Princípio ativo: captoprilCapoten 12,5 mg, 25 mg e 50 mg

          CAPOTEN ®

captopril

comprimidos

SQUIBB

APRESENTAÇÃO/COMPOSIÇÃO – CAPOTEN

CAPOTEN ® (captopril) é apresentado como comprimidos brancos : oblongos sulcados de 12,5 mg, apresentados em cartuchos com 15 ou 30 comprimidos
quadrados bissulcados de 25 mg, apresentados em cartuchos com 16 ou 28 comprimidos
ovais sulcados de 50 mg, apresentados em cartuchos com 16 ou 28 comprimidos.

Cada comprimido de CAPOTEN ® (captopril) 12,5 mg ou 25 mg ou 50 mg contém captopril 12,5 mg ou 25 mg ou 50 mg, respectivamente. Os ingredientes inativos são : celulose microcristalina, amido de milho, lactose e ácido esteárico.

USO  PEDIÁTRICO E ADULTO

INFORMAÇÕES AO PACIENTE – CAPOTEN

              A conservação do medicamento deve ser feita em local com temperatura inferior a 40o C, de preferência entre 15 e 30o C e protegido da umidade.
    Prazo de validade: vide cartucho. O produto não deve ser usado após a data de vencimento mencionada na embalagem.
    Os  comprimidos de CAPOTEN ® (captopril) podem apresentar um leve odor de enxofre, que não compromete a sua eficácia.
         

              Os pacientes devem ser advertidos para relatar imediatamente ao seu médico quaisquer sinais ou sintomas que possam ser indícios de angiedema, tais como : inchaço da face, pálpebras, lábios, língua, laringe e extremidades, assim como dificuldade para engolir ou respirar, ou rouquidão. Em qualquer uma dessas condições, o medicamento deverá ser suspenso (vide ADVERTÊNCIAS).
    O paciente deve ser avisado para relatar imediatamente ao seu médico qualquer sintoma de infecção (p. ex., dor de garganta,  febre), que não responda prontamente à terapia padrão.
    Todos os pacientes devem ser advertidos que a transpiração excessiva e desidratação podem levar a uma excessiva queda da pressão arterial, devido à redução do volume de fluidos.
    O paciente deve ser avisado para não usar diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos de sal contendo potássio sem consultar o seu médico.
    O paciente deve ser instruído que a interrupção ou a descontinuação da medicação deverá ser feita somente sob orientação médica.
    O paciente com insuficiência cardíaca sob terapia com captopril deve ser alertado contra o rápido aumento na atividade física.
    Os pacientes devem ser informados que CAPOTEN® (captopril) deve ser tomado 1 hora antes das refeições. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
    Pacientes do sexo feminino em idade de engravidar devem ser avisadas com relação aos riscos da exposição aos inibidores da ECA (por exemplo, CAPOTEN) no segundo e terceiro trimestres, e que estes riscos não parecem ser resultado da exposição intrauterina ao inibidor da ECA limitada ao primeiro trimestre. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe seu médico se está amamentando.
    A administração concomitante de CAPOTEN® (captopril) com outro medicamento ficará a critério médico.
 CAPOTEN ®  (captopril) é contra- indicado em pacientes que tiveram reações alérgicas prévias com o uso do medicamento.
    NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
    TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
         

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

FARMACOLOGIA CLÍNICA – CAPOTEN

Mecanismo de Ação

O exato mecanismo de ação do CAPOTEN ®  (captopril) ainda não foi completamente elucidado.Os efeitos benéficos do captopril na hipertensão e na insuficiência cardíaca parecem resultar principalmente da supressão do sistema renina- angiotensina-aldosterona, resultando em concentrações séricas diminuídas de angiotensina II e aldosterona.
Entretanto, não há uma correlação consistente entre os níveis da renina e a resposta à droga.
A redução da angiotesina II leva a uma secreção diminuída de aldosterona e, como resultado, podem ocorrer pequenos aumentos de potássio sérico, juntamente com perda de sódio e fluidos.
A enzima conversora de angiotensina (ECA) é idêntica à bradicininase e o captopril também pode interferir na degradação da bradicinina, provocando aumentos das concentrações de bradicinina ou de prostaglandina E2.

Farmacocinética – CAPOTEN

O captopril é rapidamente absorvido por via oral; os picos sanguíneos ocorrem em cerca de 1 hora. A absorção mínima média é de aproximadamente 75%. A presença de alimento no trato gastrintestinal reduz a absorção em cerca de 30 a 40% portanto, captopril deve ser administrado 1 hora antes das refeições. Aproximadamente 25 à 30% da droga circulante liga- se às proteínas plasmáticas. A meia vida de eliminação aparente no sangue é, provavelmente, menor do que 3 horas. Mais de 95% da dose absorvida é eliminada na urina : 40 a 50% como droga inalterada e o restante, como metabólitos (dímero dissulfeto do captopril e dissulfeto captopril-cisteína). O comprometimento renal pode resultar em acúmulo da droga.
Estudos em animais indicam que o captopril não atravessa a barreira hemato- encefálica em quantidades significativas.

Farmacodinâmica – CAPOTEN

Reduções máximas da pressão arterial são frequentemente observadas 60 à 90 minutos após administração oral de uma dose individual de CAPOTEN ® (captopril). A duração do efeito é relacionada à dose. A redução da pressão arterial pode ser progressiva; assim, para se atingir os efeitos terapêuticos máximos, podem ser necessárias várias semanas de tratamento. Os efeitos hipotensores do captopril e dos diuréticos tipo tiazídicos são aditivos. A pressão arterial é reduzida com a mesma intensidade, tanto na posição ereta, quanto supina. Os efeitos ortostáticos e taquicardia são infrequentes, porém, podem ocorrer em pacientes com depleção de volume. Não foi observado nenhum aumento abrupto da pressão arterial após a interrupção súbita de CAPOTEN ® (captopril).

Em pacientes com insuficiência cardíaca, demonstrou- se reduções significativas da resistência vascular periférica (sistêmica) e da pressão arterial (pós-carga), redução da pressão capilar pulmonar (pré-carga) e da resistência vascular pulmonar. Demonstrou-se aumento do débito cardíaco e do tempo de tolerância ao exercício (TTE). Estes efeitos clínicos e hemodinâmicos ocorrem após a primeira dose e parecem persistir durante todo o período da terapia. Observou-se melhora clínica em alguns pacientes onde os efeitos hemodinâmicos agudos foram mínimos.

O tratamento com captopril resultou em melhoria da sobrevida a longo prazo e dos resultados clínicos no estudo SAVE – “Survival and Ventricular Enlargement”, com 2.231 pacientes com infarto do miocárdio. O estudo multicêntrico, randomizado, duplo- cego, controlado por placebo, envolveu pacientes (com idade entre 21-79 anos) que  demonstravam disfunção ventricular esquerda (fração de ejeção ? 40%) sem manifestação de insuficiência cardíaca.
Especificamente, o captopril reduziu :
todas as causas de mortalidade (redução do risco em 19%, p = 0,022);
a incidência de morte cardiovascular (redução do risco em 21%, p= 0,017);
manifestações de insuficiência cardíaca, onde se faz necessário a introdução ou o aumento de digitálicos e diuréticos (redução do risco em 19%, p = 0,008) ou da terapia com inibidores da ECA (redução do risco em 35%, p < 0,001);
casos de hospitalização por insuficiência cardíaca (redução do risco em 20%, p = 0,034);
casos de infarto do miocárdio clínico recorrente (redução do risco em 25%, p = 0,011);
a necessidade de condutas de revascularização coronariana (transplante secundário de aorta coronária e angioplastia coronária transluminal percutânea – redução do risco em 24%, p = 0,014).

O captopril melhorou a sobrevida e os resultados clínicos mesmo quando adicionada a outras terapias pós- infarto do miocárdio, tais como com trombolíticos, beta-bloqueadores ou ácido acetilsalicílico.
Os mecanismos pelos quais o captopril resulta nessas melhorias incluem a atenuação da dilatação progressiva e da deterioração da função do ventrículo esquerdo e a inibição da ativação neuro- humoral.

Em estudo multicêntrico, duplo- cego, controlado por placebo em pacientes com diabetes mellitus insulino-dependentes, retinopatia e proteinúria, com ou sem hipertensão (permitiu-se o tratamento com agentes anti-hipertensivos convencionais para se obter o controle da pressão arterial), o tratamento com captopril resultou em redução de 51% do risco de duplicação da creatinina sérica (p? 0,01), além da redução em 51% do risco de morbidade/mortalidade no estágio final da doença renal (diálise ou transplante renal) ou morte (p? 0,01). Os efeitos do tratamento com captopril sobre a manutenção da função renal são adicionais a qualquer benefício alcançado a partir da redução da pressão arterial. Nos pacientes com diabetes mellitus e microalbuminúria, o captopril reduziu a taxa de excreção da albumina e atenuou o declínio da taxa de filtração gromerular durante 2 anos de tratamento.

INDICAÇÕES – CAPOTEN

Hipertensão
CAPOTEN ® (captopril) é indicado para o tratamento da hipertensão.

Insuficiência Cardíaca
CAPOTEN ® (captopril) é indicado no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva em associação com diuréticos e digitálicos. O efeito benéfico de captopril na insuficiência cardíaca não requer a presença de digitálicos.

Infarto do Miocárdio
O captopril é indicado como terapia pós- infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis, com disfunção ventricular esquerda assintomática ou sintomática, para melhorar a sobrevida, protelar o início da insuficiência cardíaca sintomática, reduzir internações por insuficiência cardíaca e diminuir a incidência de infarto do miocárdio recorrente e as condutas de revascularização coronariana.

Nefropatia Diabética
O captopril é indicado para o tratamento de nefropatia diabética (proteinúria >500 mg/dia) em pacientes com diabetes mellitus insulino- dependentes. Nestes pacientes, o captopril previne a progressão da doença renal e reduz sequelas clínicas associadas (diálise, transplante renal e morte).

CONTRA- INDICAÇÕES

História de hipersensibilidade prévia ao captopril ou qualquer outro inibidor da enzima conversora da angiotensina (p. Ex., paciente que tenha apresentado angiedema durante a terapia com qualquer outro inibidor da ECA).

ADVERTÊNCIAS

Angiedema

Observou- se angiedema em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo-se o captopril. Se o angiedema envolver a língua, glote ou laringe, poderá ocorrer a obstrução das vias aéreas e ser fatal. A terapia de emergência deverá ser instituída imediatamente.
O inchaço confinado à face, membranas mucosas da boca, lábios e extremidades, geralmente desaparecem com a descontinuação da captopril; alguns casos necessitaram de terapia médica.

Reações Anafiláticas durante dessensibilização

Dois pacientes sob tratamento com outro inibidor da eca submetendo- se a um tratamento de dessensibilização com veneno de Hymenoptera, sofreram reações anafilácticas com risco de vida. Nestes mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas elas reaparecem quando de uma nova administração. Portanto, cuidado é necessário em pacientes tratados com inibidores da eca e sob tais procedimentos de dessensibilização.

Reações Anafiláticas durante diálise de alto fluxo/exposição a membranas de aferese lipoprotéica

Reações anafilácticas têm sido relatadas em pacientes hemodialisados com membrana de diálise de alto fluxo, tratados concomitantemente com um inibidor da eca. Reações anafilácticas também têm sido relatadas em pacientes sob aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano. Nestes pacientes, deve- se considerar a utilização de um tipo diferente de membrana de diálise ou uma diferente classe de medicamentos.

Neutropenia/Agranulocitose

A neutropenia é muito rara (< 0,02%) em pacientes hipertensos com função renal normal (Cr s < 1,6 mg/dL, sem doença vascular de colágeno).
Em pacientes com algum grau de insuficiência renal (creatinina sérica de pelo menos 1,6 mg/dl), mas sem doença vascular de colágeno, o risco da neutropenia nos estudos clínicos foi de cerca de 0,2%.
O uso concomitante de alopurinol e captopril foi associado à neutropenia.
Em pacientes com doenças vasculares de colágeno (p. Ex., lúpus eritematoso sistêmico, escleroderma) e insuficiência renal, a neutropenia ocorreu em 3,7% dos pacientes em estudos clínicos.
Relata- se neutropenia geralmente após 3 meses do início da administração de captopril. exames da medula óssea em pacientes com neutropenia mostraram consistentemente hipoplasia mielóide, frequentemente acompanhada por hipoplasia eritróide e diminuição no número de megacariócitos (ex.: medula óssea hipoplástica e pancitopenia), algumas vezes foram observados anemia e trombocitopenia.
Em geral, a contagem de neutrófilos voltou ao normal em cerca de duas semanas após a descontinuação do CAPOTEN ® (captopril), e as infecções graves se limitaram aos pacientes clinicamente complicados. Cerca de 13% dos casos de neutropenia tiveram um fim fatal, mas quase todas as fatalidades ocorreram em pacientes gravemente enfermos, com doenças vasculares de colágeno, insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou terapia imunossupressora ou uma combinação destes fatores agravantes.
Se o captopril for utilizado em pacientes com insuficiência renal, deve- se realizar contagem de leucócitos e contagens diferenciais antes do início do tratamento e a intervalos aproximados de duas semanas durante cerca de 3 meses, e periodicamente depois disso.

Em pacientes com doença vascular de colágeno ou que estejam expostos a outras drogas que conhecidamente afetam os leucócitos ou a resposta imunológica, principalmente quando há insuficiência renal, o captopril deverá ser empregado, com cuidado, somente após uma avaliação do risco e benefício.
Já que a interrupção da administração de captopril e de outras drogas geralmente levam ao pronto restabelecimento da contagem leucócitária a valores normais, quando da confirmação da neutropenia (contagem de neutrófilos < 1000/mm3), o médico deverá suspender o medicamento e acompanhar cuidadosamente o paciente.

Proteinúria

Proteína urinária total superior a 1 g/dia foi observada em cerca de 0,7% dos pacientes tomando captopril.
Cerca de 90% dos pacientes afetados apresentaram evidências de doença renal anterior ou receberam doses relativamente elevadas de captopril (acima de 150 mg/dia), ou ambos.
Em estudo multicêntrico, duplo- cego, controlado por placebo, envolvendo 207 pacientes com nefropatia diabética e proteinúria (? 500 mg/dia), que receberam 75 mg/dia de captopril durante uma média de 3 anos, houve uma consistente redução da proteinúria.
Não se sabe se a terapia a longo prazo teria efeitos similares em pacientes com outros tipos de doença renal.
Pacientes com doença renal anterior ou aqueles recebendo captopril em doses superiores a 150 mg, deverão fazer uma avaliação da proteína urinária antes do tratamento (feita na primeira urina da manhã) e depois, realizar o teste periodicamente.

Hipotensão

Raramente observou- se hipotensão excessiva em pacientes hipertensos, mas é uma consequência possível do uso de captopril em indivíduos sal/volume-depletados (tais como aqueles tratados vigorosamente com diuréticos), pacientes com insuficiência cardíaca ou naqueles pacientes que estão sendo submetidos a diálise renal.
Na hipertensão, a chance de ocorrer efeitos hipotensores com as doses iniciais de captopril podem ser minimizadas pela descontinuação do diurético ou pelo aumento da ingestão de sal aproximadamente 1 semana antes do início do tratamento com captopril ou iniciando- se a terapia com doses pequenas (6,25 ou 12,5 mg). Pode ser aconselhável um acompanhamento médico por pelo menos 1 hora após a dose inicial. Uma resposta hipotensora transitória não é contra-indicação para doses subsequentes, que podem ser administradas sem dificuldade uma vez que a pressão se eleve.
Na insuficiência cardíaca, quando a pressão sanguínea foi normal ou baixa, registrou- se diminuições transitórias na pressão sanguínea média superiores a 20% em cerca da metade dos pacientes.
É mais provável que esta hipotensão transitória ocorra após qualquer das várias doses iniciais e geralmente é bem tolerada, sendo assintomática ou produzindo uma breve sensação de cabeça leve.
Devido à queda potencial da pressão arterial nestes pacientes, a terapia deverá ser iniciada sob rigoroso monitoramento médico. Uma dose inicial de 6,25 ou 12,5 mg, 3 vezes ao dia, pode minimizar o efeito hipotensivo. Os pacientes deverão ser cuidadosamente acompanhados, durante as primeiras duas semanas de tratamento e sempre que a dose de captopril e/ou diurético for aumentada.
A hipotensão por si só não é uma razão para a interrupção da administração de CAPOTEN®  (captopril). A magnitude da queda de pressão é maior no início do tratamento e este efeito se estabiliza no prazo de 1 ou 2 semanas. Este efeito geralmente volta aos níveis de pré- tratamento, sem diminuição da eficácia terapêutica, no prazo de 2 meses..

Morbidade e Mortalidade Fetal/Neonatal

Quando usados na gravidez durante o segundo e terceiro trimestres, os inibidores da eca podem causar danos ao desenvolvimento e mesmo morte fetal. Quando a gravidez for detectada, CAPOTEN® (captopril) deve ser descontinuado o quanto antes.

Insuficiência hepática

Em raras ocasiões, os inibidores da eca têm sido associados com uma síndrome que se inicia com icterícia colestática e progride para uma necrose hepática fulminante e morte (algumas vezes). Os mecanismos desta síndrome não são conhecidos. Pacientes recebendo inibidores da eca que desenvolveram icterícia ou elevações acentuadas das enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento com inibidores da eca e receber acompanhamento médico apropriado.

PRECAUÇÕES – CAPOTEN

Gerais

Insuficiência Renal

HIPERTENSÃOAlguns pacientes com doença renal, principalmente com grave estenose de artéria renal, apresentaram aumentos da uréia e creatinina séricas, após a redução da pressão arterial com captopril. A redução da posologia de captopril e/ou descontinuação do diurético podem ser necessárias.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Cerca de 20% dos pacientes apresentam elevações estáveis da uréia e creatinina séricas 20% acima do normal ou do patamar de referência, com tratamentos prolongados realizados com captopril. Menos de 5% dos pacientes, geralmente aqueles com graves doenças renais pré- existentes, necessitaram a descontinuação do tratamento devido aos valores progressivamente crescentes de creatinina.

HIPERCALEMIA
Elevações no potássio sérico foram observadas em alguns pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo- se o captopril. O risco de desenvolvimento de hipercalemia, quando em tratamento com inibidores da eca, existe em pacientes com insuficiência renal, diabete mellitus e naqueles usando concomitantemente diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio ou outras drogas associadas com aumentos de potássio sérico (p. Ex., heparina).

Tosse

Relata- se tosse com o uso de inibidores da eca. Caracteristicamente, esta é uma tosse persistente e não produtiva e desaparece após a descontinuação da terapia.
A tosse induzida por inibidor da eca deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Cirurgia/Anestesia

Durante grandes cirurgias ou durante a anestesia com agentes que produzem hipotensão, o captopril irá bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. Se a hipotensão ocorrer e for considerada como sendo devido a este mecanismo, poderá ser corrigida pela expansão de volume.

Gravidez

CATEGORIA “C” (Primeiro trimestre) E “D” (Segundo e terceiro trimestres). Vide ADVERTÊNCIAS – Morbidade e Mortalidade Fetal/Neonatal.

Lactantes

Concentrações de captopril no leite materno correspondem a 1% daquelas existentes no sangue materno. Devido ao potencial do captopril em causar reações adversas severas nos lactentes, deve- se tomar uma decisão entre se descontinuar a amamentação ou suspender o medicamento, levando-se em conta a importância do CAPOTEN ®  (captopril) para a mãe.

Uso Pediátrico

A segurança e a eficácia do CAPOTEN ®  (captopril) em crianças não foi estabelecida.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – CAPOTEN

Hipotensão
Pacientes em terapia com diuréticos
Pacientes tomando diuréticos e principalmente aqueles nos quais a terapia com diuréticos foi instituída recentemente, bem como aqueles com intensas restrições dietéticas de sal ou em diálise, poderão apresentar, ocasionalmente, uma redução brusca da pressão arterial, geralmente na primeira hora após terem recebido a dose inicial de captopril.

Agentes com Atividade Vasodilatadora
Drogas com atividade vasodilatadora deverão ser administradas com cuidado, considerando- se o uso de dosagens menores.

Agentes que afetam a Atividade Simpática
Agentes que afetam a atividade simpática (p. ex., agentes bloqueadores ganglionares ou agentes bloqueadores de neurônios adrenérgicos) devem ser usados com cautela.

Agentes que aumentam o Potássio Sérico
Agentes poupadores de potássio, tais como a espironolactona, triantereno ou a amilorida, ou suplementos de potássio, deverão ser administrados apenas para hipocalemia documentada e, então, com cautela, já que podem levar a um aumento siginificativo do potássio sérico. Os substitutos do sal contendo potássio deverão ser também usados com cautela.

Inibidores da Síntese Endógena de Prostaglandinas
Há relatos de qua a indometacina pode reduzir o efeito anti- hipertensivo do captopril, principalmente em casos de hipertensão com renina baixa. Outros agentes antiinflamatórios não esteróides (p. ex., ácido acetilsalicílico) também podem apresentar este efeito.

Lítio
Relata- se aumento dos níveis séricos de lítio e sintomas de toxicidade do lítio em pacientes recebendo concomitantemente lítio e inibidores da ECA. Estas drogas devem ser administradas com cuidado e recomenda-se monitorização frequente dos níveis séricos de lítio. Se um diurético for usado concomitantemente, os riscos de toxicidade pelo lítio aumentam.

INTERAÇÃO ENTRE TESTES LABORATORIAIS-DROGA – CAPOTEN

Captopril pode resultar em falso- positivo em  teste de urina para acetona.

REAÇÕES ADVERSAS – CAPOTEN

Dermatológicas : Erupções cutâneas, frequentemente com prurido e algumas vezes com febre, artralgia e eosinofilia, ocorreram em cerca de 4 a 7% dos pacientes, geralmente durante as primeiras 4 semanas de terapia. O prurido, sem erupção, ocorre em cerca de 2% dos pacientes. Relata- se, também, lesão associada e reversível do tipo penfigóide e reações de fotossensibilidade.
Relata- se raramente rubor ou palidez (? 0,5% dos pacientes).

Cardiovasculares : Poderá ocorrer hipotensão. Taquicardia, dores no peito e palpitações foram, cada uma delas, observadas em aproximadamente 1% dos pacientes. Angina pectoris, infarto do miocárdio, síndrome de raynaud e insuficiência cardíaca congestiva ocorreram em taxas? a 0,3% dos pacientes.

Gastrintestinais : Aproximadamente 2 a 4 % dos pacientes (dependendo da dose e do estado renal) apresentaram disgeusia.

Hematológicas : Pode ocorrer neutropenia/agranulocitose, assim como casos de anemia, trombocitopenia e pancitopenia.

Imunológicas : Relata- se angiedema envolvendo as extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe em aproximadamente 0,1% dos pacientes. O angiedema envolvendo as vias aéreas superiores pode provocar obstrução fatal das vias aéreas.

Respiratórias
: Foi relatada tosse em 0,5- 2% dos pacientes tratados com captopril em estudos clínicos.

Renais : Cada uma das reações adversas citadas a seguir foram relatadas raramente (? 0,2%) e sua relação com o uso da droga é incerta : insuficiência renal, dano renal, síndrome nefrótica, poliúria, oligúria e frequência urinária. Relata- se proteinúria.

Não foi possível determinar com exatidão a incidência ou a relação causal para os efeitos colaterais listados abaixo :

Gerais : astenia, ginecomastia.

Cardiovasculares : parada cardíaca, acidente/insuficiência cérebro vascular, distúrbios de ritmo, hipotensão ortostática, síncope.  

Dermatológicos : pênfigo bolhoso, eritema multiforme (incluindo síndrome de stevens- johnson), dermatite esfoliativa.

Gastrintestinais : Pancreatite, glossite, dispepsia.

Hematológicos : anemia, incluindo as formas aplástica e hemolítica.

Hepatobiliares : icterícia, hepatite, incluindo raros casos de necrose e colestase.

Metabólicos : hiponatremia sintomática.
Músculo- esqueléticos : mialgia, miastenia.

Nervoso/Psiquiátricos : ataxia, confusão, depressão, nervosismo, sonolência.

Respiratórios : broncoespasmo, pneumonite eosinofílica, rinite.

Órgãos dos Sentidos : visão turva.

Urogenitais : impotência.

Assim como ocorre com outros inibidores da eca, relatou- se uma síndrome que inclui: febre, mialgia, artralgia, nefrite intersticial, vasculite, erupção ou outras manifestações dermatológicas, eosinofilia e hemossedimentação elevada.

Mortalidade e Morbidade Fetal/Neonatal : o uso de inibidores da eca durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez tem sido associado com dano fetal e neonatal e morte.

Testes Laboratoriais Alterados

Eletrólitos do Soro
hipercalemia : principalmente em pacientes com insuficiência renal
hiponatremia : principalmente em pacientes sob dieta com restrição de sal ou sob tratamento concomitante com diuréticos.

Uréia/ Creatinina sérica
Elevação transitória dos níveis de uréia e creatinina sérica principalmente em pacientes volume- ou sal-depletados ou com hipertensão renovascular.

Hematológica
Ocorrência de títulos positivos de anti- corpo anti-núcleo.  

Testes de Função Hepática
Podem ocorrer elevações das transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubina sérica.

DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO – CAPOTEN

CAPOTEN ® (captopril) deve ser tomado 1 hora antes das refeições. A dose deve ser individualizada.

Hipertensão

O início da terapia exige ponderação de recentes tratamentos anti- hipertensivos, da extensão da elevação da pressão sanguínea, da restrição de sal e das outras circunstâncias clínicas.Se possível, interromper a droga anti- hipertensiva, que o paciente estava tomando anteriormente, uma semana antes de iniciar o tratamento com CAPOTEN ® (captopril).

A dose inicial de CAPOTEN ® (captopril) é 50 mg uma vez ao dia ou 25 mg duas vezes ao dia. Se não houver uma redução satisfatória da pressão sanguínea após duas ou quatro semanas, a dose pode ser aumentada para 100 mg uma vez ao dia ou 50 mg duas vezes ao dia. A restrição concomitante do sódio pode ser benéfica, quando o CAPOTEN ® (captopril) for usado isoladamente.

Se a pressão sanguínea não for satisfatoriamente controlada após uma ou duas semanas nesta dose (e o paciente ainda não estiver tomando um diurético), deverá ser acrescentada uma pequena dose de diurético do tipo tiazídico (p. ex., 25 mg/dia de hidroclorotiazida). A dose de diurético poderá ser aumentada em intervalos de uma a duas semanas, até que seja atingida sua dose anti- hipertensiva usual máxima.

Se o CAPOTEN ® (captopril) estiver sendo introduzido em um paciente sob diureticoterapia, o tratamento com CAPOTEN ® (captopril) deverá ser iniciado sob rigorosa supervisão médica.

Se for necessária uma redução subsequente da pressão sanguínea, a dose de CAPOTEN ® (captopril) poderá ser aumentada pouco a pouco (enquanto persistindo com o diurético) e um esquema de dosagem de três vezes ao dia poderá ser considerado. A dose de CAPOTEN ® (captopril) no tratamento da hipertensão normalmente não excede 150 mg/dia. Uma dose diária máxima de 450 mg de CAPOTEN ® (captopril) não deverá ser excedida.
Para pacientes com hipertensão grave (p. ex., hipertensão acelerada ou maligna), quando uma descontinuação temporária da terapia anti- hipertensiva atual não é viável ou desejável ou quando a titulação imediata para níveis de pressão arterial mais baixos for indicada, o diurético deverá ser mantido, mas outras medicações anti-hipertensivas concomitantes deverão ser interrompidas e a posologia do CAPOTEN ® (captopril) deverá ser iniciada imediatamente em 25 mg, duas a três vezes ao dia, sob rigoroso controle médico.

Quando necessário, devido ao estado clínico do paciente, a dose diária do CAPOTEN ® (captopril) poderá ser aumentada a cada 24 horas ou menos sob monitoramento médico contínuo, até que uma resposta pressórica sanguínea satisfatória seja obtida ou a dose máxima de CAPOTEN ® (captopril) seja atingida. Neste regime, a inclusão de um diurético mais potente, p. ex., a furosemida, pode também ser indicada.

Insuficiência Cardíaca

O início da terapia exige ponderação da terapia diurética recente e da possibilidade de uma depleção sal/volume grave. Em pacientes com pressão arterial normal ou baixa, que tenham sido vigorosamente tratados com diuréticos e que possam estar hiponatrêmicos e/ou hipovolêmicos, uma dose inicial de 6,25 ou l2,5 mg duas ou três vezes ao dia, poderá minimizar a magnitude ou a duração do efeito hipotensor (ver ADVERTÊNCIAS – Hipotensão); para estes pacientes, a titulação da posologia diária usual pode então ocorrer dentro dos próximos dias.

Para a maioria dos pacientes a dose diária inicial usual é 25 mg duas ou três vezes ao dia. Após uma dose de 5O mg duas ou três vezes ao dia ter sido atingida, aumentos subsequentes na posologia devem ser retardados, quando possível, durante pelo menos duas semanas, para determinar se ocorre uma resposta satisfatória.

A maioria dos pacientes estudados apresentou uma melhoria clínica satisfatória com uma dose diária de 150 mg ou menos.
Uma dose máxima diária de 450 mg de CAPOTEN ® (captopril) não deverá ser excedida.
CAPOTEN ® (captopril) geralmente deve ser usado em conjunto com um diurético e digitálicos. A terapia com CAPOTEN ® (captopril) precisa ser iniciada sob rigoroso monitoramento médico.

Infarto do Miocárdio

A terapia deve ser inciada três dias após o episódio de infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 6,25 mg, a terapia com captopril deverá aumentar para 37,5 mg/dia em doses divididas, 3 vezes ao dia conforme tolerado. A dose deve ser aumentada para 75 mg/dia administrados em doses divididas, 3 vezes ao dia conforme a tolerabilidade, durante os dias seguintes, até que se atinja a dose- alvo final de 150 mg/dia em doses divididas, 3 vezes ao dia administrados durante as várias semanas seguintes.

Se houver ocorrência de hipotensão sintomática, pode ser necessária uma redução da dose. As tentativas subsequentes para se atingir a dose de 150 mg/dia deverão ser baseadas na tolerabilidade do paciente ao captopril.

O captopril pode ser utilizado em pacientes submetidos a outras terapias pós- infarto do miocárdio, p. ex., com trombolíticos, ácido acetilsalicílico ou beta-bloqueadores.

Nefropatia Diabética

Em pacientes com nefropatia diabética, a dose diária recomendada de captopril é de 75 mg em doses divididas, 3 vezes ao dia.

Se uma redução adicional da pressão arterial é necessária, outros agentes anti- hipertensivos, tais como diuréticos, agentes bloqueadores de beta-adrenorreceptores, agentes que atuam centralmente ou vasodilatadores, podem ser usados conjuntamente com o captopril.

Ajuste da dose para pacientes com Insuficiência Renal

Doses divididas de captopril 75 a 100 mg/dia são bem toleradas em pacientes com nefropatia diabética e insuficiência renal leve a moderada.
Devido ao fato de que o CAPOTEN ® (captopril) é excretado principalmente pelos rins, a velocidade de excreção é reduzida em pacientes com função renal comprometida. Portanto, estes pacientes poderão responder a doses menores ou menos frequentes.

Sendo assim, para pacientes com insuficiência renal significativa, a dose diária inicial de CAPOTEN ® (captopril) deverá ser reduzida e incrementos menores devem ser utilizados para titulação, que deverá ser bastante lenta (intervalos de uma a duas semanas).

SUPERDOSAGEM – CAPOTEN

A correção da hipotensão deve ser a principal preocupação. Enquanto que o captopril pode ser removido da circulação de um adulto por hemodiálise, os dados sobre  à eficácia da hemodiálise para remover a droga da circulação de recém- nascidos ou crianças são inadequados. A diálise peritoneal não é eficaz na remoção do captopril; não há informação com relação a transfusão como alternativa para a remoção da droga da circulação geral.

ARMAZENAGEM – CAPOTEN

Armazenar o produto em temperatura ambiente, entre 15 e 30 oc. Proteger da umidade.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

LABORATÓRIO

B-MS

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