Princípio ativo: hidroxiuréiaHydrea

          hidroxiuréia

           
500 mg

cápsulas

APRESENTAÇÃO/COMPOSIÇÃO – HYDREA

HYDREA (hidroxiuréia) é apresentado em frascos com 100 cápsulas.

Cada cápsula contém:

hidroxuréia ………………..  500 mg

USO ORAL

INFORMAÇÃO AO PACIENTE – HYDREA

          ··    Cuidados de Armazenamento: este medicamento deve ser guardado dentro da embalagem original, em frasco bem fechado, à temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Evitar calor excessivo.
         
          ··    Prazo de validade: ao adquirir o medicamento confira sempre o prazo de validade impresso na embalagem externa do produto. NUNCA USE MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
         
          ·
·    Gravidez e lactação: informe imediatamente o médico se houver suspeita de gravidez, durante ou após o uso da medicação. HYDREA não deve ser utilizado por gestantes. Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez. A hidroxiuréia é excretada no leite humano. Consulte o médico para decidir entre descontinuar a amamentação ou o tratamento.
?    Cuidados de Administração: siga orientação do seu médico, respeitando sempre o horário, a dose e a duração do tratamento.
         
          · HYDREA atua sobre determinados tipos de afec- ções tumorais, quer isola-damente, quer em associação com radioterapia ou outras drogas antineo-plásicas.  Após administração oral, ocorre rápida absorção, com pico sanguíneo após cerca de duas horas.
         
          ·
·    Interrupção do tratamento: não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. O médico deve ser consultado em caso de alguma dose perdida.
         
          ··    Reações adversas: a ocorrência de reações adversas tais como sintomas gastrintestinais (estomatite, perda de apetite, náusea, vômito, diarréia e constipação) e reações cutâneas (erupção maculopapular e vermelhidão da face) deverá ser relatada ao médico responsável.  O tratamento com este medicamento deverá sempre ser feito sob cuidadosa supervisão médica e exames de sangue periódicos deverão ser realizados para se detectar precocemente qualquer alteração hematológica, como anemia, queda do número de glóbulos brancos ou de plaquetas.
         
          ··    TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
         
          ··    Contra- indicações: HYDREA é contra-indicado em pacientes que apresentam alterações sanguíneas (níveis reduzidos de glóbulos vermelhos, brancos e/ou plaquetas).
         
          ··    Precauções: os pacientes devem ser alertados para manterem uma ingestão adequada de líquidos.
         
          ··    A administração concomitante de HYDREA com outros medica- mentos ou com radioterapia ficará exclusivamente a crité-rio médico.
         
          ··    NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
         

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

DESCRIÇÃO – HYDREA

HYDREA cápsulas contém hidroxiuréia.Ingredientes inativos: fosfato dibásico de sódio, ácido cítrico, estearato de magnésio e lactose.

FARMACOLOGIA CLÍNICA – HYDREA

Mecanismo de Ação

·     Neoplasias

          O mecanismo de ação pelo qual a hidroxiuréia produz seus efeitos antineoplásicos ainda não está perfeitamente descrito. Relatórios de vários estudos em culturas de tecidos, ratos e humanos embasam a hipótese de que a hidroxiuréia provoca uma imediata inibição da síntese de ácido desoxirribonucléico (DNA) agindo como inibidor da ribonucleotídeo redutase, sem interferir na síntese do ácido ribonu- cléico ou da proteína.
         
          ·     Potencialização da Radioterapia
         
          Três mecanismos de ação têm sido postulados para o aumento da eficácia da radioterapia com hidroxiuréia no tratamento do carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço. Estudo in vitro utilizando células de hamster chinês sugerem que a hidroxiuréia (1) é letal para as células na fase- S normalmente radior-resis-tentes, e, (2) mantém outras células do ciclo celular na fase G1 ou fase de pré-síntese de ácido desoxirribonucléico (DNA) quando elas são mais suscetíveis aos efeitos da irradiação. O terceiro mecanismo de ação baseia-se, teoricamente, em estudos in vitro de células HeLa; ao que parece, a hidroxiuréia, pela inibição da síntese do ácido deso-xirri-bonucléico (DNA), impede o processo normal de restabe-lecimento das células atingidas, porém, não destruídas pela irra-diação, diminuindo, desse modo, seus índices de sobrevivência; as sínte-ses de ácido ribonu-cléico (RNA) e de proteína não apresentam alterações.
         

Farmacocinética – HYDREA

No ser humano, após administração oral, a hidroxiuréia é imediatamente absorvida do trato gastrintestinal. A droga alcança concentração sérica máxima em duas horas; por volta de 24 horas a concentração no soro é praticamente indetectável. Aproximadamente 80% de uma dose oral ou intravenosa de 7- 30 mg/kg pode ser recuperada na urina dentro de 12 horas. A hidroxiuréia atravessa a barreira hemato-encefálica.

INDICAÇÕES – HYDREA

Neoplasias
HYDREA é indicada no tratamento de leucemia mielocítica crônica resistente e melanoma.
HYDREA, em associação com radioterapia, é também indicada no tratamento do carcinoma epidermóide primário de cabeça e de pescoço (excluindo os lábios) e carcinoma de colo uterino.

CONTRA-INDICAÇÕES – HYDREA

HYDREA é contra- indicada em pacientes com depressão da medula óssea, i.e., leucopenia  (<2.500 leucócitos/mm3) ou trombocitopenia (< 100.000/mm3) ou anemia grave.

ADVERTÊNCIAS – HYDREA

O tratamento com hidroxiuréia não deve ser iniciado se a função da medula óssea estiver deprimida (vide CONTRA- INDICAÇÕES). HYDREA pode produzir depressão da medula óssea e a leucopenia é, em geral, sua primeira e mais comum manifestação.  Trombocitopenia e anemia ocorrem menos frequentemente e são raramente observadas sem uma leucopenia precedente.  a depressão da medula óssea ocorre mais provavelmente em pacientes que tenham sido submetidos anteriormente à radioterapia ou ao tratamento com agentes quimioterapêuti-cos citotóxicos; HYDREA deve ser usada com cautela em tais pacientes. A recuperação da mielodepressão é rápida quando o tratamento é interrompido.

A anemia grave deve ser corrigida antes do início do tratamento com hidroxiuréia.

Pacientes com anemia falciforme tratados com HYDREA devem ser cuidadosamente observados para evidências de agravamento da anemia.

Anormalidades eritrocíticas: eritropoese megaloblástica, auto- limitante, é frequentemente observada no início do tratamento com HYDREA-.  A alteração morfológica assemelha-se à encontrada na anemia perniciosa, porém não está relacionada à deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. A hidroxiuréia também pode retardar o “clearance” de ferro plasmático e reduzir a proporção de ferro utilizada pelos eritrócitos, porém não parece alterar o tempo de sobrevida dos glóbulos verme-lhos.

Pacientes que tenham recebido radioterapia anterior podem sofrer exacerbação de eritema pós- irradiação quando tratados com HYDREA.

A hidroxiuréia deve ser usada com precaução em pacientes com disfunção renal significativa.

Pacientes com idade avançada podem ser mais sensíveis aos efeitos da hidroxiuréia e podem necessitar regime terapêutico com dosagens mais baixas.

Relata- se leucemia secudária em pacientes tratados a longo prazo com hidroxiuréia para desordens mieloproliferativas, tais como policitemia vera e trombocitopenia. Não se sabe se o efeito leucemogênico é secundário à hidroxiuréia ou associada com a doença de base do paciente.

Uso em Gestantes

HYDREA é um reconhecido agente teratogênico em animais. Não há estudos adequados e bem- controlados em mulheres grávidas. Se HYDREA for utilizada durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto sob terapia com a hidroxiuréia, a paciente deve ser notificada a respeito dos riscos potenciais para o feto. Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar a gravidez.

PRECAUÇÕES – HYDREA

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade

Drogas que afetam a síntese de DNA, tais como a hidroxiuréia, podem ser potencialmente mutagênicas e este fato deve ser considerado antes de sua administração em pacientes tanto do sexo masculino como do feminino que desejam a concepção.Relata- se leucemia secundária em pacientes recebendo terapia a longo prazo com hidroxiuréia para desordens mieloproliferativas (vide ADVERTÊNCIAS).

Gravidez

Vide ADVERTÊNCIAS.

Lactação

A hidroxiuréia é excretada no leite humano. Devido ao potencial da hidroxiuréia em causar reações adversas sérias em lactentes, deve- se decidir entre descontinuar a amamentação ou o tratamento, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia de HYDREA em crianças não foram estabelecidas.

Dirigir / operar máquinas

O efeito de HYDREA para quem dirige ou opera maquinário não foi estudado. Como a hidroxiuréia pode provocar torpor e outros efeitos neurológicos (vide REAÇÕES ADVERSAS – Neurológicas), a vigília pode estar prejudicada.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – HYDREA

O uso simultâneo de hidroxiuréia e outros agentes mielodepressores ou radioterapia pode aumentar a probabilidade de ocorrência de depressão da medula óssea ou outras reações adversas (vide ADVERTÊNCIAS e REAÇÕES ADVERSAS).

Como a hidroxiuréia pode aumentar o nível sérico de ácido úrico, pode ser necessário o ajuste da dosagem de medicamentos uricosúricos.

Estudos in vitro mostram um aumento significativo na atividade citotóxica da citarabina em células tratadas com a hidroxiuréia. Não se sabe se esta interação pode levar a uma toxicidade sinergística ou se há necessidade de modificar as doses de citarabina.

REAÇÕES ADVERSAS – HYDREA

Hematológicas

depressão da medula óssea (leucopenia, anemia e trombocitopenia ) (vide ADVERTÊNCIAS).

Gastrintestinais

estomatite, anorexia, náusea, vômitos, diarréia e constipação.

Dermatológicas

Erupções maculopapulares, eritema facial e periférico e ulceração da pele.Observa- se hiperpigmentação, eritema, atrofia da pele e unhas, descamação, pápulas violáceas e alopécia em alguns pacientes após vários anos de terapia de manutenção diária (longa duração) com a hidroxiuréia. Alopécia ocorre raramente. Câncer de pele tem sido raramente observado.

Neurológicas

Letargia;raros casos de cefaléia, tontura, desorientação, alucinações e convulsões.

Renais

Níveis séricos de ácido úrico, uréia e creatinina aumentados. Raros casos de disúria.

Outras
Febre, calafrios, mal- estar, astenia e elevação de enzimas hepáticas. Casos raros de reações pulmonares agudas  (infiltrados pulmonares difusos, fibrose e dispnéia).

Reações adversas que resultaram em suspensão da hidroxiuréia em um estudo envolvendo pacientes com anemia falciforme incluíram um caso de disfunção renal aguda, um de hepatite fulminante e dois envolvendo mielotoxicidades.

Associação de Hidroxiuréia e Radioterapia

As reações adversas observadas com o tratamento associado entre HYDREA e radioterapia foram semelhantes àquelas relatadas com o uso da hidroxiuréia- isoladamente, principalmente depressão da medula óssea (leucopenia e anemia) e irritação gástrica. Quase todos os pacientes recebendo um curso adequado de tratamento com a associação de hidroxiuréia e radioterapia irão desenvolver leucopenia. Queda da contagem de plaquetas (<100.000/mm3) tem ocorrido raramente e usualmente na presença de leucopenia acentuada.  HYDREA pode potencializar algumas reações adversas normalmente relatadas com a radioterapia isolada, tais como desconforto gástrico e mucosite

POSOLOGIA – HYDREA

Regimes posológicos no tratamento de neoplasias devem ser baseados no peso real ou ideal do paciente, levando- se em conta o menor valor.

Tumores Sólidos

          Terapêutica intermitente:
80 mg/kg administrados por via oral como dose única a cada três dias.
         
          Terapêutica contínua:
20 – 30 mg/kg administrados por via oral em dose única diária.
         
          O esquema de dosagem intermitente oferece a vantagem de reduzir a toxicidade; (p. ex.: depressão da medula óssea).
         
          Terapêutica concomitante com irradiação (Carcinoma de cabeça e pescoço, e colo uterino):
80 mg/kg administrados por via oral em dose única a cada três dias.
         
          A administração de HYDREA deve ser iniciada no mínimo sete dias antes do começo da irradiação e continuada durante a radioterapia e daí em diante, indefinidamente, contanto que o paciente possa ser mantido sob observação adequada e não evidencie nenhuma reação incomum ou grave.
         
Leucemia Mielocítica Crônica Resistente

          Terapêutica contínua:
20- 30 mg/kg administrado por via oral como uma dose única diária.
         
          Um período adequado de estudo para a determinação da eficácia de HYDREA é de 6 semanas. Se houver resposta clínica aceitável, deve- se continuar o tratamento indefinidamente.  O tratamento deve ser interrompido se o número de leucócitos diminuir para menos de 2.500/mm3, ou a contagem de plaquetas for inferior a 100.000/mm3.  Nestes casos, as contagens devem ser reavaliadas após 3 dias, e a terapêutica reiniciada quando a contagem voltar a valores normais. A recuperação hematopoética é, geralmente, rápida.  Se não ocorrer recuperação imediata durante o tratamento associado entre hidroxiuréia e a radioterapia, esta última também pode ser interrompida. A anemia, mesmo se grave, pode ser controlada sem interrupção da terapia com HYDREA.
         
          HYDREA deve ser administrada cuidadosamente em pacientes que tenham recebido recentemente radioterapia extensa ou quimioterapia com outras drogas citotóxicas.
         
          Dor ou desconforto proveniente da inflamação das mucosas no local irradiado (mucosite) são usualmente controlados por medidas, tais como anestésicos tópicos e analgésicos administrados por via oral.  Se a reação for grave, o tratamento com HYDREA pode ser temporariamente interrompido; se for extremamente grave, deve- se, além disso, adiar temporariamente a dosagem da irradiação.
         
          Alterações gástricas sérias, tais com náusea, vômitos e anorexia, resultado do tratamento associado, podem ser habitualmente controladas pela interrupção temporária da administração de HYDREA.
         
Ajuste de dose

          O uso de HYDREA em associação com outros agentes mielodepressores pode necessitar de ajuste de dose.
         

INSTRUÇÕES DE USO – HYDREA

Se o paciente preferir ou for incapaz de deglutir cápsulas, o conteúdo da cápsula pode ser transferido para um copo de água e ingerido imediatamente.  Algum componente inerte usado como veículo na cápsula pode não se dissolver e assim, flutuar na superfície.

Os pacientes que tomam o medicamento, transferindo o seu conteúdo para um copo com água devem ser avisados de que se trata de um fármaco potente que deve ser manipulado com cuidado. Os pacientes devem ser alertados para não permitir que o pó entre em contato com a pele e mucosas, evitando inclusive a inalação do pó quando da abertura da cápsula. Se o pó se esparramar, deve ser imediatamente limpo com uma toalha úmida e desprezado, assim como as cápsulas vazias. O medicamento, principalmente as cápsulas abertas, devem ser mantidas longe do alcance das crianças e de animais de estimação.

Procedimentos para o manuseio e dispensação adequados de drogas antineoplásicas devem ser consideradas. Diversos guias sobre este assunto foram publicados1- 7. Não há concordância geral de que todos os procedimentos recomendados nestes guias são necessários ou apropriados.

SUPERDOSE – HYDREA

Relata- se toxicidade mucocutânea aguda em pacientes que recebem doses várias vezes superiores à dose terapêutica. Observa-se irritabilidade, eritema violáceo, edema das palmas das mãos e sola dos pés seguida de descamação dos mesmos. Hiperpigmentação grave generalizada da pele e estomatite também têm sido observados.

CONSERVAÇÃO – HYDREA


HYDREA deve ser guardado a temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC); evitar calor excessivo. Manter o frasco bem fechado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – HYDREA

          1.    U.S. Public Health Service, National Institutes of Health Recommendations for the safe Handling of Parenteral Antineoplastic Drugs, 1983, NIH Publication No. 83- 2621.  For sale by the Superintendent of Documents, US Government Printing Office, Washington, DC 20402.
         
          2.    AMA Council on Scientific Affairs.  Guidelines for Handling Parenteral Antineoplastics.  JAMA, 253 (11) : 1590- 1592, 1985.
         
          3.    National Study Commission on Cytotoxic Exposure : Recommendations for Handling Cytotoxic Agents 1987.  Available from Louis P. Jeffrey, Sc. D., Chairman, National Study Commission on Cytotoxic Exposure, Massachussetts, College of Pharmacy and Allied Health Sciences, 179 Longwood Avenue, Boston, Massachussetts 02115.
         
          4.    Clinical Oncological Society of Australia.  Guidelines and Recommendations for Safe Handling of Antineoplastic Agents.  Med. J. Australia, 1 : 426- 428, 1983.
         
          5.    Jones, R. B., Frank, R., Mass, T.  Safe handling of chemotherapeutic agents : a report from the Mount Sinai Medical Cemter.  CA- A Cancer Journal for Clinicians, 33 : 258-263, 1983.
         
          6.    American Society of Hospital Pharmacists Technical Bulletin on Handling Cytotoxic and Hazardous Drugs.  Am. J. Hosp. Pharm., 47 : 1033- 1049, 1990.
         
          7.    OSHA Work- Practice Guidelines for Personnel Dealing with Cytotoxic (Antineoplastic) Drugs.  Am. J. Hosp. Pharm., 43: 1193-1204, 1986.
         

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

LABORATÓRIO

B-MS

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