Princípio ativo: toxina botulínicaProsigne

Laboratório

Cristália

Apresentação de Prosigne

Pó liófilo injetável – 100 U Embalagens contendo 1 e 5 frascos-ampola

Prosigne – Indicações

O Prosigne é indicado para o tratamento de blefaroespasmo, espasmo hemifacial em adultos e alguns tipos de estrabismo, especialmente para estrabismo agudo paralítico, estrabismo concomitante, estrabismo causado por miopatia endócrina e estrabismo que não pode ser corrigido por cirurgia em pacientes com 12 anos ou mais.

Contra-indicações de Prosigne

O Prosigne é contra-indicado em indivíduos com histórico de reações anafiláticas, hipersensibilidade conhecida a esta formulação e na presença de infecção no local da injeção.

Advertências

As dosagens recomendadas e a freqüência de administração não devem ser ultrapassadas. Não foram relatados casos de toxicidade sistêmica resultantes de injeção ou ingestão oral acidentais. Se algum desses eventos ocorrer, o paciente deve ser acompanhado por um médico por vários dias, em ambulatório ou consultório para a observação de sinais ou sintomas de debilidade sistemática ou paralisia muscular. O conteúdo total de uma ampola é inferior à dose estimada de toxidade sistêmica em seres humanos que pesam 6 quilos ou mais. No raro evento de superdosagem ou aplicação no músculo errado, a antitoxina botulínica pode ser considerada para a injeção local, na mesma região, o mais rápido possível e no máxima dentro de 21 horas, a fim de reduzir ou bloquear o efeito local da toxina botulínica. A antitoxina (Antitoxina Botulínica Trivalente (Eqüina) Tipos A, B e E), é uma proteína que apresenta risco significativo de efeitos colaterais sistêmicos e imunizantes. Os riscos de seu uso devem ser balanceados em relação aos resultados adversos esperados quando da aplicação da toxina botulínica. O efeito da toxina botulínica pode ser potencializado por antibióticos aminoglicosídicos ou qualquer outra droga que interfira com a transmissão neuromuscular. Devem ser tomadas as devidas precauções quando a toxina botulínica for administrada em pacientes utilizando drogas dessa natureza. Também devem ser tomadas precauções quando a toxina botulínica for utilizada no tratamento de pacientes com miastenia gravis, síndrome de Eaton Lambert, esclerose amiotrófica ou distúrbios que produzam disfunção neuromuscular periférica. Gerais A eficácia e segurança da toxina botulínica dependem do armazenamento adequado do produto, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição e administração. A toxina botulínica deve ser usada nos pacientes somente para as indicações descritas. Os médicos que fizerem uso da toxina botulínica em seus pacientes, especialmente durante o tratamento de estrabismo, devem entender profundamente de anatomia neuromuscular e orbital, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que tenham ocorrido com o paciente devido a procedimentos cirúrgicos anteriores. Deve conhecer também técnicas padrão de eletromiografia. Os procedimentos de injeção devem ser adiados em pacientes que apresentarem febre, e doenças infecciosas agudas. Para pacientes que apresentam doenças cardíacas, hepáticas e pulmonares, tuberculose ativa, mulheres grávidas e crianças menores de 12 anos de idade, os procedimentos de injeção devem ser realizados com cautela. Como qualquer outro produto de origem biológica, a aplicação da toxina botulínica pode provocar reações anafiláticas, por isso devem estar disponíveis as medicações para combatê-las. Em caso de acidente ocasional, deve ser preparada uma solução de Epinefrina 1:1000. É recomendado um curto período de observação para os pacientes que acabaram de receber a injeção de toxina botulínica. Durante a administração da toxina botulínica para o tratamento do estrabismo, tem ocorrido hemorragia retrobulbar suficiente para comprometer a circulação retinal, devido a penetração da agulha na órbita. Recomenda-se deixar em lugar acessível os instrumentos apropriados para descompressão da órbita. Também tem ocorrido a penetração de agulhas no globo ocular. Um oftalmoscópio deve estar disponível para diagnosticar essa ocorrência. A redução do ato de piscar, devido à aplicação da toxina botulínica no músculo orbicular pode conduzir à exposição da córnea, a defeito epitelial persistente e ulceração da córnea, especialmente em pacientes com distúrbios do 7º nervo. Devem ser realizados exames cuidadosos de sensação corneal em olhos que foram anteriormente operados, bem como deve-se evitar aplicações na área da pálpebra inferior, para evitar a ocorrência de ectrópio e deve-se tratar cuidadosamente qualquer distúrbio epitelial. Isto pode requerer o uso de gotas protetoras, pomadas, lentes de contato gelatinosas terapêuticas ou a oclusão do olho. Os pacientes sedentários devem ser advertidos no sentido de reassumirem suas atividades lenta e cuidadosamente após a administração da toxina botulínica. A toxina botulínica tem pouco ou nenhum efeito para pacientes nas seguintes situações: estrabismo acima de 50 dioptrias, estrabismo fixo, síndrome de Duane devido ao músculo reto lateral enfraquecido, estrabismo causado por operações corretivas em demasia, paralisia crônica do 3º ou 6º nervo craniano, contratura grave da fibra muscular.

Uso na gravidez de Prosigne

Não há estudos adequados bem controlados sobre a administração da toxina botulínica em mulheres durante a gravidez. Considerando que nem sempre são preditivos de resposta humana, a toxina botulínica somente deve ser administrada durante a gravidez se os potenciais benefícios justificarem o risco potencial para o feto. Se este medicamento for utilizado durante a gestação ou se a mulher engravidar durante o tratamento, a paciente deve ser advertida quanto aos potenciais riscos, incluindo abortamento ou malformações fetais. Não existem dados disponíveis sobre a excreção da toxina botulínica no leite humano. Como muitas drogas são excretadas pelo leite humano, devem ser tomadas as devidas precauções quando a toxina botulínica for administrada a mulheres durante a lactação.

Interações medicamentosas de Prosigne

O efeito da toxina botulínica pode ser potencializado por antibióticos aminoglicosídicos ou quaisquer outras drogas que interfiram com a transmissão neuromuscular. Os pacientes que fazem uso dessas drogas devem ser cuidadosamente observados quando utilizarem a toxina botulínica.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Prosigne

Ptose temporária da pálpebra, redução da pálpebra inferior, redução dos movimentos de piscar os olhos, fechamento incompleto da pálpebra, fraqueza dos músculos faciais, etc, podem ocorrer com alguns dos pacientes recebendo terapia com Prosigne para blefaroespasmo e espasmo hemifacial. Contudo, todos os sintomas desaparecem sem qualquer terapia depois de 3 a 8 semanas. Ptose palpebral temporária e de diferentes graus, desvios verticais e raramente midríase que está relacionada com a difusão da toxina para os músculos adjacentes podem ocorrer em alguns pacientes recebendo terapia com Prosigne para estrabismo. Os sintomas desaparecem sem qualquer terapia dentro de algumas semanas. Foram relatados casos de erupção difusa na pele e casos de edema local na pálpebra logo após a aplicação e que se prolongaram durante vários dias. O tratamento com a toxina botulínica tipo A pode motivar o corpo a produzir anticorpos contra a toxina. Isto pode reduzir a eficácia da terapia continuada. Para evitar, a dose da toxina botulínica tipo A deve ser mantida a mais baixa possível. Reações gerais: Conforme esperado, para qualquer injeção intramuscular, pode ocorrer dor no local da aplicação, sensibilidade anormal à compressão e/ou ferimento no local. A flacidez local representa a ação farmacológica esperada da toxina botulínica.

Prosigne – Posologia

1. Posição para injeção: 1) Para blefaroespasmo: A injeção deve ser administrada por via intramuscular, em vários pontos das pálpebras superior e inferior, por exemplo, tomando 4 a 5 pontos no músculo medial e lateral orbicular ou no canto lateral temporal. 2) Para espasmo hemifacial: Além dos pontos mencionados acima, outros pontos na face central, inferior e na bochecha devem receber a injeção intramuscular. O Prosigne pode ser administrado nos pontos dos dois lados do supercílio, lábio superior ou mandíbula inferior, de acordo com a doença. 3) Para estrabismo: O Prosigne é injetado usando uma agulha eletrodo coaxial com orientador ou amplificador eletromiográfico, sob anestesia tópica. As injeções nos músculos extra-oculares são selecionadas de acordo com o tipo e posição do estrabismo. 2. Doses 1) Para blefaroespasmo e espasmo hemifacial: A injeção deve ser administrada de acordo com as instruções acima. A dose inicial de cada ponto é 2,5 U/0,05 ml ou 2,5 U/0,1 ml. Se o tratamento inicial for considerado insuficiente uma semana após, uma injeção suplementar pode ser administrada. Dose dupla de 5 U/0,5 ml pode ser dada para pacientes recrudescentes. Porém, a limitação da dose total em 55 U para uma injeção e 200 U para um mês não deve ser excedida. 2) Para estrabismo: Para estrabismo muscular vertical horizontal e vertical de menos de 20 dioptrias, a dose inicial em cada músculo é de 1,25 a 2,5 U; para estrabismo horizontal de 20 a 40 dioptrias, a dose inicial em cada músculo é de 2,5 U; para estrabismo horizontal de 40 a 50 dioptrias, a dose inicial em cada músculo é de 2,5 U e pode ser aumentada (em 5,0 U cada vez) dependendo da resposta: para paralisia persistente do 6º nervo cranial durando mais de um mês, dose de 1,25 a 2,5 U pode ser injetada no músculo reto medial. O volume de injeção em cada músculo não deve exceder 0,1 ml. Podem ser administradas injeções complementares para pacientes tendo resposta insuficiente. Para pacientes recrudescentes, a dose pode ser repetida ou aumentada irregularmente, porém para cada músculo a dose máxima deve ser menor que 5 U por injeção.

Superdosagem

Na rara possibilidade de superdosagem ou aplicação no músculo errado, pode ser considerada a administração de antitoxina botulínica, no mesmo local, assim que possível, e no máximo dentro de 21 horas, para reduzir ou bloquear o local afetado pela toxina botulínica. A antitoxina (Antitoxina Botulínica Trivalente, Eqüina, Tipos A, B e E) é uma proteína estranha, com risco significativo de efeitos colaterais sistêmicos e capacidade imunizante. Os riscos de seu uso devem ser considerados em relação aos resultados adversos da toxina botulínica. Os sinais ou sintomas de superdosagem não são evidentes imediatamente após a injeção. Se ocorrer a injeção ou ingestão oral acidental, o paciente deve ter supervisão médica por vários dias para sinais ou sintomas de fraqueza sistêmica ou paralisia muscular.

Prosigne – Informações

O Prosigne é uma forma liofilizada estéril da toxina botulínica tipo A purificada, produzida a partir da toxina bruta da cultura de cepas Hall de Clostridium botulinum, cultivada em um meio contendo tripsina, caseína e extrato de levedura. Uma série de procedimentos de purificação foram realizados para obter um complexo cristalino consistindo de proteína toxina ativa de alto peso molecular e uma hematoglutinina associada. Após a redissolução e diálise, uma quantidade precisa da toxina estéril filtrada (0,2 micron) é adicionada a uma solução contendo gelatina, dextrano e sacarose, e liofilizada. Cada frasco de Prosigne contém 100 U de toxina de Clostridium botulinum tipo A, 5 mg de gelatina, 25 mg de dextrano e 25 mg de sacarose. Diluir com solução salina normal antes do uso. O produto branco liofilizado torna-se uma solução incolor ou amarela transparente após a reconstituição. Uma unidade (U) de Prosigne corresponde a 1 DL50 da toxina botulínica tipo A quando injetada intraperitonealmente no camundongo. Modo de ação: A toxina botulínica é classificada terapeuticamente como agente paralisante neuromuscular. Pode bloquear a condução neuromuscular por inibir a liberação de acetilcolina e conseqüentemente causa paralisia local e flacidez no músculo. A toxina botulínica tipo A bloqueia a condução neuromuscular devido à ligação nos receptores terminais dos nervos motores, inibindo a liberação de acetilcolina. Quando injetado por via intramuscular em doses terapêuticas, provoca uma paralisia muscular por desnervação química localizada. Quando um músculo é desnervado quimicamente, se atrofia e pode desenvolver receptores de acetilcolina extrajuncionais. Há evidências de que o nervo pode voltar a crescer e reinervar o músculo, o que faz com que a debilidade seja reversível. O efeito paralisante da toxina botulínica tipo A injetada nos músculos reduz as contrações excessivas e anormais associadas com blefaroespasmo. No tratamento do estrabismo, a administração da toxina botulínica tipo A afeta pares de músculos, induzindo o alongamento atrófico do músculo injetado e um encurtamento do músculo antagonista correspondente. Após a injeção periocular da toxina botulínica tipo A, os músculos distantes demonstram alterações eletrofisiológicas, mas não apresentam fraqueza ou outras alterações clínicas por um período de várias semanas ou meses, correspondendo à duração da paralisia clínica local.