Princípio ativo: daunorrubicinaDaunoxome

Laboratório

United

Apresentação de Daunoxome

Daunoxome fornece citrato de daunorubicina equivalente a 50 mg de daunorubicina base em uma concentração de 2 mg/mL

Daunoxome – Indicações

Daunoxome é indicado como uma terapia citotóxica de primeira linha para sarcoma de Kaposi em estado avançado relacionado com o HIV. Daunoxome não é recomendado em pacientes em estágio menores que o sarcoma de Kaposi relacionado com o HIV em estado avançado.

Contra-indicações de Daunoxome

O tratamento com Daunoxome é contra-indicado em pacientes que tenham tido reação de hiper sensibilidade em tratamentos prévios com Daunoxome ou a qualquer um de seus constituintes.

Advertências

1. A função cardíaca deve ser monitorada regularmente em pacientes tratados com Daunoxome devido ao risco potencial de toxicidade cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva. A monitoração cardíaca é principalmente recomendada nos pacientes tratados previamente, com antraciclinas, de doença cardíaca pré-existente. 2. Pode ocorrer mielosupressão grave. 3. A administração do Daunoxome deve ser feita sob a supervisão de um médico habituado a usar agentes quimioterápicos em câncer. 4. A dosagem deve ser reduzida em pacientes com função hepática diminuída.(Ver DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO) 5. Uma tríade de sintomas; a saber dores nas costas, rubor e rigidez torácica foram relatados em 13,8 % dos pacientes (16/116) tratados com Daunoxome na Fase III do ensaio clínico, e em 2,7% em ciclo de tratamento (27/994). Em geral está tríade ocorre durante os primeiros cinco minutos da infusão, diminui com a interrupção da infusão, e geralmente não se repete se a infusão for reiniciada a um fluxo mais lento.

Uso na gravidez de Daunoxome

Categoria D Daunoxome pode causar danos ao feto se administrado à mulher grávida. Daunoxome foi administrado a ratas do 6° até o 15° dia de gravidez, a 0,3 -1,0 ou 2,0mg/kg/dia, (cerca de 1/20, 1/6, ou 1/3 da dosagem recomendada para seres humanos, dose base de mg/m2 ). Daunoxome causou uma toxicidade materna severa e embrioletalidade a uma dosagem de 2,0 mg/kg/dia e uma toxicidade de embriões e causou malformações fetais (anoftalmia, microftalmia, ossificação incompleta) numa dosagem de 0,3 mg/kg/dia. A toxicidade embrionária foi caracterizada pelo aumento da mortalidade fetal e um menor número de ninhadas, as quais tiveram seu tamanho reduzido. Não existem estudos de Daunoxome em mulheres grávidas. Se o Daunoxome for usado durante a gestação, ou se a paciente engravidar enquanto estiver se tratando com Daunoxome, deverá ser avisada sobre os riscos em potencial para o feto. As pacientes devem ser aconselhadas a evitar a gravidez enquanto estiverem sendo tratadas com Daunoxome.

Interações medicamentosas de Daunoxome

Na população de pacientes estudados, Daunoxome tem sido administrado a pacientes tratados com vários medicamentos concomitantes (por exemplo, agentes anti-retrovirais, agentes antivirais, agentes anti-infecciosos). Embora as interações de Daunoxome com outras drogas não tenham sido observados, nenhum estudo sistemático de interações foi realizado.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Daunoxome

Daunoxome contém daunorubicina, encapsulada dentro de um liposoma. A daunorubicina convencional causa mielosupressão aguda como efeito colateral limitado a dose administrada, apresentando o maior efeito nas série granulocítica. Além disso, a daunorubicina causou alopécia, náusea e vômitos, em um número significativo de pacientes tratados. O extravasamento da daunorubicina convencional pode causar uma necrose tissular local severa. A terapêutica crônica em um total de doses acima de 300 mg/m (2) causa uma cardiomiopatia relacionada com o acúmulo de doses, com insuficiência cardíaca congestiva. Quando administrada como Daunoxome, a daunorubicina apresenta uma farmacocinética substancialmente alterada e algumas diferenças relativas a toxicidade. A toxicidade aguda mais importante do Daunoxome continua sendo a mielosupressão, principalmente das séries granulocíticas, com efeitos consideravelmente menos marcantes nas plaquetas e séries eritrocitárias. Num ensaio clínico livre, padronizado, controlado realizado em 13 centros nos Estados Unidos e Canadá por sarcoma de Kaposi relacionado com HIV em estado avançado, foram comparados dois tipos de tratamento como terapia citotóxica de primeira escolha: Daunoxome e ABV (doxorubicina, bleomicina, e vincristina). Todas as drogas foram administradas por via intravenosa a cada 2 semanas. Os dados de segurança apresentados a seguir, incluem todos os efeitos adversos observados ou relatados, incluindo aqueles que não são considerados como relacionados com a droga. Os pacientes com o sarcoma de Kaposi relacionados com HIV adiantado, estão seriamente doentes devido à sua infecção subjacente e estão recebendo várias medicações concomitantes incluindo-se um antivirótico potencialmente tóxico e agentes anti-retrovirais. Portanto a contribuição do estudo de drogas para perfil dos efeitos adversos é difícil de ser estabelecida. O Quadro III resume os dados de segurança importantes: QUADRO III – RESUMO DOS DADOS DE SEGURANÇA IMPORTANTES Daunoxome n=116 / % de pacientes ABV n=111 / % de pacientes Neutropenia (< 0,001 A tríade de sintomas: dores nas costas, rubor e rigidez torácica foi relatada em 13,8% dos pacientes (16/116) tratados com Daunoxome na Fase III do teste clínico e em 2,7% dos ciclos de tratamento (27/994). A maioria dos episódios foi de suave a moderados em relação à severidade (12% dos pacientes e 2,5% do ciclo de tratamento). Foi relatada uma leve alopécia em 6% dos pacientes tratados com Daunoxome e uma alopécia moderada em 2% dos pacientes. Náuseas brandas foram relatadas em 35% dos pacientes tratados com Daunoxome, náusea moderada em 16% dos pacientes e náusea severa em 3% dos pacientes. Para os pacientes tratados com Daunoxome, foram relatados vômitos suaves em 10%, moderados em 10%, e severos em 3% dos pacientes. Embora um grau de inflamação 3-4 tenha sido relatado em 2 pacientes tratados com Daunoxome, não foi observada necrose tissular local com extravasamento. O Quadro IV apresenta uma listagem de todos os eventos brandos, moderados e severos que foram relatados em ambos os tipos de tratamentos no Protocolo 103-09 em > 5% de pacientes com Daunoxome. QUADRO IV EXPERIÊNCIAS ADVERSAS: PROTOCOLO 103-09 INSERIR Médio Moderado % Severo Daunoxome (n=116) ABV (n=111) Náusea 51 3 45 5 Fadiga 43 6 44 7 Febre 42 5 49 5 Diarréia 34 4 29 6 Tosse 26 2 19 0 Dispnéia 23 3 17 3 Dor de Cabeça 22 3 23 2 Reações Alérgicas 21 3 19 2 Dores Abdominais 20 3 23 4 Anorexia 21 2 26 2 Vômito 20 3 26 2 Rigidez 19 0 23 0 Dores nas Costas 16 0 8 0 Aumento da Sudorose 12 2 12 0 Neuropatia 12 1 98 3 Rinite 12 0 6 0 Edema 9 2 8 1 Dores no Peito 9 1 7 0 Depressão 7 6 0 Mal Estar 9 3 11 1 Estomatite 9 1 8 0 Alopecia 8 1 36 0 Tontura 8 0 9 0 Sinusite 8 0 5 1 Artralgia 7 0 6 0 Constipação 7 0 18 0 Mialgia 7 0 12 0 Pruridos 7 0 14 0 Insônia 6 0 14 0 Sintomas Semelhantes a Gripe 5 0 5 0 Tenesmo 4 1 1 0 Visão Anormal 3 2 3 0 Os eventos adversos a seguir foram relatados em < 5% dos pacientes tratados com Daunoxome, tabulados pelos sistemas do corpo humano: Corpo Como Um Todo: Infecção no local da inflamação Cardiovascular: Ondas de calor, hipertensão, palpitação, síncope, taquicardia. Digestivo: Aumento de apetite, disfagia, hemorragia gastrointestinal, gastrite, sangramento de gengiva, hemorróidas, hepatomegalia, melena, boca seca, cáries dentárias. Hemático e Linfático: Linfadenopatia, esplenomegalia. Metabólico e Nutricional: Desidratação, sede. Nervoso: Amnésia, ansiedade, ataxia, confusão, convulsões, labilidade emocional, andar anormal, alucinação, hipercinesia, hipertonia, meningite, sonolência, pensamento/raciocínio anormal, tremor. Respiratório: Hemoptise, infiltração pulmonar, salivação aumentada. Pele: Foliculite, seborréia, pele seca. Sensores especiais: Conjuntivite, surdez, dores nos ouvidos, dores nos olhos, alteração na gustação, tinitus. Urogenital: Diurese, enurese, poliúria.

Daunoxome – Posologia

Daunoxome pode ser administrado por via intravenosa durante um período de 60 minutos, em uma dosagem de 40 mg/m (2), com repetição da dose a cada duas semanas. As contagens sangüíneas devem ser repetidas antes de cada dose, e a terapia suprimida se a contagem de granulócitos absoluta estiver abaixo de 750 células/mm (3). O tratamento deve ser reiniciado até que hajam evidências de progressão da doença (exemplo, baseado na melhor resposta encontrada: novos locais viscerais envolvidos ou progresso da doença visceral; desenvolvimento de 10 ou mais novas lesões cutâneas ou um aumento de 25% no número de lesões comparados à linha base; uma alteração na característica de 25% ou mais, de todas as lesões achatadas previamente encontradas; aumento na superfície do indicador de lesões) ou outras complicações intercorrentes das doenças. Pacientes com Insuficiência Hepática e Insuficiência Renal Existem estudos clínicos limitados no tratamento de pacientes portadores de insuficiência hepática e renal com o Daunoxome. No entanto, baseado na experiência com a daunorubicina convencional, recomenda-se que a dosagem de Daunoxome seja reduzida se a bilirrubina ou creatinina for elevada como segue: bilirrubina sérica 1,2 a 3 mg/dL, administrar 3/4 da dose normal; bilirrubina sérica ou creatinina > 3 mg/dL, administrar 1/2 da dose normal. Não misturar o Daunoxome com outras drogas. Preparo da solução O Daunoxome pode ser diluído 1:1 com dextrose 5% antes da administração. Cada frasco de Daunoxome contém citrato de daunorubicina equivalente a 50 mg de daunorubicina base em uma concentração de 2 mg/mL. A concentração recomendada após a diluição é de 1 mg de daunorubicina por mL de solução.

Superdosagem

Os sintomas de uma superdosagem aguda são relacionados com a toxicidade observada nas doses terapêuticas limites de Daunoxome, mielosupressão (principalmente granulocitopenia), fadiga, náusea e vômitos.

Daunoxome – Informações

Mecanismo de Ação Daunoxome é um preparado liposomal de daunorubicina formulado para maximizar a seletividade da daunorubicina em tumores sólidos in situ. Ao mesmo tempo que na circulação, Daunoxome protege a daunorubicina encapsulada da degradação química e enzimática, diminui as ligações protéicas, e em geral diminui a absorção pelos tecidos normais, (sistema não reticular-endotelial). O mecanismo específico pelo qual o Daunoxome é capaz de liberar a daunorubicina em tumores sólidos in situ, não é conhecido. Contudo, acredita-se que seja uma função de uma crescente permeabilidade da neovasculatura do tumor para algumas partículas de dimensão semelhante ao Daunoxome. Em estudos com animais, a daunorubicina acumulou-se em tumores numa extensão maior quando administrada como Daunoxome do que quando administrada como daunorubicina. Uma vez dentro do ambiente tumoral, a daunorubicina é liberada aos poucos, permitindo exercer sua atividade neoplásica.

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