Princípio ativo: bisoprololBisoprolol

Referência

Concor (Merck S.A.)

Apresentação de Bisoprolol

Embalagem com 14, 20, 28, 30, 50, 56 comprimidos revestidos. Apresentações: 1,25mg – 2,5mg – 5,0mg 10,0mg Cada comprimido revestido contém: Concor 1,25 Fumarato de Bisoprolol 1,25 mg Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, amido de milho pré-gelatinizado,dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, hipromelose, macrogol, dimeticona, talco e dióxido de titânio. Concor 2,5 Fumarato de Bisoprolol 2,5 mg Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, hipromelose, macrogol, dimeticona e dióxido de titânio. Concor 5,0 Fumarato de Bisoprolol 5 mg Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, hipromelose, macrogol, dimeticona, dióxido de titânio e óxido de ferro amarelo. Concor 10,0 Fumarato de Bisoprolol 10 mg Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, hipromelose, macrogol, dimeticona, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.

Bisoprolol – Indicações

Concor1,25 , Concor 2,5 : Tratamento de insuficiência cardíaca crônica estável com função ventricular sistólica esquerda reduzida, em adição a inibidores ECA, e diuréticos, e opcionalmente glicosídeos cardíacos. Concor5 , Concor 10 : Tratamento de pressão sanguínea alta (hipertensão) Tratamento de doença cardíaca coronária (angina de peito) Tratamento de insuficiência cardíaca crônica estável com função ventricular sistólica esquerda reduzida, em adição a inibidores ECA, e diuréticos, e opcionalmente glicosídeos cardíacos.

Contra-indicações de Bisoprolol

O produto não deve ser usado em: – Insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de insuficiência cardíaca descompensada que precise de terapia intravenosa com substâncias que aumentem a contratilidade do coração; – pacientes com choque de origem cardíaca (choque cardiogênico); – perturbações severas da condução atrioventricular (bloqueio AV de segundo ou terceiro grau) sem marca-passo; – doença do nó sinusal; – bloqueio sino-atrial; – pacientes com sintomas evidentes causando diminuição da frequência cardíaca (bradicardia sintomática); – sintomas causando pressão sanguínea diminuída (hipotensão sintomática); – asma brônquica severa ou doença pulmonar obstrutiva crônica severa; – formas severas de doença arterial obstrutiva periférica ou síndrome de Raynaud; – tumores não tratados da glândula adrenal (feocromocitoma); – acidose metabólica; – pacientes com alergia a qualquer dos componentes do medicamento. O produto deve ser usado cuidadosamente em pacientes: – com diabetes melittus e flutuação extrema dos níveis de glicose no sangue: sintomas marcantes de redução de glicose no sangue (hipoglicemia) tais como taquicardia, palpitações ou sudorese podem ser mascarados; – jejum absoluto; – terapia de dessensibilização em andamento; – perturbações leves da condução atrioventricular (bloqueio AV de primeiro grau); – perturbação do fluxo sanguíneo nos vasos coronários devido a vasoespasmos (angina de Prinzmetal); – doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial no início da terapia); – pacientes com psoríase ou com histórico pessoal de psoríase; Sistema respiratório: Na asma brônquica ou outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas sintomáticas, indica-se terapia broncodilatadora concomitante. Pode ocorrer, ocasionalmente, um aumento na resistência das vias aéreas em pacientes com asma, requerendo uma dose maior de beta2-simpatomiméticos. Reações alérgicas: Betabloqueadores, incluindo o Concor, podem aumentar a sensibilidade a alergênicos e a severidade das reações anafiláticas uma vez que a contra-regulação adrenérgica sob beta-bloqueio pode ser aliviada. O tratamento com adrenalina pode, nem sempre, render o efeito terapêutico esperado. Anestesia geral: Em pacientes submetidos a anestesia geral, o anestesista deve estar ciente do beta-bloqueio. Caso se considere necessário retirar o Concor antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente, e completado cerca de 48 horas antes da anestesia. Feocromocitoma: Em pacientes com tumor da glândula adrenal (feocromocitoma) o Concor somente deve administrado após um bloqueio alfa-receptor prévio. Tireotoxicose: Sob tratamento com Concor os sintomas de hiperfunção da tireóide (tireotoxicose) podem ser mascarados. Populações especiais Até o presente momento não há suficiente experiência terapêutica disponível para o Concor, em pacientes com insuficiência cardíaca e diabetes melittus do tipo I, dependentes de insulina, função renal severamente prejudicada, função hepática severamente prejudicada, cardiomiopatia restritiva, doenças do coração congênitas ou doença cardíaca valvar orgânica hemodinamicamente relevante concomitantes. Não há, também, experiência terapêutica suficiente disponível em pacientes com insuficiência cardíaca e infarto miocárdico no período dos últimos 3 meses. Não há experiência suficiente com o Bisoprolol em crianças, assim sendo, o uso de Concor não pode ser recomendado para as mesmas. Este medicamento não é recomendado para crianças de qualquer faixa etária.

Advertências

A iniciação do tratamento com Bisoprolol necessita de monitoramento regular. Especialmente em pacientes com doença cardíaca isquêmica, a cessação da terapia com o Bisoprolol não deve feita abruptamente a menos que claramente indicada, porque isso pode levar a uma piora transitória da condição cardíaca. O Bisoprolol deve ser usado com cautela em pacientes com hipertensão ou angina de peito, acompanhadas de insuficiência cardíaca. Aplica-se somente à ICC: O início do tratamento de insuficiência cardíaca crônica estável com Bisoprolol necessita de monitoramento regular. Não há experiência terapêutica do tratamento com Bisoprolol em pacientes com insuficiência cardíaca, apresentando as seguintes doenças e condições: · Diabetes mellitus dependente de insulina (tipo I) · Função renal gravemente prejudicada · Função hepática gravemente prejudicada · Cardiomiopatia restritiva · Doença cardíaca congênita · Doença valvular orgânica hemodinamicamente significativa · Infarto miocárdico nos últimos 3 meses O Bisoprolol deve ser usado com cautela em: · Diabetes melittus com flutuação extrema dos níveis de glicose no sangue. Sintomas de hipoglicemia (e.g. taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados; · Jejum estrito; · Terapia de dessensibilização em andamento. Assim como outros beta-bloqueadores, o Bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilidade a alergênicos, quanto a gravidade das reações anafiláticas. O tratamento com epinefrina pode, nem sempre, render o efeito terapêutico esperado. · Bloqueio AV de primeiro grau, · Angina de Prinzmetal · Doença arterial obstrutiva periférica. Pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial no início da terapia. Na asma brônquica ou outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, as quais podem causar sintomas, a terapia broncodilatadora deve ser administrada concomitantemente. Ocasionalmente pode ocorrer um aumento da resistência das vias aéreas em pacientes com asma, assim, a dose de beta2-estimulantes pode necessitar de aumento. Em pacientes submetidos a anestesia geral o beta-bloqueio reduz a incidência de arritmias e isquemia miocárdica durante a indução e entubação, e período pós-operatório. Recomenda-se, atualmente, que a manutenção do beta-bloqueio seja continuada durante o período peri-operatório. O anestesista deve ficar atento ao beta-bloqueio por causa das potenciais interações com outras drogas, resultando em bradiarritmias, atenuação da taquicardia reflexa e da capacidade reflexa diminuída para compensar a perda de sangue. Caso se pense necessário retirar a terapia com beta-bloqueio antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente e completado 48 horas antes da anestesia. Assim como com outros beta-bloqueadores, o Bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilidade em relação a alergênicos quanto a reações anafiláticas. O tratamento com adrenalina nem sempre rende o efeito terapêutico esperado. Pacientes com psoríase, ou com histórico de psoríase, somente devem receber beta-bloqueadores (e.g. Bisoprolol) após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios. Os sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados sob o tratamento com Bisoprolol. Em pacientes com feocromocitoma o Bisoprolol não deve ser administrado até depois do bloqueio alfa-receptor.

Uso na gravidez de Bisoprolol

O Bisoprolol possui efeitos farmacológicos que podem causar efeitos nocivos sobre gravidez e feto/recém-nascido. Em geral, os bloqueadores b-adrenoceptores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardamento de crescimento, morte intra-uterina, aborto e nascimento prematuro. Efeitos adversos (e.g. hipoglicemia e bradicardia) podem ocorrer no feto e em recém-nascidos. Se o tratamento com bloqueadores b-adrenoceptores é necessário, são preferíveis os bloqueadores adrenoceptores b 1 seletivos. O Concor não é recomendado durante a gravidez a menos que claramente necessário. Se o tratamento é considerado necessário, recomenda-se o monitoramento do fluxo sanguíneo útero-placentário e do crescimento fetal. No caso de efeitos prejudiciais na gravidez ou no feto, recomenda-se considerar um tratamento alternativo. O recém-nascido deve ser monitorado de perto. Sintomas de hipoglicemia e bradicardia são, geralmente, esperados nos primeiros 3 dias. Lactação Não há dados sobre a excreção de Bisoprolol em leite humano ou sobre a segurança da exposição de Bisoprolol em crianças. Assim sendo, a amamentação não é recomendada durante a administração de Concor. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Interações medicamentosas de Bisoprolol

A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do medicamento. O medicamento não deve ser tomado com bebidas alcoólicas. O efeito e tolerabilidade dos medicamentos podem ser influenciados pela ingestão simultânea de outro medicamento. Tais interações também podem ocorrer caso tenha decorrido um curto espaço de tempo desde o uso de outro medicamento. Informe ao seu médico se estiver tomando quaisquer outros medicamentos mesmo aqueles sem prescrição médica. Combinações não recomendadas Tratamento de insuficiência cardíaca crônica estável Agentes anti-arrítmicos classe I (ex. quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona) podem aumentar o efeito depressivo do Concor sobre a condução do impulso atrioventricular e da contratilidade do coração. Todas as indicações Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, em uma menor extensão do tipo diltiazem, podem levar a uma contratilidade reduzida do músculo cardíaco e condução do impulso atrioventricular retardado quando usados, concomitantemente, com o Concor. Em especial, a administração intravenosa de verapamil em pacientes em tratamento com beta-bloqueadores pode levar a hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular. Agentes anti-hipertensivos com ação central (ex. clonidina, metildopa, moxonodina, rilmenidina), podem levar a uma redução da freqüência cardíaca e do volume cardíaco, assim como a vasodilatação devido a uma diminuição no tônus simpático central. A retirada abrupta, particularmente se antes da descontinuação do beta-bloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão rebote. Combinações a serem usadas com cautela Tratamento de hipertensão ou doença cardíaca coronária (angina de peito) Agentes anti-arrítmicos classe I (ex. quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona), podem aumentar o efeito depressivo do Concor sobre a condução do impulso atrioventricular e da contratilidade do coração. Todas as indicações Antagonistas de cálcio do tipo diidropiridínicos (ex.n nifedipina, amlodipina), podem aumentar o risco de hipotensão quando usados concomitantemente com o Concor. Não se pode excluir um risco aumentado de maior deterioração da função de bombeamento ventricular, em pacientes com insuficiência cardíaca. Agentes anti-arrítmicos classe III (ex. amiodarona) podem aumentar o efeito inibidor do Concorsobre a condução do impulso atrioventricular. ß-bloqueadores tópicos (e.g. colírios para tratamento de glaucoma) podem aumentar os efeitos sistêmicos do Concor. Medicamentos parassimpatomiméticos podem aumentar o efeito inibidor sobre a condução do impulso atrioventricular e o risco de bradicardia quando usado concomitantemente com o Concor.. O efeito da diminuição de açúcar no sangue da insulina, ou de medicamentos anti-diabéticos orais, pode ser aumentado. Os sinais de advertência de redução de glicose no sangue (hipoglicemia) taxa cardíaca especialmente acelerada (taquicardia) podem ser mascarados ou suprimidos. Tais interações são consideradas como ocorrendo mais provavelmente com ß-bloqueadores não seletivos. Os agentes anestésicos podem aumentar o risco de ações cardiodepressivas do Concor., levando à hipotensão. Glicosídeos cardíacos (digitalis) podem levar a um aumento no tempo de condução do impulso e, dessa maneira, na taxa cardíaca quando usados concomitantemente com o Concor.. Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) podem reduzir o efeito de redução da pressão sanguínea do Concor.. b-Simpatomiméticos (e.g. isoprenalina, dobutamina) usados em combinação com o Concor.podem levar a um efeito reduzido de ambos agentes. Uma combinação de Concor. com simpatomiméticos que ativam tanto b- quanto a-adrenoceptores (e.g. noradrelina, adrenalina) pode intensificar os efeitos vasoconstritores mediados por a-adrenoceptores destes agentes levando a aumento de pressão sanguínea. Tais interações são consideradas mais prováveis com b-bloqueadores não seletivos. Agentes anti-hipertensivos assim como outros medicamentos com potencial para baixar a pressão sanguínea (e.g. antidepressivos tricíclicos, barbituratos, fenotiazinas) podem aumentar o efeito de diminuição da pressão sanguínea do Concor.. Combinações a serem consideradas A mefloquina pode aumentar o risco de desaceleração da taxa cardíaca (bradicardia), caso seja usado em combinação com o Concor.. Inibidores de oxidase monoamina (exceto inibidores b-MAO) podem melhorar o efeito hipotensivo dos beta-bloqueadores. O uso concomitante pode também ser um risco para crise hipertensiva.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Bisoprolol

As seguintes definições aplicam-se à terminologia de freqüência usada daqui em diante. Muito comum (³ 10%), Comum (> 1% e < 10 %), Incomum (> 0.1% e 0.01% e < 0.1%), muito raro (< 0.01%). Investigações Raro: triglicérides aumentados, enzimas hepáticas aumentadas (ALAT, ASAT). Desordens cardíacas Muito comum: bradicardia (em pacientes com insuficiência cardíaca crônica) Comum: piora de insuficiência cardíaca pré-existente (em pacientes com insuficiência cardíaca crônica) Incomum: distúrbios da condução AV; bradicardia (em pacientes com hipertensão ou angina de peito); piora de insuficiência cardíaca pré-existente (em pacientes com hipertensão ou angina de peito) Desordens do sistema nervoso Comum: tontura*, dor de cabeça* Desordens oculares Raro: fluxo lacrimal reduzido (a ser considerado caso o paciente use lentes de contato) Muito raro: conjuntivite Desordens do labirinto e ouvido Raro: desordens na audição Desordens mediastinais, torácicas e respiratórias Incomum: broncoespasmo em pacientes com asma brônquica, ou histórico de doença obstrutiva das vias aéreas. Raro: rinite alérgica Desordens gastrointestinais Comum: reclamações gastrointestinais como náusea, vômito, diarréia, constipação. Desordens do tecido subcutâneo e pele Raro: reações de hipersensibilidade tais como coceira, vermelhidão, erupções. Muito raro: alopecia. Os beta-bloqueadores podem provocar, ou piorar, a psoríase ou induzir erupções semelhantes a psoríase. Desordens do tecido conectivo e musculoesquelético Incomum: fraqueza muscular, câimbras musculares. Desordens vasculares Comum: sensação de frio ou dormência nas extremidades, hipotensão, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca. Incomum: hipotensão (em pacientes com hipertensão ou angina de peito) e hipotensão ortostática (em pacientes com insuficiência cardíaca crônica) Desordens em geral Comum: astenia (em pacientes com insuficiência cardíaca crônica) fadiga* Incomum: astenia (em pacientes com hipertensão ou angina de peito) Desordens hepatobiliares Raro: hepatite Desordens do seio e sistema reprodutivo Raro: disfunção erétil. Desordens psiquiátricas Incomum: depressão, desordens do sono Raro: pesadelos, alucinações Aplica-se somente a pacientes com hipertensão ou angina de peito *Estes sintomas ocorrem, especialmente, no início da terapia. Eles são geralmente leves e desaparecem, normalmente, nas primeiras 1-2 semanas.

Bisoprolol – Posologia

Tratamento de hipertensão ou angina de peito. Adultos: Para ambas as indicações a dosagem é 5mg de Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia. Caso seja necessário, a dose pode ser aumentada para 10mg de Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia. A dose máxima recomendada é 20mg uma vez ao dia. Em todos os casos a dosagem é ajustada individualmente, em particular de acordo com a freqüência cardíaca e o sucesso terapêutico. Tratamento de insuficiência cardíaca crônica estável Os pacientes devem estar estáveis (sem insuficiência aguda) quando for iniciado o tratamento com Bisoprolol. Recomenda-se que o médico encarregado do tratamento seja experiente no gerenciamento de insuficiência cardíaca crônica. Piora transitória da insuficiência cardíaca, hipotensão ou bradicardia podem ocorrer durante o período de titulação e após. Fase de titulação O tratamento da insuficiência cardíaca crônica estável com o Bisoprolol requer uma fase de titulação. A dose inicial recomendada é 1.25mg de Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia. Dependendo da tolerância individual, a dose é aumentada gradualmente para 2.5mg, 3.75mg, 5mg, 7.5mg e 10mg de Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia, em intervalos de duas ou mais semanas. Caso um aumento de dosagem não seja bem tolerado, o tratamento deve ser mantido com uma dosagem mais baixa. 1ª semana: 1.25mgFumarato de Bisoprolol uma vez ao dia, caso seja bem tolerado aumentar para 2ª semana: 2.5mg Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia, caso seja bem tolerado aumentar para 3ª semana: 3.75mg de Fumarato de Bisoprolol (um comprimido de Concor 1,25 e um comprimido de Concor 2,5) uma vez ao dia, caso seja bem tolerado aumentar para 4ª 7ª semana: 5mg de Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia, caso seja bem tolerado aumentar para 8ª 11ª semana: 7.5mg de Fumarato de Bisoprolol (um comprimido de Concor 2,5 e um comprimido de Concor 5) uma vez ao dia, caso bem tolerado aumentar para 12ª semana em diante:10mg Fumarato de Bisoprolol uma vez ao dia como manutenção do tratamento. Caso um aumento de dosagem não seja bem tolerado, o tratamento deve ser mantido com uma dosagem mais baixa. A dose máxima recomendada é de 10mg uma vez ao dia. É recomendado um monitoramento rigoroso dos sinais vitais (pressão sanguínea, freqüência cardíaca) e sintomas de piora da insuficiência cardíaca durante a fase de titulação. Modificação do tratamento Caso a dose máxima recomendada não seja bem tolerada, a redução gradual da dosagem deve ser considerada. No caso de piora transitória da insuficiência cardíaca, hipotensão ou bradicardia, recomenda-se a reconsideração de dosagem da medicação concomitante. Também pode ser necessário baixar temporariamente a dose de Bisoprolol, ou considerar a descontinuação. A re-introdução e/ou re-titulação do Bisoprolol deve sempre ser considerada quando o paciente se tornar novamente estável. Duração da terapia para todas as indicações O tratamento com o Bisoprolol é, geralmente, uma terapia a longo prazo. O tratamento com Bisoprolol não deve ser parado abruptamente, uma vez que isso pode levar a uma piora transitória de condição. Especialmente em pacientes com doença cardíaca isquêmica, o tratamento não deve ser descontinuado subitamente. Recomenda-se a redução gradual da dosagem.

Superdosagem

Os sinais mais comuns esperados com uma superdose de beta-bloqueador são: bradicardia, hipotensão, broncoespasmo, insuficiência cardíaca aguda e hipoglicemia. Até a presente data, poucos casos de superdose (máximo: 2000mg) com Bisoprolol foram relatados em pacientes de hipertensão e/ou doença coronária apresentando bradicardia e/ou hipotensão, todos os pacientes se recuperaram. Há uma ampla variabilidade inter-individual na sensibilidade a uma alta dose única de Bisoprolol, e os pacientes com insuficiência cardíaca são provavelmente muito sensíveis. Em geral, caso ocorra superdose, recomenda-se a descontinuação do tratamento com Bisoprolol e deve-se administrar tratamento sintomático e de apoio. Dados limitados sugerem que o Bisoprolol é dificilmente dialisável. Com base nas ações farmacológicas esperadas e recomendações para outros beta-bloqueadores, as seguintes medidas gerais pode ser consideradas quando clinicamente garantidas. Bradicardia: Administrar atropina intravenosa. Caso a resposta seja inadequada, pode-se administrar, cautelosamente, isoprenalina ou outro agente com propriedades cronotrópicas positivas. Em algumas circunstâncias, pode ser necessária a inserção de marca-passo transvenoso. Hipotensão: Devem ser administrados fluidos intravenosos e vasopressores. O glucagon intravenoso pode ser útil. Bloqueio AV (segundo ou terceiro grau): Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados e tratados com infusão de isoprenalina ou marca-passo temporário. Piora aguda de insuficiência cardíaca: Administrar diuréticos IV, agentes inotrópicos, agentes vasodilatadores. Broncoespasmo: Administrar terapia broncodilatadora como isoprenalina, medicamentos b2-simpatomiméticos e/ou aminofilina. Hipoglicemia: Administrar glicose IV.

Características farmacológicas

Grupo farmacoterapêutico: betabloqueadores simples. Propriedades farmacodinâmicas: O princípio ativo de Concor é o fumarato de Bisoprolol, agente beta-bloqueador provido de seletividade beta 1 e destituído de ação simpatomimética intrínseca (ASI) e efeito de estabilização de membrana. Somente apresenta afinidade muito baixa ao b2-receptor dos músculos lisos dos brônquios e vasos, assim como aos b2-receptores concernentes com a regulação metabólica. Assim sendo, não se espera, geralmente, que o Bisoprolol influencie a resistência das vias aéreas e os efeitos metabólicos mediados por b2. Sua seletividade b1 estende-se além da faixa de dosagem terapêutica. O Bisoprolol não possui efeito inotrópico negativo pronunciado. O Bisoprolol alcança seu efeito máximo 3-4 horas após administração oral. A meia vida de eliminação de plasma de 10-12 horas fornece 24 horas de eficácia após uma dosagem única diária. O efeito anti-hipertensivo máximo do Bisoprolol é, geralmente, alcançado após 2 semanas. Na administração aguda em pacientes com doença coronária sem insuficiência cardíaca crônica, o Bisoprolol reduz a freqüência cardíaca e o volume de ejeção, reduzindo, assim, o débito cardíaco e o consumo de oxigênio. Na administração crônica a inicialmente elevada resistência periférica diminui. Entre outras, a depressão da atividade renina no plasma é debatida como um mecanismo da ação subjacente ao efeito anti-hipertensivo dos b-bloqueadores. O Bisoprolol diminui a resposta à atividade simpatoadrenérgica através do bloqueio dos b-receptores cardíacos. Isto causa uma diminuição na freqüência cardíaca e em contratilidade, e, assim, uma redução do consumo de oxigênio miocárdico, o qual é o efeito desejado na angina de peito com doença coronária subjacente. Propriedades farmacocinéticas Absorção: o Bisoprolol é quase completamente (>90%) absorvido a partir do trato gastrointestinal e, devido a sua pequena primeira passagem de metabolismo de cerca de 10%, ele possui uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 90% após a administração oral. Distribuição: o volume de distribuição é de 3.5L/kg. Possui baixa conectividade às proteínas plasmáticas (cerca de 30%). Metabolismo. O Bisoprolol é metabolizado via caminhos oxidantes sem conjugação subseqüente. Todos os metabólitos, sendo muito polares, são eliminados pelos rins. Os maiores metabólitos no plasma e na urina humanos foram descobertos como isentos de atividade farmacológica. Dados in vitro de estudos em microssomos de fígado humano mostram que o Bisoprolol é metabolizado primariamente via CYP3A4 (~95%) com CYP2D6 apenas desempenhando um papel menor. Eliminação. A liberação do Bisoprolol é equilibrada entre a eliminação renal da molécula não alterada (~50%) e o metabolismo hepático (~50%) para metabólitos que são, também, excretados renalmente. A liberação total do Bisoprolol é de aproximadamente 15 l/h. O Bisoprolol tem uma meia vida de eliminação de 10-12 horas. A farmacocinética em pacientes com insuficiência cardíaca crônica estável e com funções renais ou hepáticas prejudicadas, não foi estudada. Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica (NYHA estágio III) os níveis de plasma do Bisoprolol são mais altos e a meia vida é prolongada se comparados a voluntários saudáveis. A concentração máxima de plasma em estado pronto é 64+21 ng/ml em uma dose diária de 10mg, e a meia vida é de 17+5 horas. O Bisoprolol possui cinética linear, independente de idade.

Resultados de eficácia

Os achados em estudos clínicos hemodinâmicos de curto prazo são consistentes com aqueles observados com outros beta-bloqueadores. Os efeitos hemodinâmicos do Bisoprolol são, principalmente, mais devidos a seus efeitos cronotópicos negativos do que seus efeitos inotrópicos negativos, com poucas mudanças observadas no volume sistólico, na pressão da aurícula direita ou na pressão capilar. Em dose única diária ele possui um efeito seguro, por 24 horas, em pacientes com hipertensão e angina. Em ambas as indicações o Bisoprolol é eficiente em até 90% dos casos. No total, 2.647 pacientes foram incluídos no estudo CIBIS II. 83% (n = 2.202) eram NYHA classe III e 17% (n = 445) eram NYHA classe IV. Possuíam insuficiência cardíaca sistólica sintomática estável (fração de ejeção < 35%, baseado em ecocardiografia). A mortalidade total foi reduzida de 17.3% para 11.8% (redução relativa de 34%). Foram observados diminuição na morte súbita (3.6% versus 6.3%, redução relativa de 44%) e número reduzido de episódios de insuficiência cardíaca que necessitassem de internação hospitalar (12% versus 17.6%, redução relativa de 36%). Finalmente, foi mostrada uma melhora significativa do status funcional de acordo com a classificação de NYHA. Durante a iniciação e titulação de Bisoprolol, foram observadas internações hospitalares devidas a bradicardia (0.53%), hipotensão (0.23%), e descompensação aguda (4.97%), mas estas não foram mais freqüentes do que no grupo placebo (0%, 0.3% e 6.74%). O número de acidentes vasculares cerebrais fatais ou incapacitantes durante o período total do estudo foi de 20 no grupo Bisoprolol, e 15 no grupo placebo. O estudo CIBIS III investigou 1.010 pacientes com idade 65 anos com insuficiência cardíaca crônica (ICC; NYHA classe II ou III) de leve a moderada, e fração de ejeção ventricular esquerda < 35%, que não houvessem recebido tratamento anterior com inibidores ECA, beta-bloqueadores ou bloqueadores de receptores de angiotensina. Houve uma tendência para uma maior freqüência de descompensação da insuficiência cardíaca quando Bisoprolol foi utilizado incialmente nos primeiros 6 meses de tratamento. Não-inferioridade de Bisoprolol-primeiro não foi observada na análise per-protocol, apesar das duas estratégias de tratamento terem demonstrado níveis equivalentes de redução do desfecho primário (morte ou hospitalização) ao final do estudo (32.4% no grupo Bisoprolol-primeiro vs 33.1% no grupo enalapril-primeiro na análise per-protocol). O estudo demontrou que Bisoprolol pode também ser utilizado em idosos com insuficiência cardíaca crônica leve a moderada Referências: 1. Lancaster SG, Sorkin EM. Bisoprolol: uma revisão preliminar de sua farmacodinâmica e propriedades farmacocinéticas, e eficácia terapêutica na hipertensão e angina de peito. Drugs 1988; 36: 256-85. 2. Johns TE, Lopez LM. Bisoprolol: apenas outro beta-bloqueador para hipertensão ou angina? Ann Pharmacother 1995; 29: 403-14. 3. CIBIS-II Investigators and Committees. Insuficiência Cardíaca Bisoprolol Estudo II (CIBIS-II): um estudo randomizado. Lancet 1999;Bisoprolol seguido por Enalapril, quando comparado com a seqüência oposta. Resultados do Estudo Bisoprolol na Insuficiência Cardíaca III (Cardiac Insuficiency Bisoprolol Study CIBIS III). Circulation, 2005; 112: 2426-2435 .

Modo de usar

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, sem mastigação, com algum líquido, pela manhã, antes, durante ou após o café da manhã. Siga a orientação de seu médico, sempre observando o horário, doses e duração do tratamento. O uso de Concor requer um constante acompanhamento médico, especialmente no início do tratamento.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Deficiência renal ou hepática Aplica-se somente a hipertensão ou angina de peito: Em pacientes com desordens de função renal ou hepática grau leve a moderado, normalmente não é necessário ajustar a dosagem. Em pacientes com deficiência renal grave (liberação de creatinina Bisoprolol. A experiência com o uso de Bisoprolol em pacientes de diálise renal é limitada; entretanto, não há evidência de que o regime de dosagem precise ser alterado. Aplica-se somente a insuficiência cardíaca crônica: Não há informações acerca da farmacocinética do Bisoprolol em pacientes com insuficiência cardíaca crônica e com deficiência da função hepática ou renal. O aumento da titulação nessas populações deve, assim, ser feito com cautela adicional. Idosos Não é necessário ajustar a dosagem. Crianças Não há experiência com Bisoprolol em crianças, assim, seu uso não pode ser recomendado para crianças.

Armazenagem

Manter em temperatura ambiente (15º C – 30º C). Proteger de luz e umidade.

Dizeres legais

M.S. 1.0089.0194 Farmacêutico responsável: Geraldo César Monteiro de Castro – CRF-RJ 14021 Fabricado por Merck KGaA – Darmstadt Germany Importado e comercializado por: Merck, S.A. Estrada dos Bandeirantes, 1099 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22710-571 Indústria Brasileira VENDA SUJEITA A PRESCRIÇÃO MÉDICA

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