Princípio ativo: tartarato de vareniclinaChampix
Champix* tartaratode vareniclina
PARTE I
IDENTIFICAÇÃO DOPRODUTO
Nome: Champix*
Nome genérico: tartarato de vareniclina
Forma farmacêutica: comprimido revestido
Via de administração:oral
Apresentações registradas:
Kit Início de Tratamento: Champix*embalagens contendo 11 comprimidos revestidos de 0,5 mg e 42comprimidos revestidos de 1 mg.
Kit Manutenção de Tratamento: Champix*embalagens contendo 112 comprimidos revestidos de 1 mg.
Kit Tratamento de Reforço: Champix*embalagens contendo 168 comprimidos revestidos de 1 mg.
Kit Tratamento Completo:Champix* embalagenscontendo 11 comprimidos revestidos de 0,5 mg e 154 comprimidosrevestidos de 1 mg.
USO ADULTO
Composição:
Cada comprimido revestido de Champix* 0,5 mg contémtartarato de vareniclina equivalente a 0,5 mg de vareniclina base.
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálciodibásico, croscarmelose sódica, dióxido desilício coloidal, estearato de magnésio, Opadry®branco (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol) eOpadry® transparente (hipromelose e triacetina).
Cada comprimido revestido de Champix* 1,0 mg contémtartarato de vareniclina equivalente a 1,0 mg de vareniclina base.
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálciodibásico, croscarmelose sódica, dióxido desilício coloidal, estearato de magnésio, Opadry®azul (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, coranteazul FD&C nº 2) e Opadry® transparente (hipromelose etriacetina).
PARTE II
INFORMAÇÕES AOPACIENTE
AÇÃO DO MEDICAMENTO
Champix* (tartarato de vareniclina) é um medicamento nãonicotínico utilizado para ajudar você a parar de fumar.
Champix* pode ajudar a reduzir o desejo intenso de fumar e ossintomas de abstinência associados ao fato de parar de fumar.
Embora não seja recomendado que você fume durante otratamento com Champix*, Champix* pode também diminuir oprazer do cigarro caso ainda assim você fume durante otratamento.
INDICAÇÕES DOMEDICAMENTO
Champix* (tartarato de vareniclina) é um medicamentoindicado para ajudar você a parar de fumar. As terapiasantitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso empacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebamaconselhamento e suporte adicionais.
RISCOS DO MEDICAMENTO
Contra-indicações
Champix* (tartarato de vareniclina) é contra-indicado apacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao tartarato devareniclina ou a qualquer componente da fórmula.
Advertências
Os efeitos da interrupção do tabagismo que ocorremno seu corpo, usando ou não Champix*, podem alterar a açãode outros medicamentos. Portanto, em alguns casos um ajuste de dosepode ser necessário (por ex., teofilina, um medicamento paratratar problemas respiratórios; varfarina, um medicamento quereduz a coagulação do sangue; e insulina, ummedicamento para tratar o diabetes). Se você tem dúvidas,consulte seu médico.
Ao final do tratamento, a descontinuação de Champix*foi associada com um aumento na irritabilidade, urgência emfumar, depressão e/ou insônia em até 3% dospacientes.
Informe ao seu médico se você tem problemas nos rins.Dependendo do problema, você pode precisar de uma dose menor deChampix*.
Informe ao seu médico se você faz uso de outromedicamento (vide “Interações Medicamentosas”).
Champix* pode ser utilizado a qualquer hora antes ou depois dasrefeições.
Não foram estudados a segurança e o benefíciode usar Champix* em combinação com outro medicamentoindicado para parar de fumar. Portanto, não se recomendautilizar Champix* com outro medicamento usado para parar de fumar.
Dados de estudos clínicos em indivíduos recebendoChampix* não mostraram evento adverso sugestivo de potencialpara o abuso. Não houve evidência que sugerisse efeitosrelacionados à descontinuação ou retirada domedicamento.
Estudos em animais demonstraram que a vareniclina (princípioativo de Champix*) não causa dependência psicológica.
Gravidez e Lactação
Gravidez
Você não deve tomar Champix * enquanto estivergrávida. Não se sabe se o tartarato de vareniclina éseguro para ser utilizado durante a gravidez.
Você deve tentar parar de fumar se estiver grávida oupretender engravidar. Parar de fumar vai trazer benefíciostanto para você quanto para a saúde do bebê.Informe ao seu médico se você está planejandoengravidar. Se você deseja iniciar o tratamento com Champix*,marque uma data para parar de fumar e finalize o tratamento paradepois engravidar.
Este medicamento não deve ser utilizado pormulheres grávidas sem orientação médicaou do cirurgião-dentista.
Lactação
Embora não tenha sido estudado, Champix* pode ser excretadono leite materno. Você e seu médico devem discutir umamaneira alternativa para alimentar o seu bebê se vocêiniciar o tratamento com Champix*.
Precauções
Vide “Advertências”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos eoperar máquinas
Você deve ter cautela ao dirigir veículos e operarmáquinas até que se saiba como a interrupçãodo tabagismo e/ou o tratamento com Champix* pode afetá-lo.
Interações medicamentosas
Informe ao seu médico se você está tomando ouse tomou recentemente outro medicamento, inclusive os que nãonecessitam de prescrição. Devido ao modo como otartarato de vareniclina é excretado do organismo, nãose espera que outros medicamentos tenham interação como Champix*.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR PESSOASMENORES DE 18 ANOS DE IDADE.
INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTAO APARECIMENTO DE REAÇÕESINDESEJÁVEIS.
INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTASE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTROMEDICAMENTO.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEUMÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.
MODO DE USO
Champix* (tartarato de vareniclina) 0,5 mg é um comprimidorevestido branco com formato de cápsula biconvexa.
Champix* 1 mg é um comprimido revestido azul claro comformato de cápsula biconvexa.
Os comprimidos revestidos de Champix* 0,5 mg e 1 mg apresentamsabor e odor característicos.
Você terá mais chance de parar de fumar se estivermotivado. Seu médico deve aconselhar você e fornecerinformações adicionais para que a sua tentativa deparar de fumar tenha sucesso.
Sempre tome Champix* exatamente como o seu médico receitou.Se você tiver dúvidas, consulte o seu médico.
Os comprimidos de Champix* devem ser engolidos inteiros com água.Champix* pode ser tomado com ou sem alimentos.
Antes de iniciar o tratamento com Champix*, você deveestabelecer uma data para parar de fumar na segunda semana detratamento (a partir do 8º dia). Você deve anotar estadata na embalagem para que não a esqueça. Se vocênão conseguir tente novamente, algumas pessoas necessitam demais tempo para Champix* fazer efeito.
A dose recomendada de Champix* para adultos que você deveseguir a partir do primeiro dia encontra-se na tabela a seguir:
1º ao 3º dia
Tomar 1 comprimido de Champix* de 0,5 mg (comprimido branco),uma vez ao dia.
4º ao 7º dia
Tomar 1 comprimido de Champix* de 0,5 mg (comprimido branco),a cada 12 horas (todos os dias nos mesmos horários,preferencialmente um comprimido pela manhã e outro ànoite).
8º até o final do tratamento
Tomar 1 comprimido de Champix* de 1 mg (comprimido azulclaro), a cada 12 horas (todos os dias nos mesmos horários,preferencialmente um comprimido pela manhã e outro ànoite).
Após as 12 semanas de tratamento, se você tiverparado de fumar, seu médico poderá receitar umtratamento adicional por mais 12 semanas com Champix* 1 mg a cada 12horas, a fim de aumentar a chance da sua tentativa de parar de fumarter sucesso.
Se você não parar de fumar durante as 12 semanasiniciais de tratamento, ou se você voltar a fumar novamentedepois do tratamento, você deve fazer outra tentativa de pararde fumar. No entanto, antes de iniciar a outra tentativa, vocêdeve procurar entender as razões por que sua tentativaanterior de parar de fumar falhou; então sua nova tentativaterá mais chance de ter sucesso.
Você deve avisar ao seu médico caso apresenteproblemas renais (nos rins) antes de iniciar o tratamento comChampix*.
Champix* não é recomendado para pessoas com menos de18 anos de idade.
Instruções no esquecimento da dose
Caso você esqueça de tomar Champix* no horárioestabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar apróxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima,continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seumédico. Neste caso, não tome o medicamento em dobropara compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia dotratamento.
SIGA A ORIENTAÇÃO DO SEU MÉDICO,RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E ADURAÇÃO DO TRATAMENTO.
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DOSEU MÉDICO.
NÃO USE MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADEVENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DOMEDICAMENTO.
ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO OU MASTIGADO.
REAÇÕES ADVERSAS
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado avários sintomas. Por exemplo, disforia ou humor deprimido;insônia, irritabilidade, frustração ou raiva;ansiedade; dificuldade de concentração; agitação;diminuição da frequência cardíaca;aumento do apetite ou ganho de peso, foram relatados em pacientestentando parar de fumar.
Como todos os medicamentos, Champix* (tartarato de vareniclina)pode causar reações adversas, embora nem todos ospacientes apresentem.
Reações adversas muito comuns que podemafetar mais do que 1 em 10 pessoas: sonhos anormais,insônia, dor de cabeça, náuseas.
Reações adversas comuns que podem afetarmais do que 1 em 100 pessoas: aumento do apetite,sonolência, tontura, disgeusia (alterações dopaladar), vômitos, prisão de ventre, diarréia,distensão abdominal, desconforto estomacal, dispepsia (mádigestão), excesso de gases, boca seca, fadiga (cansaço).
Reações adversas incomuns que podem afetarmais do que 1 em 1000 pessoas: bronquite (inflamaçãodos brônquios), nasofaringite (sintomas de gripe), sinusite,infecção por fungos, infecção por vírus,anorexia (perda do apetite), diminuição do apetite,polidipsia (sede excessiva), reação de pânico,bradifemia (lentidão anormal da fala), pensamentos anormais,alterações de humor, tremor, coordenaçãoanormal, disartria (dificuldade de articular as palavras), hipertonia(aumento da tensão muscular), agitação, disforia(sensação de aborrecimento ou desconforto), hipoestesia(diminuição da sensibilidade), hipogeusia (diminuiçãodo paladar), letargia (sensação de cansaçoexcessivo com ou sem sonolência), aumento ou diminuiçãoda libido (desejo sexual), fibrilação atrial,palpitações, escotoma (pontos ou áreas escuras –sem visão – no campo visual), coloração daesclera (alteração da cor do globo ocular), dor ocular,midríase (pupila dilatada), fotofobia (irritaçãodos olhos na presença de luz), miopia, aumento dolacrimejamento, zumbido, dispnéia (falta de ar), tosse,rouquidão, dor faringolaringeana (dor de garganta), irritaçãoda garganta, congestão do trato respiratório, congestãodos seios da face, gotejamento pós-nasal, rinorréia(corrimento nasal), ronco, hematêmese (vômitos comsangue), hematoquezia (eliminação de fezes com sangue),gastrite (irritação do estômago), doençado refluxo gastroesofágico (refluxo do estômago para oesôfago), dor abdominal, alteração dos hábitosintestinais, fezes anormais, eructação (arroto),estomatite aftosa (aftas), dor gengival, língua saburrosa,erupções na pele, eritema (vermelhidão na pele),prurido (coceira), acne, hiperidrose (aumento do suor), sudoresenoturna (transpiração noturna), rigidez nasarticulações, espasmos musculares, dor na paredetorácica (no tórax), costocondrite (inflamaçãode uma ou mais cartilagens das costelas), glicosúria (presençade glicose na urina), noctúria (necessidade de urinarfrequentemente à noite), poliúria (eliminaçãoexcessiva de urina), menorragia (menstruaçãoexcessivamente prolongada ou abundante), corrimento vaginal,disfunção sexual, desconforto no tórax, dor notórax, pirexia (febre), sensação de resfriado,astenia (fraqueza), distúrbio do ritmo normal do sono,mal-estar, cisto, aumento da pressão arterial, alteraçõesdo eletrocardiograma, aumento da frequência cardíaca,teste de função hepática (no fígado)anormal, diminuição da contagem de plaquetas (plaquetassão elementos responsáveis pela coagulaçãodo sangue), aumento do peso, sêmen anormal, aumento da proteínaC reativa (um tipo de teste laboratorial), diminuiçãode cálcio no sangue.
Experiência pós-comercialização
Os seguintes eventos adversos foram relatados durante o períodopós-comercialização de Champix*. Uma vez queesses eventos foram relatados voluntariamente por uma populaçãode tamanho incerto, não é sempre possívelestimar fielmente sua frequência ou estabelecer a relaçãocausal da exposição ao fármaco.
Houve relatos de depressão, agitação,alteração de comportamento, idéias suicidas esuicídio em pacientes tentando parar de fumar durante otratamento com Champix*. Parar de fumar com ou sem tratamento estáassociado com os sintomas da retirada da nicotina e a exacerbaçãoda doença psiquiátrica de base. Nem todos os pacientesnestes relatos apresentavam doença psiquiátricapré-existente conhecida e nem todos pararam de fumar. A funçãoda vareniclina nestes relatos não é conhecida.
ATENÇÃO: ESTE É UM MEDICAMENTO NOVOE, EMBORA AS PESQUISAS TENHAM INDICADO EFICÁCIAE SEGURANÇA ACEITÁVEIS PARA COMERCIALIZAÇÃO,EFEITOS INDESEJÁVEIS E NÃO CONHECIDOS PODEMOCORRER. NESTE CASO, INFORME AO SEU MÉDICO.
CONDUTA NA SUPERDOSE
Se acidentalmente você tomar uma dose maior do que aprescrita pelo seu médico, você deve procurarassistência médica assim que possível, nãoesquecendo de levar a caixa do medicamento.
Nos estudos clínicos realizados antes da comercializaçãode Champix* (tartarato de vareniclina) não foram relatadoscasos de superdosagem.
CUIDADOS DE CONSERVAÇÃOE USO
Champix* (tartarato de vareniclina) deve ser conservado emtemperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz eumidade.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DASCRIANÇAS.
PARTE III
INFORMAÇÕES TÉCNICASAOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CARACTERÍSTICASFARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
A vareniclina, desenvolvida especificamente para a interrupçãodo tabagismo, liga-se com alta afinidade e seletividade aosreceptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais α4 β 2, onde age como um agonista parcial – um composto quetem atividades tanto agonistas com eficiência intrínsecamenor que a nicotina e antagonistas na presença de nicotina.
Estudos in vitro de eletrofisiologia e estudosneuroquímicos in vivodemonstraram que a vareniclinase liga aos receptores acetilcolínicos nicotínicosneuronais α 4 β 2 e estimula a atividade mediada peloreceptor, porém em nível significativamente menor doque a nicotina. A nicotina compete pelo mesmo sítio de ligaçãohumano α 4 β 2 nAChR pelo qual a vareniclina tem maiorafinidade. Por isso, a vareniclina pode bloquear de forma eficaz acapacidade da nicotina de ativar totalmente o receptor α 4 β2 e estimular o sistema nervoso central mesolímbico dadopamina, que se acredita ser o mecanismo neuronal subjacente dereforço e recompensa experimentado após fumar. Avareniclina é altamente seletiva e se liga mais potentementeao subtipo de receptor α 4 β 2 (Ki=0,15 nM) do que aoutros receptores nicotínicos comuns ( α 3 β 4Ki=84 nM, α 7 Ki=620 nM, α 1 βγ δKi=3.400 nM), ou a receptores e transportadores não-nicotínicos(Ki>1 mcM, exceto para receptor 5-HT3: Ki=350 nM). A vareniclinatambém se liga com afinidade moderada (Ki=350 nM) ao receptor5-HT3.
Acredita-se que a eficácia da vareniclina na interrupçãodo tabagismo é resultado da atividade agonista parcial davareniclina no receptor nicotínico α 4 β 2 onde sualigação produz um efeito suficiente para aliviar ossintomas de desejo intenso e síndrome de abstinência(atividade agonista), ao mesmo tempo em que resulta em bloqueio dosefeitos de recompensa e reforço do tabagismo ao evitar aligação da nicotina aos receptores α 4 β 2(atividade antagonista).
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
As concentrações plasmáticas máximasda vareniclina ocorrem tipicamente dentro de 3-4 horas após aadministração oral. Após a administraçãode doses múltiplas orais a voluntários sadios, foramatingidas condições de estado de equilíbriodentro de 4 dias. A absorção é quase completaapós administração oral e a disponibilidadesistêmica é alta. A biodisponibilidade oral davareniclina não é afetada por alimentos ou pelo horáriode administração.
Distribuição
A vareniclina se distribui nos tecidos, incluindo o cérebro.O volume médio de distribuição aparente éde 415 litros (%CV=50) no estado de equilíbrio. A taxa deligação a proteínas plasmáticas davareniclina é baixa ( ≤ 20%) e não depende nem daidade nem da função renal.
Metabolismo
A vareniclina sofre metabolismo mínimo com 92% sendoexcretado na forma inalterada na urina e menos que 10% excretada comometabólitos. Os metabólitos secundários na urinaincluem a vareniclina N-carbamoilglicuronídeo ehidroxivareniclina. Na circulação, a vareniclinacompreende 91% do material relacionada ao fármaco. Osmetabólitos secundários circulantes incluem vareniclinaN-carbamoilglicuronídeo e N-glicosilvareniclina.
Excreção
A meia-vida de eliminação da vareniclina é deaproximadamente 24 horas. A eliminação renal davareniclina ocorre principalmente através da filtraçãoglomerular associada à secreção tubular ativapor meio do transportador catiônico orgânico, OCT2.
Linearidade/Não-linearidade
A vareniclina exibe cinética linear quando administrada emdose única (0,1 a 3 mg) ou em doses repetidas (1 a 3 mg/dia).
Farmacocinética em populações especiaisde pacientes
Não existem diferenças clinicamente significativasde farmacocinética da vareniclina devido à idade, raça,sexo, fumantes ou não fumantes ou uso de medicamentosconcomitantes, como demonstrado em estudos farmacocinéticosespecíficos e nas análises de farmacocinéticapopulacional.
Pacientes com insuficiência hepática
Devido à ausência de metabolismo hepáticosignificativo, a farmacocinética da vareniclina nãodeve sofrer alteração em pacientes com insuficiênciahepática (vide “Posologia”).
Pacientes com insuficiência renal
A farmacocinética da vareniclina permaneceu inalterada empacientes com insuficiência renal leve ( clearance decreatinina estimado > 50 mL/min e ≤ 80 mL/min). Em pacientescom insuficiência renal moderada ( clearance decreatinina estimado ≥ 30 mL/min e ≤ 50 mL/min), a exposiçãoda vareniclina aumentou 1,5 vez em comparação com osindivíduos com função renal normal ( clearancede creatinina estimado > 80 mL/min). Em indivíduos cominsuficiência renal grave ( clearance de creatininaestimado < 30 mL/min), a exposição àvareniclina aumentou 2,1 vezes. Em pacientes com doença renalem estágio terminal que fazem 3 horas de hemodiálise 3vezes por semana, a exposição à vareniclinaaumentou 2,7 vezes após a administração de 0,5mg uma vez ao dia. A Cmáx e a AUC nestes pacientes foi similara pacientes saudáveis recebendo 1 mg duas vezes ao dia. Nestespacientes, a vareniclina foi eficientemente removida por hemodiálise.Embora nenhum ajuste de dose seja necessário, para pacientescom insuficiência renal leve a moderada, uma frequênciade administração reduzida de 1 mg em dose únicadiária é recomendada para pacientes com insuficiênciarenal grave (vide “Posologia – Pacientes cominsuficiência renal”). A administração deveser iniciada com 0,5 mg em dose única diária nos 3primeiros dias e, em seguida, deve ser aumentada para 1 mg em doseúnica diária.
Pacientes idosos
Um estudo farmacocinético combinado de dose única ede doses múltiplas demonstrou que a farmacocinética de1 mg de vareniclina administrada uma vez ao dia ou a cada 12 horas a16 idosos sadios fumantes de ambos os sexos (entre 65 e 75 anos deidade) por 7 dias consecutivos foi semelhante à de pacientesmais jovens.
A farmacocinética da vareniclina em pacientes idosos comfunção renal normal (entre 65 e 75 anos de idade) ésimilar ao dos adultos jovens. Em pacientes idosos com insuficiênciarenal grave, é recomendado ajuste de dose (vide “Posologia– Pacientes com insuficiência renal”).
Pacientes pediátricos
Como a segurança e a eficácia da vareniclina empacientes pediátricos não foram estabelecidas, nãose recomenda o uso da vareniclina em pacientes com menos de 18 anosde idade.
Quando 22 pacientes pediátricos com idade entre 12 e 17anos (inclusive) receberam uma dose única de 0,5 mg e de 1 mgde vareniclina, a farmacocinética da vareniclina foiaproximadamente proporcional à dose entre as doses de 0,5 mg e1 mg. A exposição sistêmica, conforme determinadopela AUC(0-inf), e o clearance renal da vareniclina foramcomparáveis aos de uma população adulta (vide“Posologia – Pacientes pediátricos”).
Dados de segurança pré-clinica
Carcinogênese, mutagênese e alteraçõesda fertilidade
Estudos de carcinogenicidade ao longo da vida foram realizados emcamundongos CD-1 e ratos Sprague-Dawley. Não háevidências de efeitos carcinogênicos em camundongos quereceberam a vareniclina por gavagem por 2 anos em doses de até20 mg/kg/dia (47 vezes a dose diária máxima recomendadapara humanos baseado na AUC). Aos ratos foram administradosvareniclina (1, 5, e 15 mg/kg/dia) por gavagem por 2 anos. Em ratosmachos (n = 65 por sexo por grupo de dose), as incidências dehibernoma (tumor de gordura castanha) aumentaram com a doseintermediária (1 tumor, 5 mg/kg/dia, 23 vezes a dose diáriamáxima recomendada para humanos baseada na AUC) e dose máxima(2 tumores, 15 mg/kg/dia, 67 vezes a dose diária máximarecomendada para humanos baseada na AUC). A relevância clínicadestes achados para humanos ainda não foi estabelecida. Nãohá evidências de carcinogenicidade em ratas fêmeas.
A vareniclina não apresentou efeitos genotóxicos,com ou sem ativação metabólica, com base nosseguintes ensaios: ensaio de mutação bacteriana deAmes; ensaio CHO/HGPRT em mamíferos; e testes in vivo paraaberrações citogênicas em medula óssea deratos e in vitro em linfócitos humanos.
Não houve evidências de danos à fertilidade emratos Sprague-Dawley machos e fêmeas que receberamsuccinato de vareniclina até 15 mg/kg/dia (67 e 36 vezes,respectivamente, a dose diária máxima recomendada parahumanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia). Entretanto, umaredução na fertilidade foi percebida na prole de ratasprenhas que receberam succinato de vareniclina na dose oral de 15mg/kg/dia (36 vezes a dose diária máxima recomendadapara humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia). Esta reduçãona fertilidade na prole de ratas tratadas não foi evidente nadose oral de 3 mg/kg/dia (9 vezes a dose diária máximarecomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia).
Teratogênese
O succinato de vareniclina não foi teratogênico emratos e coelhos em doses orais de até 15 e 30 mg/kg/dia,respectivamente (36 e 50 vezes a dose diária máximarecomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg a cada 12 horas,respectivamente).
Efeitos não-teratogênicos
Demonstrou-se que o succinato de vareniclina apresenta um eventoadverso sobre o feto nos estudos de reprodução emanimais. A administração do succinato de vareniclina acoelhas prenhes resultou em pesos fetais reduzidos com uma dose oralde 30 mg/kg/dia (50 vezes a AUC em humanos com a dose de 1 mg a cada12 horas); esta redução não foi evidente apóstratamento com 10 mg/kg/dia (23 vezes a dose diária máximarecomendada para humanos baseada na AUC). Além disso, na prolede ratas prenhes tratadas com succinato de vareniclina ocorreramreduções da fertilidade e aumentos da resposta aestímulo auditivo com uma dose oral de 15 mg/kg/dia (36 vezesa dose diária máxima recomendada para humanos baseadana AUC com a dose de 1 mg a cada 12 horas).
Dados pré-clínicos indicam que a vareniclina reforçapropriedades embora com potência menor que a nicotina. Alémdisso, em estudos clínicos em humanos, a vareniclina possuibaixo potencial de abuso.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia de Champix * (tartarato de vareniclina) nainterrupção do tabagismo foi demonstrada em 3 estudosclínicos envolvendo fumantes crônicos de cigarros ( ≥10 cigarros/dia). Um total de 2.619 fumantes receberam vareniclina 1mg duas vezes/dia (titulado durante a primeira semana), 669 pacientesreceberam bupropiona 150 mg duas vezes/dia (também portitulação) e 684 pacientes receberam placebo.
Estudos clínicos comparativos
Dois estudos clínicos duplo-cegos idênticoscompararam prospectivamente a eficácia de Champix * (1 mg, acada 12 horas), de bupropiona de liberação prolongada(150 mg, a cada 12 horas) e de placebo na interrupçãodo tabagismo. Nestas 52 semanas de duração dos estudos,os pacientes receberam tratamento por 12 semanas, seguido por umafase de não tratamento de 40 semanas.
Em todos os estudos, foram proporcionados aos pacientes, livroseducacionais sobre a interrupção do tabagismo ereceberam até 10 minutos de aconselhamento para interromper otabagismo a cada visita semanal de tratamento, de acordo com a Agencyfor Healthcare Research and Quality guideline. Os pacientesdevem fixar uma data para parar de fumar (data limite para parar) cominício da dose 1 semana antes desta data.
O endpoint primário dos dois estudos foi a taxa derenúncia contínua (4W-CQR) em 4 semanas confirmada pelamedida do monóxido de carbono (CO) da semana 9 até asemana 12. O endpoint primário para Champix *demonstrou superioridade estatística sobre a bupropiona e oplacebo.
Após 40 semanas da fase de não-tratamento, osendpoints secundários principais para ambos osestudos foram a Taxa de Abstinência Contínua (AC) naSemana 52. A Taxa de Abstinência Contínua foi definidacomo a proporção de todos os pacientes tratados que nãofumaram (nem mesmo uma tragada de cigarro) da Semana 9 até aSemana 52 e não apresentaram uma medida de monóxido decarbono exalado > 10 ppm. A Taxa de Renúncia Contínuaem 4 semanas (semana 9 a 12) e Taxa de Abstinência Contínua(semana 9 a 52) dos estudos 1 e 2 estão incluídas natabela a seguir:
Estudo 1
(n=1.022)
Estudo 2
(n=1.023)
4W-CQR
AC
Semana 9-52
4W-CQR
AC
Semana 9-52
Champix*
44,4%
22,1%
44,0%
23,0%
bupropiona
29,5%
16,4%
30,0%
15,0%
placebo
17,7%
8,4%
17,7%
10,3%
Odds ratio vareniclina vs.placebo
3,91
p<0,0001
3,13
p<0,0001
3,85
p<0,0001
2,66
p<0,0001
Odds ratio vareniclina vs.bupropiona
1,96
p<0,0001
1,45
p<0,0640
1,89
p<0,0001
1,72
p<0,0062
Diferença entre vareniclina e placebo
26,7%
p<0,0001
13,7%
p<0,0001
26,3%
p<0,0001
12,7%
p<0,0001
Diferença entre vareniclina e bupropiona
14,9%
p<0,0001
5,7%
p<0,0640
14,0%
p<0,0001
8,0%
p<0,0062
Análise dos subgrupos: Idade, Sexo e Raça
Foram conduzidas análises de subgrupos entre indivíduosque tinham recebido vareniclina 1 mg duas vezes ao dia, em estudos de12 semanas placebo-controlados (N=1750). Esta populaçãoera composta de proporções similares de homens (53,5%)e mulheres (46,5%) e de indivíduos <45 anos (55,0%) e ≥45 anos de idade (45,0%). A maioria dos indivíduos nos estudosera da raça branca (81,1%), o restante era da raçanegra (11,2%) ou amarela mais outros grupos (7,7%).
Foi demonstrado em todos os subgrupos um índice mais altode cessação de tabagismo no final do tratamento emindivíduos que receberam vareniclina do que em indivíduosque receberam placebo. O efeito do tratamento com a vareniclinacomparado com o placebo, medido por razões de chance (eassociado a intervalos de confiança de 95%) foi de 3,69 (2,73;5,00) para homens e 4,74 (3,36; 6,67) para mulheres; 3,58 (2,63;4,86) para indivíduos <45 anos e 4,67 (3,40; 6,66) paraindivíduos ≥ 45 anos de idade. Nas análises porraça, o pequeno número de indivíduos que nãosão da raça branca limita a possibilidade de se estimarde forma precisa o efeito do tratamento nessas subpopulações;os efeitos do tratamento foram de 4,57 (3,55; 5,87) para indivíduosda raça branca, 1,72 (0,84, 3,50) para indivíduos daraça negra e 4,08 (1,76; 9,50) para subgrupos da raçaamarela e outros.
Para abstinência contínua por períodoprolongado até a semana 52, o efeito do tratamento devareniclina comparado com o placebo foi de 2,73 (1,86; 4,01) parahomens e 3,87 (2,45; 6,12) para mulheres; 3,43 (2,25; 5,23) paraindivíduos <45 anos e 2,83 (1,88; 4,25) para indivíduos≥ 45 anos de idade. Nas análises por raça, osefeitos do tratamento foram 3,15 (2,30; 4,32) para indivíduosda raça branca, 2,56 (0,86; 7,63) para indivíduos daraça negra e 4,15 (1,27; 13,6) para subgrupos da raçaamarela e outros.
Pacientes que relataram efeitos de desejo intenso,síndrome de abstinência e de reforçodo tabagismo
Tanto no Estudo 1 como no Estudo 2, avaliações dosResultados Relatados de Pacientes demonstraram que o desejo intenso ea síndrome de abstinência foram significativamentereduzidos em pacientes randomizados para Champix * em comparaçãoao placebo. Champix * também reduziu significativamente osefeitos de reforço do tabagismo que podem perpetuar ocomportamento tabagista em pacientes que fumam durante o tratamentoem comparação ao placebo. O efeito de Champix* sobre odesejo intenso de fumar, a síndrome de abstinência e oefeito de reforço do tabagismo não foram avaliadosdurante a fase de acompanhamento de não-tratamento a longoprazo.
Estudo de Manutenção da Abstinência
O terceiro estudo avaliou o benefício de uma terapiaadicional de 12 semanas com Champix * sobre a manutençãoda abstinência. Os pacientes deste estudo (n=1.927) receberamChampix * 1 mg, a cada 12 horas durante 12 semanas. Os pacientes quepararam de fumar na Semana 12 foram então randomizados parareceber ou Champix * (1 mg, a cada 12 horas) ou placebo por umperíodo adicional de 12 semanas para uma duraçãototal do estudo de 52 semanas.
O endpoint primário do estudo foi a Taxa deAbstinência Contínua confirmada por CO da Semana 13 atéa Semana 24 na fase de tratamento duplo-cego. O endpointsecundário principal foi a Taxa de AbstinênciaContínua para a Semana 13 até a Semana 52.
Este estudo demonstrou o benefício de um tratamentoadicional de 12 semanas com Champix * 1 mg, a cada 12 horas, paramanutenção da interrupção do tabagismo emcomparação ao placebo. As chances de manutençãoda abstinência na Semana 24, após um período detratamento adicional de 12 semanas com Champix * , foram de 2,47vezes às do placebo (p<0,0001). A superioridade ao placebopara Abstinência Contínua foi mantida até aSemana 52 ( Odds Ratio = 1,35, p = 0,0126).
Os principais resultados encontram-se resumidos na tabela aseguir:
Champix* n=602
Placebo n=604
Diferença (95%IC)
Odds ratio (95%IC)
AC Semanas 13-24
70,6%
49,8%
20,8% (15,4%; 26,2%)
2,47 (1,95; 3,15)
AC Semanas 13-52
44,0%
37,1%
6,9% (1,4%; 12,5%)
1,35 (1,07; 1,70)
INDICAÇÕES
Champix* (tartarato de vareniclina) é indicado comoadjuvante na interrupção do tabagismo. As terapiasantitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso empacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebamaconselhamento e suporte adicionais.
CONTRA-INDICAÇÕES
Champix* (tartarato de vareniclina) é contra-indicado apacientes com hipersensibilidade conhecida ao tartarato devareniclina ou a qualquer componente da fórmula. Estemedicamento não deve ser utilizado por pacientes menores de 18anos de idade.
MODO DE USAR E CUIDADOS DECONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
Champix* (tartarato de vareniclina) é administrado por viaoral e pode ser utilizado a qualquer hora, antes ou depois dasrefeições (vide “Característicasfarmacológicas – Propriedades farmacocinéticas –Absorção”). Champix* deve ser conservado emtemperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz eumidade. Os comprimidos de Champix* devem ser engolidos inteiros comágua. Champix* pode ser tomado com ou sem alimentos.
POSOLOGIA
Champix* (tartarato de vareniclina) 0,5 mg é um comprimidorevestido branco com formato de cápsula biconvexa.
Champix* 1 mg é um comprimido revestido azul claro comformato de cápsula biconvexa.
Os comprimidos revestidos de Champix* 0,5 mg e 1 mg apresentamsabor e odor característicos.
As terapias antitabagistas têm mais probabilidade de tersucesso em pacientes que estejam motivados a parar de fumar e querecebam aconselhamento e suporte adicionais.
A dose recomendada de Champix* é de 1 mg, a cada 12 horas,após um período de titulação de 1 semanada seguinte maneira:
1º ao 3º dia
0,5 mg, uma vez ao dia
4º ao 7º dia
0,5 mg, a cada 12 horas
8º dia até o final do tratamento
1 mg, a cada 12 horas
O paciente deve estabelecer uma data para parar de fumar. Aadministração de Champix* deve ser iniciada 1 semanaantes desta data.
Os pacientes que não conseguirem tolerar os efeitosadversos de Champix*, podem necessitar que a dose seja diminuídatemporária ou permanentemente.
Os pacientes devem ser tratados com vareniclina por 12 semanas.Para pacientes que tenham parado de fumar com sucesso ao final das 12semanas, um período de tratamento adicional de 12 semanas comvareniclina na dose de 1 mg, a cada 12 horas, é recomendado(vide “Resultados de Eficácia – Estudo deManutenção de Abstinência”).
Os pacientes que não tiverem sucesso em parar de fumardurante as 12 semanas iniciais de terapia, ou que tenham apresentadorecidiva após o tratamento, devem ser incentivados a fazeroutra tentativa desde que os fatores contribuintes para a falha natentativa tenham sido identificados e solucionados.
Não há necessidade de descontinuaçãogradual da dose de Champix* no final do tratamento.
Populações e consideraçõesespeciais de dose
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose parapacientes com insuficiência renal leve ( clearance decreatinina estimada >50 mL/min e ≤ 80 mL/min) a moderada (clearance de creatinina estimada ≥ 30 mL/min e ≤ 50mL/min).
Para pacientes com insuficiência renal grave ( clearancede creatinina estimada <30 mL/min), a dose recomendada deChampix* é de 1 mg, uma vez ao dia. A administraçãodeve ser iniciada na dose de 0,5 mg, uma vez ao dia, para os 3primeiros dias e, em seguida, aumentada para 1 mg, uma vez ao dia.Para pacientes com doença renal em estágio terminal sobhemodiálise, pode ser administrada uma dose de 0,5 mg uma vezao dia, se essa for bem tolerada (vide “Característicasfarmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas –Pacientes com insuficiência renal”). Pacientes cominsuficiência hepática Não énecessário ajuste de dose para pacientes com insuficiênciahepática (vide “ Características farmacológicas– Propriedades Farmacocinéticas – Pacientes cominsuficiência hepática”).
Uso em pacientes idosos
Não é necessário ajuste de dose parapacientes idosos. Como os pacientes idosos têm maisprobabilidade de apresentar função renal diminuída,os médicos devem considerar a situação renal deum paciente idoso (vide “Características farmacológicas– Propriedades Farmacocinéticas – Pacientes cominsuficiência renal e Pacientes idosos”).
Uso em pacientes pediátricos
Champix* não é recomendado para uso em pacientes commenos de 18 anos de idade devido a dados insuficientes sobre asegurança e eficácia (vide “Característicasfarmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas –Pacientes pediátricos”).
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de tomar Champix* no horárioestabelecido, ele deve tomá-lo assim que se lembrar.Entretanto, se já estiver perto do horário da próximadose, o paciente deve pular a dose esquecida e administrar a próxima,continuando normalmente o esquema de doses recomendado. Neste caso, opaciente não deve utilizar o medicamento em dobro paracompensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia dotratamento.
ADVERTÊNCIAS
Efeito da interrupção do tabagismo: alteraçõespsicológicas resultantes da interrupção dotabagismo, com ou sem o tratamento com Champix* (tartarato devareniclina), podem alterar a farmacocinética ou afarmacodinâmica de alguns medicamentos, para os quais o ajustede dose pode ser necessário (exemplos incluem teofilina,varfarina e insulina) (vide “InteraçõesMedicamentosas – varfarina”).
Ao final do tratamento, a descontinuação de Champix*foi associada com um aumento na irritabilidade, urgência emfumar, depressão e/ou insônia em até 3% dospacientes.
Dependência e tolerância
Dependência física e psicológica
O potencial do abuso de vareniclina (1 mg e 3 mg) foi avaliado emrelação à anfetamina (15 mg e 30 mg) em umestudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, sobre aexperiência dos indivíduos (fumantes e nãofumantes) com estimulantes psicomotores. Os resultados do estudoclínico indicaram que a vareniclina não foi associada aum padrão de resposta que sugerisse propriedades estimulantes.
Dados de estudos clínicos em mais de 4.000 indivíduosrecebendo vareniclina não mostraram evento adverso sugestivode potencial para o abuso. Não houve evidência quesugerisse efeitos de descontinuação ou retirada domedicamento.
Não há evidências de que seja necessárioum aumento da dose para manutenção dos efeitosclínicos, o que sugere que não hádesenvolvimento de tolerância. A descontinuaçãoabrupta de Champix* está associada com um aumento nairritabilidade e distúrbios do sono em até 3% dospacientes. Isto sugere que, em alguns pacientes, a vareniclina podecausar uma leve dependência física que não estáassociada ao vício.
Experiência animal
Estudos in vitro e in vivo demonstraram que a vareniclina agiuconforme o esperado para um agonista parcial da nicotina. Porexemplo, os resultados do turnover e da microdiálise comdopamina em ratos demonstram que a vareniclina tem habilidadereduzida para ativar o sistema mesolímbico da dopamina emrelação ao da nicotina e, de fato, a vareniclina podeatenuar os efeitos de ativação da nicotina nestesistema. Apesar da vareniclina substituir a nicotina em um modelo dediscriminação, a vareniclina mostrou ter um menorefeito de reforço que a nicotina em ratos treinados para aauto-administração da nicotina. Além disso, opré-tratamento com vareniclina diminuiu significativamente aauto-administração de nicotina. Finalmente, um estudode retirada em ratos e um estudo que avalia a retirada em macacosdemonstraram que a vareniclina não causa dependênciapsicológica.
Uso durante a gravidez e lactação
Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados emmulheres grávidas. Champix* deve ser usado durante a gravidezsomente se o potencial benefício justificar o risco potencialpara o feto (vide “Características farmacológicas– Dados de segurança pré-clínica”).
Lactação
Não se sabe se a vareniclina é excretada no leitehumano. Estudos em animais sugerem que a vareniclina éexcretada no leite materno. Como muitos fármacos sãoexcretados no leite humano e devido ao potencial de reaçõesadversas graves de Champix * em lactentes, deve-se fazer uma escolhaem descontinuar a amamentação ou o medicamento,levando-se em consideração o benefício daamamentação para a criança e o benefíciodo tratamento com Champix* para a mãe.
Champix* é um medicamento classificado na categoriaC de risco de gravidez. Portanto, este medicamentonão deve ser utilizado por mulheres grávidas semorientação médica ou docirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operarmáquinas
Os pacientes devem ser advertidos a ter cautela ao dirigirveículos ou operar máquinas até que eles saibamcomo a interrupção do tabagismo e/ou a vareniclina podeafetá-los.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS EOUTROS GRUPOS DE RISCO
Vide “Posologia – Populações eConsiderações Especiais de Dose”.
INTERAÇÕESMEDICAMENTOSAS
Com base nas características da vareniclina e naexperiência clínica obtida até o momento, Champix* (tartarato de vareniclina) não apresenta interaçõesmedicamentosas clinicamente significativas. Não se recomendaajuste de dose de vareniclina ou dos fármacos coadministradoslistados a seguir.
Estudos in vitro indicam que é improvávelque a vareniclina altere a farmacocinética de compostos quesão metabolizados principalmente pelas enzimas do citocromoP450.
Estudos in vitro demonstram que o tartarato devareniclina não inibe as enzimas do citocromo P450 (CI 50 >6.400 ng/mL). As enzimas P450 testadas para inibiçãoforam: 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, e 3A4/5. Alémdisso, em hepatócitos humanos in vitro , avareniclina demonstrou não induzir a atividade das enzimas docitocromo P450 1A2 e 3A4. Portanto, é improvável que avareniclina altere a farmacocinética dos compostos que sãometabolizados principalmente pelas enzimas do citocromo P450.
Estudos in vitro demonstram que a secreçãorenal ativa da vareniclina é mediada pelo transportador decátion orgânico, OCT2. A dose de Champix * nãoprecisa ser ajustada quando for co-administrado com inibidores doOCT2 uma vez que não se espera que o aumento de exposiçãosistêmica ao tartarato de vareniclina seja clinicamentesignificativo (veja interação com cimetidina descrita aseguir). Além disso, uma vez que o metabolismo da vareniclinarepresenta menos de 10% de seu clearance , éimprovável que fármacos conhecidos por afetarem osistema do citocromo P450 alterem a farmacocinética davareniclina (vide “Características Farmacológicas– Propriedades Farmacocinéticas – Metabolismo”) e,portanto, não seria necessário um ajuste de dose deChampix * .
Estudos in vitro demonstram que a vareniclina emconcentrações terapêuticas não inibe asproteínas de transporte renais humanas. Portanto, éimprovável que medicamentos que são depurados porsecreção renal (por ex., metformina – veja aseguir) sejam afetados pela vareniclina.
• metformina: a vareniclina (1 mg, a cada 12 horas)não afetou a farmacocinética da metformina (500 mg, acada 12 horas), a qual é um substrato do OCT2. A metforminanão apresenta efeito sobre a farmacocinética davareniclina.
• cimetidina: a co-administração de uminibidor do OCT2, cimetidina (300 mg, quatro vezes ao dia), com avareniclina (2 mg, em dose única) aumentou a exposiçãosistêmica da vareniclina em 29% devido a uma reduçãono clearancerenal da vareniclina. Não érecomendado ajuste de dose na administraçãoconcomitante com a cimetidina.
• digoxina: a vareniclina (1 mg, a cada 12 horas)não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrioda digoxina administrada na dose diária de 0,25 mg.
• varfarina: a vareniclina (1 mg, a cada 12 horas)não alterou a farmacocinética de uma dose únicade 25 mg de (R, S)–varfarina. O tempo de protrombina (INR) nãofoi afetado pela vareniclina. Parar de fumar por si só poderesultar em alterações da farmacocinética davarfarina (vide “Advertências – Efeito dainterrupção do tabagismo”).
Uso com outras terapias antitabagismo
• bupropiona: a vareniclina (1 mg, a cada 12 horas)não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrioda bupropiona (150 mg, a cada 12 horas).
• terapia de reposição de nicotina (TRN):quando a vareniclina (1 mg, a cada 12 horas) e a terapia desubstituição da nicotina (transdérmica 21mg/dia) foram co-administradas a fumantes (N=24) por 12 dias, houveuma diminuição estatisticamente significativa dapressão arterial sistólica média (médiade 2,6 mmHg) medida no dia final do estudo. Neste estudo, aincidência de náuseas, cefaléia, vômitos,tontura, dispepsia e fadiga foram maiores para a combinaçãodo que para a terapia de reposição de nicotina sozinha.O uso de Champix* com terapia de reposição de nicotina(TRN) não é aconselhável.
A segurança e a eficácia de Champix * em combinaçãocom outras terapias antitabagismo não foram estudadas.
REAÇÕES ADVERSAS
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado avários sintomas. Por exemplo, disforia ou humor deprimido;insônia, irritabilidade, frustração ou raiva;ansiedade; dificuldade de concentração; agitação;diminuição da frequência cardíaca;aumento do apetite ou ganho de peso, foram relatados em pacientestentando parar de fumar. Parar de fumar com ou sem farmacoterapiatambém foram associados com a exacerbação dadoença psiquiátrica de base. Nenhuma tentativa foifeita tanto no desenho ou na análise dos estudos de Champix *(tartarato de vareniclina) para diferenciar entre os eventos adversosassociados ao tratamento com medicamento em estudo ou ospossivelmente associados à retirada da nicotina.
Os estudos clínicos incluíram aproximadamente 4.000pacientes tratados com Champix * por até 1 ano (exposiçãomédia de até 84 dias). Em geral, quando os eventosadversos ocorreram, o início ocorreu na primeira semana deterapia; a gravidade foi geralmente leve a moderada e nãohouve diferenças devido à idade, raça ou sexoquanto a incidência de reações adversas.
Em pacientes tratados com a dose recomendada de 1 mg a cada 12horas após um período de titulaçãoinicial, o evento adverso mais comumente relatado foi náusea(28,6%). Na maioria dos casos náusea ocorreu no iníciodo período de tratamento, foi de leve a moderada em gravidadee raramente resultou em descontinuação.
Nos estudos placebo-controlados de fases 2 e 3, a taxa dedescontinuação do tratamento devido a eventos adversosem pacientes que receberam 1 mg, a cada 12 horas foi de 11,4% paraChampix * em comparação com 9,7% para o placebo. Nestegrupo, as taxas de descontinuação para os eventosadversos mais comuns nos pacientes tratados com vareniclina foram asseguintes: náuseas (2,7% versus 0,6% para placebo),cefaléia (0,6% versus 1,0% para placebo), insônia(1,3% versus 1,2% para placebo) e sonhos anormais (0,2%versus 0,2% para placebo).
Na tabela a seguir todas as reações adversas, queocorreram com incidência maior que o placebo estãolistadas por aparelho/sistema e por frequência (muitocomuns ( ≥ 1/10), comuns ( ≥ 1/100 e < 1/10), incomuns ( ≥1/1000 e < 1/100) e raros (< 1/1000)). As reaçõesadversas também podem estar associadas à doençasubjacente e/ou a medicamentos concomitantes.
Aparelho / Sistema
Reações Adversas
Infecções e Infestações
Incomuns
Bronquite, nasofaringite, sinusite, infecçãofúngica, infecção viral.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Comuns
Aumento do apetite.
Incomuns
Anorexia, diminuição do apetite, polidipsia.
Distúrbios psiquiátricos
Muito comuns
Sonhos anormais, insônia.
Incomuns
Reação de pânico, bradifemia, pensamentosanormais, alterações de humor.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comuns
Cefaléia.
Comuns
Sonolência, tontura, disgeusia.
Incomuns
Tremor, coordenação anormal, disartria,hipertonia, agitação, disforia, hipoestesia,hipogeusia, letargia, aumento da libido, diminuiçãoda libido.
Distúrbios cardíacos
Incomuns
Fibrilação atrial, palpitações.
Distúrbios oculares
Incomuns
Escotoma, coloração da esclera, dor ocular,midríase, fotofobia, miopia, aumento do lacrimejamento.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Incomuns
Tinido.
Distúrbios respiratórios, torácicose do mediastino
Incomuns
Dispnéia, tosse, rouquidão, dorfaringolaringeana, irritação da garganta, congestãodo trato respiratório, congestão sinusal,gotejamento pós-nasal, rinorréia, ronco.
Distúrbios gastrintestinais
Muito comuns
Náuseas.
Comuns
Vômitos, constipação, diarréia,distensão abdominal, desconforto estomacal, dispepsia,flatulência, boca seca.
Incomuns
Hematêmese, hematoquezia, gastrite, doença dorefluxo gastroesofágico, dor abdominal, alteraçãodos hábitos intestinais, fezes anormais, eructação,estomatite aftosa, dor gengival, língua saburrosa.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos
Incomuns
Erupções cutâneas ( rash )generalizadas, eritema, prurido, acne, hiperidrose, sudoresenoturna.
Distúrbios músculo-esqueléticos edo tecido conjuntivo
Incomuns
Rigidez articular, espasmos musculares, dor na paredetorácica, costocondrite.
Distúrbios renais e urinários
Incomuns
Glicosúria, noctúria, poliúria.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Incomuns
Menorragia, corrimento vaginal, disfunçãosexual.
Distúrbios gerais e condições nolocal da administração
Comuns
Fadiga.
Incomuns
Desconforto torácico, dor torácica, pirexia,sensação de resfriado, astenia, distúrbio doritmo circadiano do sono, mal-estar, cisto.
Exames laboratoriais
Incomuns
Aumento da pressão arterial, depressão dosegmento ST no eletrocardiograma, diminuição daamplitude da onda T no eletrocardiograma, aumento da frequênciacardíaca, teste de função hepáticaanormal, diminuição da contagem de plaquetas,aumento do peso, sêmen anormal, aumento da proteínaC reativa, diminuição de cálcio sanguíneo.
Experiência pós-comercialização
Os seguintes eventos adversos foram relatados durante o períodopós-comercialização de Champix*. Uma vez queesses eventos foram relatados voluntariamente por uma populaçãode tamanho incerto, não é sempre possívelestimar fielmente sua frequência ou estabelecer a relaçãocausal da exposição ao fármaco.
Houve relatos de depressão, agitação,alteração de comportamento, ideaçãosuicida e suicídio em pacientes tentando parar de fumardurante o tratamento com Champix*. Parar de fumar com ou semtratamento está associado com os sintomas da retirada danicotina e a exacerbação da doença psiquiátricade base. Nem todos os pacientes nestes relatos apresentavam doençapsiquiátrica pré-existente conhecida e nem todospararam de fumar. A função da vareniclina nestesrelatos não é conhecida.
ATENÇÃO: ESTE É UM MEDICAMENTO NOVOE, EMBORA AS PESQUISAS TENHAM INDICADO EFICÁCIAE SEGURANÇA ACEITÁVEIS PARA COMERCIALIZAÇÃO,EFEITOS INDESEJÁVEIS E NÃO CONHECIDOS PODEMOCORRER.
SUPERDOSE
Nenhum caso de superdose foi relatado nos estudos clínicospré-comercialização. Em caso de superdose,medidas padrões de suporte devem ser instituídasconforme necessário. Verificou-se que a vareniclina édialisada em pacientes com doença renal em estágioterminal, no entanto, não existe experiência de diáliseapós a superdosagem (vide “ CaracterísticasFarmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas”).
ARMAZENAGEM
Champix* (tartarato de vareniclina) deve ser conservado emtemperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz eumidade.
PARTE IV
DIZERES LEGAIS
MS – 1.0216.0209
Farmacêutica Responsável:Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144
Número delote e data de validade: vide embalagem externa.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Produto fabricado e embalado por:
HeinrichMack Nachf. GmbH & Co. KG Illertissen – Alemanha
Distribuído por:
LABORATÓRIOSPFIZER LTDA
Av. Monteiro Lobato, 2.270
CEP 07190-001 –Guarulhos – SP
CNPJ. Nº. 46.070.868/0001-69
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