Princípio ativo: carboplatinaCarboplatina
ADVERTÊNCIA – CARBOPLATINA
. CARBOPLATINA para injeção deve ser administrada sob a supervisão de um médico qualificado experiente no uso de agentes quimioterápicos. Manuseio apropriado (da terapia e complicações) é possível somente quando facilidades de um tratamento adequado estão rapidamente disponíveis.
. A supressão da medula óssea está relacionada com a dose e pode ser severa, resultando em infecções e/ou sangramento. Anemia pode ser cumulativa e pode requerer o suporte de transfusão.
Vômito é outro efeito colateral frequente relacionado com a droga.
. Reações do tipo anafiláticas para CARBOPLATINA têm sido relatadas e podem ocorrer minutos após administração de CARBOPLATINA. Epinefrina, corticosteróides e anti- histamínicos têm sido empregados para aliviar os sintomas.
USO ADULTO E EXCLUSIVAMENTE INTRAVENOSO
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES – CARBOPLATINA
Pó liófilo injetável. Embalagem com 1 frasco- ampola de 50 mg ou de 150 mg.
COMPOSIÇÃO – CARBOPLATINA
Cada frasco- ampola de pó liófilo injetável de 50 mg contém:
CARBOPLATINA ……………….. 50 mg
Cada frasco- ampola de pó liófilo injetável de 150 mg contém:
CARBOPLATINA ……………….. 150 mg
INFORMAÇÕES AO PACIENTE – CARBOPLATINA
. Conservar sob temperatura controlada (15o- 30oC) e proteger da luz.
. Este é um medicamento que só pode ser usado em hospitais ou clínicas, com o paciente hospitalizado e sob vigilância de equipe médica especializada.
. É contra- indicado o seu uso na gravidez e aleitamento.
. Qualquer reação desagradável que ocorrer, o médico responsável deve ser imediatamente informado.
. Não usar concomitantemente nenhum outro medicamento sem o conhecimento do médico responsável.
. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS – CARBOPLATINA
MODO DE AÇÃO – CARBOPLATINA
A CARBOPLATINA Biosintética é um citostático com propriedades bioquímicas similares à cisplatina. A CARBOPLATINA Biosintética se fixa sobre as moléculas de ADN produzindo ligações alquílicas responsáveis pela formação de pontes entre duas cadeias da molécula ou entre cadeias de duas moléculas de ADN adjacentes. A síntese por replicação e a separação ulterior do ADN são bloqueados. Em consequência, a síntese do ARN e das proteínas celulares são, também, inibidas.
Após administração de CARBOPLATINA em humanos, observa- se relação linear entre a dose e a concentração plasmática, tanto da platina total, como da sua forma livre ultrafiltrável.
CARBOPLATINA exibe farmacocinética linear na faixa de 300- 500 mg/m².
A administração repetida durante quatro dias consecutivos, não produz acumulação de platina no plasma. Os valores encontrados de meia- vida (alfa) plasmática foram de 1,1 a 2,0 horas e de eliminação foram aproximadamente de 2,6 a 5,9 horas.
O clearance corporal total, o volume de distribuição aparente e o tempo médio de permanência no corpo foram, respectivamente, 4,4 l/hora, 16 l e 3,5 horas.
A vida média terminal correspondente a platina total é de 24 horas. Aproximadamente 87% da platina plasmática se encontra unida às proteínas plasmáticas dentro das 24 horas seguintes a administração.
CARBOPLATINA não se liga a proteínas plasmáticas. Contudo a platina, da CARBOPLATINA, liga- se irreversivelmente a proteínas plasmáticas e é eliminada lentamente, com uma meia-vida de 5 dias.
A maior rota de eliminação da CARBOPLATINA é a excreção renal. Pacientes com clearance de creatinina de 60 ml/min ou maior excretam 65% da dose na urina em 12 horas e 71% da dose em 24 horas. Toda platina na urina de 24 horas está presente como CARBOPLATINA. Somente 3 a 5% da platina administrada é excretada na urina entre 24 e 96 horas. Em pacientes com clearance de creatinina inferior a 60 ml/min os clearances de CARBOPLATINA total corporal e renal diminuem, com a diminuição do clearance de creatinina.
INDICAÇÕES – CARBOPLATINA
Carcinoma do ovário de origem epitelial, carcinoma de pequenas células do pulmão, carcinoma epidermóide das vias aéreas e digestivas superiores.
CONTRA-INDICAÇÕES – CARBOPLATINA
Absolutas: antecedentes alérgicos a CARBOPLATINA ou a outros produtos contendo platina ou manitol, gravidez e aleitamento. Não deve ser empregado em pacientes com supressão medular severa ou sangramento severo.
PRECAUÇÕES – CARBOPLATINA
Supressão medular (leucemia, neutropenia e trombocitopenia) é dose dependente e relaciona- se diretamente com a toxicidade. Contagem sanguínea periférica deve ser frequentemente monitorada durante o tratamento com CARBOPLATINA e/ou quando for necessário. Em geral, terapias simples intermitentes de CARBOPLATINA devem ser repetidas até que contagem de leucócitos, neutrófilos e plaquetas tenham se recuperado.
Como a anemia é progressiva, pode ser necessária transfusão durante o tratamento, particularmente em pacientes recebendo terapia prolongada.
Supressão medular aumenta em pacientes que tenham recebido terapia anterior, especialmente em terapias incluindo cisplatina. A supressão também aumenta em pacientes com disfunção renal.
Dosagens iniciais de CARBOPLATINA nesses pacientes devem ser reduzidas e as contagens sanguíneas devem ser monitoradas durante o tratamento. O uso de CARBOPLATINA em combinação com outros agentes que causem supressão medular, requer muito cuidado com relação à dosagem a fim de minimizar os possíveis efeitos aditivos.
CARBOPLATINA pode induzir emese que pode ser mais severa em pacientes recebendo terapia prévia emetogênica. A incidência e a intensidade da emese pode ser reduzida pelo uso de medicações antieméticas.
A neurotoxicidade não é frequente; contudo, em pacientes idosos e/ou tratados previamente com cisplatina sua incidência aumenta.
Têm- se relatado reações alérgicas à CARBOPLATINA. Elas podem ocorrer minutos após a administração e podem necessitar de terapia de suporte apropriado.
Altas doses de CARBOPLATINA (4 vezes maior que as recomendadas) podem resultar em severas anormalidades nos testes de função hepática.
A mielossupressão tém relação direta com a função renal. Os pacientes com disfunção renal ou em tratamento com outros fármacos nefrotóxicos, podem sofrer mielossupressão mais intensa e prolongada. Por isso é necessária vigilância sobre os parâmetros renais, antes e durante a terapia.
CARBOPLATINA possui um potencial nefrotóxico limitado, porém, tratamento concomitante com aminoglicosídeos tém resultado em aumento da toxicidade renal e/ou audiológica. Os ciclos de tratamento com a CARBOPLATINA Biosintética, devem ser mensais em condições normais.
A terapia combinada com outros mielossupressores, deve ser devidamente estudada.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO – CARBOPLATINA
CARBOPLATINA pode causar anormalidades fetais quando administrada em mulheres grávidas.
CARBOPLATINA, também, apresentou embriotoxicididade e teratogenicidade em ratos. Se a droga for usada durante a gravidez, ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento, a paciente deve ser alertada dos riscos em potencial para o feto. Mulheres em idade fértil também devem ser avisadas sobre os riscos e devem ser aconselhadas a não engravidar durante o tratamento.
Não se sabe ao certo se CARBOPLATINA é excretada no leite materno. Devido à possibilidade de causar toxicidade no lactente, recomenda- se que o aleitamento seja descontinuado durante o tratamento com CARBOPLATINA.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – CARBOPLATINA
Não administrar CARBOPLATINA Biosintética com antibióticos aminoglicosídeos ou com outros fármacos nefrotóxicos, por poder acarretar potencialização de efeitos.
Não deve entrar em contato com alumínio, pois este último pode reagir com a CARBOPLATINA causando formação de precipitado e perda de potência.
REAÇÕES ADVERSAS – CARBOPLATINA
Toxicidade hematológica: a mielossupressão é a toxicidade dose- limitante da CARBOPLATINA Biosintética. Nas doses máximas toleradas como agente único, ocorre trombocitopenia com nível plaquetário abaixo de 50.000/mm³ em 34% dos pacientes. Este nível aparece entre os dias 14 e 21, recuperando-se após 35 dias do início da terapia. Aparece, também, leucopenia com menos de 2.000/mm³, em 20% dos pacientes entre os dias 14 e 28, recuperando-se após 42 dias da administração. Observou-se, também, uma diminuição dos níveis de hemoglobina, abaixo de 9,5 g/dl em 48% dos pacientes.
Todas essas reações são mais graves em pacientes com insuficiência renal prévia, capacidade física abalada e indivíduos acima de 65 anos.
A mielossupressão é reversível quando se usa a CARBOPLATINA Biosintética isoladamente.
Está descrita, também, a aparição de complicações infecciosas e hemorrágicas em 4 a 6% dos pacientes tratados com CARBOPLATINA Biosintética.
Nefrotoxicidade: podem aparecer níveis elevados de uréia e creatinina em 15% dos pacientes. A incidência e intensidade da nefrotoxicidade está relacionada com insuficiência renal prévia ao tratamento com CARBOPLATINA Biosintética. Quando existem alterações graves da função renal, o tratamento deve ser interrompido.
Toxicidade gastrintestinal: em 25% dos pacientes aparecem náuseas e vômitos, que respondem a terapêutica antiemética. Esta terapêutica pode, igualmente, prevenir o aparecimento dos sintomas.
Reações alérgicas: não são frequentes estas reações com a CARBOPLATINA Biosintética (menos de 2%). São semelhantes às observadas com outros compostos a base de platina, ou seja, erupção eritematosa, febre sem causa aparente e prurido.
Ototoxicidade: pode aparecer diminuição da acuidade auditiva para frequências altas (4.000 a 8.000 Hz) em 15% dos pacientes. Somente 1% dos pacientes referem sintomas clínicos, como tinitus.
Neurotoxicidade: O aparecimento de neuropatia periférica após administração da CARBOPLATINA Biosintética, situa- se em torno de 6%. Na maioria dos pacientes, a neurotoxicidade se limita a parestesias e hiporreflexia tendinosa.
As neuropatias prévias ao tratamento, poderão agravar- se com a terapia com CARBOPLATINA Biosintética.
Outros efeitos indesejáveis: cerca de um terço dos pacientes manifestam anomalias nas provas de função hepática (fosfatase alcalina, SGOT e SGPT e bilirrubina) que desaparecem espontaneamente ou ao longo do tratamento.
POSOLOGIA – CARBOPLATINA
A CARBOPLATINA Biosintética deve ser administrada unicamente por via intravenosa, após prévia reconstituição. A dose recomendada da CARBOPLATINA Biosintética em pacientes adultos sem tratamento prévio e com função renal normal, é de 360 mg/m² em perfusão intravenosa única e de curta duração (15 a 60 minutos). Esta terapia só poderá ser repetida após 4 semanas. Em geral, a terapia só deve ser repetida se a contagem de neutrófilos for superior a 2.000 e a de plaquetas a 100.000.
Recomenda- se uma redução inicial na dose de 20 a 25%, quando os pacientes apresentam fatores de risco, como tratamento mielossupressor prévio e capacidade física diminuída.
É preciso determinar os parâmetros hematológicos semanalmente para reajuste posológico.
Nos pacientes idosos e naqueles com insuficiência renal, as doses devem ser reajustadas com avaliações frequentes dos parâmetros sanguíneos. O mesmo se passa nas terapêuticas combinadas com outros fármacos mielossupressores.
Na pediatria não se dispõe de experiência suficiente para fazer esquemas de dosificação.
Combinação terapêutica com ciclofosfamida: na quimioterapia de câncer ovariano, uma combinação efetiva para pacientes não tratados previamente consiste em: CARBOPLATINA 300 mg/m² a cada 4 semanas por 6 ciclos e ciclofosfamida 600 mg/m² a cada 4 semanas por 6 ciclos. O tratamento em combinação não deve ser repetido até a contagem de neutrófilos ser superior a 2.000 e a de plaquetas a 100.000.
Recomendações para ajuste das doses: Dose sugerida para tratamento simples ou em combinação, no tratamento de carcinoma ovariano são:
Plaquetas Neutrófilos Ajuste de dose
> 100.000 2.000 125%
50- 100.000 500-2.000 Sem ajuste
< 50.000 < 500 75%
Pacientes com disfunção renal: sugere- se as seguintes modificações para pacientes com disfunção renal em terapia simples com CARBOPLATINA:
Clearance de creatinina Dose recomendada
41- 59 ml/min 250 mg/m²
16- 40 ml/min 200 mg/m²
Normas de Preparação
O conteúdo dos frascos- ampola deve ser diluído em água destilada, glicose 5% ou soro fisiológico com concentração final de 10 mg/ml de CARBOPLATINA Biosintética.
Frasco- ampola Volume de diluição
50 mg 5 ml
100 mg 10 ml
150 mg 15 ml
450 mg 45 ml
CONDUTA NA SUPERDOSAGEM – CARBOPLATINA
Utilizar um quelante intravenoso, promover a diurese e hidratar o paciente. No caso de anúria, hemodializar o paciente. Usar corticosteróides ou antihistamínicos nas reações alérgicas intensas.
ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É UM NOVO MEDICAMENTO E EMBORA AS PESQUISAS REALIZADAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA, QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER REAÇÕES ADVERSAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
LABORATÓRIO
BIOSINTETICA