Princípio ativo: melfalana

Alkeran®

melfalana

Injetável

GlaxoSmithKline

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Alkeran® Injetável é apresentado na forma de pó liofilizado, acondicionado em frasco-ampola.

Cada embalagem de Alkeran® Injetável contém 1 frasco-ampola, contendo 50 mg de melfalana, acompanhado de 10 mL de solução diluente.

USO ADULTO COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola contém:

melfalana…………………..50mg

excipientes (ácido clorídrico e povidona) ……q.s.p……. 1 frasco-ampola

Solução-diluente: solução tampão (água para injetáveis, citrato de sódio,

propilenoglicol e etanol)………………..10 mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A melfalana é um agente alquilante bifuncional. A formação de intermediários de carbono de cada um dos dois grupos bis-2-clorostil propicia a alquilação através de ligação covalente com o 7-nitrogênio de guanina no DNA, ligando, de modo cruzado, duas cadeias de DNA e, deste modo, impedindo a replicação celular.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Administração intravenosa pode ser usada para evitar a variabilidade na absorção associada ao tratamento mieloablativo.

Distribuição

A melfalana liga-se moderadamente às proteínas plasmáticas, com percentual de ligação variando entre 69%-78%. Há evidências de que a ligação à proteínas plasmáticas é linear na faixa de concentração plasmática usualmente alcançada com a dose padrão de melfalana, mas a ligação pode se tornar dose dependente nas concentrações observadas com o uso de altas doses. A albumina sérica é a proteína de maior ligação, ocorrendo em cerca de 55% a 60% das ligações, e 20% das ligações à a1-glicoproteína ácida. Além disso, os estudos de ligação da melfalana revelaram a existência de um componente irreversível atribuível a reação de alquilação com proteínas plasmáticas.

Após a administração de uma infusão de 2 minutos, com doses entre 5 a 23 mg/m2 de área de superfície corporal (aproximadamente 0,1 a 0,6 mg/kg de peso corporal) em 10 pacientes com câncer de ovário ou mieloma múltiplo, os valores médios de distribuição em estado de equilíbrio e no plasma (central compartment) foram de 29,1 ± 13,6 L e 12,2 ± 6,5 L, respectivamente.

Em 28 pacientes com várias doenças malignas, que receberam doses entre 70 e 200 mg/m2 de área de superfície corporal como infusão de 2 a 20 minutos, os volumes médios de distribuição em estado equilíbrio e no plasma foram, respectivamente, de 40,2 ± 18,3 L e 18,2 ± 11,7 L.

Em 11 pacientes com melanoma maligno avançado, após perfusão hipertérmica (39°C) no membro inferior com melfalana a 1,75mg/kg de peso corporal, os valores de distribuição médio em estado de equilíbrio e no plasma foram de 2,87 ± 0,8 L e 1,01 ± 0,28 L respectivamente.

A melfalana apresenta limitada penetração da barreira hematoencefálica. Diversos investigadores, ao obter amostras do fluido cérebro-espinhal, não detectaram a droga. Concentrações baixas (~10% da concentração plasmática) foram observadas em um estudo de dose única e elevada em crianças.

Metabolismo

Dados in vivo e in vitro sugerem que a taxa de degradação espontânea e não o metabolismo enzimático é a maior determinante do tempo de meia-vida da droga no homem.

Eliminação

Em 8 pacientes que receberam uma dose única em bolus de 0,5 a 0,6 mg/kg, as meias-vidas iniciais e finais foram relatadas como sendo de 7,7 ± 3,3 min e de 108 ± 20,8 min, respectivamente. Após a injeção de melfalana, foram detectados mono-hidroximelfalana e diidroximelfalana no plasma dos pacientes. Estes alcançaram os níveis de pico em, aproximadamente, 60 min e 105 min, respectivamente. Uma meia-vida semelhante de 126 ± 6 minutos foi observada quando a melfalana foi adicionada ao soro dos pacientes in vitro (37oC); sugerindo que uma degradação espontânea, mais do que o metabolismo enzimático, possa ser o principal determinante da meia-vida da droga no homem.

Após a administração por infusão e em um período de 2 min, de doses na faixa de 5 a 23 mg/m2 (aproximadamente 0,1 a 0,6 mg/kg) a um grupo de10 pacientes com mieloma múltiplo, as meias-vidas iniciais e finais foram, respectivamente, 8,1 ± 6,6 min e 76,9 ± 40,7 min.

Em 15 crianças e 11 adultos, que receberam altas doses de Alkeran® intravenoso (140 mg/m2) com diurese induzida, as meias-vidas iniciais e finais observadas foram de 6,5 ± 3,6 min e 41,4 ± 16,5 min, respectivamente. As meias-vidas médias iniciais e finais de 8,8 ± 6,6 min e de 73,1 ± 45,9 min, respectivamente, foram encontradas em 28 pacientes com malignidades variadas, recebendo doses entre 70 e 200 mg/m2 por infusão em período de 2-20 min.

Após uma perfusão hipertérmica (39°C) de 1,75 mg/kg de peso corporal, no membro inferior de 11 pacientes com melanoma maligno avançado, foram encontradas meias-vidas médias iniciais e finais de 3,6 ± 1,5 min e 46,5 ± 17,2 min, respectivamente.

Populações especiais

Insuficiência renal: o clearance de melfalana pode estar reduzido na insuficiência renal (veja Posologia – Uso em pacientes com insuficiência renal e Precauções e Advertências – Insuficiência Renal).

Pacientes idosos: nenhuma correlação foi demonstrada entre a idade e o clearance de melfalana ou com a meia-vida de eliminação terminal (veja Posologia).

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Alkeran® Injetável, administrado por perfusão arterial regional, pode ser usado no tratamento de:

? melanoma maligno localizado nas extremidades;

? sarcoma de tecidos moles localizados nas extremidades.

Alkeran® Injetável, na dosagem intravenosa convencional, pode ser usado no tratamento de:

? mieloma múltiplo: Alkeran® Injetável, tanto em monoterapia quanto em combinação com outras drogas citotóxicas, é tão efetivo quanto a melfalana via oral para o tratamento de mieloma múltiplo;

? câncer de ovário avançado: Alkeran® Injetável produz uma resposta efetiva em aproximadamente 50% dos pacientes com adenocarcinoma ovariano avançado, quando em monoterapia ou em combinação com outros agentes citotóxicos.

Alkeran® Injetável com alta dosagem intravenosa, pode ser usado no tratamento de:

? mieloma múltiplo: a remissão completa tem sido alcançada em até 50% dos pacientes usando altas doses de Alkeran® Injetável, com ou sem resgate hematopoiético com células tronco. Também é usado como tratamento de primeira linha ou para obtenção de uma resposta consolidada na quimioterapia citoredutiva convencional.

? neuroblastoma avançado na infância: altas doses de Alkeran® Injetável associadas ao resgate hematopoiético com células tronco têm sido usadas tanto em monoterapia quanto em combinação com radioterapia e/ou drogas citotóxicas, para consolidar a resposta ao tratamento convencional.

Um aumento significativo na duração da sobrevida livre da doença foi demonstrado num estudo randomizado prospectivo de altas doses de Alkeran® Injetável versus nenhum tratamento futuro.

CONTRA-INDICAÇÕES

O uso de Alkeran® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.

PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS

ALKERAN® É UM AGENTE CITOTÓXICO PARA USO SOMENTE SOB A SUPERVISÃO DE MÉDICOS EXPERIENTES NA ADMINISTRAÇÃO DE TAIS

AGENTES.

A imunização com vacinas contendo microorganismos vivos tem o potencial de causar infecções em pacientes imunodeficientes. Desta forma, não é recomendada a imunização com vacinas elaboradas com microorganismos vivos.

Caso ocorra extravasamento, a solução de Alkeran® Injetável pode levar a dano tecidual local. Desta forma, Alkeran® Injetável não deve ser administrado por injeção direta em veias periféricas. É recomendado que a solução de Alkeran® Injetável seja administrada lentamente, em uma solução de infusão intravenosa, por uma via venosa periférica ou por uma linha venosa central.

Do ponto de vista dos riscos envolvidos e do nível de suporte necessário, a administração de altas doses de Alkeran® Injetável somente deve ser realizada em centros especializados com equipamentos apropriados, e conduzida por clínicos experientes.

Em pacientes que estejam recebendo altas doses de melfalana, deve-se realizar administração profilática de agentes antiinfecciosos e administração de hemoderivados, caso necessário.

A manutenção de uma adequada função renal, mediante hidratação e diurese induzida, imediatamente após a administração de Alkeran® Injetável deve ser considerada.

Monitoramento: como o Alkeran® é um potente agente mielossupressor, é essencial que seja dada atenção cuidadosa à contagem de células sangüíneas a fim de evitar a possibilidade de excessiva mielossupressão e o risco de aplasia medular irreversível.

A contagem sangüínea pode continuar a baixar após a suspensão do tratamento. Desta forma, ao primeiro sinal de uma queda brusca nas contagens de leucócitos ou plaquetas, o tratamento deve ser interrompido temporariamente.

Alkeran ® deve ser usado com cautela em pacientes recentemente submetidos à radioterapia ou quimioterapia, tendo-se em vista o aumento de toxicidade na medula óssea.

Insuficiência Renal

O clearance de Alkeran® pode se mostrar reduzido em pacientes com insuficiência renal, os quais também podem apresentar mielossupressão devido à uremia. Desta forma, pode ser necessária uma redução da dose e um cuidadoso monitoramento desses pacientes (ver Posologia).

Mutagenicidade

Foram observadas aberrações cromossômicas em pacientes sob tratamento com a droga.

Carcinogenicidade

Houve relatos de que o Alkeran®, do mesmo modo que com outros agentes alquilantes, poder ser leucemogênico.

Há relatos de ocorrência de leucemia aguda após uso prolongado de melfalana em doenças como amilóidose, melanoma maligno, mieloma múltiplo, macroglobulinemia, câncer ovariano e síndrome de crioaglutinina.

Uma comparação de pacientes com câncer ovariano que receberam agentes alquilantes com os que não receberam demonstrou que o uso desses agentes, inclusive a melfalana, aumentou significativamente a incidência de leucemia aguda.

O risco leucemogênico deve ser considerado em relação ao benefício terapêutico potencial ao se instituir o uso de melfalana.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

Gravidez e Lactação

O potencial teratogênico de Alkeran ® não foi estudado. Tendo-se em vista suas propriedades mutagênicas e sua similaridade estrutural a conhecidos compostos teratogênicos, é possível que a melfalana venha a causar distúrbios congênitos em filhos de pacientes com ele tratados.

Alkeran® causa supressão da função ovariana em mulheres na pré-menopausa, o que resulta em amenorréia em um número significativo de pacientes nessa fase.

Há evidências, advindas de estudos em animais, que Alkeran® possa levar a algum efeito adverso na espermatogênese. É possível que Alkeran® cause esterilidade temporária ou permanente em seres humanos do sexo masculino.

Assim como ocorre com todo tipo de quimioterapia citotóxica, é preciso tomar precauções contraceptivas adequadas, quando um dos parceiros estiver em tratamento com Alkeran ®.

O uso de melfalana deve ser evitado, sempre que possível, durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre. Em cada caso, deve ser considerado o risco potencial ao feto em comparação ao benefício esperado para a mãe.

As mães em tratamento com Alkeran ® não devem amamentar seus filhos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO

A imunização com vacinas contendo microorganismos vivos não é recomendada em pacientes imunodeficientes.

O ácido nalidíxico, juntamente com altas doses intravenosas de melfalana, causou morte em crianças, ocasionada por enterocolite hemorrágica.

Descreveu-se comprometimento da função renal em pacientes submetidos a transplante de medula óssea que haviam sido pré-condicionados com altas doses intravenosas de melfalana e, subseqüentemente, receberam ciclosporina para impedir a síndrome enxerto versus hospedeiro.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Não existem dados disponíveis sobre o efeito da melfalana nestas atividades

REAÇÕES ADVERSAS

Não existem relatos clínicos recentes, que possam ser usados como suporte para determinar a freqüência das reações adversas. Os efeitos adversos podem variar sua incidência de acordo com a indicação e com a dose recebida e também com os outros agentes usados em combinação.

A convenção abaixo tem sido utilizada para a classificação da freqüência das reações adversas. Muito comuns >1/10 (>10%), Comuns >1/100 e < 1/10 (>1% e <10%), Incomuns >1/1000 e <1/100 (>0.1% e <1%), Raras >1/10000 e <1/1000 (>0.01% e <0.1%), Muito raras <1/10000 (<0.01%), não conhecidas (não é possível estimar a partir dos dados disponíveis).

Desordens do sistema linfático e sangüíneo

Muito comum: supressão da medula óssea causando leucopenia, trombocitopenia e anemia.

Raro: anemia hemolítica.

Desordens do sistema imüne

Raro: reações alérgicas (veja Desordens da pele e do tecido subcutâneo).

Reações alérgicas a melfalana como urticária, edema, rash cutâneo e choque anafilático foram incomumente reportados após as doses iniciais, particularmente após a administração intravenosa. Parada cardíaca também foi raramente reportada em associação com estes eventos.

Desordens respiratórias, torácicas e mediastínicas

Raro: pneumonite intersticial e fibrose pulmonar (incluindo relatos fatais).

Desordens gastrintestinais

Muito comum: náusea, vômito e diarréia, estomatite em altas doses. Raro: estomatite em doses convencionais.

Desordens hepatobiliares

Raro: desordens hepáticas que variam desde testes alterados da função

hepática até manifestações clínicas como hepatite e icterícia, doença veno-oclusiva após o tratamento com altas doses.

Desordens da pele e do tecido sübcütâneo

Muito comum: alopécia em altas doses. Comum: alopécia em doses convencionais.

Raro: rash maculopapular e prurido (veja Desordens do sistema imune).

Desordens do tecido múscülo-esqüelético e tecido conjüntivo

Injeção, seguida de perfusão em um membro isolado.

Muito comum: atrofia muscular, fibrose muscular, mialgia, aumento da creatinoquinase sérica.

Comum: síndrome comportamental.

Incidência não conhecida: necrose muscular, rabdomiólise.

Desordens renais e ürinárias

Comum: elevação temporária significativa de uréia em pacientes com mieloma

e com doença renal tem sido observada nos estágios iniciais do tratamento com melfalana.

Desordens gerais e do local de aplicação

Muito comum: sensação subjetiva e transitória de calor e/ou formigamento.

POSOLOGIA

Alkeran® é uma droga citotóxica, que faz parte da classe geral de agentes alquilantes e, desta forma, somente deve ser prescrito por profissionais experientes no tratamento de malignidades hematopoiéticas e outras.

Como Alkeran® é mielossupressor, é fundamental a realização de contagens de células sangüíneas durante o tratamento, ajustando-se ou postergando-se as doses, se necessário (veja Precauções e Advertências).

Mieloma múltiplo:

Alkeran® Injetável tem sido usado como base intermitente em monoterapia, ou em combinação com outras drogas citotóxicas, com as doses variando entre 8 mg/m2 a 30 mg/m2 de área de superfície corporal, em intervalos de 2 a6 semanas. Adicionalmente, a administração de prednisona tem sido incluída em uma série de tratamentos. Deve ser consultada a literatura científica para obtenção de maiores detalhes sobre a dose utilizada.

Quando Alkeran® Injetável for utilizado como um único agente, a escala de dosagem intravenosa típica é de 0,4 mg/kg de peso corporal (16 mg/m2 de área de superfície corporal), repetida em apropriados intervalos (um em cada 4 semanas), desde que ocorra a recuperação da contagem sangüínea periférica durante esse período.

Em regimes de altas doses, geralmente, o emprego de doses únicas intravenosas se situa entre 100 e 200 mg/m2 de área de superfície corporal (aproximadamente 2,5 a 5,0 mg/kg de peso corporal), porém o resgate autólogo da medula com células tronco é essencial, após dose superior a 140 mg/ m2 de área de superfície corporal. Em caso de insuficiência renal, a dose deve ser reduzida em 50% (veja Dosagem em Insuficiência Renal). Em vista de uma mielossupressão induzida por altas doses de Alkeran® Injetável, o tratamento deve ser feito somente em centros especializados com os recursos apropriados (Veja em Precauções e Advertências).

Adenocarcinoma ovariano avançado:

Quando Alkeran® Injetável for utilizado como monoterapia, é administrada uma dose de 1,0 mg/kg de peso corporal (aproximadamente 40 mg/m2 de área de superfície corporal), em intervalos de 4 semanas.

Quando Alkeran® Injetável é utilizado em combinação com outras drogas citotóxicas, tem sido usada a dose intravenosa entre 0,3 e 0,4 mg/kg de peso corporal (12 a 16 mg/m2 de área de superfície corporal), em intervalos de 4 a 6 semanas.

Melanoma maligno:

Perfusão regional hipertérmica com Alkeran® tem sido utilizada como adjuvante à cirurgia de melanoma maligno inicial e como tratamento paliativo para doença avançada, mas localizada.

A literatura científica deve ser consultada para verificação de detalhes sobre a técnica de perfusão e dose a ser usada.

Sarcoma localizado em tecidos moles:

A perfusão regional hipertérmica com Alkeran® tem sido utilizada como manutenção de todos os estágios de sarcoma localizado em tecidos moles, usualmente em combinação com cirurgia.

Alkeran® tem sido usado com actinomicina D, e a literatura científica deve ser consultada para verificação de detalhes sobre a técnica de perfusão e dose a ser usada.

Neuroblastoma avançado na Infância:

Doses de Alkeran® Injetável incluindo 100 e 240 mg/m2 de área de superfície corporal (divididas eventualmente em doses iguais por 3 dias consecutivos), associadas ao transplante autólogo da medula, têm sido utilizadas isoladamente ou em combinação com radioterapia e/ou outra droga citotóxica.

Alkeran® Injetável deve ser preparado em temperatura ambiente, através da reconstituição de 10 mL do solvente-diluente ao pó liofilizado refrigerado. 10 mL do solvente deve ser adicionado, no frasco com agitação vigorosa até completa homogeinização. A solução resultante contém o equivalente a 5 mg/mL de melfalana anidra e tem um pH de aproximadamente 6,5.

A solução de Alkeran® Injetável tem estabilidade limitada e deve ser preparada imediatamente antes do uso. A solução que não for usada deve ser descartada (Veja em Precauções e Advertências).

A solução reconstituída não deve ser refrigerada, pois pode ocorrer precipitação.

Administração por infusão:

Salvo os casos onde a perfusão arterial esteja eventualmente indicada, Alkeran® Injetável é somente para uso intravenoso.

Recomenda-se que a solução de Alkeran® Injetável seja introduzida lentamente na solução de infusão e aplicada por gotejamento rápido, pela via de injeção acessória.

Caso este tipo de procedimento não seja apropriado, Alkeran® Injetável pode ser administrado diluído em uma bolsa de infusão, mas somente cloreto de sódio a 0,9% poderá ser utilizado (soluções contendo dextrose são incompatíveis).

Quando diluída em solução de infusão, a solução de Alkeran® tem estabilidade reduzida e a taxa de degradação aumenta rapidamente com o aumento da temperatura. Se a administração for feita num local com temperatura de aproximadamente 25°C, o tempo total desde a preparação da solução injetável até o final da infusão, não deve ser maior que 1,5h.

Quando apresentar-se turva ou com cristais, a solução reconstituída ou diluída deverá ser descartada.

Deve-se tomar cuidado para evitar um possível extravasamento de Alkeran®. Nos casos de um deficiente acesso venoso periférico, deve-se levar em consideração o uso da linha venosa central.

Se elevadas doses de Alkeran® Injetável forem administradas, com ou sem transplante autólogo da medula, recomenda-se utilizar, para via de administração, a linha venosa central.

Para uma perfusão arterial regional, deve ser consultada a literatura específica, visando a obtenção de pormenores quanto à metodologia.

Uso em crianças:

Altas doses de Alkeran® Injetável, em associação com resgate da medula, têm sido utilizadas em neuroblastoma na infância, utilizando-se guias de dosagens baseados na área de superfície corporal nessa situação.

Muito raramente Alkeran® é indicado para crianças no regime de dose convencional.

Uso em pacientes idosos:

Embora Alkeran® seja freqüentemente utilizado nas doses convencionais neste grupo de pacientes, não há informação específica disponível sobre este uso.

A experiência quanto ao uso de altas doses de Alkeran® em pacientes idosos é limitada. É importante assegurar o estado funcional adequado dos diversos sistemas orgânicos antes do uso de altas doses de Alkeran® Injetável em pacientes idosos.

O estudo da farmacocinética da melfalana intravenosa não demonstrou uma correlação entre a idade e o clearance de melfalana ou com o tempo de meia-vida terminal da melfalana. Os dados disponíveis são limitados e não recomendam ajustes específicos na dosagem para pacientes idosos recebendo melfalana intravenosa. Ajustes da dosagem devem serbaseados na condição geral do paciente idoso e no grau de mielossupressão ocorrido durante o tratamento.

Uso em pacientes com insuficiência renal

(ver Precauções e Advertências)

O clearance de Alkeran®, embora variável, é reduzido em pacientes com insuficiência renal.

Quando Alkeran® Injetável for utilizado na dosagem intravenosa convencional (8 a 40 mg/m2 de área corporal) em pacientes com comprometimento renal entre moderado e grave, recomenda-se que a dose inicial seja reduzida em 50%, As doses subseqüentes devem ser determinadas de acordo com o grau de supressão hematológica.

Para doses elevadas de Alkeran® Injetável (100 a 240 mg/m2 de área corporal), a necessidade de redução da dose dependerá do grau de comprometimento da função renal, da necessidade terapêutica e se houve reinfusão autóloga de células tronco da medula óssea.

Como indicado na literatura, para altas doses de Alkeran® sem resgate hematopoiético com células tronco em pacientes com insuficiência renal moderada (clearance de creatinina entre 30 e 50 mL/min), uma redução de 50% na dose é recomendada. Em pacientes com comprometimento renal mais grave, não está indicado o uso de altas doses de Alkeran®, sem resgate hematopoiético com células tronco.

Altas doses de Alkeran® associadas ao resgate hematopoiético com células tronco têm sido utilizadas com sucesso, inclusive em pacientes com insuficiência renal grave. A literatura deve ser consultada para maiores detalhes.

Preparação da solução de Alkeran® Injetável Instruções de uso

Alkeran® Injetável deve ser preparado para administração por profissional que esteja familiarizado com suas propriedades e requisitos de manipulação segura, ou sob supervisão direta.

Alkeran® Injetável deve ser preparado em uma unidade asséptica, que esteja equipada com um gabinete de fluxo laminar vertical adequado. Onde tal acomodação não existir, pode-se usar uma sala clínica, adequada para esta finalidade.

As pessoas envolvidas na preparação de Alkeran® Injetável devem usar os seguintes itens de proteção:

– luvas descartáveis de polivinil cloreto, com qualidade adequada (luvas de borracha são inadequadas);

– máscaras cirúrgicas de qualidade adequada;

– óculos de proteção (que devem ser lavados cuidadosamente com água após o uso);

– avental descartável.

Em instalações assépticas, serão necessários outros tipos de roupa.

Caso a embalagem se quebre, o produto deve ser removido imediatamente (por uma pessoa com vestimenta adequada), esfregando-se a superfície com toalha de papel úmida, que deve ser colocada em sacos à prova de contaminação depois de utilizada. As superfícies atingidas devem ser lavadas com bastante água.

Se a solução de Alkeran® Injetável entrar em contato com a pele, esta deve ser lavada com sabão e bastante água fria. Em tal circunstância, recomenda-se a procura de orientação médica.

Caso os olhos sejam atingidos, deve-se fazer uma irrigação IMEDIATA com solução de cloreto de sódio e, sem demora, procurar cuidados médicos. Se por alguma razão não houver a disponibilidade de solução de cloreto de sódio, pode-se usar grandes quantidades de água corrente.

Descarte do material

As sobras da solução preparada de Alkeran® Injetável devem ser eliminadas de modo adequado (por exemplo, incineração ou disposição profunda no solo).

O descarte de objetos penetrantes, como agulhas, seringas, kits para administração e ampolas, deve ser feito em recipientes rígidos, com etiquetas adequadas que advirtam

sobre os riscos e precauções que devem ser observados. As pessoas envolvidas no recolhimento de detritos devem estar cientes dos cuidados a serem tomados, e o material deve ser destruído por incineração.

Alkeran® Injetável deve ser mantido na embalagem original, armazenado em temperatura entre 15°C e 30°C e protegido da luz.

O prazo de validade do produto é de 24 meses, contados a partir da data da fabricação.

SUPERDOSAGEM

Sinais e sintomas

Os efeitos imediatos de uma superdosagem intravenosa são náuseas e vômitos. Após superdosagem também podem ocorrer danos na mucosa gastrintestinal e diarréia (às vezes hemorrágica).

O principal efeito tóxico é aplasia da medula óssea, a qual leva à neutropenia, trombocitopenia e anemia.

Medidas gerais de suporte, juntamente com transfusões sangüíneas e de plaquetas, podem ser instituídas, se necessário. A possibilidade de hospitalização deve ser considerada, assim como a cobertura com agentes anti-infectivos, e o uso de fatores de crescimento hematológico.

Não existe antídoto específico. O quadro sanguíneo deve ser cuidadosamente monitorado por, no mínimo, 4 semanas após a superdosagem, até que haja completa recuperação.

N° do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS.

Fabricado por: GlaxoSmithKline Manufacturing S.p.A. – Parma – Itália. Importado e Distribuído por:

GlaxoSmithKline Brasil Ltda.

Estrada dos Bandeirantes, 8.464 – Rio de Janeiro – RJ CNPJ: 33.247.743/0001-10 Indústria Brasileira MS: 1.0107.0176

Serviço de Atendimento ao Consumidor 0800 701 22 33

Discagem Direta Gratuita

Farm. Resp.: Milton de Oliveira CRF- RJ N° 5522

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