Princípio ativo: ciprofloxacino

Antibióticos – Receituário simples em duas vias

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Cipro® Solução para infusão

ciprofloxacino

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES

Cipro® é apresentado sob a forma de solução para infusão, na concentração de 0,2%, em frascos com 50, 100 e 200 ml.

VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cipro®100 Solução para infusão -50 ml de solução para infusão contêm 100 mg de ciprofloxacino e 450 mg de cloreto de sódio (7,75 mmol). Cipro®200 Solução para infusão -100 ml de solução para infusão contêm 200 mg de ciprofloxacino e 900 mg de cloreto de sódio (15,5 mmol). Cipro®400 Solução para infusão -200 ml de solução para infusão contêm 400 mg de ciprofloxacino e 1800 mg de cloreto de sódio (31 mmol). Componentes inertes: ácido láctico, cloreto de sódio, ácido clorídrico e água.

II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O ciprofloxacino, o componente ativo de Cipro®, pertence ao grupo das quinolonas. As quinolonas bloqueiam a girase, uma enzima bacteriana que tem um papel vital no metabolismo e na reprodução bacteriana, matando os germes causadores da doença.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

As indicações de Cipro® são as seguintes: Adultos: Para o tratamento de infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino: -do trato respiratório. Muitos dos microrganismos, p. ex. Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, Pseudomonas, Haemophilus, Moraxella, Legionella e Staphylococcus reagem com muita sensibilidade ao Cipro®. A maioria dos casos de pneumonia que não necessitam de tratamento hospitalar é causada por Streptococcus pneumoniae. Nesses casos, Cipro® não é o medicamento de primeira escolha; -do ouvido médio (otite média) e dos seios paranasais (sinusite), especialmente se causadas por Pseudomonas ou Staphylococcus; -dos olhos; -dos rins e/ou do trato urinário eferente; -dos órgãos reprodutores, inclusive inflamação dos ovários e das tubas uterinas (anexite), gonorréia e infecções da próstata (prostatite); Cipro® não é eficaz contra Treponema pallidum (causador da sífilis); -da cavidade abdominal (p. ex. do trato gastrintestinal, do trato biliar e do peritônio); -da pele e de tecidos moles; -dos ossos e articulações. Infecção generalizada (septicemia). Infecções ou risco de infecção (profilaxia) em pacientes com sistema imunológico comprometido, por exemplo pacientes em tratamento com medicamentos que inibem as defesas imunológicas naturais do organismo ou pacientes com número reduzido de glóbulos brancos do sangue. Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.

Crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos:

Para infecção aguda na fibrose cística (distúrbio metabólico hereditário que aumenta a produção e a viscosidade das secreções nos brônquios e no trato digestivo) causada por P. aeruginosa, se não houver possibilidade de outros tratamentos injetáveis mais eficazes. Não se recomenda Cipro® para outras indicações.

Antraz Para terapia imediata e para tratamento de antraz após inalação de bacilos de antraz (Bacillus anthracis).

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Contra-indicações

Não use Cipro® nas seguintes situações: -Alergia ao ciprofloxacino, ou aos medicamentos contendo outras quinolonas ou a qualquer componente da fórmula; -Gravidez ou amamentação; -Uso concomitante de tizanidina.

Advertências

Cipro® deve ser usado com muito cuidado nas seguintes situações: -Ocorreram alguns casos de reações alérgicas imediatas e graves, com inchaço de face, vasos sangüíneos e laringe, e dificuldade para respirar, podendo progredir para choque, com risco de vida, às vezes após a primeira administração. Nesses casos, parar imediatamente o uso de Cipro® e informar o médico.

-Se ocorrer diarréia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar o médico, pois pode ser sinal de doença intestinal séria, com possível risco de vida (colite pseudomembranosa), que exige tratamento imediato. Deve-se parar o uso de Cipro® e iniciar tratamento adequado (p.ex. vancomicina oral, 4 x 250 mg por dia). Não tome inibidores da motilidade gastrintestinal.

-Em alguns casos observou-se inflamação ou ruptura dos tendões (p.ex. tendão de Aquiles) com o uso de fluoroquinolonas (do grupo de Cipro®) observadas principalmente em idosos anteriormente tratados com corticosteróides. Na suspeita de inflamação de tendão, deve-se parar imediatamente

o uso de Cipro®e evitar esforço físico, podendo ser necessário um tratamento adequado. Cipro® deve ser usado com cautela nos pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados a tratamentos com quinolonas.

-Caso sofra de epilepsia, tendência a convulsões, antecedentes de convulsões, fluxo sangüíneo reduzido no cérebro, traumatismo craniano ou antecedente de derrame. Esses pacientes correm risco de efeitos indesejáveis no sistema nervoso central. Em alguns casos ocorreram distúrbios psicológicos (percepção alterada), levando à auto-exposição a situações de perigo, às vezes após o primeiro uso. Nesses casos, pare imediatamente o uso de Cipro® e informe o médico.

-Embora seja muito raro ocorrer sensibilidade à luz com o uso de ciprofloxacino, os pacientes não devem expor-se desnecessariamente à luz UV (sol em altitudes altas, solários). Deve-se interromper o tratamento se aparecerem reações cutâneas similares a queimaduras solares.

-Reações no local da aplicação intravenosa de ciprofloxacino foram observadas. Estas reações são mais freqüentes se o tempo de infusão for de 30 minutos ou menos. Estas reações podem desaparecer rapidamente após completar a infusão. Posteriores administrações intravenosas não são contra-indicadas, exceto se as reações piorarem ou reaparecerem.

Gravidez e amamentação

Cipro® não deve ser usado durante a gravidez, já que não há experiência sobre a sua segurança em mulheres grávidas. Estudos realizados com animais não evidenciaram malformações do feto, porém não é de todo improvável que o medicamento possa causar lesões na cartilagem articular de organismos imaturos.

Por princípio, não se recomenda o uso de Cipro® na amamentação.

NÃO DEVE SER USADO DURANTE A GRAVIDEZ E A AMAMENTAÇÃO, EXCETO SOB ORIENTAÇÃO MÉDICA. INFORME SEU MÉDICO SE OCORRER GRAVIDEZ OU SE INICIAR AMAMENTAÇÃO DURANTE O USO DESTE MEDICAMENTO.

Crianças, adolescentes e idosos

Na idade de 5 a 17 anos pode ser usado no caso específico descrito abaixo. Como ocorre com outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa lesão nas articulações que suportam o peso de animais jovens. Os dados de segurança em menores de 18 anos que sofriam principalmente de fibrose cística não evidenciaram lesão de articulação/cartilagem. Dados atuais confirmam o uso de Cipro® para o tratamento de infecção aguda na fibrose cística causada por P. aeruginosa em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Atualmente a experiência disponível sobre o uso em crianças e adolescentes com outras infecções e crianças com menos de 5 anos é insuficiente. Portanto, não deve ser usado para outras infecções e em menores de 5 anos.

Cipro® pode ser usado por idosos na menor dose possível estabelecida pelo médico.

PRECAUÇÕES
Condução de veículos e uso de máquinas.

Não dirija veículos nem opere máquinas durante o tratamento, pois Cipro® pode prejudicar a capacidade de reação e reduzir a habilidade para essas tarefas. Isso ocorre principalmente no início do tratamento, ao aumentar a dose, quando a medicação for alterada, e com o uso em conjunto, de bebidas alcóolicas.

A presença de cloreto de sódio (sal) no Cipro® solução para infusão, em frascos de vidro, deve ser considerada nos pacientes cujo teor de sódio é motivo de preocupação médica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Uso de Cipro® com outros medicamentos. A seguir, constam alguns medicamentos cujo efeito pode ser alterado se tomados com Cipro® ou que podem influenciar o efeito de Cipro®.

O uso simultâneo de Cipro® e probenecida aumenta a concentração de ciprofloxacino no sangue. O uso simultâneo de Cipro® e omeprazol pode levar a uma leve diminuição do pico de concentração plasmática (Cmax) e da biodisponibilidade (AUC) de ciprofloxacino. Não se deve administrar Cipro® com tizanidina, pois pode ocorrer um aumento indesejável nas concentrações séricas de tizanidina associado aos efeitos colaterais clinicamente importantes induzidos por esta, como queda da pressão e sonolência. A teofilina (para a asma) e Cipro® usados em conjunto pode aumentar a concentração de teofilina no sangue e a freqüência dos seus efeitos indesejáveis que, em alguns casos, podem ser fatais. Se o uso de ambos for inevitável, a concentração de teofilina no sangue deve ser observada e a dose reduzida conforme necessidade. O uso simultâneo com Cipro® pode retardar a excreção do metotrexato, aumentando o nível plasmático deste. Antiinflamatórios não-hormonais: estudos em animais mostraram que o uso combinado de doses muito altas de quinolonas e certos antiinflamatórios não-esteróides podem desencadear convulsões. Isto não se refere aos que contêm ácido acetilsalicílico. Observou-se em alguns casos, mau funcionamento temporário dos rins associado com aumento de creatinina no sangue ao se administrar Cipro® simultaneamente com ciclosporina. Nesses casos é necessário controlar cuidadosamente (duas vezes por semana) a concentração de creatinina. O uso simultâneo de Cipro® e varfarina pode aumentar o efeito desta. Em alguns casos, o uso ao mesmo tempo de Cipro® e glibenclamida pode aumentar o efeito desta e provocar falta de açúcar no sangue (hipoglicemia). O uso simultâneo de Cipro® e duloxetina pode levar a um aumento da concentração plasmática e da biodisponibilidade de duloxetina.

No uso concomitante de Cipro® com ropinirol ou de Cipro® com lidocaína, podem ocorrer interações entre si, acompanhadas de efeitos secundários. A concentração sérica de clozapina aumenta se administrada junto com Cipro®.

INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS, SE VOCÊ ESTIVER UTILIZANDO OU SE UTILIZOU RECENTEMENTE OUTROS MEDICAMENTOS, INCLUSIVE MEDICAMENTOS SEM RECEITA MÉDICA. NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

ASPECTO FÍSICO : Cipro® é uma solução para aplicação intravenosa (infusão), límpida, sem cor a levemente amarelada. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS: Cipro® é uma solução sem cheiro.

DOSAGEM

A dose geralmente recomendada pelo médico é a seguinte: Adultos:

IndicaçõesDose diária para adultos de ciprofloxacino (mg) Via intravenosaInfecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do microrganismo)2 x 200 a 400 mgInfecções do trato urinário:-aguda, não complicada2 x 100 mg-cistite em mulheres (antes da menopausa)dose única 100 mg-complicada2 x 200 mgGonorréia: -extragenital -aguda, não complicada2 x 100 mg dose única 100 mgDiarréia2 x 200 mgOutras infecções (vide indicações)2 x 200 a 400 mgInfecções graves, com risco de vida: -pneumonia estreptocócica -infecções recorrentes em fibrose cística -infecções ósseas e das articulações -septicemia -peritonite Principalmente quando causadas por Pseudomonas, Staphylococcus ou Streptococcus3 x 400 mg

Antraz: Adultos: 400 mg de ciprofloxacino i.v. duas vezes por dia. Crianças: 10 mg i.v./Kg de peso corpóreo duas vezes por dia. A dose máxima para crianças não deve exceder 400 mg (dose diária máxima: 800 mg i.v.). O tratamento deve começar imediatamente após a suspeita ou confirmação da inalação dos patógenos de antraz. Após administração intravenosa, pode-se prosseguir com o tratamento oral.

Pacientes idosos Pacientes idosos devem receber a menor dose de acordo com a gravidade da infecção e com a sua função renal.

Crianças e adolescentes A dose recomendada para infecção aguda causada por P. aeruginosa em pacientes de 5 a 17 anos com fibrose cística é de 3 vezes 10 mg/kg por dia i.v. (máximo 1.200 mg/dia).

Pacientes com mau funcionamento dos rins e do fígado:

Adultos

1. Recomendam-se as seguintes doses para a disfunção renal moderada ou grave:

1.1. Depuração de creatinina entre 30 e 50 ml/min (creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml), a dose máxima é de 800 mg por via endovenosa por dia.

  1. Depuração de creatinina inferior a 30 ml/min (creatinina sérica igual ou superior a 2 mg/100 ml), a dose máxima para administração i.v. é de 400 mg por dia.
  2. Disfunção renal e sob hemodiálise é a mesma dose após cada sessão de diálise que os pacientes com disfunção renal moderada ou grave (veja ponto 1).
  3. Disfunção renal e em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC), para peritonite, Cipro® pode ser adicionado ao dialisado (intraperitoneal) 4 x por dia, a cada 6 horas, na dose de 50 mg por litro de dialisado.A experiência clínica nessa indicação é limitada. São necessárias doses altas de Cipro® para atingir concentrações suficientes de ciprofloxacino no peritônio, devendo os efeitos colaterais ser atentamente observados. Ocorrendo efeito colateral de relevância clínica ou sintomas de superdose, deve-se diminuir a dose ou interromper a administração de Cipro®.
  4. Não é preciso ajustar a dose em caso de mau funcionamento do fígado.
  5. Em caso de mau funcionamento do fígado e dos rins, a dose deve ser a mesma usada para disfunção renal. Pode ser necessário monitorar a concentração de ciprofloxacino no sangue.

Crianças e adolescentes

Doses em crianças e adolescentes com funções renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.

COMO USAR

O tempo de infusão é de 60 minutos. A infusão lenta em uma veia de grande calibre evita desconforto ao paciente e reduz a irritação venosa. Pode ser administrado diretamente ou após mistura com soluções para infusão compatíveis. Cipro® deve ser administrado separado de outras soluções para infusão/medicamentos, a menos que esteja comprovada a compatibilidade. São sinais de incompatibilidade a precipitação, turvação e alteração de cor da solução. Há incompatibilidade com soluções para infusão/medicamentos física ou quimicamente instáveis no pH de Cipro® (p. ex. penicilinas, soluções de heparina), especialmente quando combinado com soluções de pH alcalino (pH de Cipro®: 3,9 a 4,5). Cipro® é compatível com soro fisiológico, solução de Ringer, solução de Ringer lactato e soluções de glicose a 5% e 10%. Use somente equipo com ponta siliconada de bisel agudo, introduzindo com cuidado em posição vertical pelo anel central da rolha.

Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. Em geral, o tratamento deve sempre prosseguir por pelo menos 3 dias após a febre e os sinais clínicos terem desaparecido. Em geral, a duração média do tratamento é:

Adultos

-1 dia, nos casos de gonorréia aguda não complicada e cistite; -até 7 dias para infecções de rins, trato urinário e cavidade abdominal; -em pacientes com baixa resistência (sistema imunológico comprometido), o tratamento deve prosseguir enquanto a contagem total de glóbulos brancos estiver reduzida (fase neutropênica); -no máximo 2 meses para inflamação da medula óssea (osteomielite); -7-14 dias para todas as outras infecções.

Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias, por risco de complicações tardias. Igualmente, as infecções por Chlamydia devem ser tratadas durante pelo menos 10 dias.

Crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos: 10 -14 dias para episódios de infecção aguda de fibrose cística causada por P. aeruginosa.

Antraz: 60 dias de tratamento para terapia imediata e para tratamento de infecções após a inalação de patógenos de antraz. Consulte seu médico se tiver a impressão de que os efeitos de Cipro® são muito fortes ou muito fracos.

NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. SIGA A ORIENTAÇÃO DO SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO. NÃO USE MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

Como qualquer medicamento, Cipro® pode ter efeitos indesejáveis. A freqüência é indicada da seguinte forma: Freqüentemente (entre 1% e 10%), Ocasionalmente (entre 0,1% e 1%), Raramente (entre 0,01% e 0,1%) e muito raramente (inferior a 0,01%).

Infecções e infestações Ocasionalmente: superinfecções micóticas. O tratamento prolongado ou repetido com Cipro® pode reduzir a sensibilidade das bactérias ao ciprofloxacino; por isso, o paciente pode infectar-se novamente com a mesma bactéria ou por leveduras antes da erradicação da infecção inicial. Raramente: colite (ou inflamação do intestino grosso) associado ao uso de antibiótico (muito raramente fatal).

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo Ocasionalmente: aumento dos glóbulos brancos do sangue (eosinofilia). Raramente: redução dos glóbulos brancos (leucopenia/neutropenia), redução de glóbulos vermelhos (anemia) ou de plaquetas (trombocitopenia), aumento de glóbulos brancos do sangue (leucocitose) e aumento persistente das plaquetas no sangue (trombocitemia). Muito raramente: aumento da degradação dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), redução de todas as células sangüíneas (pancitopenia com possível risco de vida), redução de glóbulos brancos com possíveis sintomas de calafrios, febre, bolhas na boca e garganta (agranulocitose), função da medula óssea reduzida (com possível risco de vida).

Distúrbios imunológicos Raramente: reação alérgica com inchaço/angioedema. Muito Raramente: reação alérgica intensa e choque alérgico (p. ex. inchaço do rosto, vascular e de laringe; dificuldade de respirar que pode levar a choque com risco de vida), (às vezes após a primeira administração) e reações similares àquelas associadas com doença do soro (p. ex. febre, inchaço dos gânglios linfáticos, vermelhidão da pele, urticária, inchaço).

Distúrbios metabólicos e nutricionais Ocasionalmente: falta de apetite (anorexia). Raramente: aumento da concentração de açúcar no sangue (hiperglicemia)

Distúrbios psiquiátricos Ocasionalmente: hiperatividade psicomotora / agitação. Raramente: confusão, desorientação, ansiedade, sonhos anormais, depressão e alucinações. Muito raramente: reações psicóticas

Distúrbios do sistema nervoso Ocasionalmente: dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, alteração do paladar. Raramente: sensações anormais, como por exemplo de queimação, formigamento, coceira ou zunido (parestesia), distúrbio da sensibilidade superficial, especialmente aos estímulos táteis (disestesia), tremor, convulsões, diminuição da sensibilidade geral (hipoestesia) e vertigem. Muito raramente: enxaqueca, distúrbios da coordenação, alteração do olfato, aumento da sensibilidade geral ou específica (hiperestesia), aumento da pressão intracraniana.

Distúrbios da visão

Raramente: alterações da visão Muito raramente: distorção visual das cores.

Distúrbios da audição e do labirinto: Raramente: zumbido e perda da audição. Muito raramente: alterações da audição.

Distúrbios cardíacos Raramente: taquicardia.

Distúrbios vasculares Raramente: dilatação dos vasos sangüíneos, pressão arterial baixa e perda da consciência (síncope). Muito raramente: vasculite.

Distúrbios respiratórios Raramente: dificuldade de respirar (dispnéia) incluindo condição asmática.

Distúrbios gastrintestinais Freqüentemente: enjôo e diarréia. Ocasionalmente: vômitos, dores gastrintestinais e abdominais, má digestão e gases. Muito raramente: inflamação do pâncreas (pancreatite).

Distúrbios hepatobiliares Ocasionalmente: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina. Raramente: distúrbio hepático, icterícia e hepatite (não infecciosa). Muito raramente: necrose de células do fígado que muito raramente evolui para insuficiência hepática potencialmente fatal.

Lesões da pele e do tecido subcutâneo Ocasionalmente: vermelhidão da pele (exantema), coceira e urticária. Raramente: sensibilidade à luz e formação de bolhas. Muito raramente: hemorragias pontilhadas da pele (petéquias), eritema nodoso, eritema exsudativo multiforme (forma branda) evoluindo para formas graves (síndrome de Stevens-Johnson potencialmente fatal) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente fatal).

Distúrbios musculoesqueléticos, tecido conectivo e ósseos Ocasionalmente: dor nas articulações. Raramente: dor muscular, inflamação nas articulações (artrite), aumento do tônus muscular e cãibras Muito raramente: fraqueza muscular, inflamação dos tendões (tendinite) e rupturas de tendões (predominantemente do tendão de Aquiles), piora dos sintomas da miastenia grave (fraqueza muscular grave).

Distúrbios renais e urinários Ocasionalmente: alteração da função renal. Raramente: inflamação dos rins (nefrite túbulo-intersticial), insuficiência renal, presença de sangue e de cristais na urina.

Distúrbios gerais Freqüentemente: reações locais na área de administração intravenosa. Ocasionalmente: dor inespecífica, mal-estar geral, febre. Raramente: inchaço, transpiração excessiva. Muito raramente: distúrbios da marcha.

Exames de laboratório Ocasionalmente: aumento da enzima hepática fosfatase alcalina Raramente: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

Há relatos de alguns casos de toxicidade renal reversível após superdose aguda. Nesses casos, portanto a função renal deve ser monitorada pelo médico.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Como Cipro® solução é sensível à luz, retire-o da caixa somente no momento do uso. A eficácia da solução não diluída é garantida por 3 dias sob condições de luz natural. Evite armazenar a solução sob refrigeração, pois pode ocorrer precipitação, embora esta se redissolva à temperatura ambiente. Por razões microbiológicas e de sensibilidade à luz, Cipro® deve ser usado imediatamente após sua mistura com soluções compatíveis.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

I) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas

O ciprofloxacino é um agente antibacteriano sintético, de amplo espectro (código ATC J01MA02).

Mecanismo de Ação

O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microorganismos gram-negativos e gram-positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano.

Mecanismo de Resistência

A resistência in vitro ao ciprofloxacino é freqüente por mutações das topoisomerases bacterianas e se desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas ocorre com uma freqüência entre 80%) e Staphylococcus sp (>90%) em particular, juntamente com os resultados favoráveis contra Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados com tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de atividade do Cipro®. O índice de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções foram os seguintes: Trato respiratório inferior e superior ….. >85% Trato urinário não complicadas ….. >90% Trato urinário complicadas ….. 97 -100% Pele e tecidos moles ….. 90% Ossos e articulações ….. 75% Gastrointestinais ….. 100% Bacteremia/septicemia ….. 94% Ginecológicas ….. 92% Otite maligna externa ….. 90% Prostatite crônica ….. 84 -91%

INDICAÇÕES

Adultos

Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino. · Trato respiratório: Cipro® pode ser considerado como tratamento recomendável em casos de pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis, Legionella e Staphylococci.

Cipro® não deve ser usado como medicamento de primeira escolha no tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia causada por Pneumococcus. · Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for causada por organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci. · Olhos. · Rins e/ou trato urinário eferente. · Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorréia e prostatite. · Cavidade abdominal (ex. infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato biliar e peritonite). · Pele e tecidos moles. · Ossos e articulações. · Sepse. Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico comprometido (ex. pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos). Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.

Crianças

No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em crianças foram realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é limitada. Não se recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes da mencionada acima. O tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios, pela possibilidade de reações adversas nas articulações e nos tecidos adjacentes.

Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis aerossolizado.

CONTRA-INDICAÇÕES Cipro® não deve ser usado em casos de hipersensibilidade ao ciprofloxacino, ou às outras quinolonas ou a qualquer um dos excipientes. É contra-indicada a administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina, pois pode ocorrer um aumento indesejável nas concentrações séricas de tizanidina associado aos efeitos colaterais clinicamente importantes induzidos por esta (hipotensão, sonolência, hipnestesia) (veja Interações Medicamentosas).

MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO

Cipro® deve ser administrado por infusão intravenosa, durante 60 minutos. A infusão deve ser lenta, em veia de grande calibre, para minimizar o desconforto do paciente e reduzir os riscos de irritação venosa. Pode ser administrado diretamente ou em diluição prévia, desde que utilizadas soluções de infusão compatíveis. Compatibilidades: Cipro® solução para infusão é compatível com soro fisiológico, solução de Ringer e solução de Ringer lactato, soluções de glicose a 5% e a 10%, solução de frutose a 10% e solução de glicose a 5% com 0,225% ou 0,45% de cloreto de sódio. Por razões microbiológicas e de sensibilidade à luz, Cipro® solução deve ser administrado imediatamente após a mistura com soluções compatíveis. Incompatibilidades: A solução para infusão deve ser sempre administrada separadamente, a não ser que seja compatível com outras soluções ou drogas para infusão. Constituem sinais visíveis de incompatibilidade: precipitação, turvação e descoloração da solução. Incompatibilidade é comum em todas as soluções ou em medicações física ou quimicamente instáveis ao pH da solução de Cipro® (ex.: penicilina, soluções de heparina), especialmente nas associações com soluções de pH alcalino (pH de Cipro® solução: 3,9 -4,5). Por causa da fotossensibilidade da solução, retirar o frasco da caixa somente no momento do uso. Sua eficácia se mantém por 3 dias sob condições de luz natural. Evitar armazenar a solução sob refrigeração, pois pode ocorrer precipitação, embora esta se redissolva à temperatura ambiente. Usar somente equipo com ponta siliconada de bisel agudo, introduzindo-o com cuidado em posição vertical pelo anel central da rolha, para evitar que caia dentro do frasco.

POSOLOGIA

Adultos

Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:

IndicaçõesDose diária para adultos de ciprofloxacino (mg) Via intravenosaInfecções do trato respiratório (dependendo da gravidade e do microrganismo)2 x 200 a 400 mgInfecções do trato urinário:-aguda, não complicada2 x 100 mg-cistite em mulheres (antes da menopausa)dose única 100 mg-complicada2 x 200 mgGonorréia: -extragenital -aguda, não complicada2 x 100 mg dose única 100 mgDiarréia2 x 200 mgOutras infecções (vide indicações)2 x 200 a 400 mgInfecções graves, com risco de vida: -pneumonia estreptocócica -infecções recorrentes em fibrose cística -infecções ósseas e das articulações -septicemia -peritonite Principalmente quando causadas por Pseudomonas, Staphylococcus ou Streptococcus3 x 400 mg

Idosos

Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da doença e da depuração de creatinina.

Crianças e adolescentes fibrose cística

Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes pediátricos com fibrose cística (idade entre 5 e 17 anos) e exacerbação pulmonar aguda associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, na dose de 10 mg/Kg i.v., 3 vezes por dia (dose máxima diária de 1200 mg).

Antraz por inalação (após exposição) Adultos: Administração intravenosa: 400 mg i.v., duas vezes por dia. Crianças: Administração intravenosa: 10 mg/Kg, duas vezes por dia. Não se deve exceder o teto máximo de 400 mg por dose (dose diária máxima: 800 mg). A administração do medicamento deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou confirmação de exposição.

Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos sintomas clínicos. Duração média do tratamento: 1 dia, nos casos de gonorréia aguda não complicada e cistite; até 7 dias, nos casos de infecção renal, trato urinário e cavidade abdominal; durante todo o período neutropênico, em pacientes com defesas orgânicas debilitadas; máximo de 2 meses, nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias, em todas as outras infecções. Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações posteriores. As infecções causadas por Chlamydia também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10 dias. A duração total do tratamento de antraz por inalação (após exposição) com ciprofloxacino i.v. ou oral) é de 60 dias.

Crianças

Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10 a 14 dias.

Posologia na insuficiência renal ou hepática

Adultos

1. Insuficiência renal

1.1 Depuração de creatinina entre 30 e 50 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 800 mg/dia.

  1. Depuração de creatinina inferior a 30 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal grave) ou concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 400 mg/dia.
  2. Insuficiência renal + hemodiálise

2.1. Depuração de creatinina entre 30 e 50 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 800 mg/dia.

  1. Depuração de creatinina inferior a 30 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal grave) ou concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 400 mg/dia, nos dias de diálise, após o procedimento.
  2. Insuficiência renal e diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)
  1. Acrescentar Cipro® solução ao dialisado (intraperitoneal): 50 mg de Cipro®/litro de dialisado, administrado 4 vezes por dia, a cada 6 horas.
  2. Insuficiência hepática: não há necessidade de ajuste de dose.
  3. Insuficiência renal e hepática

5.1. Depuração de creatinina entre 30 e 50 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal moderada) ou concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 800 mg/dia.

5.2. Depuração de creatinina inferior a 30 ml/min/1,73 m2 (insuficiência renal grave) ou concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 ml: a dose máxima diária de Cipro® por via intravenosa deverá ser de 400 mg/dia.

Crianças Doses em crianças com função renal e/ou hepática alterada não foram estudadas.

ADVERTÊNCIAS

Hipersensibilidade -Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose, devendo informar o médico imediatamente. Em raros casos reações anafiláticas ou anafilactóides podem progredir para um estado de choque, com risco de vida, em alguns casos após a primeira administração. Em tais circunstâncias, a administração de Cipro® deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (ex. tratamento para choque). Sistema gastrintestinal -Se ocorrer diarréia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que esse sintoma pode ocultar doença intestinal grave (colite pseudomembranosa, com possível evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato. Nesses casos, o ciprofloxacino deve ser descontinuado e deve ser iniciada uma terapêutica apropriada (p. ex. vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo são contra-indicados. Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia colestática, especialmente em pacientes com doença hepática precedente. Sistema musculoesquelético -Ao primeiro sinal de tendinite (ex. distensão dolorosa, inflamação), deve se consultar um médico e suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se cuidar para manter em repouso a extremidade afetada e evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão). Há relatos de ruptura de tendão (sobretudo tendão de Aquiles), predominantemente em idosos tratados anteriormente com glicocorticóides por via sistêmica.

O ciprofloxacino deve ser usado com cuidado nos pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados com tratamento quinolônico.

Sistema nervoso -Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (ex. limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sangüíneo cerebral, lesão cerebral ou acidente vascular cerebral), Cipro® deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos colaterais sobre o SNC. Em alguns casos, essas reações ocorreram logo após a primeira administração de Cipro®. Em casos raros podem ocorrer depressão ou reações psicóticas, que podem evoluir para um comportamento de auto-exposição a riscos. Nesse caso, Cipro® deve ser suspenso e informar o médico imediatamente.

Pele e anexos -O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, deve-se evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrer fotossensibilização (p. ex. reações tipo queimadura solar).

Citocromo P450 – o ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP 450 1A2. Deve-se ter cuidado quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática

(p. ex. teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, clozapina) são administrados concomitantemente. Pode-se observar um aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos colaterais específicos da droga devido à inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja Interações Medicamentosas).

Reações no local da injeção -Têm-se documentado reações no local da aplicação com o uso endovenoso de Cipro®, mais freqüentes se o tempo de infusão for menor ou igual a 30 minutos, que desaparecem rapidamente ao término da infusão. A administração subseqüente não é contraindicada, a não ser que as reações reapareçam ou se agravem.

Carga de cloreto de sódio na formulação i.v. (frasco-ampola) -Nos pacientes cujo teor de sódio constitui preocupação médica (pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal, síndrome nefrótica, etc.) a carga adicional de sódio deverá ser considerada. Veja teor de cloreto de sódio em COMPOSIÇÃO.

Habilidade para dirigir veículos e operar máquinas -A capacidade de reagir prontamente às situações pode ser alterada, comprometendo a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Tal fato ocorre principalmente com a ingestão concomitante de álcool.

Gravidez e lactação -Cipro® não deve ser prescrito a mulheres grávidas ou lactantes, já que não há experiência sobre a segurança da droga nessas pacientes; além disso, estudos realizados com animais sugerem não ser de todo improvável que o medicamento possa causar lesões na cartilagem articular de organismos imaturos (veja . Dados Pré-Clínicos de Segurança). Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA POR MULHERES GRÁVIDAS.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Uso em idosos Vide Posologia -Idosos.

Uso pediátrico Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia em animais imaturos em articulações que suportam peso. A análise dos dados de segurança disponíveis a respeito do uso do ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de idade, em sua maioria portadores de fibrose cística, não revelou qualquer evidência de danos a cartilagens ou articulações. Não se recomenda o uso de ciprofloxacino em outras indicações que não o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa e o tratamento de inalação de antraz (após exposição). A experiência clínica em outras indicações é limitada.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS probenecida: a probenecida interfere na secreção renal do ciprofloxacino. A administração concomitante de probenecida e Cipro® aumenta a concentração sérica de ciprofloxacino. omeprazol: a administração concomitante de ciprofloxacino e omeprazol reduz ligeiramente a Cmax e a AUC do ciprofloxacino. tizanidina: em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas de tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a 24 vezes) quando administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas. A tizanidina não deve ser administrada com ciprofloxacino (veja CONTRA-INDICAÇÕES). teofilina: a administração concomitante de ciprofloxacino e teofilina pode produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto pode causar efeitos adversos induzidos pela teofilina, os quais, em casos muito raros, podem pôr a vida em risco ou ser fatais. Quando o uso da associação for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente monitoradas e reduzir convenientemente a sua dose (veja Advertências). metotrexato: a administração concomitante de ciprofloxacino pode inibir o transporte tubular renal do metotrexato, podendo aumentar os níveis plasmáticos deste e o risco de reações tóxicas associadas ao metotrexato. Portanto, monitorar cuidadosamente pacientes tratados com metotrexato, se for indicada terapia simultânea com ciprofloxacino. Antiinflamatórios não-esteróides: estudos realizados com animais demonstraram que a associação de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos antiinflamatórios nãoesteróides (exceto o ácido acetilsalicílico) pode provocar convulsões. ciclosporina: a administração simultânea de ciprofloxacino e ciclosporina aumentou transitoriamente a creatinina sérica. Portanto, é necessário controlar a concentração de creatinina sérica nesses pacientes (duas vezes por semana). varfarina: o uso concomitante de ciprofloxacino e varfarina pode intensificar a ação da varfarina. glibenclamida: em casos individuais, a administração concomitante de ciprofloxacino e glibenclamida pode intensificar a ação desta (hipoglicemia). duloxetina: estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e Cmax da duloxetina. Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito similar pode ser esperado da administração concomitante. ropinirol: em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e ropinirol, um inibidor médio da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumentou a Cmax e AUC de ropinirol em 60 e 84%, respectivamente. Embora o tratamento com ropinirol tenha sido bem tolerado, pode ocorrer uma possível interação com o ciprofloxacino em uma administração concomitante, acompanhado de efeitos secundários. lidocaína: comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de lidocaína com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, reduz a depuração da lidocaína administrada por via intravenosa em cerca de 22%. O tratamento com lidocaína foi bem tolerado, contudo pode ocorrer uma interação com o ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado de efeitos secundários. clozapina: a concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e 31%, respectivamente, após administração simultânea de ciprofloxacino 250 mg durante 7 dias (veja Advertências e Precauções).

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e parenteral) classificadas por categoria de freqüência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n= 51721; dados de 15/05/2005). As reações adversas provenientes dos relatórios pós-comercialização (posição de 31/07/2005) estão impressos em itálico.

Freqüentemente: incidência entre 1% e menor que 10% Ocasionalmente: incidência entre 0,1% e menor que 1%

Raramente: incidência entre 0,01% e menor que 0,1% Muito raramente: incidência menor que 0,01%

Infecções e infestações

Ocasionalmente: super-infecções micóticas. Raramente: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Ocasionalmente: eosinofilia. Raramente: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e trombocitemia. Muito raramente: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (potencialmente fatal)e depressão da medula óssea (potencialmente fatal).

Distúrbios do sistema imunológico

Raramente: reação alérgica e edema alérgico/angioedema. Muito raramente: reação anafilática, choque anafilático (potencialmente fatal)e reações similares à doença do soro.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Ocasionalmente: anorexia. Raramente: hiperglicemia.

Distúrbios psiquiátricos

Ocasionalmente: hiperatividade psicomotora/agitação. Raramente: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão e alucinações. Muito raramente: reações psicóticas.

Distúrbios do sistema nervoso

Ocasionalmente: cefaléia, tontura, distúrbios do sono e alteração do paladar. Raramente: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões e vertigem. Muito raramente: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e hipertensão intracraniana.

Distúrbios visuais

Raramente: distúrbios visuais. Muito raramente: distorção visual das cores.

Distúrbios da audição e labirinto

Raramente: zumbido e perda da audição. Muito raramente: alteração da audição.

Distúrbios cardíacos

Raramente: taquicardia.

Distúrbios vasculares

Raramente: vasodilatação, hipotensão e síncope. Muito raramente: vasculite.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos

Raramente: dispnéia (incluindo condições asmáticas).

Distúrbios gastrintestinais

Freqüentemente: náusea e diarréia. Ocasionalmente: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência. Muito raramente: pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares

Ocasionalmente: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina. Raramente: transtorno hepático, icterícia e hepatite (não infecciosa). Muito raramente: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática potencialmente fatal).

Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos

Ocasionalmente: exantema, prurido e urticária. Raramente: reações de fotossensibilidade e vesículas inespecíficas. Muito raramente: petéquias, eritema multiforme leve, eritema nodoso, síndrome de Stevens- Johnson (potencialmente fatal) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente fatal).

Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético

Ocasionalmente: artralgia. Raramente: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras. Muito raramente: debilidade muscular, tendinite, ruptura de tendão (predominantemente do tendão de Aquiles) e exacerbação dos sintomas de miastenia grave.

Distúrbios renais e urinários

Ocasionalmente: alterações da função renal. Raramente: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulo-intersticial.

Distúrbios gerais

Freqüentemente: reações locais na área de administração intravenosa. Ocasionalmente: dor inespecífica, mal estar geral e febre. Raramente: edema e sudorese (hiperidrose). Muito raramente: alteração da marcha.

Exames laboratoriais

Ocasionalmente: aumento da fosfatase alcalina no sangue. Raramente: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.

SUPERDOSE

Em casos de superdose oral aguda, registrou-se ocorrência de toxicidade renal reversível. Portanto, além das medidas habituais de emergência, recomenda-se monitorar a função renal e administrar antiácidos contendo magnésio ou cálcio para reduzir a absorção do ciprofloxacino. Apenas uma pequena quantidade do ciprofloxacino (menos de 10%) é eliminada mediante hemodiálise ou diálise peritoneal.

ARMAZENAGEM

Cipro® deve ser conservado na embalagem original e em temperatura ambiente, entre 15°e 30ºC; evitar armazenar em refrigerador. A solução para infusão é sensível à luz; portanto, só deve ser retirada da embalagem externa no momento do uso. Uma vez retirada da embalagem, a solução para infusão permanece estável por três dias, à luz natural.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho.

CCDS14

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