Princípio ativo: itraconazolItraconazol
Laboratório
Genérico
Referência
Itraconazol
Apresentação de Itraconazol
cáps. 100 mg cx c/ 4, 10 ou 15 un.
Itraconazol – Indicações
Sporanox® (Itraconazol) é indicado para o tratamento das seguintes patologias: – Indicações ginecológicas: candidíase vulvovaginal. – Indicações dermatológicas / oftalmológicas/ mucosas: pitiríase versicolor, dermatomicoses, ceratite micótica e candidíase oral. Onicomicoses causadas por dermatófitos e/ou leveduras. – Micoses sistêmicas: aspergilose e candidíase sistêmicas, criptococose (incluindo meningite criptocócica):, histoplasmose, esporotricose, paracoccidioidomicose, blastomicose e outras micoses sistêmicas e tropicais de incidência rara.
Contra-indicações de Itraconazol
Sporanox® (Itraconazol) cápsulas é contra-indicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao fármaco ou aos excipientes da formulação. A co-administração dos fármacos mencionados a seguir é contra-indicada com Sporanox® cápsulas (Veja o item “Interações Medicamentosas”): – substratos metabolizados pelo CYP3A4 que podem prolongar o intervalo QT, por exemplo, astemizol, bepridil, cisaprida, dofetilida, levacetilmetadol (levometadil), mizolastina, pimozida, quinidina, sertindol e terfenadina são contra-indicados com Sporanox® cápsulas. A co-administração pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas destes substratos, que pode levar ao prolongamento do intervalo QT e a raras ocorrências de Torsade de Pointes; – inibidores da HMG-CoA redutase metabolizados pela CYP3A4 como a lovastalina e a sinvastatina; – triazolam e midazolam oral; – alcalóides derivados do Ergot como diidroergotamina, ergometrina (ergonovina), ergotamina e metilergometrina (metilergonovina). – nisoldipino Sporanox® cápsulas não pode ser administrado em pacientes com evidências de disfunção ventricular como insuficiência cardíaca congestiva ou com histórico de insuficiência cardíaca congestiva, exceto em tratamento em que o paciente corra risco de morte imediato e em caso de outras infecções graves. (Ver item Advertências). Sporanox® cápsulas não deve ser administrado durante a gravidez (exceto nos casos de risco de vida) (Veja o item “Advertências – Gravidez”). Mulheres férteis que estão utilizando Sporanox® devem tomar precauções contraceptivas. A contracepção efetiva deve ser continuada até o próximo período menstrual após o término do tratamento com Sporanox®.
Advertências
Efeitos Cardíacos Em um estudo com Sporanox® intravenoso realizado em voluntários sadios foi observada uma redução assintomática na fração de ejeção do ventrículo esquerdo; isto se resolveu antes da próxima infusão. A relevância clínica desta descoberta para as formulações orais é desconhecida. O Itraconazol mostrou um efeito inotrópico negativo e Sporanox® tem sido associado a relatos de insuficiência cardíaca congestiva.Insuficiência cardíaca congestiva foi mais freqüentemente relatada entre os relatos espontâneos para a dose diária total de 400 mg do que para doses diárias totais inferiores, sugerindo que o risco de insuficiência cardíaca aumenta de acordo com a dose diária total de Itraconazol. Sporanox® não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou com história de insuficiência cardíaca congestiva a menos que os benefícios superem os riscos. A avaliação individual do risco/benefício deve considerar fatores como a gravidade da indicação, o esquema posológico (por exemplo: dose diária total) e fatores de risco individuais para insuficiência cardíaca congestiva. Estes fatores de risco incluem doença cardíaca, como isquemia e doença valvular; doença pulmonar significante, como doença pulmonar obstrutiva crônica; e insuficiência renal e outras desordens edematosas. Tais pacientes devem ser informados dos sinais e sintomas da insuficiência cardíaca congestiva, ser tratados com cautela, e monitorados quanto aos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva durante o tratamento; se estes sinais ou sintomas ocorrerem durante o tratamento, Sporanox® deve ser interrompido. Os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos inotrópicos negativos que podem ser aditivos aos do Itraconazol. Adicionalmente, Itraconazol pode inibir o metabolismo dos bloqueadores dos canais de cálcio. Portanto, deve-se ter cautela ao administrar concomitantemente Itraconazol e bloqueadores dos canais de cálcio,devido ao aumento do risco de insuficiência cardíaca congestiva. Potencial para Interações Sporanox® apresenta um potencial para interações medicamentosas clinicamente importantes. (Veja o item “Interações Medicamentosas”). Acidez Gástrica diminuída A absorção do Itraconazol das cápsulas de Sporanox® é afetada quando a acidez gástrica está diminuída. Em pacientes recebendo, também, medicamentos antiácidos (ex.: hidróxido de alumínio), estes devem ser administrados, pelo menos, 2 horas após a ingestão do Sporanox® cápsulas. Em pacientes com acloridria, tais como certos pacientes com AIDS e pacientes recebendo supressores da secreção ácida (ex.: antagonistas H2, inibidores da bomba de próton), é recomendável administrar Sporanox® cápsulas com bebida a base de cola.
Uso na gravidez de Itraconazol
Mulheres férteis Mulheres com potencial de engravidar utilizando Sporanox® cápsulas devem tomar precauções contraceptivas. As precauções contraceptivas adequadas devem ser mantidas até o próximo período menstrual após o término do tratamento com Sporanox® cápsulas. Lactação Quantidades muito pequenas de Itraconazol são excretadas no leite humano. Portanto, os benefícios esperados com o uso de Sporanox® cápsulas devem ser ponderados contra o risco potencial da amamentação. Em caso de dúvida, a paciente não deverá amamentar. Gravidez (Categoria C) Sporanox® não deve ser usado durante a gravidez exceto nos casos de risco de vida quando o benefício potencial para a mãe superar os potenciais danos ao feto (Veja o item “Contra-indicações”). Em estudos em animais o Itraconazol apresentou toxicidade reprodutiva. Existem poucas informações a respeito do uso de Sporanox® durante a gravidez. Durante a experiência pós-comercialização foram relatados casos de anormalidades congênitas. Estes casos incluem tanto malformações esqueléticas, do trato genito-urinário, cardiovascular e oftálmica, como malformações cromossômicas e múltiplas. Uma relação causal com Sporanox® não foi estabelecida. Dados epidemiológicos da exposição ao Sporanox® durante o primeiro trimestre da gravidez – a maioria das pacientes recebendo tratamento de curto prazo para candidíase vulvovaginal – não demonstraram um risco aumentado para malformação quando comparado aos indivíduos controles não expostos a teratógenos conhecidos. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Interações medicamentosas de Itraconazol
1. Fármacos que afetam a absorção de Itraconazol Fármacos redutores da acidez gástrica prejudicam a absorção do Itraconazol do Sporanox® cápsulas (Veja o item “Advertências”). 2. Fármacos que afetam o metabolismo do Itraconazol O Itraconazol é metabolizado principalmente através do citocromo CYP3A4. Estudos de interação foram realizados com rifampicina, rifabutina e fenitoína, que são indutores enzimáticos potentes do CYP3A4. Uma vez que a biodisponibilidade do Itraconazol e hidroxi-Itraconazol estava diminuída nestes estudos, em tal extensão que a eficácia pode ser amplamente reduzida, a combinação de Itraconazol com estes fármacos indutores enzimáticos não é recomendada. Dados de estudos formais com outros fármacos indutores enzimáticos tais como carbamazepina, fenobarbital e isoniazida não estão disponíveis, mas efeitos similares podem ser esperados. Os inibidores potentes desta enzima como ritonavir, indinavir, claritromicina e eritromicina podem aumentar a biodisponibilidade do Itraconazol. 3. Efeito do Itraconazol no metabolismo de outros fármacos O Itraconazol pode inibir o metabolismo de fármacos metabolizados pela família do citocromo 3A, resultando em aumento e/ou prolongamento dos seus efeitos, inclusive efeitos colaterais. Quando em uso de medicação concomitante, a bula correspondente deve ser consultada para informações relativas à rota metabólica. Após o término do tratamento, as concentrações plasmáticas do Itraconazol declinam gradualmente, dependendo da dose e da duração do tratamento (Veja o item “Características Farmacológicas”). Este fato deve ser
Reações adversas / Efeitos colaterais de Itraconazol
Estudos clínicos Os eventos adversos a seguir foram relatados por pacientes em estudos clínicos de Sporanox® controlados com placebo (dados agrupados), no tratamento da dermatomicose e da onicomicose. Inclui todos os eventos adversos (com incidência de 1% ou maior) relatados entre os pacientes tratados com Sporanox®. Cerca de 28% dos pacientes tratados com Itraconazol e cerca de 23% dos pacientes tratados com placebo apresentaram pelo menos um evento adverso. Os eventos adversos mencionados a seguir independem da avaliação de causalidade dos investigadores. Os eventos adversos mais freqüentemente relatados em estudos clínicos foram de origem gastrintestinal. Organismo como um todo Ferimento Distúrbios do Sistema Nervoso Central e Periférico Cefaléia Distúrbios Gastrintestinais Náusea, diarréia, dor abdominal, dispepsia, flatulência Distúrbios do Fígado e do Sistema Biliar Função hepática anormal Distúrbios do Sistema Respiratório Rinite, infecção do trato respiratório superior, sinusite Distúrbios da Pele e Anexos “Rash”Experiência pós-comercialização As reações adversas provenientes de relatos espontâneos durante a experiência de póscomercialização com Sporanox (todas as formulações) que estavam de acordo com o critério inicial foram incluídas na tabela 2. As reações adversas a drogas estão classificadas, utilizando a seguinte convenção: Muito freqüente (>1/10); Freqüente (>1/100, 1/1000, 1/10000,
Itraconazol – Posologia
Veja posologia nas tabelas a seguir: INDICAÇÃO DOSE DIÁRIA DURAÇÃO Candidíase vaginal 200 mg (2 cápsulas) pela manhã e à noite 1 dia Pitiríase versicolor 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia 5 dias 200 mg (2 cápsulas) 7 dias Tinea corporis e Tinea cruris ou 100 mg (1 cápsula) 15 dias 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia 7 dias Tinea pedis e Tinea manuum ou 100 mg (1 cápsula) uma vez ao dia 15 dias Nos casos com lesões nas regiões altamente queratinizadas, como palma das mãos e planta dos pés, recomenda-se o tratamento adicional por mais 2 semanas . Candidíase oral 100 mg (1 cápsula) 15 dias Em alguns pacientes imunodeprimidos, por exemplo com neutropenia, portadores do vírus HIV ou transplantados, a biodisponibilidade oral do Itraconazol pode estar diminuída. Portanto, pode ser necessário dobrar as doses. Ceratite micótica 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia 15 dias Onicomicose – Tratamento contínuo 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia 3 meses – Pulsoterapia * Veja o quadro abaixo * A pulsoterapia consiste na administração de 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia durante 7 dias. Recomendam-se dois pulsos para infecções das unhas das mãos e três pulsos para infecções das unhas dos pés. Os tratamentos em pulso são sempre separados por intervalo de 3 semanas sem medicamento. A resposta clínica será evidente a medida que a unha crescer após a descontinuação do tratamento. Pulsoterapia Semanas Local atingido 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Unhas do pé com ou sem envolvimento da unha da mão Pulso 1 Semanas livres de Itraconazol Pulso 2 Semanas livres de Itraconazol Pulso 3 Unhas da mão apenas Pulso 1 Semanas livres de Itraconazol Pulso 2 A eliminação do Itraconazol do tecido cutâneo e ungueal é mais lenta que a do plasma. Assim, a resposta clínica e micológica ideal é alcançada 2 a 4 semanas após a descontinuação do tratamento das infecções cutâneas e 6 a 9 semanas após a descontinuação das infecções das unhas. Micoses sistêmicas (as recomendações posológicas variam de acordo com a infecção tratada): INDICAÇÃO DOSE DURAÇÃO MÉDIA OBSERVAÇÕES Aspergilose 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia. 2 – 5 meses Candidíase 100 – 200 mg (1 – 2 cápsulas) uma vez ao dia 3 semanas – 7 meses Aumentar a dose para 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia em caso de doença invasiva ou disseminada. Criptococose nãomeningeana 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia Meningite criptocócica 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia 2 meses – 1 ano Terapia de manutenção (casos meníngeos): uma vez ao dia Histoplasmose 200 mg (2 cápsulas) uma vez ao dia – 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia 8 meses Esporotricose 100 mg (1 cápsula) 3 meses Paracoccidioidomicose 100 mg (1 cápsula) 6 meses Cromomicose 100 – 200 mg (1 – 2 cápsulas) uma vez ao dia 6 meses Blastomicose 100 mg (1 cápsula) uma vez ao dia – 200 mg (2 cápsulas) duas vezes ao dia 6 meses Dados de eficácia de Sporanox® cápsulas nesta dose para o tratamento de paracoccidioidomicose em pacientes com AIDS não estão disponíveis.A duração do tratamento deve ser ajustada de acordo com a resposta.
Superdosagem
Não há dados disponíveis até o momento. No caso de ingestão excessiva, devem ser adotados os procedimentos gerais de rotina, incluindo lavagem gástrica nas primeiras horas depois da ingestão. Se considerado apropriado, pode ser dado carvão ativado. Itraconazol não pode ser removido por hemodiálise. Não se dispõe de antídoto específico.
Características farmacológicas
Sporanox® (Itraconazol), um derivado triazólico , apresenta um amplo espectro de ação. Estudos in vitro demonstraram que o Itraconazol inibe o crescimento de um amplo espectro de fungos patogênicos aos seres humanos em concentrações que variam geralmente entre = 0,025 e 0,8 mcg/mL. Estes incluem: Dermatófitos (Trichophyton spp, Microsporum spp, Epidermophyton floccosum), leveduras (Cryptococcus neoformans, Malassezia spp, Trichosporon spp, Geotrichum spp, Candida spp, incluindo C. albicans, C. glabrata e C. krusei), Aspergillus spp, Histoplasma spp, Paracoccidioides brasiliensis, Sporothrix schenckii, Fonsecaea spp, Cladosporium spp, Blastomyces dermatitidis, Pseudallescheria boydii, Penicillium marneffei e uma variedade de outras leveduras e fungos. Candida krusei, Candida glabrata e Candida tropicalis são geralmente as espécies de Candida menos susceptíveis, sendo que algumas cepas isoladas demonstraram resistência inequívoca ao Itraconazol in vitro. Os principais tipos de fungos que não são inibidos pelo Itraconazol são Zygomycetes (por exemplo, Rhizopus spp, Rhizomucor spp, Mucor spp e Absidia spp), Fusarium spp, Scedosporium spp, e Scopulariopsis spp. Estudos in vitro demonstraram que o Itraconazol inibe a síntese do ergosterol em células fúngicas. O ergosterol é um componente vital da membrana celular dos fungos. A inibição da sua síntese tem como última conseqüência um efeito antifúngico. Propriedades Farmacocinéticas Características farmacocinéticas gerais A farmacocinética do Itraconazol tem sido investigada em indivíduos sadios, populações especiais e em pacientes após dose única ou múltipla. Em geral, o Itraconazol é bem absorvido. Os picos de concentração plasmática são atingidos 2 a 5 horas após administração oral. O Itraconazol sofre metabolismo hepático extenso e origina diversos metabólitos. O principal metabólito é o hidróxi-Itraconazol, cuja concentração plasmática é aproximadamente o dobro do fármaco inalterado. A meia-vida terminal do Itraconazol é cerca de 17 horas após uma dose única e aumenta para 34 a 42 horas com doses repetidas. A farmacocinética do Itraconazol é caracterizada pela não-linearidade e, conseqüentemente, demonstra acúmulo plasmático após administração de doses múltiplas. As concentrações no estado estacionário são atingidas em 15 dias, com valores de Cmáx de 0,5 mcg/mL, 1,1 mcg/mL e 2,0 mcg/mL que correspondem à administração oral de 100 mg dose única, 200 mg dose única e 200 mg duas vezes ao dia, respectivamente. Uma vez terminado o tratamento, a concentração plasmática de Itraconazol diminui a uma concentração quase indetectável em 7 dias. O “clearance” do Itraconazol diminui em doses maiores devido ao mecanismo de saturação do seu metabolismo hepático. O Itraconazol é excretado como metabólito inativo na urina (~35%) e nas fezes (~54%). Absorção O Itraconazol é rapidamente absorvido após a administração oral. Picos de concentração plasmática do fármaco inalterado são obtidos 2 a 5 horas após a administração de uma dose oral. A biodisponibilidade absoluta observada de Itraconazol é cerca de 55% e é máxima quando as cápsulas são ingeridas imediatamente após uma refeição completa. Distribuição A maior parte do Itraconazol disponível no plasma está ligada à proteína (99,8%), sendo a albumina a principal proteína de ligação (99,6% para o hidróxi-metabólito). Também há afinidade considerável por lipídios. Apenas 0,2% do Itraconazol presente no plasma está na forma livre. O Itraconazol está distribuído em um volume corpóreo aparentemente grande (~700L), sugerindo extensiva distribuição nos tecidos: as concentrações encontradas nos pulmões, rim, fígado, ossos, estômago, baço e músculos foram 2 a 3 vezes maiores do que as concentrações correspondentes no plasma. A proporção plasmática encontrada no cérebro em relação ao plasma foi de aproximadamente 1. A captação nos tecidos queratinizados, particularmente na pele, mostrou ser até 4 vezes maior do que no plasma. Metabolismo Sporanox® (Itraconazol) é extensivamente metabolizado no fígado, transformando-se em grande número de metabólitos. O principal metabólito é o hidróxi-Itraconazol, que apresenta, in vitro, uma atividade antifúngica comparável à do Itraconazol. As concentrações plasmáticas do hidróxi-metabólito são aproximadamente duas vezes em relação àquelas do Itraconazol. Como demonstrado nos estudos in vitro, CYP3A4 é a principal enzima envolvida no metabolismo do Itraconazol. Excreção Cerca de 35% do Itraconazol é excretado através de metabólitos inativos na urina em uma semana e cerca de 54% é excretado com as fezes. A excreção renal do fármaco nãometabolizado é menor do que 0,03% da dose ingerida, ao passo que a excreção fecal do fármaco inalterado varia entre 3 e 18% da dose administrada. Como a redistribuição do Itraconazol a partir dos tecidos queratinizados é aparentemente desprezível, a eliminação do Itraconazol destes tecidos está relacionada à regeneração epidérmica. Ao contrário do plasma, a concentração na pele permanece por 2 a 4 semanas após o término de um tratamento de 4 semanas de duração e na queratina das unhas – onde o Itraconazol pode ser detectado já com uma semana de tratamento – por, pelo menos, seis meses após o final de um tratamento de 3 meses.
Resultados de eficácia
Dermatofitoses Em um estudo multicêntrico envolvendo 2.741 pacientes com infecções por dermatófitos, no qual os pacientes foram tratados durante 15 ou 30 dias com 100 mg diários de Itraconazol, a taxa de resposta foi de 93% para o tratamento de Tinea corporis / Tinea cruris durante 15 dias. A resposta ao tratamento em pacientes com Tinea pedis / Tinea manus foi de 85% e 86% em grupos tratados durante 15 e 30 dias, respectivamente. A duração mediana para o início da melhora clínica foi de 7 a 8 dias.1 Um estudo duplo-cego, controlado com placebo utilizando Itraconazol 50 mg demonstrou uma taxa de cura significativamente superior ao placebo. Comparando-se 50 mg e 100 mg administrados diariamente até obter-se a cura clínica em 173 pacientes com 185 locais de infecção (91 casos de Tinea corporis / cruris, 94 casos de Tinea pedis / mannum) observou-se que ambos foram efetivos com resposta = 80% em todos os grupos tratados, sendo que os pacientes recebendo 100 mg diários manifestaram sinais de melhora mais rápido.2 Criptococose Foi descrito o uso de Itraconazol 200 mg duas vezes/dia em 48 pacientes com infecções criptococócicas. Entre os 28 pacientes avaliáveis com meningite criptococócica, 24 tinham AIDS. Dezoito dos 28 pacientes obtiveram resposta completa (resolução clínica e culturas do líquor negativas); seis pacientes tiveram resposta parcial e em quatro a terapia falhou. Respostas parciais ou falhas estavam associadas com falhas de tratamentos antifúngicos prévios, doença grave, baixas concentrações séricas de Itraconazol ou resistência do microrganismo.1 Aspergilose Aspergilose invasiva é mais freqüentemente observada em pacientes imunocomprometidos e está associada com alta morbidade e mortalidade. Em três séries, um total de 54 pacientes com aspergilose invasiva foi tratado com 100 a 400 mg diários de Itraconazol. Praticamente todos os pacientes estavam imunocomprometidos. No geral, 42 pacientes foram considerados curados após o tratamento com Itraconazol.1 Em uma visão geral e experiências utilizando Itraconazol para tratar micoses sistêmicas, 78% dos pacientes (n = 60) diagnosticados com aspergilose invasiva obtiveram melhora através do tratamento com Itraconazol, 53% ficaram curados ou melhoraram significativamente e 25% obtiveram uma melhora moderada, com doses diárias de 200 mg por um período de duração de 4 meses.2 Blastomicose Quarenta e oito pacientes com cultura ou histopatologia com evidência de blastomicose foram tratados com doses diárias de 200 a 400 mg de Itraconazol. O tratamento foi considerado um sucesso em 43 pacientes (89,5%) e teve duração mediana de 6,2 meses.1 Paracoccidioidomicose Entre 51 pacientes tratados com Itraconazol 50 ou 100 mg diários durante 6 a 12 meses, foi observada cura clínica ou significativa melhora dos sintomas em 100% deles.1 Pitiríase versicolor Um estudo envolveu 60 pacientes com pitiríase versicolor, os quais foram escolhidos randomicamente e divididos em 3 grupos de 20 pacientes cada. Fez-se uma avaliação clínica e micológica antes do tratamento e no 7° e 28° dias após o tratamento. Doses de 400 mg/dia durante 3 dias e 200 mg/dia durante 5 dias foram consideradas eficazes para o tratamento da pitiríase versicolor.3 Em um estudo multicêntrico aberto, não comparativo, foram analisados 333 pacientes que receberam duas cápsulas de Itraconazol 100 mg, por via oral, uma vez ao dia durante cinco dias. Os pacientes foram submetidos a avaliações clínica e micológica no pré-tratamento e 30 dias após o término do tratamento. Observou-se cura micológica em 93,7% dos casos.4 Candidíase vaginal Um estudo multicêntrico, simples-cego, randomizado com um grupo paralelo foi realizado utilizando Itraconazol 200 mg duas vezes ao dia em 109 pacientes com candidíase vaginal. A cura micológica após uma semana de tratamento foi alcançada em 74% das pacientes tratadas com Itraconazol. Um número significativamente maior de pacientes preferiu o tratamento com Itraconazol ao tratamento prévio recebido.5 Pacientes com candidíase vulvovaginal aguda micologicamente confirmada (n = 229) foram randomicamente distribuídas para receber: Itraconazol 200 mg duas vezes ao dia durante 1 dia, comparativo oral ou comparativo tópico. Obteve-se cura micológica em 96% das pacientes pertencentes ao grupo Itraconazol, comprovando sua eficácia no tratamento da candidíase vaginal aguda.6 Foram estudadas 101 pacientes portadoras de candidíase vaginal, confirmadas clínica e micologicamente em um estudo multicêntrico aberto, comparativo e ao acaso. A dose de Itraconazol foi 200 mg, duas vezes ao dia, por um dia. No 28° dia, os resultados mostraram que 70% das mulheres no grupo Itraconazol estavam clínica e micologicamente curadas enquanto que no grupo comparativo esta resposta foi de 40%. Considerando-se somente a cura micológica, o percentual foi de 84%.7 Candidíase oral e esofágica Foi estudada a atividade do Itraconazol e de outro agente com atividade antifúngica em 111 pacientes HIV positivos com candidíase oral e esofágica. Os pacientes foram randomicamente distribuídos para receber 200 mg/dia de Itraconazol ou 200 mg de cetoconazol duas vezes/dia durante 28 dias, em um estudo duplo-cego. Após uma semana de tratamento, 75% e 82% dos pacientes recebendo Itraconazol e cetoconazol, respectivamente, responderam clinicamente e após 4 semanas de tratamento esta taxa aumentou para 93% em ambos os grupos.8 Onicomicoses Realizou-se um estudo envolvendo 182 pacientes tratados oralmente com Itraconazol cápsulas duas vezes ao dia. A taxa de cura foi 90,9% em 55 dos pacientes com onicomicoses nas unhas das mãos e 80,3% em 127 pacientes com onicomicoses nas unhas dos pés e ambas ao mesmo tempo. A melhora do aspecto das infecções fúngicas foi de 98% e 96,5% para os pacientes com onicomicoses nos dedos das mãos e dos pés, respectivamente.9 Histoplasmose Realizou-se um estudo com 37 pacientes HIV-negativos com histoplasmose pulmonar crônica (27 pacientes) ou histoplasmose extrapulmonar localizada ou disseminada (10 pacientes). A principal doença de base era a doença pulmonar obstrutiva crônica tratada com doses altas de Sporanox® (200-400 mg diários) durante uma média de 9 meses. O sucesso da terapia foi observado em 81% dos pacientes. Todos os pacientes com a forma disseminada crônica, com envolvimento mediastinal ou nódulo parenquimatoso pulmonar, ou ambos, foram curados.10 A eficácia de Sporanox® foi avaliada em 27 pacientes adicionais portadores de AIDS com histoplasmose disseminada confirmada. Onze pacientes apresentavam reações sorológicas positivas. Os pacientes foram tratados com 200 mg diários (24 pacientes) ou 400 mg diários (3 pacientes) durante 6 meses e aqueles considerados curados após terapia de indução, foram mantidos com 100 mg/dia de Sporanox® como terapia de supressão. Em geral, 85% dos pacientes responderam a terapia.11 Esporotricose Um total de 78 pacientes com esporotricose foi tratado com 100 mg/dia de Itraconazol, durante uma média de 94 dias. A resposta clínica global para os pacientes avaliáveis foi de 100% para o tipo cutâneo (n = 32) e 90% para o tipo linfático (n = 39). Um de dois pacientes com esporotricose disseminada respondeu ao tratamento. Ao final do tratamento as culturas foram negativas em 93% dos pacientes com esporotricose cutânea e em 82% dos pacientes com esporotricose linfática.12
Modo de usar
Para se obter um grau máximo de absorção, Sporanox® deve ser administrado imediatamente após uma refeição. As cápsulas devem ser ingeridas inteiras.
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Uso pediátrico Dados clínicos em pacientes pediátricos são limitados. Sporanox® não deve ser usado em crianças, a menos que os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais (Veja o item “Advertências”).Dados limitados estão disponíveis sobre o uso de Itraconazol em pacientes com insuficiência hepática, este fármaco deve ser administrado com cautela em pacientes desta população. Uso em pacientes com insuficiência renal Dados limitados estão disponíveis sobre o uso oral de Itraconazol em pacientes com insuficiência renal, este fármaco deve ser administrado com cautela em pacientes desta população. Uso em pacientes com insuficiência cardíaca Sporanox® não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva a menos que os benefícios superem os riscos (Veja o item “Advertências”).
Armazenagem
Conservar as embalagens em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegidas da luz e umidade.
Itraconazol – Informações
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? Nas infecções de pele as lesões irão desaparecer completamente apenas em algumas semanas após o término do tratamento. Sporanox® mata o fungo propriamente, mas a lesão desaparece junto com o crescimento da pele sadia. As lesões das unhas desaparecem apenas 6 a 9 meses após o final do tratamento uma vez que Sporanox® apenas mata o fungo, havendo necessidade da unha crescer para a cura ser observada. Portanto, não se preocupe se você não notar melhora durante o tratamento: o medicamento permanecerá na unha por vários meses exercendo seu efeito. POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO? Sporanox® é indicado no tratamento de infecções fúngicas (micoses) dos olhos, boca, unhas, pele, vagina e órgãos internos. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Contra-indicações Não utilize Sporanox®: – se você for alérgico ao Itraconazol ou a qualquer um dos componentes do medicamento; – se você estiver grávida (a menos que seu médico saiba que você está grávida e decida que você precisa tomar Sporanox®);- se você estiver em idade fértil, você deve tomar precauções contraceptivas adequadas para ter certeza que não engravidará enquanto estiver tomando Sporanox®. Como Sporanox® permanece no organismo por algum tempo após o término do tratamento, você deve continuar com as medidas contraceptivas até a próxima menstruação após o final do tratamento com Sporanox® cápsulas; – se você possui insuficiência cardíaca (também chamada de insuficiência cardíaca congestiva ou ICC) Sporanox® pode agravar a doença. Caso seu médico decida que você deva utilizar Sporanox® mesmo que você tenha essa condição, procure auxílio médico imediatamente se você tiver falta de ar, ganho de peso inesperado, inchaço das pernas, fadiga não usual ou começar a acordar durante a noite. Você também não deve utilizar os medicamentos abaixo, enquanto estiver utilizando Sporanox®: – certos medicamentos para alergia, como terfenadina, astemizol e mizolastina; – certos medicamentos utilizados no tratamento de angina (dor no peito em ardência) e pressão alta, chamados bepridil e nisoldipino. – cisaprida, um medicamento utilizado para certos problemas digestivos; – certos medicamentos que reduzem o colesterol (ex.: sinvastatina e lovastatina); – certos comprimidos para dormir (midazolam e triazolam); – pimozida e sertindol, medicamentos para distúrbios psicóticos; – levacetilmetadol, um medicamento usado no tratamento da dependência a opióides; – alcalóides derivados do Ergot, como diidroergotamina e ergotamina, usados no tratamento da enxaqueca; – alcalóides derivados do Ergot, como ergometrina (ergonovina) e metilergometrina (metilergonovina), usada para controle do sangramento e da manutenção da contração uterina após o parto; – certos medicamentos utilizados no tratamento de irregularidades do batimento cardíaco, como quinidina e dofetilida. Advertências Informe seu médico se você estiver usando qualquer outro medicamento, pois o uso em conjunto com alguns medicamentos pode ser prejudicial. Crianças Sporanox® não deve ser usado em crianças, somente em casos excepcionais prescritos pelo médico. Problemas de fígado Você deve informar ao seu médico se possui algum problema de fígado, pois pode ser necessário adaptar a dose de Sporanox®. Você deve parar de tomar Sporanox® e procurar seu médico imediatamente se qualquer dos seguintes sintomas aparecer durante o tratamento com Sporanox®: falta de apetite, náuseas, vômitos, fadiga, dor abdominal ou urina muito escura. Se você estiver tomando Sporanox® continuamente por mais de um mês, seu médico deve acompanhá-lo regularmente através de exames de sangue para controlar as desordens do fígado que, muito raramente, podem ocorrer. Problemas de coração Você deve informar ao seu médico se possui algum problema no coração. Se ele decidir prescrever Sporanox® para você, ele deve lhe fornecer as instruções dos sintomas a serem observados. Você deve informar ao seu médico se apresentar falta de ar, aumento de peso inesperado, inchaço das pernas ou abdome, fadiga não usual, ou se você começar a acordar durante a noite. Problemas de rim Você deve informar ao seu médico se possui algum problema no rim, pois pode ser necessário adaptar a dose de Sporanox®. Se você apresentar qualquer sensação incomum de formigamento, dormência ou fraqueza em suas mãos ou pés enquanto estiver tomando Sporanox®, deve informar ao seu médico imediatamente. Se no passado você apresentou reação alérgica a outro antifúngico, deve informar ao seu médico. Se você for neutropênio (apresentar número de leucócitos neutrófilos sangüíneos abaixo do normal), transplantado ou tiver AIDS, avise seu médico, pois pode ser necessário ajustar a dose de Sporanox®. Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos ou utilizar máquinas
Dizeres legais
DIZERES LEGAIS MS 1.1236.0028 Farmacêutico Responsável: Marcos R. Pereira CRF-SP N° 12304 JANSSEN-CILAG FARMACÊUTICA LTDA. Rodovia Presidente Dutra, km 154 São José dos Campos SP CNPJ: 51.780.468/0002-68 ®Marca Registrada SAC 0800 7011851 www.janssen-cilag.com.br