Princípios ativos: drospirenona, estradiolAngeliq

Laboratório

Bayer

Referência

estradiol drospirenona

Apresentação de Angeliq

cart. c/ 1 bl. c/ 28 compr. Cada compr. rev. contém 1 mg de estradiol (correspondente a 1,033 mg de estradiol hemiidratado) e 2 mg de drospirenona.

Angeliq – Indicações

Terapia de reposição hormonal (TRH) para sintomas de deficiência de estrogênio em mulheres pósmenopausadas há mais de um ano; prevenção de osteoporose pós-menopausal em mulheres com risco de fraturas por osteoporose aumentada.

Contra-indicações de Angeliq

A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de qualquer das seguintes condições: – sangramento vaginal anormal não-diagnosticado; – diagnóstico ou suspeita de câncer de mama; – diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas dependentes de esteróides sexuais; – presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos); – doença hepática grave; – presença ou história de doença renal grave enquanto os valores da função renal não retornarem ao normal; – tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral); – presença de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos ou antecedentes destas condições; – hipertrigliceridemia grave; – gravidez ou lactação; – hipersensibilidade as substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes do medicamento. Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.

Advertências

Angeliq® não pode ser usado como contraceptivo. Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de risco mencionados a seguir devem ser considerados quando se determina o risco/benefício do tratamento para cada paciente. Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra qualquer uma das condições citadas no item contraindicações, assim como nas seguintes situações: – enxaqueca ou cefaléias freqüentes com intensidade fora do habitual que ocorram pela primeira vez ou se houver quaisquer outros sintomas que sejam possíveis sinais prodrômicos de oclusão cerebrovascular; – recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático, os quais tenham surgido inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso anterior de esteróides sexuais; – sintomas ou suspeita de um evento trombótico.No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a seguir, a análise individual do risco/benefício deve ser realizada novamente, levando-se em consideração a possível necessidade de descontinuação da terapia. Tromboembolismo arterial Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) combinados com acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um estudo clínico abrangente, realizado com EEC administrados isoladamente, indicou um potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada. Como resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC administrados isoladamente ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes dados também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de administração não-oral. Demência Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos contendo estrogênios eqüinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de demência se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado no princípio da menopausa, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH. Outras condições Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de hipertensão clínica. Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial em usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-se considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante a TRH. Angeliq® apresenta potencial para diminuir a pressão arterial em mulheres com pressão arterial elevada. Não são esperadas alterações relevantes na pressão arterial em mulheres normotensas. A capacidade de excreção de potássio pode estar limitada em pacientes com insuficiência renal. Em um estudo clínico, a ingestão de drospirenona (DRSP) não apresentou efeito sobre a concentração sérica de potássio em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada. Pode existir risco teórico de hipercalemia apenas em pacientes cujo nível de potássio sérico, antes do início do uso de TRH, encontra-se no limite superior da normalidade e que adicionalmente estejam utilizando medicamentos poupadores de potássio. Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão, sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de alteração nos indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH. Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento adicional no nível de triglicérides levando ao risco de pancreatite aguda. Embora a TRH possa ter efeito na resistência insulínica periférica e na tolerância à glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia. Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma freqüente ou persistente, recomenda-se avaliação endometrial. Miomas uterinos podem aumentar de tamanho sob a influência de estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser descontinuado. Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a descontinuação do tratamento. Havendo suspeita de prolactinoma, deve-se excluir esta possibilidade antes de iniciar o tratamento. Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento com TRH. A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso da TRH. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem em terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.- epilepsia; – doença benigna da mama; – asma; – enxaqueca; – porfiria; – otosclerose; – lupus eritematoso sistêmico; – coréia menor. Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.

Uso na gravidez de Angeliq

Gravidez e lactação O medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação. Informe ao médico se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento. AngeliqÒ não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação (vide item Contra-indicações). Caso a paciente engravide durante o uso de AngeliqÒ, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente. Não existem dados clínicos sobre exposição ao Angeliq® durante a gestação. Estudos com animais demonstraram reações adversas durante a gestação e a lactação (vide item Dados de segurança pré-clíncos). O risco potencial para humanos é desconhecido. Os resultados de estudos epidemiológicos não indicaram efeito teratogênico decorrente da ingestão inadvertida de associações estrogênio/progestógeno durante a gestação. Pequenas quantidades de drospirenona são excretadas com o leite materno.

Interações medicamentosas de Angeliq

Efeitos de outros medicamentos sobre Angeliq® Um aumento da depuração de hormônios sexuais devido à indução de enzimas hepáticas pode reduzir a eficácia clínica do fármaco e eventualmente promover sangramento irregular. Tais propriedades de indução de enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina e rifampicina, assim como, suspeita-se da existência dessas propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. O mecanismo desta interação parece estar baseado nas propriedades de indução de enzimas hepáticas destes fármacos. A indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4 semanas após o término da terapia com algum desses fármacos. Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso concomitante de certos antibióticos (por exemplo, penicilinas e tetraciclina).Os principais metabólitos da drospirenona são gerados sem a participação do sistema citocromo P450. Portanto, é pouco provável que os inibidores do sistema enzimático influenciem o metabolismo da drospirenona. No entanto, inibidores do CYP3A4, tais como cimetidina, cetoconazol e outros, podem inibir o metabolismo do estradiol. Interação de Angeliq® com outros medicamentos Observou-se em estudos de inibição in vitro e em estudos de interação in vivo, em voluntárias que receberam doses no estado de equilíbrio de 3 mg de drospirenona por dia e omeprazol, sinvastatina, ou midazolam como substratos marcadores, que é improvável a interação clinicamente relevante da drospirenona com o metabolismo de outros fármacos mediado pelo citocromo P450. Farmacodinâmica Angeliq® contém 17-beta-estradiol, que é química e biologicamente idêntico ao estradiol humano endógeno (natural), e o progestógeno sintético drospirenona. O 17-beta-estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério. A adição de drospirenona (DRSP) auxilia na promoção do controle de sangramento e contrapõe-se ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial causada por estrogênios. – Efeitos do estradiol A perda da função ovariana, acompanhada por diminuição da produção de estrogênio e progesterona, leva à síndrome menopausal caracterizada por sintomas vasomotores e orgânicos. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para eliminar estes sintomas. De todos os estrogênios fisiológicos, o estradiol é o mais potente e com a mais elevada afinidade ao receptor de estrogênio. Órgãos-alvo do estrogênio incluem, particularmente, útero, hipotálamo, hipófise, vagina, mamas e ossos (osteoclastos). Outros efeitos dos estrogênios incluem redução das concentrações de insulina e glicose sangüínea, efeitos vasoativos locais mediados por receptores e efeitos independentes do receptor sobre o músculo vascular liso. Receptores de estrogênio têm sido identificados no coração e nas artérias coronarianas. A administração oral de estrogênios naturais é vantajosa em certos casos de hipercolesterolemia, com a finalidade de maximizar os efeitos benéficos do metabolismo hepático sobre os lipídios. Após um ano de tratamento com Angeliq®, as alterações médias nos níveis dmmHDL-colesterol foram pequenas, com um leve aumento de 1,1% para associação com 1 mg de drospirenona (DRSP) e uma leve diminuição de 1,6% e 3,4% para a associação com 2 mg e 3 mg de DRSP, respectivamente. Os níveis séricos de LDL-colesterol diminuíram em média 11% (1 mg DRSP), 14% (2 mg DRSP) e 13% (3 mg DRSP) quando comparados a uma diminuição de 9% após um ano de tratamento com 1 mg de estradiol (E2) isoladamente. A associação com DRSP parece atenuar o aumento nos níveis de triglicérides promovido pelo tratamento isolado com 1 mg de E2. Após 1 ano de tratamento com 1 mg de E2, os níveis de triglicérides das pacientes estavam, na média, aproximadamente 18% acima dos valores basais, quando comparados aos aumentos médios de 9% (1 mg de DRSP), 5% (2 mg DRSP) e 4% para as associações de 1 mg de E2 com DRSP. O tratamento com Angeliq® por 2 anos promoveu aumento médio na densidade mineral óssea de aproximadamente 3 a 5%, enquanto que após tratamento com placebo observou-se diminuição média de aproximadamente 0,5%. Tanto nas pacientes osteopênicas quanto nas não-osteopênicas verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na densidade mineral do osso ilíaco entre o tratamento com a substância ativa e o tratamento com o placebo. Aumento na densidade mineral óssea na espinha lombar e no corpo todo também foi observado nos grupos tratados com a substância ativa. Em mulheres que não apresentam osteoporose na pós-menopausa, o uso de TRH por períodos prolongados tem demonstrado diminuir o risco de ocorrência de fraturas periféricas. A TRH também apresenta efeito positivo sobre o colágeno e a espessura da pele e pode retardar o processo de enrugamento da pele. Monoterapia com estrogênio exerce efeito estimulante dose-dependente sobre a mitose e a proliferação do endométrio, aumentando, assim, a freqüência de hiperplasia endometrial e, conseqüentemente, o risco de carcinoma endometrial. Com a finalidade de evitar hiperplasia endometrial, é necessária a associação com um progestógeno. – Efeitos da drospirenona (DRSP) A drospirenona exerce efeitos farmacodinâmicos muito semelhantes ao da progesterona natural. Atividade progestogênica: A drospirenona é um progestógeno potente com efeito inibidor central sobre o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas. Em mulheres férteis, a drospirenona exerce efeito contraceptivo; a ovulação é inibida quando a drospirenona é administrada isoladamente. A dose mínima de drospirenona para inibição da ovulação é de 2 mg/dia. A transformação completa de um endométrio estimulado por estrogênio ocorre após uma dose de 4 ou 6 mg/dia por 10 dias (= 40 a 60 mg por ciclo). Angeliq® é uma terapia de reposição hormonal combinada contínua administrada com a intenção de evitar o sangramento regular por privação associado à TRH cíclica ou seqüencial. Durante os primeiros meses de tratamento, sangramento e gotejamento são bastante comuns, mas diminuem com a continuação da terapia. Com Angeliq® (2 mg de DRSP), a taxa de amenorréia aumenta rapidamente para 81%, 86% e 91% nos ciclos 6, 12 e 24, respectivamente. A drospirenona contida em Angeliq® contrapõe-se efetivamente ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial induzida por estrogênio. Endométrio atrófico / inativo foi observado em 71 77% das mulheres após 12 meses de tratamento com Angeliq® (doses de 0,5, 1, 2 ou 3 mg de drospirenona). Atividade antimineralocorticóide: A drospirenona tem propriedades antagonistas à aldosterona. Efeitos de queda da pressão sangüínea são mais pronunciados com altas doses de drospirenona em mulheres hipertensas. Pacientes com pressão arterial elevada tratadas com Angeliq® por 8 semanas demonstraram uma redução significativa nos valores de pressão sistólica/diastólica (medição não-ambulatorial versus valor inicial -12/-9 mmHg, versus Placebo -3/-4 mmHg; 24h de medição ambulatorial da pressão arterial versus valor inicial -5/-3 mmHg, versus placebo -3/-2 mmHg). Os efeitos são aparentes dentro de 2 semanas com efeitos máximos observados dentro de 6 semanas a partir do início da terapia. Tabela: Alteração média ajustada da pressão arterial sistólica/diastólica com relação aos valores iniciais, em mmHg: Angeliq® – 2mg por 8 semanas Angeliq® – 3mg por 8 semanas Angeliq® – 3mg por 12 semanas Medição nãoambulatorial ABPM Medição nãoambulatorial ABPM Medição nãoambulatorial ABPM Variação em relação ao valor inicial -12 / -9 -5 / -3 -14 / -9 -6 / -4 -14 / -8 -8 / -4 Redução corrigida para o efeito placebo -3 / -4 -3 / -2 -5 / -4 -5 / -3 -7 / -4 -7 / -3 ABPM = 24h de medição ambulatorial da pressão arterial Mulheres normotensas não apresentaram alterações relevantes na pressão arterial. Em estudos clínicos com Angeliq®, o peso corporal médio permaneceu inalterado (1 mg de DRSP) ou diminuiu durante o período de tratamento de 12 meses em 1,1 a 1,2 kg (3 ou 2 mg de DRSP diariamente). Comparativamente, um aumento de 0,5 kg foi observado em pacientes tratadas com estradiol isoladamente. Mulheres que receberam drospirenona em associação com estradiol durante ensaio clínico relataram menos edema periférico do que as tratadas com estradiol isolado. Em mulheres com angina pectoris, o tratamento de 6 semanas com Angeliq® (2mg de drospirenona), melhorou o fluxo coronário em adaptação ao stress (mudança relativa de + 14% vs. -15% no grupo que fez uso de placebo). Atividade anti-androgênica: Assim como a progesterona natural, a drospirenona apresenta propriedades antiandrogênicas. Efeitos sobre metabolismo de carboidratos: A drospirenona não apresenta atividade glicocorticóide ou antiglicocorticóide e nenhum efeito sobre a tolerância à glicose e resistência à insulina. A tolerância à glicose não é modificada pelo uso de Angeliq®. Outras propriedades: Angeliq® promove efeito positivo sobre o bem-estar e a qualidade de vida. Os efeitos benéficos avaliados pelo Women’s Health Questionnaire” foram significativamente superiores ao tratamento com estradiol isoladamente (contagem total). Este aumento foi devido, principalmente, à melhora em sintomas somáticos, ansiedade/medos e dificuldades cognitivas. Estudos observacionais e o estudo do Womens Health Initiative (WHI) com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco. Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH. Início do tratamento: No caso da paciente não ter utilizado estrogênio no mês anterior ou se estiver mudando de um medicamento contendo associação de uso contínuo, pode iniciar o tratamento com Angeliq? em qualquer dia. Mulheres que estão mudando de uma TRH contínua seqüencial ou cíclica devem completar o ciclo atual de terapia antes de iniciar a terapia com Angeliq®. Comprimidos esquecidos Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido, a paciente deve tomálo assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir o comprimido esquecido. Se houver esquecimento de vários comprimidos, poderá ocorrer sangramento.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Angeliq

Para informações adicionais sobre reações adversas graves associadas ao uso de TRH, deve-se também consultar o item Advertências-. A tabela a seguir relaciona as reações adversas, de acordo com suas freqüências, as quais foram obtidas em 4 estudos clínicos de Fase III (n = 1.532 mulheres) e consideradas como, pelo menos, possivelmente relacionadas ao tratamento com Angeliq (contendo 1, 2 ou 3 mg de DRSP). Durante os primeiros meses de tratamento, podem ocorrer sangramento e gotejamento. Estes geralmente são temporários e normalmente desaparecem com a continuação do tratamento (vide item Farmacodinâmica – Efeitos da drospirenona-). A freqüência de sangramento diminui com a duração do tratamento. Dor mamária é um sintoma muito comum, relatado em aproximadamente 1 em cada 5 mulheres. ( vide tabela na bula original) Em casos excepcionais, eritema nodoso, eritema multiforme, cloasma e dermatite hemorrágica têm sido descritos em mulheres usando TRH. Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.

Angeliq – Posologia

Angeliq deve ser administrado por via oral. Início do tratamento: No caso da paciente não ter utilizado estrogênio no mês anterior ou se estiver mudando de um medicamento contendo associação de uso contínuo, pode iniciar o tratamento com Angeliq em qualquer dia. Pacientes que estão mudando de uma TRH combinada seqüencial devem iniciar o tratamento no final do período programado de sangramento. Dose: A paciente deve ingerir um comprimido ao dia. Cada blíster-calendário é para 28 dias de tratamento. Administração: Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, diariamente, por 28 dias consecutivos, mantendo-se aproximadamente o mesmo horário, independentemente da ingestão de alimentos e, se necessário, com pequena quantidade de líquido. O tratamento é contínuo, isto é, cada nova cartela é iniciada no dia seguinte à ingestão do último comprimido da cartela anterior, sem o intervalo de pausa. Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido, a paciente deve tomá-lo assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir o comprimido esquecido. Se houver esquecimento de vários comprimidos, poderá ocorrer sangramento.

Superdosagem

Estudos de toxicidade aguda indicam que, mesmo no caso de ingestão acidental de um múltiplo da dose terapêutica, não se espera qualquer risco de toxicidade aguda. Em estudos clínicos, até 100 mg de drospirenona e preparações contendo estrogênio/progestógeno com 4 mg de estradiol foram bem tolerados. A superdose pode causar náusea e vômito. Sangramento por privação pode ocorrer em algumas mulheres. Não existe qualquer antídoto específico e, portanto, o tratamento deve ser sintomático.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica Angeliq® contém 17-beta-estradiol, que é química e biologicamente idêntico ao estradiol humano endógeno (natural), e o progestógeno sintético drospirenona. O 17-beta-estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério. A adição de drospirenona (DRSP) auxilia na promoção do controle de sangramento e contrapõe-se ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial causada por estrogênios. – Efeitos do estradiol A perda da função ovariana, acompanhada por diminuição da produção de estrogênio e progesterona, leva à síndrome menopausal caracterizada por sintomas vasomotores e orgânicos. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para eliminar estes sintomas. De todos os estrogênios fisiológicos, o estradiol é o mais potente e com a mais elevada afinidade ao receptor de estrogênio. Órgãos-alvo do estrogênio incluem, particularmente, útero, hipotálamo, hipófise, vagina, mamas e ossos (osteoclastos). Outros efeitos dos estrogênios incluem redução das concentrações de insulina e glicose sangüínea, efeitos vasoativos locais mediados por receptores e efeitos independentes do receptor sobre o músculo vascular liso. Receptores de estrogênio têm sido identificados no coração e nas artérias coronarianas. A administração oral de estrogênios naturais é vantajosa em certos casos de hipercolesterolemia, com a finalidade de maximizar os efeitos benéficos do metabolismo hepático sobre os lipídios. Após um ano de tratamento com Angeliq®, as alterações médias nos níveis dmmHDL-colesterol foram pequenas, com um leve aumento de 1,1% para associação com 1 mg de drospirenona (DRSP) e uma leve diminuição de 1,6% e 3,4% para a associação com 2 mg e 3 mg de DRSP, respectivamente. Os níveis séricos de LDL-colesterol diminuíram em média 11% (1 mg DRSP), 14% (2 mg DRSP) e 13% (3 mg DRSP) quando comparados a uma diminuição de 9% após um ano de tratamento com 1 mg de estradiol (E2) isoladamente. A associação com DRSP parece atenuar o aumento nos níveis de triglicérides promovido pelo tratamento isolado com 1 mg de E2. Após 1 ano de tratamento com 1 mg de E2, os níveis de triglicérides das pacientes estavam, na média, aproximadamente 18% acima dos valores basais, quando comparados aos aumentos médios de 9% (1 mg de DRSP), 5% (2 mg DRSP) e 4% para as associações de 1 mg de E2 com DRSP. O tratamento com Angeliq® por 2 anos promoveu aumento médio na densidade mineral óssea de aproximadamente 3 a 5%, enquanto que após tratamento com placebo observou-se diminuição média de aproximadamente 0,5%. Tanto nas pacientes osteopênicas quanto nas não-osteopênicas verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na densidade mineral do osso ilíaco entre o tratamento com a substância ativa e o tratamento com o placebo. Aumento na densidade mineral óssea na espinha lombar e no corpo todo também foi observado nos grupos tratados com a substância ativa. Em mulheres que não apresentam osteoporose na pós-menopausa, o uso de TRH por períodos prolongados tem demonstrado diminuir o risco de ocorrência de fraturas periféricas. A TRH também apresenta efeito positivo sobre o colágeno e a espessura da pele e pode retardar o processo de enrugamento da pele. Monoterapia com estrogênio exerce efeito estimulante dose-dependente sobre a mitose e a proliferação do endométrio, aumentando, assim, a freqüência de hiperplasia endometrial e, conseqüentemente, o risco de carcinoma endometrial. Com a finalidade de evitar hiperplasia endometrial, é necessária a associação com um progestógeno. – Efeitos da drospirenona (DRSP) A drospirenona exerce efeitos farmacodinâmicos muito semelhantes ao da progesterona natural. Atividade progestogênica: A drospirenona é um progestógeno potente com efeito inibidor central sobre o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas. Em mulheres férteis, a drospirenona exerce efeito contraceptivo; a ovulação é inibida quando a drospirenona é administrada isoladamente. A dose mínima de drospirenona para inibição da ovulação é de 2 mg/dia. A transformação completa de um endométrio estimulado por estrogênio ocorre após uma dose de 4 ou 6 mg/dia por 10 dias (= 40 a 60 mg por ciclo). Angeliq® é uma terapia de reposição hormonal combinada contínua administrada com a intenção de evitar o sangramento regular por privação associado à TRH cíclica ou seqüencial. Durante os primeiros meses de tratamento, sangramento e gotejamento são bastante comuns, mas diminuem com a continuação da terapia. Com Angeliq® (2 mg de DRSP), a taxa de amenorréia aumenta rapidamente para 81%, 86% e 91% nos ciclos 6, 12 e 24, respectivamente. A drospirenona contida em Angeliq® contrapõe-se efetivamente ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial induzida por estrogênio. Endométrio atrófico / inativo foi observado em 71 77% das mulheres após 12 meses de tratamento com Angeliq® (doses de 0,5, 1, 2 ou 3 mg de drospirenona). Atividade antimineralocorticóide: A drospirenona tem propriedades antagonistas à aldosterona. Efeitos de queda da pressão sangüínea são mais pronunciados com altas doses de drospirenona em mulheres hipertensas. Pacientes com pressão arterial elevada tratadas com Angeliq® por 8 semanas demonstraram uma redução significativa nos valores de pressão sistólica/diastólica (medição não-ambulatorial versus valor inicial -12/-9 mmHg, versus Placebo -3/-4 mmHg; 24h de medição ambulatorial da pressão arterial versus valor inicial -5/-3 mmHg, versus placebo -3/-2 mmHg). Os efeitos são aparentes dentro de 2 semanas com efeitos máximos observados dentro de 6 semanas a partir do início da terapia. Tabela: Alteração média ajustada da pressão arterial sistólica/diastólica com relação aos valores iniciais, em mmHg: Angeliq® – 2mg por 8 semanas Angeliq® – 3mg por 8 semanas Angeliq® – 3mg por 12 semanas Medição nãoambulatorial ABPM Medição nãoambulatorial ABPM Medição nãoambulatorial ABPM Variação em relação ao valor inicial -12 / -9 -5 / -3 -14 / -9 -6 / -4 -14 / -8 -8 / -4 Redução corrigida para o efeito placebo -3 / -4 -3 / -2 -5 / -4 -5 / -3 -7 / -4 -7 / -3 ABPM = 24h de medição ambulatorial da pressão arterial Mulheres normotensas não apresentaram alterações relevantes na pressão arterial. Em estudos clínicos com Angeliq®, o peso corporal médio permaneceu inalterado (1 mg de DRSP) ou diminuiu durante o período de tratamento de 12 meses em 1,1 a 1,2 kg (3 ou 2 mg de DRSP diariamente). Comparativamente, um aumento de 0,5 kg foi observado em pacientes tratadas com estradiol isoladamente. Mulheres que receberam drospirenona em associação com estradiol durante ensaio clínico relataram menos edema periférico do que as tratadas com estradiol isolado. Em mulheres com angina pectoris, o tratamento de 6 semanas com Angeliq® (2mg de drospirenona), melhorou o fluxo coronário em adaptação ao stress (mudança relativa de + 14% vs. -15% no grupo que fez uso de placebo). Atividade anti-androgênica: Assim como a progesterona natural, a drospirenona apresenta propriedades antiandrogênicas. Efeitos sobre metabolismo de carboidratos: A drospirenona não apresenta atividade glicocorticóide ou antiglicocorticóide e nenhum efeito sobre a tolerância à glicose e resistência à insulina. A tolerância à glicose não é modificada pelo uso de Angeliq®. Outras propriedades: Angeliq® promove efeito positivo sobre o bem-estar e a qualidade de vida. Os efeitos benéficos avaliados pelo Women’s Health Questionnaire” foram significativamente superiores ao tratamento com estradiol isoladamente (contagem total). Este aumento foi devido, principalmente, à melhora em sintomas somáticos, ansiedade/medos e dificuldades cognitivas. Estudos observacionais e o estudo do Womens Health Initiative (WHI) com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco. Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH. Farmacocinética – Drospirenona Absorção: A drospirenona é rápida e quase que totalmente absorvida quando administrada por via oral. As concentrações séricas máximas da drospirenona, conforme indicadas na tabela abaixo, são alcançadas em cerca de 1 hora após a ingestão de dose única ou múltipla de Angeliq®. A farmacocinética da drospirenona é proporcional à dose dentro do intervalo de dose de 1 a 4 mg. A biodisponibilidade está compreendida entre 76 e 85%. A ingestão de alimentos não exerce qualquer influência sobre a biodisponibilidade da drospirenona quando comparado à ingestão da drospirenona em jejum. Parâmetro farmacocinético Angeliq®* Cmáx, dose única [ng/ml] 21,9 Cmáx, estado de equilíbrio [ng/ml] 35,9 AUC (0 24 h), dose única [ng/ml] 161 AUC (0 24 h), estado de equilíbrio [ng/ml] 408 * dados para Angeliq® foram calculados por interpolação entre as doses investigadas de 1 mg de DRSP + 1 mg de E2 e 4 mg de DRSP + 1 mg de E2. Distribuição: Após administração oral, os níveis séricos da drospirenona diminuem em duas fases, com meia-vida terminal média de cerca de 35 a 39 horas. A drospirenona liga-se à albumina sérica, mas não à globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) ou à globulina de ligação aos corticóides (CBG). Somente 3 a 5% das concentrações séricas totais do fármaco estão presentes na forma de esteróides livres. A média do volume aparente de distribuição da drospirenona é de 3,7 a 4,2 l/kg. Metabolismo: A drospirenona é amplamente metabolizada após administração oral. Os principais metabólitos no plasma são: a forma ácida da drospirenona, formada pela abertura do anel de lactona e o 4,5-diidro-drospirenona-3-sulfato, ambos formados sem o envolvimento do sistema P450. Verifica-se, a partir de dados de estudo in vitro, que a drospirenona é metabolizada em pequena proporção pelo citocromo P450 3A4. Eliminação: A depuração total da drospirenona do soro é de 1,2 a 1,5 ml/min/kg. A drospirenona é eliminada na forma inalterada apenas em quantidades mínimas. Seus metabólitos são eliminados com as fezes e urina com uma taxa de excreção de aproximadamente 1,2 a 1,4. A meia-vida de eliminação dos metabólitos com a urina e as fezes é de cerca de 40 horas. Condições no estado de equilíbrio: Após administração repetida diária de Angeliq®, a concentração sérica máxima da drospirenona no estado de equilíbrio é alcançada conforme indicado na tabela acima. As condições no estado de equilíbrio são alcançadas após cerca de 10 dias de tratamento diário com Angeliq®. Os níveis séricos de drospirenona acumulam-se por um fator de cerca de 2 a 3 como conseqüência da proporção entre a meia-vida terminal e o intervalo de administração do medicamento. – Estradiol Absorção: O estradiol é rápida e completamente absorvido quando administrado por via oral. Durante a absorção e a primeira passagem pelo fígado, o estradiol sofre extensa metabolização reduzindo, desta forma, a biodisponibilidade absoluta após administração oral a cerca de 5% da dose. Concentrações máximas de cerca de 22 pg/ml são obtidas em 6 a 8 horas após administração oral única de Angeliq®. A ingestão de alimentos não exerce qualquer influência sobre a biodisponibilidade do estradiol quando comparado à ingestão do fármaco em jejum. Distribuição: Após administração oral de Angeliq®, em intervalos de 24 horas, observou-se apenas alteração gradual dos níveis séricos de estradiol. Devido ao grande número de sulfatos e glicuronídios conjugados com estrogênio em circulação e também à recirculação êntero-hepática, a meia-vida terminal do estradiol representa um parâmetro composto que é dependente de todos estes processos e encontra-se no intervalo de cerca de 13 a 20 horas, após administração oral. O estradiol liga-se de forma inespecífica à albumina sérica e de forma específica à SHBG. Apenas cerca de 1 a 2% do estradiol circulante está presente na forma de esteróide livre, 40 a 45% estão ligados à SHBG. O estradiol administrado por via oral induz a formação de SHBG que influencia a distribuição com referência às proteínas séricas, promovendo aumento da fração ligada à SHBG e diminuição da fração ligada à albumina e da fração não-ligada, indicando nãolinearidade da farmacocinética do estradiol após a ingestão de Angeliq®. O volume aparente de distribuição de estradiol após administração de dose única por via intravenosa é de cerca de 1 l/kg. Metabolismo: O estradiol é rapidamente metabolizado e além de estrona e sulfato de estrona, um grande número de outros metabólitos e conjugados são formados. Estrona e estriol são conhecidos como metabólitos farmacologicamente ativos do estradiol; apenas a estrona ocorre em concentrações relevantes no plasma. A estrona alcança níveis séricos aproximadamente 6 vezes mais elevados do que os do estradiol. Os níveis séricos dos conjugados de estrona são aproximadamente 26 vezes maiores do que as concentrações correspondentes de estrona livre. Eliminação: Observa-se que a depuração metabólica é de cerca de 30 ml/min/kg. Os metabólitos do estradiol são eliminados com a urina e as fezes, com meia-vida de aproximadamente 1 dia. Condições no estado de equilíbrio: Após administração oral diária de Angeliq®, as concentrações de estradiol atingem o estado de equilíbrio após cerca de 5 dias. Os níveis de estradiol sérico acumulam-se em aproximadamente 2 vezes. Com um intervalo de dose de 24 horas, os níveis séricos médios do estado de equilíbrio do estradiol variam dentro do intervalo de 20 a 43 pg/ml após administração de Angeliq®. Pacientes especiais: Disfunção hepática: a farmacocinética de uma dose oral única de 3 mg de DRSP associada a 1 mg de estradiol (E2) foi avaliada em 10 pacientes com disfunção hepática moderada (Child Pugh B) e 10 voluntárias saudáveis comparáveis em termos de idade, peso e hábito de fumar. Os perfis tempo versus concentração de DRSP sérica média foram comparáveis em ambos os grupos de mulheres durante as fases de absorção/distribuição com valores de Cmáx e tmáx similares, sugerindo que a taxa de absorção não foi afetada pela disfunção hepática. Constatou-se uma meia-vida terminal média aproximadamente 1,8 vezes maior e uma diminuição de aproximadamente 50% na depuração oral aparente (CL/f) em voluntárias com disfunção hepática moderada quando comparadas àquelas com função hepática normal. Disfunção renal: o efeito da insuficiência renal sobre a farmacocinética da DRSP (3 mg diariamente por 14 dias) foi investigado em voluntárias com função renal normal e em pacientes com disfunção renal leve e moderada. No estado de equilíbrio, os níveis séricos de DRSP no grupo com disfunção renal leve (depuração de creatinina de 50 a 80 ml/min) foram comparáveis aos do grupo com função renal normal (depuração de creatinina maior do que 80 ml/min). Os níveis séricos de DRSP foram em média 37% mais elevados no grupo com disfunção renal moderada (depuração de creatinina de 30 a 50 ml/min) quando comparado com o grupo que apresenta função renal normal. A análise de regressão linear da área sob a curva (AUC) dos valores de DRSP (0 a 24 h), em relação à depuração de creatinina, revelou aumento de 3,5% com a redução da depuração de creatinina de 10 ml/min. Não se espera que este leve aumento tenha relevância clínica. Grupos Étnicos: o impacto de fatores étnicos sobre a farmacocinética da drospirenona (1 6 mg) e etinilestradiol (0,02mg) foi estudado após administração oral única e repetida diariamente em mulheres sadias jovens caucasianas e japonesas. Os resultados mostraram que as diferenças étnicas entre as mulheres caucasianas e japonesas não tiveram influência clinicamente relevante sobre a farmacocinética da drospirenona e etinilestradio

Resultados de eficácia

Os resultados de eficácia estão descritos no item Características farmacológicas – Farmacodinâmica.

Modo de usar

Angeliq? deve ser administrado por via oral. Início do tratamento: No caso da paciente não ter utilizado estrogênio no mês anterior ou se estiver mudando de um medicamento contendo associação de uso contínuo, pode iniciar o tratamento com Angeliq? em qualquer dia. Mulheres que estão mudando de uma TRH contínua seqüencial ou cíclica devem completar o ciclo atual de terapia antes de iniciar a terapia com Angeliq®. Dose: A paciente deve ingerir um comprimido ao dia.Administração: Cada cartela contém 28 dias de tratamento. O tratamento é contínuo, isto é, cada cartela é iniciada no dia seguinte à ingestão do último comprimido da cartela anterior, sem intervalo de pausa. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com pequena quantidade de líquido, independentemente da ingestão de alimentos. Os comprimidos devem ser ingeridos de preferência mantendo-se aproximadamente o mesmo horário de cada dia. Comprimidos esquecidos Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido, a paciente deve tomálo assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir o comprimido esquecido. Se houver esquecimento de vários comprimidos, poderá ocorrer sangramento.

Armazenagem

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade.

Angeliq – Informações

Angeliq contém 17-beta-estradiol, que é química e biologicamente idêntico ao estradiol humano endógeno natural, e o progestógeno sintético drospirenona. O 17-beta-estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério. A adição de drospirenona (DRSP) auxilia na promoção do controle de sangramento e contrapõe-se ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial causada por estrogênios. – Efeitos do estradiol A perda da função ovariana, acompanhada por diminuição da produção de estrogênio e progesterona, leva à síndrome menopausal caracterizada por sintomas vasomotores e orgânicos. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para eliminar estes sintomas. De todos os estrogênios fisiológicos, o estradiol é o mais potente e com a mais elevada afinidade ao receptor de estrogênio. Órgãos-alvo do estrogênio incluem, particularmente, útero, hipotálamo, hipófise, vagina, mamas e ossos (osteoclastos). Outros efeitos dos estrogênios incluem redução das concentrações de insulina e glicose sangüínea, efeitos vasoativos locais mediados por receptores e efeitos independentes do receptor sobre o músculo vascular liso. Receptores de estrogênio têm sido identificados no coração e nas artérias coronarianas. A administração oral de estrogênios naturais é vantajosa em certos casos de hipercolesterolemia, com a finalidade de maximizar os efeitos benéficos do metabolismo hepático sobre os lipídios. Após um ano de tratamento com Angeliq, as alterações médias nos níveis de HDL-colesterol foram pequenas, com um leve aumento de 1,1% para a associação com 1 mg de drospirenona (DRSP) e uma leve diminuição de 1,6% e 3,4% para a associação com 2 mg e 3 mg de DRSP, respectivamente. Os níveis séricos de LDL-colesterol diminuíram em média 11% (1 mg DRSP), 14% (2 mg DRSP) e 13% (3 mg DRSP) quando comparados a uma diminuição de 9% após um ano de tratamento com 1 mg de estradiol (E2) isoladamente. A associação com DRSP parece atenuar o aumento nos níveis de triglicérides promovido pelo tratamento isolado com 1 mg de E2. Após 1 ano de tratamento com 1 mg de E2, os níveis de triglicérides das pacientes estavam, na média, aproximadamente 18% acima dos valores basais, quando comparados aos aumentos médios de 9% (1 mg de DRSP), 5% (2 mg DRSP) e 4% para as associações de 1 mg de E2 com DRSP. O tratamento com Angeliq por 2 anos promoveu aumento médio na densidade mineral óssea de aproximadamente 3 a 5%, enquanto que após tratamento com placebo observou-se diminuição média de aproximadamente 0,5%. Tanto nas pacientes osteopênicas quanto nas não-osteopênicas verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na densidade mineral do osso ilíaco entre o tratamento com a substância ativa e o tratamento com o placebo. Aumento na densidade mineral óssea na espinha lombar e no corpo todo também foi observado nos grupos tratados com a substância ativa. Em mulheres que não apresentam osteoporose na pós-menopausa, o uso de TRH por períodos prolongados tem demonstrado diminuir o risco de ocorrência de fraturas periféricas. A TRH também apresenta efeito positivo sobre o colágeno e a espessura da pele e pode retardar o processo de enrugamento da pele. Monoterapia com estrogênio exerce efeito estimulante dose-dependente sobre a mitose e a proliferação do endométrio, aumentando, assim, a freqüência de hiperplasia endometrial e, conseqüentemente, o risco de carcinoma endometrial. Com a finalidade de evitar hiperplasia endometrial, é necessária a associação com um progestógeno. – Efeitos da drospirenona (DRSP) A drospirenona exerce efeitos farmacodinâmicos muito semelhantes ao da progesterona natural. Atividade progestogênica: A drospirenona é um progestógeno potente com efeito inibidor central sobre o eixo hipotálamo-hipófisegônadas. Em mulheres férteis, a drospirenona exerce efeito contraceptivo; a ovulação é inibida quando a drospirenona é administrada isoladamente. A dose mínima de drospirenona para inibição da ovulação é de 2 mg/dia. A transformação completa de um endométrio estimulado por estrogênio ocorre após uma dose de 4 ou 6 mg/dia por 10 dias (= 40 a 60 mg por ciclo). Angeliq é uma terapia de reposição hormonal combinada contínua administrada com a intenção de evitar o sangramento regular por privação associado a TRH cíclica ou seqüencial. Durante os primeiros meses de tratamento, sangramento e gotejamento são bastante comuns, mas diminuem com a continuação da terapia. Com Angeliq (2 mg de DRSP), a taxa de amenorréia aumenta rapidamente para 81%, 86% e 91% nos ciclos 6, 12 e 24, respectivamente. Obteve-se atrofia endometrial em 82 a 72% das mulheres após 12 meses de tratamento com Angeliq (doses de 1, 2 ou 3 mg de DRSP). Angeliq contrapõe-se efetivamente ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial induzida por estrogênio; não ocorreu hiperplasia em qualquer grupo de dose. Atividade antimineralocorticóide: A drospirenona tem propriedades antagonistas à aldosterona. Efeitos anti-hipertensivos são mais pronunciados com altas doses de drospirenona em mulheres hipertensas. Depois de 12 meses de tratamento com 1 mg E2/3mg DRSP, os valores médios da pressão arterial diminuíram (sistólica/ diastólica -14/-8mmHg, versus placebo -6/-3mmHg). Não são esperadas mudanças relevantes na pressão arterial em mulheres normotensas. Em estudos clínicos com Angeliq, o peso corporal médio permaneceu inalterado (1 mg de DRSP) ou diminuiu durante o período de tratamento de 12 meses em 1,1 a 1,2 kg (3 ou 2 mg de DRSP diariamente). Comparativamente, um aumento de 0,5 kg foi observado em pacientes tratadas com estradiol isoladamente. Mulheres que receberam drospirenona em associação com estradiol durante ensaio clínico relataram menos edema periférico do que as tratadas com estradiol isolado. Atividade anti-androgênica: Assim como a progesterona natural, a drospirenona apresenta propriedades anti-androgênicas. Efeitos sobre metabolismo de carboidratos: A drospirenona não apresenta atividade glicocorticóide ou antiglicocorticóide e nenhum efeito sobre a tolerância à glicose e resistência à insulina. A tolerância à glicose não é modificada pelo uso de Angeliq. Outras propriedades: (continua na bula original)

Dizeres legais

Venda sob prescrição médica Lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.

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