Princípio ativo: dobutaminaDobutrex
Classe terapêutica dos Drogas Vasoativas
Princípio ativo Dobutamina.

Indicações de Dobutrex

O cloridrato de dobutamina é indicado quando for necessário suporte inotrópico para o tratamento de pacientes em estado de hipoperfusão e naqueles em que o débito cardíaco é insuficiente para suprir a demanda circulatória. O cloridrato de dobutamina é também indicado quando for necessário suporte inotrópico para o tratamento de pacientes, nos quais a pressão de enchimento ventricular anormalmente elevada ocasiona o risco de congestão pulmonar e edema. As condições que podem precipitar tais situações incluem os seguintes estados de hipoperfusão: inicialmente de origem cardíaca: insuficiência cardíaca aguda: infarto agudo do miocárdio, choque cardiogênico, após cirurgia cardíaca, depressão da contractilidade cardíaca induzida por drogas, tal como aquela que ocorre no bloqueio de receptor beta-adrenérgico. Insuficiência cardíaca crônica: descompensação aguda de insuficiência cardíaca congestiva crônica, suporte inotrópico temporário em insuficiência cardíaca congestiva crônica avançada, como um adjuvante da terapia com agentes inotrópicos orais convencionais, vasodilatadores sistêmicos e diuréticos. Inicialmente de origem não cardíaca: estado de hipoperfusão agudo após trauma, cirurgia, septicemia ou hipovolemia, quando a pressão arterial média for acima de 70 mmHg e a pressão capilar pulmonar for 18 mmHg ou maior, com resposta inadequada à reposição de volume e aumento da pressão de enchimento ventricular. Baixo débito cardíaco secundário à ventilação mecânica com pressão expiratória final positiva (PEEP). O cloridrato de dobutamina pode ser usado como um substituto aos exercícios físicos nos testes de estresse no diagnóstico de doença coronariana. Quando é usado com este propósito, como no caso de exercícios nos testes de estresse, o paciente deve ser informado dos riscos potenciais envolvidos no teste. Além disso, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, como nos exercícios dos testes de estresse, incluindo exames eletrocardiográficos contínuos.

Efeitos Colaterais de Dobutrex

Aumento na freqüência cardíaca, pressão arterial e atividade ectópica ventricular: uma elevação de 10-20 mmHg na pressão sistólica e de 5-15 batidas/minuto na freqüência cardíaca tem sido notada em muitos pacientes. Hipotensão: ocasionalmente, têm sido relatadas quedas repentinas na pressão arterial associadas à terapia com dobutamina. Diminuição da dose ou interrupção da infusão resulta em rápido retorno da pressão arterial aos valores anteriores. Contudo, em raros casos pode ser necessária intervenção e a reversão pode não ser imediata. Reações no local da infusão intravenosa: ocasionalmente, tem sido relatada a ocorrência de flebite. Tem sido descrita inflamação local após infiltração acidental. Reações incomuns: as seguintes reações adversas foram relatadas: náusea, dor de cabeça, dor anginosa, dor torácica inespecífica, palpitações ou respiração difícil. A administração de dobutamina, como de outras catecolaminas, tem sido associada com a diminuição nas concentrações séricas de potássio, raramente a níveis hipocalêmicos. Segurança em longo prazo: infusões de até 72 horas não revelaram reações adversas além das mencionadas com as infusões curtas. Há evidência de tolerância parcial desenvolvida com infusões contínuas de cloridrato de dobutamina por 72 horas ou mais; portanto, doses mais altas podem ser necessárias para manter os mesmos efeitos.

Como Usar (Posologia)

Devido a sua meia-vida curta, o cloridrato de dobutamina deve ser administrado em infusão intravenosa contínua. Após o início de uma infusão com velocidade constante ou após a mudança de velocidade, uma concentração plasmática estável de dobutamina é atingida após aproximadamente 10 minutos. Assim, não são necessárias e recomendadas doses de ataque ou dose única elevada. Doses recomendadas: a velocidade de infusão necessária para manter o débito cardíaco variou de 2,5 a 10 mcg/kg/min, na maioria dos pacientes. Freqüentemente, doses de até 20 mcg/kg/min são necessárias para uma melhora hemodinâmica adequada. Em raras ocasiões, velocidade de infusão de até 40 mcg/kg/min foi relatada. A velocidade de administração e a duração da terapia devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente, como determinada pelos seguintes sinais clínicos: parâmetros hemodinâmicos, tais como, freqüência cardíaca e ritmo, pressão arterial e, quando possível, débito cardíaco e medidas da pressão de enchimento ventricular (venosa central, capilar pulmonar e atrial esquerdo) e sinais de congestão pulmonar e perfusão (fluxo urinário, temperatura externa e estado mental). Concentrações de até 5.000 mcg/ml foram administradas a pacientes humanos (250 mg/50 ml). O volume final administrado deverá ser determinado pela necessidade de líquidos requerida pelo paciente. Ao invés de interromper a terapia com o cloridrato de dobutamina de maneira abrupta, é aconselhável diminuir a dose gradualmente. Unidade de dose: a maioria dos relatórios sobre o cloridrato de dobutamina expressa a dose em relação a massa corporal, por ex.: mcg/kg/min. Esta prática é útil para relacionar as doses para lactentes, crianças e adultos. Entre os adultos, a massa corporal tem mínima influência no efeito do cloridrato de dobutamina; uma vez que a dose deve ser ajustada em cada paciente, no caso de adultos pode ser facilmente calculada em mcg/min. A dose de cloridrato de dobutamina pode ser iniciada com 100 a 200 mcg/min e aumentada gradualmente até 1000 a 2000 mcg/min ou mais, dependendo da resposta clínica e hemodinâmica de cada paciente. Nota: não adicionar o cloridrato de dobutamina à solução de bicarbonato de sódio a 5% ou a qualquer outra solução fortemente alcalina. Devido ao potencial de incompatibilidade física, é recomendado que o cloridrato de dobutamina não seja misturado com outras drogas na mesma solução. O cloridrato de dobutamina não deve ser usado em conjunto com outros agentes ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol. Reconstituição e estabilidade: o cloridrato de dobutamina deve ser diluído no momento de administração a pelo menos 50 ml em um frasco contendo uma das seguintes soluções IV: solução de glicose a 5%, glicose a 5% e cloreto de sódio a 0,45%, glicose a 5% e cloreto de sódio a 0,9%, glicose a 10%, lactato de Ringer, glicose a 5% em lactato de Ringer, cloreto de sódio a 0,9% ou solução de lactato de sódio. Essas soluções devem ser utilizadas dentro de 24 horas. Velocidade de administração baseada na concentração de cloridrato de dobutamina. As velocidades de infusão dependem da concentração de cloridrato de dobutamina na solução a ser infundida (para maiores informações ver bula do produto). Superdosagem: tem sido relatada raramente superdosagem com dobutamina. Em casos de superdosagem, as seguintes instruções servirão como guia: sinais e sintomas: a toxicidade com cloridrato de dobutamina é usualmente devida à excessiva estimulação dos beta-receptores cardíacos. A duração de ação do cloridrato de dobutamina é geralmente curta (T1/2 = 2 min.), devido ser rapidamente metabolizado pela catecol-0-metiltransferase. Os sintomas de toxicidade incluem: anorexia, náusea, vômito, tremor, ansiedade, palpitações, dor de cabeça, falta de ar e dor no peito, anginosa e não específica. Os efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos da dobutamina sobre o miocárdio podem causar hipertensão, taquiarritmias, isquemia miocárdica e fibrilação ventricular. Pode ocorrer hipotensão resultante da vasodilatação. Se o produto for ingerido pode ocorrer absorção imprevisível desde a boca até o trato gastrintestinal. Tratamento: para tratar uma superdosagem, considerar a possibilidade de superdosagem de múltiplas drogas, interação entre drogas e cinética inusitada da droga no paciente. As ações iniciais a serem tomadas em caso de superdosagem com cloridrato de dobutamina são: interromper a administração, estabelecer a passagem de ar e assegurar oxigenação e ventilação. Medidas de ressuscitação devem ser iniciadas imediatamente. Taquiarritmia ventricular grave pode ser tratada com sucesso com propranolol ou lidocaína. A hipertensão usualmente responde à redução na dose ou interrupção do tratamento. Proteger a passagem de ar e manter ventilação e perfusão; se necessário, monitorizar e manter meticulosamente dentro dos limites aceitáveis, os sinais vitais, gases do sangue, eletrólitos séricos, etc. no paciente. A absorção de drogas no trato gastrintestinal pode ser diminuída administrando carvão ativado, o qual na maioria dos casos é mais eficaz do que êmese ou lavagem; considerar carvão ativado ao invés de esvaziamento gástrico. Repetir as doses de carvão ativado para possibilitar a eliminação de algumas drogas que tenham sido absorvidas. Assegurar a passagem de ar quando empregar esvaziamento gástrico ou carvão ativado. Diurese forçada, diálise peritoneal, hemodiálise ou hemoperfusão com carvão ativado não foram estabelecidas como benéficas para caso de superdosagem com cloridrato de dobutamina.

Contra-Indicações de Dobutrex

Pacientes com estenose hipertrófica idiopática subaórtica e em pacientes que demonstraram hipersensibilidade à droga. – Advertências: cloridrato de dobutamina pode causar um aumento na freqüência cardíaca ou na pressão arterial, especialmente na pressão sistólica. A redução da dose usualmente reverte esses efeitos rapidamente. Pacientes com hipertensão pree2xistente são mais susceptíveis em apresentar uma resposta pressora exagerada. Aumento na condução atrioventricular: devido ao cloridrato de dobutamina facilitar a condução atrioventricular, os pacientes com fibrilação ou flutter atrial podem apresentar rápida resposta ventricular. Taquiarritmia ventricular: o cloridrato de dobutamina pode precipitar ou exacerbar a atividade ventricular ectópica, raramente tem causado taquicardia ventricular ou fibrilação. Insuficiência de enchimento ventricular e obstrução do fluxo ventricular. Agentes inotrópicos, incluindo o cloridrato de dobutamina, não melhoram a hemodinâmica na maioria dos pacientes com obstrução mecânica, que inibe tanto o enchimento quanto o fluxo ventricular ou ambos. A resposta inotrópica pode ser inadequada em pacientes com função ventricular gravemente reduzida. Tais condições estão presentes em cirurgias cardíacas, estenose valvular aórtica e estenose hipertrófica idiopática subaórtica. Efeitos inotrópicos benéficos podem ser vistos em alguns pacientes se o coração estiver dilatado ou sob efeito excessivo de antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos. Hipersensibilidade: reações sugestivas de hipersensibilidade relacionadas com a administração de cloridrato de dobutamina, incluindo erupções cutâneas, febre, eosinofilia e broncospasmo, foram relatadas ocasionalmente. A administração de cloridrato de dobutamina a pacientes alérgicos a aminas simpatomiméticas deverá ser feita com cautela, apesar de não haver relato de hipersensibilidade cruzada com essas drogas. A solução de Dobutrex contém bissulfito de sódio e o radical sulfito pode causar reações do tipo alérgico, incluindo sintomas anafiláticos e episódios asmáticos com risco de vida ou menos grave em certas pessoas sensíveis. A prevalência da sensibilidade ao radical sulfito na população em geral é desconhecida e provavelmente baixa, ocorrendo com mais freqüência em pessoas asmáticas do que em não asmáticas.

Precauções

Gerais: durante a administração de cloridrato de dobutamina, como com qualquer catecolamina parenteral, a freqüência e ritmo cardíaco, a pressão arterial e velocidade de infusão devem ser cuidadosamente monitoradas. No início da terapia é aconselhável monitoração eletrocardiográfica até ser alcançada uma resposta estável. A hipovolemia deverá ser corrigida antes de iniciar o tratamento com cloridrato de dobutamina. Não foi observado melhora na presença de obstrução mecânica, tal como estenose aórtica valvular grave. Uso na insuficiência cardíaca complicada por infarto agudo do miocárdio: apesar do tratamento da insuficiência cardíaca e a redução do diâmetro cardíaco diminuírem o consumo de oxigênio no miocárdio, há ainda a preocupação de que o uso de qualquer droga inotrópica possa aumentar a demanda de oxigênio no miocárdio e a extensão de um infarto por intensificação da isquemia. A evidência clínica e experimental após infarto agudo do miocárdio sugere que o cloridrato de dobutamina não possui um efeito adverso sobre o miocárdio, quando usado em doses que não causam aumentos excessivos na freqüência cardíaca ou na pressão arterial. A dose de cloridrato de dobutamina deve ser titulada para prevenir um aumento excessivo na freqüência cardíaca e pressão sistólica. Uso na hipotensão: quando a hipotensão é fortemente atribuída à diminuição do débito cardíaco e coincide com uma pressão de enchimento ventricular elevada, a infusão de cloridrato de dobutamina pode ajudar a restaurar a pressão. Como o volume é reposto no tratamento de estados agudos de hipoperfusão e há um aumento nas pressões capilar pulmonar ou venosa central, mas sem aumento no débito cardíaco e na pressão arterial, o cloridrato de dobutamina pode melhorar o débito e ajudar a restaurar a pressão arterial. Em geral, quando a pressão arterial média é menor que 70 mmHg, na ausência de uma pressão de enchimento ventricular elevada, a hipovolemia pode estar presente e requer tratamento com reposição de volume com soluções apropriadas, antes da administração de cloridrato de dobutamina. Se a pressão arterial permanecer baixa ou diminuir progressivamente durante a administração de cloridrato de dobutamina, a despeito de uma pressão de enchimento ventricular e um débito cardíaco adequados, deve ser considerada a administração concomitante de um vasoconstritor periférico, tal como dopamina ou noradrenalina. Teste de laboratório: a dobutamina, como outros beta-2 agonistas, pode provocar uma leve redução na concentração de potássio no soro, raramente a níveis hipocalêmicos. portanto, deve-se considerar a monitoração do potássio sérico. Uso na gravidez, efeitos teratogênicos gravidez categoria b: desde que não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e os estudos de reprodução em animais nem sempre são indicativos da resposta em humanos, o cloridrato de dobutamina não deve ser usado durante a gravidez, a menos que os benefícios superem os possíveis riscos para o feto. Trabalho de parto e nascimento: o efeito do cloridrato de dobutamina sobre o trabalho de parto e nascimento não é conhecido. Lactantes: não é conhecido se esta droga é excretada no leite humano. Devido a muitas drogas serem excretadas no leito materno, deve-se ter cuidado quando o cloridrato de dobutamina for administrado a uma mulher que esteja amamentando. Caso seja necessário o tratamento com dobutamina, a amamentação deve ser interrompida durante o tratamento. Uso pediátrico: o cloridrato de dobutamina foi administrado a crianças em estado de hipoperfusão de baixo débito, resultante de uma insuficiência cardíaca descompensada, cirurgia cardíaca e de choque cardiogênico e séptico. Alguns dos efeitos hemodinâmicos do cloridrato de dobutamina podem ser quantitativa ou qualitativamente diferentes nas crianças em comparação aos adultos. Aumentos na freqüência cardíaca e na pressão arterial parecem ser mais freqüentes e intensos nas crianças. A pressão pulmonar pode não diminuir em crianças como acontece nos adultos ou pode eventualmente aumentar, especialmente em crianças com menos de um ano. Assim sendo, o uso de cloridrato de dobutamina em crianças deve ser cuidadosamente monitorado, mantendo em mente essas características farmacodinâmicas. – Interações medicamentosas: a potência do cloridrato de dobutamina pode estar diminuída se for administrado ao paciente antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos. Em tal caso, os efeitos alfa-adrenérgicos do cloridrato de dobutamina podem tornar-se aparentes, incluindo vasoconstrição periférica e hipertensão. ao contrário, o bloqueio alfa-adrenérgico pode tornar os efeitos beta-1 e beta-2 aparentes, resultando em taquicardia e vasodilatação. Não houve evidência de interações medicamentosas nos estudos clínicos, nos quais o cloridrato de dobutamina foi administrado simultaneamente com outras drogas, incluindo preparações digitálicas, furosemida, espironolactona, lidocaína, nitroglicerina, nitroprussiato, dinitrato de isosorbida, morfina, atropina, heparina, protamina, cloreto de potássio, ácido fólico e acetaminofeno.

Apresentação

Solução injetável em forma de solução estéril para uso exclusivamente intravenoso, em caixas contendo 1 ampola de 20 ml, contendo 250 mg de dobutamina. Cada ml da solução contém 12,5 mg de dobutamina, 0,18 mg de dióxido de enxofre sob a forma de bissulfito de sódio (adicionado durante o processo de fabricação) e água esterilizada Farm. Bras. q.s.p. Para ajuste de pH durante o processo de fabricação é adicionado Ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

Composição

Cada ampola contém: cloridrato de dobutamina,equivalente a dobutamina 250 mg; bissulfito de sódio 5,84 mg, água esterilizada Farm. Bras. q.s.p. 20 ml.

Laboratório

Eli Lilly do Brasil Ltda.

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Dopamina, Escandine, Inocor, Pentox

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