Princípio ativo: lisurida

C1 – Receituário de controle especial em duas vias

Dopergin
Classe terapêutica dos Inibidores da Galactogenese
Princípio ativo Lisurida.

Indicações de Dopergin

No tratamento da hiperprolactinemia e suas manifestações. – Indicações secundárias: acromegalia, doença de Parkinson, em associação ao tratamento antiparkinsoniano básico.

Efeitos Colaterais de Dopergin

Náusea, cefaléia, cansaço, tontura e, raramente, vômitos podem ocorrer particularmente no início do tratamento, quando a dose é aumentada rapidamente ou quando a dose diária é alta. Em casos isolados, decorrentes da sensibilidade individual, foram observados queda brusca da pressão sangüínea (chegando até colapso ortostático) e vômitos intensos. Em tais casos de reações graves de intolerância pode-se administrar até 100 mg de sulpirida i.m. Nota: é possível que ocorra piora temporária nos sintomas do parkinsonismo. Estes efeitos colaterais normalmente não indicam a descontinuação da terapia e podem ser controlados por redução da dose. Durante o decorrer do tratamento os efeitos colaterais geralmente desaparecem, mesmo empregando doses mais elevadas. Podem ocorrer pesadelos, alucinações, reações paranóicas e confusão mental, quase sempre em pacientes com parkinsonismo. Tais efeitos são favorecidos com idade avançada, demência concomitante (síndrome psíquico-cérebro-orgânica), infecções agudas, desidratação e com altas doses de Dopergin. Os sintomas são geralmente controlados pela redução da dose. Deve-se, entretanto, ter em mente que outras drogas antiparkinsonianas também podem induzir sintomas psicóticos. Existem relatos ocasionais de distúrbios do sono e muito raramente relatos de reações cutâneas e edema.

Como Usar (Posologia)

Os comprimidos devem ser administrados sempre com as refeições ou lanches. A tolerabilidade pode ser melhorada iniciando-se o tratamento gradualmente (exceção: supressão da lactação primária) e, se possível, à noite. Isto aplica-se particularmente aos casos onde se empregam altas doses. A menos que o médico opte por outra prescrição, as seguintes orientações têm sido empregadas. – Supressão da lactação primária (quando indicada pelo médico). O tratamento deve ser iniciado, se possível, imediatamente após o parto ou aborto, mas seguramente dentro das primeiras 24 horas. A dose diária é de 1 comprimido de 2 a 3 vezes ao dia, durante 14 dias. Em casos raros pode voltar a ocorrer pequena secreção de leite após descontinuação do tratamento com Dopergin, que pode ser resolvida com mais uma semana de terapia. Supressão da lactação secundária (quando indicada pelo médico), mastite: 1º dia do tratamento: 1 comprimido à noite; 2º dia: 1 comprimido ao meio-dia e 1 à noite; 3º dia até no máximo 14º: 1 comprimido pela manhã, 1 ao meio-dia e 1 à noite. Para obter-se inibição da lactação o mais rápido possível é aconselhável iniciar o tratamento com Dopergin administrado 3 vezes ao dia, a partir do primeiro dia. O tratamento deve ser terminado 4 dias após haver cessado o fluxo de leite. No caso da mastite, são em geral suficientes poucos dias de tratamento. Pode-se suspender o uso assim que a inflamação tenha diminuído, após o que é possível continuar a amamentação. Galactorréia, galactostasia pós-parto, amenorréia induzida por prolactina, outros distúrbios do ciclo induzidos por prolactina, infertilidade feminina induzida por prolactina, distúrbios hiperprolactinêmicos da libido ou da potência no homem: 1º dia de tratamento: 1/2 comprimido à noite; 2º dia: 1/2 comprimido ao meio-dia e 1/2 à noite; a partir do 3º dia; 1/2 comprimido de manhã, ao meio-dia e à noite. O tratamento da galactorréia deverá prosseguir até que o fluxo de leite tenha cessado completamente. No caso da amenorréia ele deve continuar (normalmente por alguns meses) até que tenha sido restabelecido ciclo normal em períodos menstruais regulares. A dose diária pode necessitar de aumento, em função dos níveis de prolactina ou dos efeitos obtidos com o produto. Com o objetivo de uma melhor tolerabilidade, recomenda-se o aumento logo que seja possível, após 3 a 4 dias, dividindo-se a dose total diária em várias doses parciais. Na galactostasia pós-parto Dopergin pode ser descontinuado tão logo os sintomas da doença tenham desaparecido e a amamentação pode ser imediatamenre restabelecida. – Acromegalia: adotar a mesma posologia para galactorréia (vide acima). Dependendo da tolerabilidade e do efeito sobre os níveis de hormônio do crescimento, a dose pode ser aumentada até o máximo de 2 mg/dia. Parkinsonismo: a dose deve ser adaptada as características individuais do paciente. O tratamento inicia-se com 1/2 comprimido à noite e deve ser aumentado em 1/2 comprimido semanalmente até que os efeitos clínicos sejam observados. A dose diária varia entre 0,6 e 2 mg, embora doses maiores sejam necessárias em casos individuais. A dose diária é dividida em 3 a 4 doses menores que podem ser administradas juntamente com levodopa e/ou outras drogas antiparkinsonianas. Nos casos em que se observam oscilações acentuadas na capacidade de locomoção, recomenda-se fracionar a dose diária em doses menores igualmente divididas. Em parkinsonismo as doses devem ser menores na fase inicial, devendo ser gradativamente aumentadas. A dose de levodopa deve ser reduzida à medida que a dose de Dopergin é aumentada. Merece ainda particular atenção os casos onde se administra concomitantemente levodopa e selegilina (inibidor de MAO-B que aumenta e prolonga a disponibilidade de dopamina nos receptores). A monoterapia com Dopergin também é possível em casos individuais. Em casos avançados de parkinsonismo, algumas vezes a dose é aumentada mais rapidamente, dependendo da tolerabilidade e eficácia. Em nenhuma circunstância a dose deve ser aumentada, caso ocorrerem efeitos colaterais. Geralmente desenvolve-se tolerância para alguns efeitos colaterais como náuseas, cefaléia, cansaço e tontura. Neste caso quando necessário, a dose pode ser aumentada após terem desaparecido os efeitos colaterais. A dose diária total máxima é dividida em doses menores para melhorar a tolerabilidade de Dopergin. Quando as condições clínicas do paciente exigem um rápido início do efeito de Dopergin, tais efeitos colaterais podem ser eliminados pela administração concomitante de domperidona, aumentando-se então a dose, conforme a necessidade. Esta medida, entretanto, é uma exceção. A necessidade de continuar a medicação com domperidona deve ser avaliada após 4 semanas, para a retirada da mesma. Recomenda-se uma redução temporária na dose de Dopergin quando os efeitos colaterais forem pronunciados.

Contra-Indicações de Dopergin

A indicação deve ser considerada cuidadosamente em pacientes com distúrbios graves na circulação arterial periférica e do coração (insuficiência coronariana). Em pacientes com distúrbios psicóticos anteriores ou atuais, a indicação clínica deve ser cuidadosamente revisada juntamente com a relação risco/benefício, uma vez que é possível um agravamento ou recorrência dos sintomas.

Precauções

Na supressão da lactação, deve-se evitar todo tipo de sucção, quer do lactente quer da bomba para retirar leite. Em casos raros de mastite complicada com superinfecção, febre persistente ou formação de abscessos são necessárias medidas terapêuticas adicionais como, por exemplo, administração de antibióticos. Caso ocorram aumento da pressão sangüínea, cefaléia persistente ou outros sinais de alterações do SNC em mulheres que tomam Dopergin para supressão da lactação, deve-se descontinuar imediatamente o tratamento, visto que, durante o uso de outros redutores de prolactina, têm-se observado raros casos de aumento de PA, infartos do miocárdio, crises convulsivas e apoplexia, embora não tenha se confirmado relação causal entre o tratamento e tais efeitos (que também podem ocorrer espontaneamente no período puerperal). Antes de iniciar o tratamento com Dopergin, deve-se identificar a causa do distúrbio (por exemplo, medicamentos, hipotireoidismo), com especial atenção à possível existência de adenoma expansivo da hipófise. No caso de distúrbios do campo visual ou quando a sela túrcica é significativamente aumentada, tanto a cirurgia (com ou sem terapia adicional com Dopergin) como o tratamento com Dopergin isolado podem ser empregados. Quando ocorrer gravidez em mulheres com adenoma hipofisário (prolactinoma), deve-se dar especial atenção para sintomas que possam indicar uma reativação de crescimento tumoral (cefaléia severa e constante, distúrbios visuais). O tratamento com inibidores da prolactina em indivíduos com insuficiência renal, especialmente dialisados, deve sempre ser iniciado com a menor dose possível, seguida de aumentos graduais, visto que esses pacientes são particularmente sensíveis a agonistas da dopamina. Recomenda-se especial atenção às doses empregadas em pacientes com distúrbios graves da função hepática. Mesmo corretamente administrado, Dopergin pode ocasionalmente levar à queda brusca da pressão arterial, afetando, dessa forma, a capacidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas. Como regra geral, não se deve utilizar medicamentos durante a gestação, a menos que absolutamente necessário, portanto, em casos de suspeita de gravidez, deve-se descontinuar imediatamente o tratamento. – Interações medicamentosas: o efeito de Dopergin pode ser atenuado por neurolépticos e outros antagonistas da dopamina (por exemplo, haloperidol, sulpirida, metoclopramida, clorpromazina). A domperidona é eficaz apenas perifericamente e não exerce influência nos sintomas do parkinsonismo. Embora os antidepressivos tricíclicos sejam administrados freqüentemente no tratamento do parkinsonismo, não foi observada influência sobre o efeito de Dopergin. Como precaução, Dopergin não deve ser usado juntamente com outros alcalóides do ergot (por exemplo, metil ergometrina) após o parto e no período puerperal, embora não tenham sido observadas interações entre a lisurida e tais compostos. Deve-se ter cautela especial ao prescrever Dopergin a mulheres que tenham tomado ou estejam tomando medicamentos para controle da pressão sangüínea. – Superdosagem: quando necessário, caso ocorra superdosagem, pode-se administrar como antídoto gotas de metoclopramida em casos leves (no caso de parkinsonismo a domperidona), e até 100 mg de sulpirida i.m. em casos graves.

Apresentação

Cartuchos com 28 comprimidos.

Composição

Cada comprimido contém 0,2 mg dehidrogenomaleato de lisurida.

Laboratório

Schering do Brasil

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Bagren

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