etopósido não foram conduzidos em animais de laboratório. Dado seu mecanismo de ação, pode ser considerado como um possível carcinógeno em seres humanos. A ocorrência de leucemia aguda, que pode ocorrer com ou sem fase pré- leucêmica, tem sido raramente relatada em pacientes tratados com etopósido em associação com outras drogas antineoplásicas.
Uso na lactação: não se sabe se essa droga é excretada no leite materno; no entanto, como muitas drogas são excretadas no leite humano e pelo potencial do etopósido em provocar graves reações adversas em lactentes, deve- se optar por interromper a amamentação ou descontinuar a droga, levando-se em conta a importância da droga para a mãe.
Uso pediátrico: não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.
REAÇÕES ADVERSAS – EPÓSIDO
Toxicidade hematológica: mielodepressão é a mais frequente reação limitante da dose, com os nadires de granulócitos ocorrendo do 7º ao 14º dia, e os nadires de plaquetas ocorrendo do 9º ao 16º dia, após a administração da droga. A recuperação da medula óssea completa- se normalmente por volta do 20º dia, e não há informes de toxicidade cumulativa. Leucopenia e leucopenia grave (menos de 1000 leucócitos/mm3) foram observadas em 60 a 91% e em 7 a 17%, respectivamente, dos pacientes tratados com etopósido como agente único. Trombocitopenia e trombocitopenia grave (menos de 50.000 plaquetas/mm3) foram observadas em 28 a 41% e em 4 a 20%, respectivamente, nesse mesmo grupo de pacientes. A ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase pré-leucêmica foi relatada em pacientes tratados com etopósido em combinação com outros agentes antineoplásicos.
Toxicidade gastrintestinal: náuseas e vômitos são as toxicidades gastrintestinais mais importantes; foram observados em 31 a 43% dos pacientes tratados com etopósido intravenoso. Náuseas e vômitos podem ser normalmente controlados com terapia antiemética. Anorexia foi observada em 10 a 13% dos pacientes e estomatite em 1 a 6% dos pacientes que receberam etopósido por via intravenosa. Mucosite/esofagite, de leves a severas, podem ocorrer. Ocorreu diarréia em 1 a 13% desses pacientes. Alopecia: alopecia reversível, as vezes progredindo até calvície total, ocorreu em até 66% dos pacientes.
Reações alérgicas: reações do tipo anafiláticas caracterizadas por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispnéia e/ou hipotensão têm também ocorrido em 0,7 a 2% dos pacientes, durante ou imediatamente após a administração intravenosa de etopósido. Registram- se altas taxas de choque anafilático em crianças que recebem infusões com concentrações mais altas do que a recomendada. A ocorrência de reações do tipo anafiláticas em pacientes tratados com cápsulas via oral tem sido muito rara. A influência da concentração ou velocidade de infusão no desenvolvimento de reações anafiláticas é incerta. Essas reações têm, normalmente, respondido prontamente à suspensão da infusão de etopósido e à administração de agentes pressores, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado. Observou-se uma reação aguda fatal associada com broncoespasmo. Hipertensão e/ou rubor facial também têm sido relatados. A pressão sanguínea geralmente se normaliza dentro de poucas horas após o término da infusão. Reações do tipo anafiláticas podem ocorrer com a dose inicial de etopósido.
Neuropatia: o uso de etopósido causa, segundo informes, neuropatia periférica em 0,7% dos pacientes. O uso associado de sulfato de vincristina pode possivelmente aumentar essa neuropatia.
Outras toxicidades: as seguintes reações têm sido raramente registradas: toxicidade do sistema nervoso central (sonolência e fadiga), hepatotoxicidade, persistência de sabor, febre, erupções, pigmentação, prurido, urticária, dor abdominal, constipação, disfagia, cegueira cortical temporária e um único informe de dermatite semelhante à causada pela radioterapia.
POSOLOGIA – EPÓSIDO
A dose oral usual de etopósido é de 100- 200 mg/m2/dia, nos dias 1 a 5, ou 200 mg/m2/dia, nos dias 1,3 e 5, a cada 3 a 4 semanas, em combinação com outras drogas aprovadas para uso na doença a ser tratada. A dose de etopósido cápsulas está baseada na dose intravenosa recomendada, considerando-se a biodisponibilidade dependente da dose de etopósido cápsulas. Uma dose oral de 100 mg seria comparável a uma dose de 75 mg, via intravenosa; uma dose oral de 400 mg seria comparável a uma dose de 200 mg, via intravenosa. A biodisponibilidade também varia de paciente para paciente após qualquer dose oral. Isso deve ser levado em consideração ao se prescrever esse medicamento. Em vista da variabilidade intra-paciente significativa, o ajuste de dose pode ser necessário para atingir o efeito terapêutico desejado. A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas administradas em associação ou de efeitos de terapia prévia com raio-X ou quimioterapia, que possam ter comprometido a reserva medular. Um esquema posológico alternativo de etopósido consiste em 50 mg/m2 por dia durante 2 a 3 semanas, com a repetição dos ciclos após um intervalo de uma semana ou mediante a recuperação da mielodepressão. Doses diárias maiores de 200 mg devem ser administradas em doses divididas (duas vezes ao dia). As cápsulas devem ser administradas com estômago vazio.
SUPERDOSAGEM – EPÓSIDO
Doses totais de 2,4 g/m2 a 3,5 g/m2 administradas intravenosamente por três dias resultaram em mucosite severa e mielotoxicidade. Acidose metabólica e casos de toxicidade hepática grave foram reportados em pacientes recebendo doses mais altas que as recomendadas.
PACIENTES IDOSOS – EPÓSIDO
O produto poderá ser usado por pacientes com idade acima de 65 anos, desde que observadas as precauções referentes ao produto.
LABORATÓRIO
BLAUSIEGEL