Princípios ativos: enantato de noretisterona, valerato de estradiolNoregyna Enantato de noretisterona
Valerato de estradiol

Uso adulto

Intramuscular profunda

Forma farmacêutica e apresentação – NOREGYNA Solução injetável: Embalagem contendo uma ampola de 1 ml + seringa.

Composição – Cada ml de NOREGYNA contém: Enantato de noretisterona 50 mg; Valerato de estradiol 5 mg; Excipientes (benzoato de benzila, óleo de rícino) q.s.p. 1 ml.

Informações à paciente – Antes de iniciar o uso de um medicamento é importante ler as informações contidas na bula, verificar o prazo de validade e a integridade da embalagem. Mantenha a bula do produto sempre em mãos para qualquer consulta que se faça necessária. Converse com o seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre ação do produto e sua utilização. O medicamento dever ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz. NOREGYNA possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, desde que observados os cuidados de conservação. Não use o produto se o prazo de validade estiver vencido. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento. Informe também se estiver amamentando. Informe ao seu médico a ocorrência de reações desagradáveis. Informe ao seu médico sobre quaisquer medicamentos que esteja fazendo uso e os que usou recentemente.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Informações técnicas

Propriedades farmacodinâmicas – Os dois compostos farmacologicamente ativos de NOREGYNA, valerato de estradiol e enantato de noretisterona, são ésteres de hormônios esteroidais e ácidos graxos. Em humanos, ambos os ésteres são completamente divididos por estearases não-específicas, resultando em seus álcoois e respectivos ácidos graxos. Portanto, o valerato de estradiol e o enantato de noretisterona desempenham sua ação farmacológica como 17 beta-estradiol e noretisterona, respectivamente. O valerato de estradiol exerce atividades estrogênicas bem conhecidas como, por exemplo, efeitos antigonadotrópicos, indução da proliferação do endométrio e do epitélio vaginal, aumento do crescimento do útero e do fluxo sangüíneo uterino. Os efeitos estrogênicos são observados no epitélio vaginal, como aumento no índice cariopicnótico, alterações no pH e nas propriedades do muco cervical (aumento do peso e da fluidez). Em mulheres, o enantato de noretisterona exerce atividades tipicamente progestogênicas, tais como efeito antigonadotrópico, aumento da temperatura corporal acima de 37°C, transformação secretória do endométrio, espessamento do muco cervical e diminuição da cristalização (em samambaia) do muco cervical. A combinação do enantato de noretisterona e valerato de estradiol encontrada em NOREGYNA produz um efeito inibitório da ovulação, bem como alterações periféricas do muco cervical e da morfologia endometrial. O efeito produzido no endométrio é similar ao observado com o uso de contraceptivos orais combinados, tanto que um padrão de sangramento semelhante à menstruação normal é obtido com o uso de NOREGYNA.

Propriedades farmacocinéticas – Os componentes farmacologicamente ativos, noretisterona e estradiol, encontram-se totalmente biodisponíveis após injeção intramuscular de enantato de noretisterona e valerato de estradiol. Uma injeção concomitante de ambos os ésteres resultaria, primeiramente, em um aumento nas concentrações séricas de estradiol, as quais seriam seguidas por um aumento nas concentrações séricas da noretisterona. Desde que a meia-vida terminal do estradiol é consideravelmente mais curta que a da noretisterona (a qual, por sua vez, é decorrente das diferentes taxas de liberação dos ésteres a partir do depósito), a segunda parte do período após a administração é denominada pelo componente progestogênico. Ambos os componentes são completamente metabolizados. A transformação da noretisterona em etinilestradil in vivo foi relatada há muitos anos, mas ainda não foi determinada quantitativamente. Investigações recentes confirmaram que a noretisterona (acetato) é parcialmente metabolizada a etinilestradiol. A partir da administração de 1 mg de noretisterona (acetato) por via oral, o etinilestradiol formado em humanos é equivalente a uma dose oral de cerca de 4 mcg/6 mcg, respectivamente. Desde que a estrogenicidade da noretisterona tem sido sempre admitida e vivenciada na prática clínica, a recente descoberta de suas características metabólicas não altera as recomendações de uso preexistentes. A biotransformação do estradiol segue a mesma via do hormônio endógeno. A noretisterona e seus metabólitos são excretados com a urina e fezes em proporções semelhantes. A excreção dos metabólitos do estradiol ocorre predominante por via renal. Pelo menos 85% da dose de ambas as substâncias são excretadas dentro do intervalo de 28 dias após a injeção. A administração repetida de NOREGYNA em intervalos de 28 dias leva a um leve acúmulo de enantato de noretisterona, alcançando-se um estado de equilíbrio logo após a terceira administração. Com relação à farmacocinética e biotransformação dos fármacos, não se espera uma interação entre o enantato de noretisterona e o valerato de estradiol, já que é pouco provável que ocorra uma sobrecarga do metabolismo, devido às taxas de liberação lentas e às resultantes concentrações séricas baixas dos princípios ativos.

Indicações – Contraceptivo hormonal.

Contra-indicações – Este medicamento é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade ao enantato de noretisterona e/ou valerato de estradiol ou a qualquer outro componente da fórmula. Gravidez: Alterações graves da função hepática; antecedentes de icterícia ou prurido persistente durante a gravidez; síndromes de Dubin Johnson e de Rotor; presença ou história de tumores hepáticos; presença ou história de processos tromboembólicos arteriais ou venosos, bem como condições que predisponham a tais enfermidades (por exemplo: distúrbios do sistema de coagulação, com tendência a trombose e determinadas cardiopatias); anemia falciforme; presença ou história de carcinoma de mama ou de endométrio; diabetes graves com alterações vasculares; transtornos do metabolismo lipídico; história de herpes gravídico; otosclerose com agravamento durante a gestação anterior.

Precauções e advertências – Antes de iniciar o uso de NOREGYNA, devem ser realizados exame clínico detalhado e ginecológico minucioso (incluindo mamas e citologia cervical), inclusive com cuidadosa anamnese familiar. Devem ser descartados distúrbios do sistema de coagulação quando houver histórico familiar de enfermidades tromboembólicas (por exemplo: trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio) durante a juventude. A possibilidade de haver gestação deve ser excluída. Durante o uso de NOREGYNA, recomenda-se realizar exames de controle em intervalos de cerca de seis meses, a fim de detectar-se, a tempo, qualquer efeito indesejável. Segundo os conhecimentos atuais, não se pode excluir a associação entre o uso de contraceptivos hormonais e um aumento no risco de ocorrência de processos tromboembólicos venosos e arteriais. O risco relativo de ocorrência de trombose arterial (por exemplo: acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio) parece aumentar quando existem concomitantemente os seguintes fatores: consumo intenso de cigarro, idade mais avançada e uso de contraceptivos hormonais. Após o uso de substâncias hormonais, tais como as contidas em NOREGYNA, foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, tumores hepáticos malignos que, em casos isolados, podem ocasionar hemorragias intra-abdominais com risco de vida para a paciente. Se ocorrerem transtornos epigástricos graves, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal, deve-se incluir tumor hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais. As seguintes informações, extraídas de estudos epidemiológicos, referem-se primariamente às usuárias de contraceptivos orais combinados (COCs), entretanto, podem igualmente ser aplicáveis às usuárias de contraceptivos hormonais injetáveis, como NOREGYNA; uma meta-análise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno aumento do risco relativo (RR = 1,24) para câncer de mama diagnosticado em mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente em até 10 anos subseqüentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias de primeira vez de COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram o COCs. Não se deve administrar novamente o produto se durante o uso de NOREGYNA ocorrem, pela primeira vez, cefaléias do tipo enxaqueca, ou cefaléias com freqüência e intensidade fora do habitual; perturbações repentinas da percepção (por exemplo: da visão ou da audição); sinais prodrômicos de tromboflebites ou sintomas tromboembólicos (por exemplo: edema ou dores não-habituais nos membros inferiores, dores do tipo pontada ao respirar ou tosse de origem desconhecida); sensação de dor e constrição no tórax; casos de cirurgias já planejadas (6 semanas antes da data prevista) ou imobilização forçada decorrente, por exemplo, de acidentes, pois em todos estes casos pode existir um risco maior de ocorrência de trombose. São também razões para suspender o uso de contraceptivos hormonais, o aparecimento de icterícia e hepatite; prurido generalizado; aumento na freqüência de crises epilépticas; elevação significativa da pressão arterial e gravidez. Pacientes com diabetes mellitus, tendência a diabetes mellitus; hipertensão; veias varicosas; antecedentes de flebite; otosclerose; esclerose múltipla; epilepsia; porfiria; tetania ou coréia menor devem ser mantidas sob cuidadosa vigilância. Gravidez e lactação: NOREGYNA não apresenta efeito inibidor sobre os mecanismos da lactação. Também não foram observados efeitos desfavoráveis sobre lactentes. Entretanto, pequenas quantidades de esteróides podem ser excretadas com o leite materno. Como ocorre com outros esteróides, existe, portanto, a possibilidade teórica de que os processos de degradação da bilirrubina em neonatos sejam prejudicados, particularmente durante a primeira semana de vida. Se o recém-nascido apresentar icterícia neonatal grave ou persistente, que requeira tratamento médico, a lactação deve ser interrompida durante a mesma.

Interações medicamentosas – A ação contraceptiva de NOREGYNA pode ser reduzida com a administração regular de outros medicamentos, tais como barbitúricos, idantoínas, fenilbutazona, rifampicina e ampicilina. As necessidades de hipoglicemiantes orais ou de insulina também podem ser modificadas.

Reações adversas – Para informações mais detalhadas sobre reações adversas graves, consultar o item Precauções e advertências. Podem ocorrer, em casos raros, cefaléias, distúrbios gástricos, náusea, tensão mamária, alterações do peso e da libido, estados depressivos, diversas reações cutâneas, incluindo reações no local de aplicação da injeção e reações de hipersensibilidade. Isoladamente, podem ocorrer amenorréia e sangramento de escape. Na presença de sangramento de escape intenso, persistente e recorrente, que não desapareça espontaneamente, o medicamento deve ser suspenso e deve-se excluir uma possível causa orgânica. Durante uso prolongado, pode ocorrer cloasma em mulheres predispostas, o qual acentua-se com exposição prolongada ao sol. Portanto, recomenda-se a mulheres com esta tendência que evitem exposição prolongada aos raios solares. Tem-se observado, em casos isolados, uma diminuição da tolerância ao uso de lentes de contato. A experiência mostra que as reações de curta duração (ímpeto de tossir, acessos de tosse, dispnéia), que podem ocorrer em casos isolados durante ou imediatamente após a injeção intramuscular de soluções oleosas, podem ser evitadas, administrando-se a injeção de forma extremamente lenta.

Posologia – NOREGYNA deve ser sempre administrado por via intramuscular profunda (de preferência na região glútea e, como alternativa, no braço). As injeções devem ser administradas de forma extremamente lenta (ver o item Reações adversas). É recomendável cobrir com esparadrapo a região onde se aplicou a injeção, para evitar qualquer refluxo da solução. A primeira injeção deve ser administrada no primeiro dia do ciclo menstrual (primeiro dia de sangramento). As injeções seguintes devem ser administradas, independentemente do padrão do ciclo, em intervalos de 30 ± 3 dias, isto é, no mínimo 27 e no máximo 33 dias. Transcorrendo intervalo de injeção superior a 33 dias, não se pode contar, a partir desta data, com o grau necessário de segurança contraceptiva. Se dentro dos 30 dias posteriores à administração de NOREGYNA, não ocorrer sangramento por privação hormonal, deve se afastar a possibilidade de gravidez por meio de teste adequado. Uma ou duas semanas após a primeira injeção, ocorrerá sangramento vaginal. Isto é normal. Com a continuação do uso de NOREGYNA, os episódios de sangramento ocorrerão geralmente em intervalos de 30 dias. Normalmente, o dia da injeção mensal estará dentro do intervalo livre de sangramento. Em geral, decorridos 60 dias após a última injeção de NOREGYNA, recupera-se a capacidade de concepção. Entretanto, se neste período não se restabelecer o padrão fisiológico do ciclo, é aconselhável tratamento adequado nas mulheres que desejam engravidar.

Superdosagem – Não foram relatados, até o momento, sintomas relacionados à superdosagem. Na eventualidade da administração de doses acima das preconizadas, recomenda-se auxílio médico.

Pacientes idosas
– Considerando a indicação do medicamento, não existem dados referentes à administração de NOREGYNA para pacientes idosas.

Venda Sob Prescrição Médica.

CAC: 0800-7071212.

Registro no M.S. 1.1560.0159.

CIFARMA – Científica Farmacêutica Ltda.

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