Princípio ativo: cloranfenicol

Antibióticos – Receituário simples em duas vias

Arifenicol® cloranfenicol

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Forma farmacêutica e apresentação:

Pó liófilo para solução injetável Embalagem com 1 ou 50 frascos-ampola + 1 ou 50 ampolas de diluente ou 100 frascosampola sem diluente.

Via intravenosa

Cada frasco-ampola contém: succinato sódico de cloranfenicol liofilizado equivalente a 1000 mg de cloranfenicol.

Cada ampola de diluente contém: Água para injeção, estéril e apirogênica ….. 5 mL

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O cloranfenicol é um antibiótico que age inibindo a síntese protéica nas bactérias e atua principalmente como bacteriostático.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

O produto está indicado em infecções causadas por microrganismos sensíveis ao cloranfenicol.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Contra-indicações

Arifenicol® é contra-indicado em casos de alergia ao cloranfenicol ou derivados, em portadores de depressão medular, nas discrasias sangüíneas ou insuficiência hepática. É contra-indicado em casos de insuficiência renal. Crianças são mais sensíveis à toxicidade do cloranfenicol, principalmente recém-nascidos.

Advertências

O cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados. O tratamento com Arifenicol® deve ser individual e não adaptável a outra pessoa, pois, ainda que os sintomas apresentados sejam iguais, o tipo de infecção pode ser diferente, logo a medicação não apresentará a ação esperada, podendo causar danos a saúde. Arifenicol® deve ser administrado somente por profissionais de saúde. Deve-se ficar atendo a sintomas como palidez, dor de garganta, febre, sangramento, anemia, fraqueza e mal estar.

Gravidez e amamentação

Não é recomendável a utilização de cloranfenicol durante a gravidez. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do cloranfenicol para o feto pode levar ao aparecimento da síndrome cinzenta do recém-nascido. O cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome cinzenta do recém-nascido. Assim, mães que amamentam não devem ingerir o produto.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.

Crianças

Crianças são mais sensíveis à toxicidade do cloranfenicol, principalmente recém-nascidos. Em recém-nascidos, o cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia.

Observar se apresentam vômitos, respiração irregular, palidez e temperatura baixa.

Insuficiência renal ou hepática

O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com doenças hepáticas ou renais.

Precauções

Ver advertências.

Interações medicamentosas

Informe seu médico se estiver ingerindo fármacos como anticancerígenos, antitireoideanos, anticonvulsivantes ou outros antibióticos.

Interferência em exames laboratoriais

O cloranfenicol pode causar falsos resultados positivos de presença de glicose na urina.

INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.

INFORME AO SEU MÉDICO SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO.

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Aspecto físico Pó levemente amarelado.

Características organolépticas Vide aspecto físico.

Dosagem

Arifenicol® deve ser administrado por um profissional de saúde por via intravenosa. Arifenicol® é apresentado como um pó, portanto, deve ser diluído e dissolvido antes da administração. Isto deve ser feito pelo profissional de saúde. A administração deve ser feita por via intravenosa, dividido em 4 doses diárias a intervalos de 6 horas. Adultos: 5 mg de cloranfenicol base por quilo de peso por dia. A dose máxima para adultos é de 4 g/dia. Em infecções graves, assim como em meningites, a dose pode chegar a 100 mg/kg/dia. Crianças: 50 mg (base) por quilo de peso por dia; em prematuros e recém-nascidos com menos de 2 semanas de vida a dose é de 25 mg (base) por quilo de peso por dia.

SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.

NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.

NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

  • Síndrome cinzenta do recém-nascido: é caracterizada por distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o cloranfenicol. Adultos com ingestão acidental de doses muito elevadas podem apresentar esta reação.
  • Neurite óptica ocorre raramente com o uso prolongado, a diminuição da acuidade visual, em geral, é reversível.
  • Outros sintomas neurológicos raros: neurite periférica, cefaléia, depressão, oftalmoplegia e confusão mental.
  • Reações de hipersensibilidade são raras.
  • Reações gastrintestinais como diarréia, náusea, vômitos, glossite e estomatite são pouco freqüentes e sem gravidade.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

Não existe antídoto e o tratamento consiste na manutenção e diálise peritoneal para eliminação do fármaco. Procure socorro médico ou a emergência hospitalar mais próxima o mais rápido possível.

ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Mantenha o produto em sua embalagem original, evitar calor excessivo (temperatura superior a 40ºC) e proteger da umidade.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O cloranfenicol foi isolado de culturas de Streptomyces venezuelae em 1947, o cloranfenicol atualmente é produzido sinteticamente. Age, principalmente, como bacteriostático, interferindo na síntese protéica bacteriana. Seu espectro de ação é bastante próximo ao das tetraciclinas e inclui bactérias gram-positivas e gram-negativas, ricketsias e clamídias. As principais indicações de uso são em infecções causadas por Haemophilus influenzae, Salmonella typhi e Bacteroides fragilis. O cloranfenicol inibe a síntese protéica nas bactérias e, em menor grau, nas células eucarióticas. O fármaco penetra rápido nas células bacterianas, provavelmente por difusão facilitada. O cloranfenicol atua primariamente através de sua ligação reversível com a subunidade ribossômica 50S (próximo ao local de ação dos antibióticos macrolídeos e da clindamicina, que ele inibe competitivamente). Embora a ligação do tRNA ao local de reconhecimento do códon na subunidade 30S do ribossoma não seja atingida, o fármaco parece impedir a ligação da extremidade contendo aminoácido do aminoacil tRNA ao local aceptor na subunidade ribossômica 50S. A interação entre a peptidiltransferase e seu substrato aminoácido não pode ocorrer, havendo inibição da formação de ligação peptídica. O cloranfenicol também pode inibir a síntese de proteína mitocondrial nas células de mamíferos, talvez pelo fato de os ribossomas mitocôndrias assemelharem-se mais aos ribossomas bacterianos (ambos são 70S) do que aos ribossomos citoplasmáticos de 80S das células de mamíferos. A peptidiltransferase dos ribossomas mitocondriais, mas não dos ribossomas citoplasmáticos, é sensível à ação inibitória do cloranfenicol. As células eritropoiéticas dos mamíferos parecem ser particularmente sensíveis ao fármaco.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Meningite bacteriana: O tratamento com cloranfenicol traz excelentes resultados na meningite causada por H. Influenzae, que são iguais ou superiores aos obtidos com ampilicina1,2 . Embora seja bacteriostático contra a maioria dos microrganismos, o cloranfenicol é bactericida para muitos patógenos meníngeos, como H. Influenzae3. Infecções por anaeróbios: O cloranfenicol é muito eficaz contra a maioria das bactérias anaeróbicas, incluindo Bacteroides spp. Mostra-se eficaz no tratamento de infecções intraabdominais ou abscessos cerebrais graves, que são comumente causados por microrganismos anaeróbicos. Todavia, dispõe-se de numerosos agentes alternativos igualmente eficazes e menos tóxicos de modo que o cloranfenicol raramente está indicado nessa condicão4.

  1. JONES, F. E.; HANSON, D. R. H. Influenzae meningitis treated with ampicillin or chloramphenicol, and subsequent hearing loss. Dev. Med. Child Neurol. c.19, p. 593-597, 1977. in: CHAMBERS, H. F. Antimicrobianos Inibidores da síntese protéica e antibacterianos diversos, c. 47. in: HARDMAN, J. G.; LIMBIRD L. E.; GILMAN, A. G.; Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da terapêutica. 10° ed. Rio de Janeiro: MC-Grow-Hill, 2003, p. 948.
    1. KOSKINIEMI, M.; et al. S. Haemophilus influenzae meningitis. A comparison between chloramphenicol and ampicillin therapy with special reference to impaired hearing. Acta Paediatr. Scand. c.67, p. 17-24, 1978. in: CHAMBERS, H. F.
    2. Antimicrobianos Inibidores da síntese protéica e antibacterianos diversos, c. 47. in: HARDMAN, J. G.; LIMBIRD L. E.; GILMAN, A. G.; Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da terapêutica. 10° ed. Rio de Janeiro: MC-Grow-Hill, 2003, p. 948.
  2. RAHAL, J. J. Jr.; SIMBERKOFF, M. S. Bactericidal and bacteriostatic action of chloramphenicol against meningeal pathogens. Antimicrob. Agents Chemother, c. 16, p. 13-18, 1979. in: CHAMBERS, H. F. Antimicrobianos Inibidores da síntese protéica e antibacterianos diversos, c. 47. in: HARDMAN, J. G.; LIMBIRD L. E.; GILMAN, A. G.; Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da terapêutica. 10° ed. Rio de Janeiro: MC-Grow-Hill, 2003, p. 948.
  3. CHAMBERS, H. F. Antimicrobianos Inibidores da síntese protéica e antibacterianos diversos, c. 47. in: HARDMAN, J. G.; LIMBIRD L. E.; GILMAN,

A. G.; Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da terapêutica. 10° ed. Rio de Janeiro: MC-Grow-Hill, 2003, p. 948.

INDICAÇÕES

  • Infecções por Haemophilus influenzae, principalmente tipo B: meningites, septicemia, otites, pneumonias, epiglotites, artrites, osteomielites, etc.
  • Febre tifóide e salmoneloses invasivas (inclusive osteomielite e sepsis).
  • Abscessos cerebrais por Bacteroides fragilis e outros microorganismos sensíveis.
  • Meningites bacterianas causadas por Streptococcus ou Meningococcus, em pacientes alérgicos à penicilina.
  • Ricketsioses.
  • Infecções por Pseudomonas pseudomallei.
  • Infecções intra-abdominais (principalmente por microrganismos anaeróbicos).
  • Outras indicações: actinomicose, antrax, brucelose, granuloma inguinal, treponematoses, peste, sinusites, otite crônica supurativa.

Entretanto, o cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves, nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados. O cloranfenicol não é indicado para uso profilático de infecções.

CONTRA-INDICAÇÕES

É contra-indicado em pacientes alérgicos ao cloranfenicol ou derivados, portadores de depressão medular, discrasias sangüíneas, ou insuficiência hepática. Em recém-nascidos e prematuros, a concentração sérica deve ser monitorizada. Não deve ser usado em grávidas próximo ao término do trabalho de parto, pelo risco de síndrome cinzenta no recém-nascido. Pacientes utilizando medicamentos antineoplásicos ou radioterapia devem evitar o uso cloranfenicol, sob risco de depressão medular.

MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO

Reconstituição: O profissional da saúde, antes da reconstituição do medicamento, deve verificar a aparência do pó no interior do frasco-ampola, buscando identificar alguma partícula que possa interferir na integridade e na qualidade do medicamento. Para a reconstituição da solução do frasco-ampola de Arifenicol®, são necessários 5 mL de água para injeção. Para a completa homogeneização da solução, recomenda-se agitar o frasco-ampola vigorosamente antes de retirar a dose a ser injetada.

Com a finalidade de evitar o aparecimento de partículas de borracha após a inserção de agulha no frasco-ampola, proceder da seguinte forma:

  1. Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8 mm de calibre;
  2. Encher a seringa com o diluente apropriado;
  3. Segurar a seringa verticalmente à borracha;
  4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente na posição vertical;
  5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes a área demarcada (ISO 7864).

Veja abaixo o procedimento:

Após a reconstituição, o profissional da saúde deverá inspecionar cuidadosamente, antes de sua utilização, se a solução no interior do frasco-ampola está fluida, livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento. O profissional não deverá utilizar o produto ao verificar qualquer alteração que possa prejudicar a saúde do paciente. Para evitar problemas de contaminação, deve-se tomar cuidado durante a reconstituição para assegurar assepsia.

Administração: Arifenicol® deve ser administrado por via intravenosa. A injeção intravenosa deve ser lenta, nunca em menos de 1 minuto.

Conservação depois de aberto:

O frasco-ampola de Arifenicol® não deve ser aberto. Arifenicol®, após a reconstituição, deve ser utilizado imediatamente.

POSOLOGIA

A administração deve ser feita por via intravenosa, dividida em 4 doses diárias a intervalos de 6 horas.

Adultos:

-50 mg de cloranfenicol base por quilo de peso por dia. A dose máxima para adultos é de 4 g/dia.

-Em infecções graves, assim como em meningites, a dose pode chegar a 100 mg/kg/dia.

Crianças: 50 mg (base) por quilo de peso por dia; em prematuros e recém-nascidos com menos de 2 semanas de vida a dose é de 25 mg (base) por quilo de peso por dia.

A concentração sérica deve ser mantida entre 10 a 25 microgramas por mL.

ADVERTÊNCIAS

O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com anemia, sangramentos, doenças hepáticas ou renais. Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea, alfentanil, hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia. Evitar o uso durante imunizações ativas. O uso de cloranfenicol pode provocar aumento da incidência de infecções dentárias, cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter crises hemolíticas com o uso do medicamento. Pacientes com porfiria têm o risco de crises aumentado. O cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea, nem sempre reversível. O risco da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso o uso deste medicamento não deve ultrapassar a dez dias. Quando são necessários tratamentos mais longos, exames periódicos de controle hematológicos devem ser realizados.

Toxicidade

Não há estudos confirmando a ausência de efeitos mutagênicos, carcinogênicos ou teratogênicos no ser humano. Por isso, apesar da ausência de relatos comprovando a ligação do uso do fármaco com tais efeitos, não se recomenda o uso durante a gravidez. O principal efeito tóxico do cloranfenicol ocorre na medula óssea, provocando duas alterações: depressão da medula óssea e anemia aplástica. A primeira é provocada pela interferência do fármaco na síntese protéica das células medulares e a segunda tem causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco e é dose dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4 g ou mais por dia ou com nível

sérico acima de 30 microgramas por mL). A aplasia é idiossincrásica, embora bastante rara, é geralmente fatal. Pode ocorrer neurite óptica em tratamentos prolongados. Diminuição da acuidade visual pode ocorrer, mas é reversível. Neurite periférica, cefaléia, confusão mental, oftalmoplegia, náuseas, vômitos, diarréia, glossite, estomatite e hipersensibilidade são raros. O cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina K, o que poderia causar sangramento quando o seu uso é prolongado.

Uso na gravidez

Não é recomendável a utilização de cloranfenicol durante a gravidez, apesar de nunca terem sido relatados defeitos teratogênicos relacionados com seu uso. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do cloranfenicol para o feto pode levar ao aparecimento da síndrome cinzenta do recém-nascido.

Categoria de risco na gravidez: categoria C

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.

Usa na amamentação

O cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome cinzenta do recém-nascido.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO Recém-nascidos

Em recém-nascidos, o cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25/mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado, não devendo ultrapassar 50 microgramas/mL.

Insuficiência renal ou hepática

O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com doenças hepáticas ou renais. Caso seja necessária a utilização nesses pacientes as doses de cloranfenicol devem ser reduzidas.

Pacientes diabéticos

Devem ser advertidos que o cloranfenicol pode provocar falsas reações positivas de glicosúria.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

  • Álcool: pode ocorrer reações semelhantes ao dissulfiram.
  • Antiepiléticos (fenobarbital e hidantoína): podem diminuir a concentração sérica de cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema citocromo P-450 pelo cloranfenicol pode diminuir o metabolismo do fenobarbital e da hidantoína, elevando os níveis séricos destes fármacos.
  • Varfarina: mesma interação que com fenobarbital.
  • Piridoxina: o cloranfenicol aumenta a excreção renal da piridoxina.
  • Vitamina B12: o cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina B12.
  • Alfentanil: diminui o clearence, com acúmulo sérico.
  • Antidiabéticos orais: o cloranfenicol pode inibir o metabolismo hepático destes fármacos, aumentando seus efeitos.
  • Eritromicinas e lincomicinas: o cloranfenicol compete com ambos na ligação com a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, antagonizando seus efeitos; deve-se evitar o uso concomitante.
  • Ativadores de enzimas hepáticas (rifampicina, fenobarbital, etc): aumentam a degradação de cloranfenicol.
  • Penicilinas: pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.

Interferência em exames laboratoriais

O cloranfenicol pode causar falsos resultados positivos de glicosúria. O teste de Bartiromide é alterado, pois o cloranfenicol provoca aumento da quantidade de PABA recuperada.

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

Reações hematológicas: podem se manifestar de duas formas: como uma depressão reversível da medula óssea ou como uma anemia aplástica idiossincrática. A depressão medular é dose dependente e é mais comumente observada quando as concentrações séricas ultrapassam 25 microgramas por mL; esta afecção é geralmente reversível com a suspensão do fármaco. A anemia aplástica é uma reação idiossincrática grave que ocorre em 1 a cada

25.000 a 40.000 pacientes tratados com cloranfenicol; não tem relação com a dose ou duração do tratamento, a maioria dos casos está relacionada ao uso oral e seu aparecimento ocorre, geralmente, várias semanas ou meses após o uso do fármaco. Foram descritos casos raros de leucemia após anemia aplástica provocada pelo cloranfenicol, porém essa correlação não está ainda totalmente definida.

  • Síndrome cinzenta do recém-nascido: é caracterizada por distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o cloranfenicol. Se o uso em recém-nascidos é necessário, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado. Adultos com ingestão acidental de doses muito elevadas podem apresentar esta reação.
  • Neurite óptica ocorre raramente com o uso prolongado, a diminuição da acuidade visual em geral, é reversível.
  • Outros sintomas neurológicos raros: neurite periférica, cefaléia, depressão, oftalmoplegia e confusão mental.
  • Reações de hipersensibilidade são raras.
  • Reações gastrintestinais como diarréia, náusea, vômitos, glossite e estomatite são pouco freqüentes e sem gravidade.

SUPERDOSE

Doses elevadas administradas de forma aguda, podem levar à síndrome cinzenta no recémnascido e, raramente, no adulto. Depressão medular pode ocorrer nesse caso. Ingestão crônica de doses excessivas podem levar à depressão medular, neurites, deficiência de vitamina K e síndromes gatrintestinais. Não existe antídoto para os casos de superdosagem do medicamento e a condução consiste medidas terapêuticas de apoio clínico e indicação de diálise peritoneal para a eliminação do fármaco.

ARMAZENAGEM

Arifenicol® (cloranfenicol) deve ser mantido em sua embalagem original, evitar calor excessivo (temperatura superior a 40ºC) e proteger da umidade.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

N.º do Lote, Data de Fabricação e de Validade: vide embalagem.

Reg. M.S. nº 1.0270.0053 Farm. Resp.: Celso C. Hojaij CRF-SP 15.815

Ariston Indústrias Químicas e Farmacêuticas Ltda.

Rua Adherbal Stresser, 84 São Paulo -SP -CEP 05566-000

C.N.P.J. 61.391.769/0001-72 Indústria Brasileira

SAC 0800-55-6222 www.ariston.com.br

Celso Carneiro Hojaij Farmacêutico Responsável CRFSP 15.815

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