Princípio ativo: escitalopram
Exodus
EXODUS
Oxalato de escitalopram
Comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES – EXODUS
Comprimidos revestidos de 10 mg. Embalagens com 7,15 e 30 comprimidos revestidos.
COMPOSIÇÃO – EXODUS
Cada comprimido revestido de EXODUS contém:
Oxalato de escitalopram………………………………………………………………………………12,77 mg
(equivalente a 10,00 mg de escitalopram).
Excipientes: celulose microcristalina, amido, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, lactose monoidratada, talco, dióxido de titânio, álcool polivinílico e macrogol.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE – EXODUS
Ação esperada do medicamento
EXODUS é um medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que é uma classe do grupo dos antidepressivos. EXODUS é o mais seletivo ISRS, e age no cérebro, onde corrige as concentrações inadequadas de deter minadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causam os sintomas na situação de doença.
Indicações do medicamento
EXODUS é indicado para tratar a depressão, com melhora dos sintomas de ansiedade relacionados a esta e, após a melhora, para prevenir a recorrência dos episódios depressivos. Tratar o transtorno do pânico, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e o transtorno de ansiedade social, que também é chamado de fobia social.
Cuidados de armazenamento
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. O medicamento deve ser armazenado na embalagem original até sua total utilização.
Prazo de validade
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação. Não utilize o medicamento após o vencimento do prazo de validade, pois pode ser prejudicial à saúde.
Gravidez e lactação
O uso de EXODUS durante a gravidez poderá resultar em distúrbios neurológicos e compor- tamentais no recém-nascido.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Cuidados de administração
Os comprimidos de EXODUS são administrados por via oral, uma única vez ao dia. Os comprimidos de EXODUS podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Preferencialmente tomar sempre no mesmo horário. Engolir os comprimidos com água, sem mastigá- los.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento
Como ocorre com outros medicamentos para depressão e transtorno de pânico, a ação do medicamento demora algumas semanas para ser percebida.
Nunca trocar a dose do medicamento sem antes falar com seu médico.
A duração do tratamento é individual e usualmente o período mínimo é de 6 meses. Você deve continuar a tomar seus medicamentos pelo período recomendado e não deve interromper o uso do medicamento sem a orientação médica, mesmo se sentir uma melho ra. Apesar do tratamento e da melhora que o acompanha, a doença persiste por um longo período e, se o tratamento for interrompido antes do momento correto, os sintomas podem retornar.
Pacientes que tem depressão recorrente se beneficiam de tratamento continuado, às vezes por vários anos, para a prevenção de novos episódios.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Reações adversas
Como ocorre com qualquer medicamento, EXODUS pode causar efeitos adversos em algumas pessoas durante o tratamento. Os efeitos adversos observados com EXODUS são em geral leves e transitórios. Quando ocorrem, são mais frequentes durante a primeira ou segunda semana de uso e, geralmente, diminuem de intensidade e frequência no decorrer do tratamento.
EXODUS não compromete a função intelectual nem a motora, e apresenta pouca ou nenhuma propriedade sedativa, seja sozinho ou em associação com álcool.
O efeito adverso mais comum com o uso de EXODUS é o enjôo, que na maioria dos casos desaparece até o final das duas primeiras semanas de uso.
Outros efeitos adversos possíveis com o uso de EXODUS são: sinusite (nariz congestionado ou com coriza), diminuição do apetite, dificuldade para adormecer, sonolência, tonturas, bocejos, diarréia, constipação intestinal, sudorese aumentada, perturbações sexuais (demora na ejaculação, problemas de ereção, diminuição da libido; mulheres podem ter dificuldade em atingir orgasmo), cansaço, febre.
Alguns efeitos adversos são muito raros e podem acontecer com os ISRSs, classe à qual EXODUS pertence.
Se surgirem os sintomas descritos a seguir, o uso de EXODUS deverá ser interrompido e o médico deverá ser contatado imediatamente:
– sensação de mal estar com fraqueza muscular e confusão mental podem ser sinais de uma condição rara denominada hiponatremia (concentração anormal de sódio no sangue) que pode ser desencadeada pelo uso de ISRS, especialmente em mulheres idosas;
– febre alta, agitação, confusão, contrações musculares abruptas e tremores podem ser sinais de uma condição rara denominada síndrome serotoninérgica que pode ocorrer com o uso de diferentes antidepressivos.
INFORME SEU MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES DESAGRADÁVEIS.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Alguns medicamentos podem afetar a ação de outros, e isso pode causar sérias reações adversas.
Comunicar ao seu médico todos os medicamentos que estiver utilizando ou que tenha feito uso nos 14 dias prévios ao início do tratamento com EXODUS (mesmo aqueles sem necessidade de receita controlada), inclusive outros medicamentos para depressão (Ver Contra- indicações).
EXODUS e os medicamentos abaixo devem ser associados com orientação médica:
– Carbonato de lítio e triptofano: se apresentar febre alta, contrações musculares abruptas, agitação e confusão mental, contatar imediatamente seu médico;
– Selegi lina: a dose de selegilina, que é um tipo de IMAO (seletivo para MAO B), não deve ultrapassar 10 mg/dia;
– Imipramina e desipramina (ambos utilizados para tratar depressão) e metoprolol (utilizado para doenças cardiovasculares) são eliminados mais lentamente quando administrados junto com EXODUS, levando a um aumento das quantidades de imipra mina, desipramina e metoprolol no organismo;
– Erva de São João (Hypericum perforatum): o uso associado a EXODUS pode aumentar o risco de efeitos adversos;
– Sumatriptano e similares: há risco de surgimento de efeitos adversos; se apresentar efeito adverso incomum, contatar seu médico;
– Cimetidina e omeprazol: quando utilizados em conjunto com EXODUS podem causar aumento dos níveis sanguíneos de EXODUS;
– Medicamentos que alteram a função plaquetária: risco um pouco aumentado de sangramentos anormais;
– Anti-coagulantes orais: a eficácia dos anti-coagulantes orais pode ser alterada. O tempo de coagulação deverá ser avaliado quando EXODUS for introduzido ou descontinuado, para verificar se a dose do anti-coagulante está adequada.
EXODUS não potencializa os efeitos do álcool. Apesar de não haver interação, recomenda- se não ingerir álcool durante o tratamento com EXODUS.
Contra- indicações e precauções
Não tomar EXODUS se você for alérgico a qualquer um dos componentes mencionados anteriormente (ver Composição).
Não tomar escitalopram se estiver em uso de medicamentos conhecidos como inibidores da monoaminoxidase (IMAO). Os IMAOs (selegilina, fenelzina, tranilcipromina, moclobemida) são medicamentos também utilizados para o tratamento da depressão. Mesmo que o tratamento com um IMAO tenha terminado, deve- se esperar um período de duas semanas antes de começar a usar escitalopram, se foi feito uso de selegilina, fenelzina, tranilcipromina, e um período de um dia se foi utilizada a moclobemida.
Após a interrupção do uso de EXODUS, deve- se esperar uma semana antes de iniciar o uso de um IMAO.
Este medicamento é contra- indicado para crianças.
Avisar ao seu médico se teve ou tem algum problema de saúde, principalmente:
doença hepática grave, doença renal grave, diabetes (pode ser necessário um ajuste da terapia antidiabética), epilepsia (ou história de convulsões ou ataques) ou algum tipo de transtorno de coagulação ou sangramento.
Pacientes com transtorno bipolar do humor em depressão, ao fazer uso de antidepressivos, podem apresentar uma virada maníaca. Nesses casos, interromper o uso de escitalopram e procurar orientação médica para verificar a necessidade de alterações no tratamento.
Após o uso de um ISRS, como EXODUS, por um tempo prolongado, a retirada do medicamento deve ser gradual ao longo de uma a duas semanas, para evitar a ocorrência de sintomas desagradáveis conhecidos como sintomas de descontinuação (tontura, sensação de dormência e fraqueza muscular, tremor, ansiedade, enjôo e palpitações). Os sintomas de descontinuação podem ocorrem em alguns casos se a retirada do medicamento for abrupta. Esses sintomas não são indicativos de dependência.
A possibilidade de tentativa de suicídio pode estar associada à depressão, e pode persistir até que a doença esteja tratada. Pacientes potencialmente suicidas não devem ter acesso a grandes quantidades de medicamentos.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
Não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS – EXODUS
CARACTERÍSTICAS – EXODUS
Propriedades farmacodinâmicas
O escitalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5- HT). A inibição da recaptação de 5-HT é o único mecanismo de ação provável que explica os efeitos farmacológicos e clínicos do escitalopram.
O escitalopram não apresenta afinidade, ou esta é muito baixa, pelos receptores 5- HT1A, 5-HT2, DA D1 e D2, histamínicos H1, adrenérgicos alfa1-, alfa2- e beta, colinérgicos muscarínicos, benzodiazepínicos e opióides.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: a absorção é quase completa e independe da ingestão de alimentos. O tempo necessário para se obter a concentração máxima (Tmáx) é de 4 horas após doses múltiplas. A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 80%.
Distribuição: o volume de distribuição aparente (Vd,ß/F) é de cerca de 12 a 26 L/Kg, após a administração oral. É esperado que a ligação às proteínas plasmáticas seja menor que 80% para o escitalopram e seus principais metabólitos.
Biotransformação: o escitalopram é metabolizado no fígado em derivados desmetilados e didesmetilados. Ambos são farmacologicamente ativos. Alternativamente, o nitrogênio pode ser oxidado para formar o metabólito N- óxido. Tanto o composto original como os metabólitos são parcialmente excretados como glicuronídeos. Após a administração de múltiplas doses, as concentrações médias dos metabólitos desmetilados e didesmetilados geralmente são, respectivamente 28-31% e < 5% da concentração de escitalopram. A biotransformação do escitalopram no metabólito desmetilado é mediada prioritariamente pelo CYP2C19. É possível alguma contribuição das enzimas CYP3A4 e CYP2D6.
Eliminação: a meia- vida de eliminação (T½ß) após doses múltiplas é de cerca de 30 horas, e a depuração plasmática oral (clearance oral) é de aproximadamente 0,6 L/min.
Os principais metabólitos têm uma meia- vida consideravelmente mais longa.
Assume- se que o escitalopram e seus principais metabólitos são eliminados tanto pela via hepática (metabólica) como pela renal, com a maior parte da dose excretada na forma de metabólitos na urina.
A farmacocinética é linear. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são alcançados em aproximadamente 1 semana. As concentrações médias em equilíbrio de 50 nmol/L (variação de 20 a 125 nmol/L) são alcançadas com uma dose diária de 10 mg.
Pacientes idosos (> 65 anos): em pacientes idosos, o escitalopram aparentemente é eliminado mais lentamente, quando comparado aos indivíduos mais jovens. A exposição sistêmica (AUC) é aproximadamente 50% maior em idosos, em comparação a pacientes mais jovens. (ver Posologia).
Função hepática reduzida: o escitalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com a função hepática reduzida. Em pacientes com alterações da função hepática leve e moderada, a meia- vida do escitalopram foi aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações em equilíbrio foram em média 60% maiores quando comparados a pacientes com função hepática normal. A farmacocinética dos metabólitos não foi estudada nessa população (ver Posologia).
Função renal reduzida: em pacientes com função renal reduzida (clearance de creatinina entre 10- 53 mL/min), foram observados um aumento das meias-vidas e um menor aumento na exposição (AUC). As concentrações plasmáticas dos metabólitos não foram estudadas, porém devem estar elevadas (ver Posologia).
Polimorfismo: foi observado que os pacientes com problemas de metabolização na isoenzima CYP2C19, denominados metabolizadores pobres da CYP2C19, apresentam uma concentração plasmática de escitalopram duas vezes maior. Nenhuma mudança significativa na exposição foi observada nos pacientes com problemas de metabolização na isoenzima CYP2D6 (metabolizadores pobres CYP2D6) (ver Posologia).
RESULTADOS DE EFICÁCIA – EXODUS
Estudos em animais: em estudos toxicológicos comparativos em ratos, o escitalopram e o citalopram causaram toxicidade cardíaca, inclusive falência cardíaca, após algumas semanas de tratamento com doses que causavam toxicidade generalizada. A cardiotoxicidade parece estar mais relacionada aos picos de concentrações plasmáticas do que à exposição sistêmica AUC (área sobre a curva). Os picos de concentrações plasmáticas nos quais ainda não se observavam efeitos eram aproximadamente 8 vezes maiores do que os clinicamente observados, enquanto a AUC, para o escitalopram, estava apenas 3 a 4 vezes maior que a observada durante o uso clínico. Na avaliação do citalopram (mistura racêmica), os valores da AUC para o S- enantiômero (escitalopram) foram 6 a 7 vezes maiores que os valores clinicamente observados. Estes achados estão provavelmente relacionados a uma influência exagerada sobre as aminas biogênicas, isto é, são secundários aos efeitos farmacológicos primários. A experiência clínica com o citalopram, e os dados disponíveis para o escitalopram, não indicam que estes achados tenham correlação clínica.
Foi observado um aumento dos fosfolipídios em alguns tecidos, como os pulmões, testículos e fígado, após o tratamento por períodos mais prolongados com escitalopram e citalopram. O efeito é reversível após o término do tratamento. A acumulação de fosfolipídios (fosfolipidose) em animais tem sido observada e relacionada a muitos medicamentos anfifílicos catiônicos. Não se sabe se este fato possui algum significado clínico relevante para o homem. Em estudos toxicológicos de desenvolvimento no rato (reprodução), com o citalopram e escitalopram, foram observados efeitos embriotóxicos, em exposições AUC excessivas às encontradas no uso clínico, porém não foi observado um aumento na frequência de malformações. Estudos peri e pós- natal apresentaram uma diminuição da sobrevivência durante o período de lactação, em exposições AUC excessivas às exposições observadas clinicamente.
Estudos em humanos
Depressão: em um estudo de dose fixa, placebo- controlado, duplo-cego, de 8 semanas de duração, o escitalopram apresentou taxas de resposta e de remissão significativamente maiores que o placebo (55,3% contra 41,8%; p=0,01 e 47,3% contra 34,9%, respectivamente)1. Em outro estudo de dose fixa, duplo-cego, placebo controlado, de 8 semanas, os pacientes foram tratados com escitalopram 10 mg/dia (n=118), escitalopram 20 mg/dia (n=123), citalopram 40 mg/dia (n=125) ou placebo (n=119)2. As doses de 10 e 20 mg/dia de escitalopram foram significativamente melhores do que o placebo, na redução da pontuação na Escala de Depressão de Montgomery Asberg (MADRS) a partir da 2ª semana de tratamento (p<0,05 nas semanas 2 e 4; p<0,01 nas semanas 6 e 8)2. Um resultado semelhante foi obtido usando a Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton (HAM) e nas medidas de melhora e gravidade da Impressão Clínica Global (CGI). Na Impressão Clínica Global de Melhora (CGI-I), uma superioridade significativa do escitalopram sobre o placebo já foi vista a partir da 1ª semana para a dose de 10 mg/dia e a partir da 2ª semana para a dose de 20 mg/dia2. Na escala de Hamilton – 24 itens (HAM-D), o escitalopram na dose de 20 mg/dia foi significativamente superior ao citalopram na dose de 40 mg/dia ao final do estudo. Estes resultados sugerem que o escitalopram está associado a uma melhora precoce dos sintomas depressivos2. A taxa de remissão foi significativamente maior para o escitalopram 10 mg/dia (40%) e 20 mg/dia(41%), do que para o placebo (24%)2. A taxa geral de abandono no estudo foi de 24%, sem diferenças significativas entre os grupos que receberam escitalopram 10 mg/dia (20%), escitalopram 20 mg/dia (25%), citalopram 40 mg/dia (25%) ou placebo (25%)2.
1) Wade A et al. Escitalopram 10 mg- day is Effective and Well Tolerated in a Placebo-Controlled Study in Depression in Primary Care. Int Clin Psychopharmacol 2002, 17:95-102.
2) Burke WJ et al. Fixed- Dose Trial of the Single Isomer SSRI Escitalopram in Depressed Outpatients. J Clin Psychiatry 2002; 63(4):331-336.
Depressão grave: na análise unificada de eficácia, o escitalopram produziu efeitos rápidos e duradouros num subgrupo de pacientes com depressão grave (pontuação inicial na MADRS maior ou igual a 30). O escitalopram proporcionou uma redução estatisticamente significativa dos sintomas já a partir da 1ª semana de tratamento, em comparação ao placebo (análise LOCF), e mostrou- se significativamente superior ao placebo ao longo de todo o estudo, exceto na 2ª semana, onde apresentou, no entanto, superioridade numérica (p = 0,07)1.
1) Gorman JM et al. Efficacy Comparison of Escitalopram and Citalopram in the Treatment of Major Depressive Disorder: Pooled Analysis of Placebo- Controlled Trials. CNS Spectrums 2002; 7:40-44.
Transtorno do pânico com ou sem agorafobia: um total de 366 pacientes foram randomizados (placebo n=114, citalopram n=112 e escitalopram n=125) em um estudo duplo- cego de 10 semanas1. No grupo tratado com escitalopram, a diminuição da frequência de ataques de pânico na semana 101, em comparação ao início (aferida pela Escala Modificada de Pânico e Ansiedade Antecipatória de Sheehan), foi significativamente superior ao placebo (p=0,04), bem como a diminuição do percentual de horas diárias de ansiedade antecipatória1.
O escitalopram e o citalopram reduziram significativamente a gravidade e os sintomas do transtorno do pânico, em comparação ao placebo, ao final do estudo (p≤0,05). Os índices de descontinuação por efeitos adversos foram de 6,3% para o escitalopram, 8,4% para o citalopram e 7,6% para o placebo.
1) Stahl S, Gergel I, Li D. Escitalopram in the Treatment of Panic Disorder. A Randomized, Double- Blind, Placebo-Controlled Trial; J Clin Psychiatry. 2003, 64(11):1322-1327.
Prevenção de recaídas na depressão: em um estudo de extensão de 36 semanas, multicêntrico, duplo- cego, com doses flexíveis do escitalopram 10-20 mg/dia (n=181) e placebo (n=93), realizado com pacientes respondedores (MADRS menor ou igual a 12) que rea li zaram um estudo prévio duplo-cego de 8 semanas, o tempo para recaída foi significativamente maior para o grupo escitalopram (p=0,13) e o número total de pacientes que recaíram foi significativamente menor para o grupo escitalopram (26% escitalopram contra 40% placebo; p=0,01). Neste estudo, o escitalopram se mostrou eficaz na prevenção de recaídas e proporcionou melhora continuada no tratamento de manutenção da depressão1.
1) Rapaport MH et al. Escitalopram Continuation Treatment Prevents Relapse of Depressive Episodes. J Clin Psychiatry, 2004. 65(1):44- 49.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): em um estudo de 8 semanas, multicêntrico, com doses flexíveis, placebo- controlado, comparou-se o escitalopram 10 a 20mg/dia (n=158) ao placebo (n=157) em pacientes ambulatoriais entre 18 e 80 anos de idade, que preenchiam os critérios do DSM-IV para TAG e apresentavam pontuação maior ou igual a 18 na escala de Avaliação de Hamilton para Ansiedade (HAM-A). O grupo tratado com o escitalopram demonstrou uma melhora significativamente maior, quando comparado ao placebo, na pontuação total da HAM-A e também na pontuação da subscala de ansiedade psíquica da HAM-A desde a 1ª semana até o final do estudo. Ao final do estudo, as variações na pontuação total da HAM-A foram de -11,3 para o escitalopram e -7,4 para o placebo (LOCF; p<0,001). O índice de resposta para os que completaram o estudo, na semana 8, foi de 68% para o escitalopram e de 41% para o placebo (p<0,01) e de 58% (escitalopram) e 38% (placebo) na avaliação LOCF (p<0,01).
O tratamento com o escitalopram foi bem tolerado, com índice de descontinuação por efeitos adversos sem diferença estatística em comparação ao do placebo (8,9% contra 5,1%, respectivamente, p=0,27). O escitalopram foi efetivo, seguro e bem tolerado no tratamento de pacientes com TAG.
1) Davidson JRT, Bose A, Korotzer A, Zheng H. Escitalopram in the treatment of generalized anxiety disorder: double- blind, placebo controlled, flexible-dose study. Depression and Anxiety 2004, 19:234–240.
Transtorno de ansiedade social (fobia social): em um estudo de estabelecimento de dose, tanto em 12 semanas (curto prazo) como em 24 semanas (longo prazo), o escitalopram mostrou- se eficaz e bem tolerado nas doses de 5, 10 e 20 mg/dia para o tratamento do transtorno de ansiedade social1. Em um outro estudo, duplo-cego, pacientes com transtorno de ansiedade social foram randomizados para receber placebo (n=177) ou escitalopram na dose de 10 a 20 mg/dia (n=181), por 12 semanas. A medida primária de eficácia foi a mudança média desde o início na pontuação total da escala de Liebowitz para Ansiedade Social (LSAS). O estudo mostrou uma superioridade estatística para o tratamento com o escitalopram em comparação ao placebo na pontuação total da LSAS (p=0,005). O número de respondedores ao tratamento no grupo escitalopram foi significativamente maior do que no grupo placebo (54% contra 39%; p<0,01). A relevância clínica destes achados foi corroborada pela redução significativa nos componentes relacionados ao trabalho e às questões sociais na escala de Sheehan de Desadaptação e pela boa tolerabilidade ao tratamento com o escitalopram2. Escitalopram foi eficaz e bem tolerado no tratamento do transtorno de ansiedade social1,2.
1) Lader M, Stender K, Burger V, Nil R. Efficacy and Tolerability of Escitalopram in 12- and 24-Week Treatment of Social Anxiety Disorder: Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled, Fixed-Dose Study. Depression and Anxiety 2004, 19:241-248.
2) Kasper S, Stain D, Loft H, Nil R. Escitalopram in the treatment of social anxiety disorder. Randomized, placebo controlled, flexible dosage study. British Journal of Psychiatry 2005, 186: 222- 226.
INDICAÇÕES – EXODUS
EXODUS é indicado no:
– Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão;
– Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia;
– Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG);
– Tratamento do transtorno de ansiedade social (Fobia social).
CONTRA-INDICAÇÕES – EXODUS
EXODUS é contra- indicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao escitalopram ou a qualquer um de seus componentes (ver Composição).
O tratamento concomitante com IMAOS (inibidores da monoaminoxidase) é contraindicado (ver Interações medicamentosas).
Este medicamento é contra- indicado em crianças.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS – EXODUS
As seguintes advertências e precauções aplicam- se à classe terapêutica dos ISRSs (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina):
Ansiedade Paradoxal: alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade intensificados no início do tratamento com antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente desaparece ao longo das duas primeiras semanas do tratamento. Aconselha- se iniciar o tratamento com uma dose baixa para reduzir a probabilidade de um efeito ansiogênico paradoxal (ver Posologia).
Convulsões: descontinuar o medicamento em qualquer paciente que apresente convulsões. Evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia instável e monitorar os pacientes com epilepsia controlada, sob orientação médica. Descontinuar o uso dos ISRSs caso haja um aumento na frequência das convulsões.
Mania: utilizar os ISRSs com acompanhamento médico frequente em pacientes com um histórico de transtorno bipolar do humor, mania ou hipomania. Descontinuar os ISRSs em qualquer paciente que apresente uma fase maníaca.
Hiponatremia: hiponatremia, provavelmente relacionada à secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), foi relatada como efeito adverso raro com o uso de ISRSs. Quando ocorre, geralmente é resolvida somente com a descontinuação do tratamento. Deve- se ter cautela com pacientes de risco, como idosos (principalmente mulheres idosas), cirróticos ou pacientes em uso concomitante de medicamentos que sabidamente podem causar hiponatremia.
Diabetes: em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico, possivelmente devido à melhora dos sintomas depressivos. Pode ser necessário um ajuste na dose de insulina e/ou hipoglicemiantes orais em uso.
Suicídio: a possibilidade de tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que ocorra a remissão. Pacientes potencialmente suicidas não devem ter acesso a grandes quantidades de medicamentos. Pacientes em tratamento com EXODUS devem ser monitorados no início do tratamento devido à possibilidade de tentativa de suicídio, principalmente se o paciente possui pensamentos ou comportamento suicidas ou se já os apresentou em outros episódios. Esta precaução também deverá ser observada no tratamento de outros distúrbios psiquiátricos devido a possibilidade de co- morbidade com depressão maior.
Hemorragia: há relatos de sangramentos cutâneos anormais, tais como equimoses e púrpura, com o uso dos ISRSs. Recomenda- se seguir a orientação do médico no caso de pacientes em tratamento com ISRSs concomitante com medicamentos conhecidos por afetar a função de plaquetas (por exemplo: anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazinas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, aspirina, medicamentos antiinflamatórios não esteróides – AINEs, ticlopidina e dipiridamol) e em pacientes com conhecida tendência a sangramentos.
Eletroconvulsoterapia (ECT): a experiência clínica no uso combinado de ISRSs e ECT é limitada, portanto recomenda- se cautela.
Erva de São João: a utilização concomitante de ISRSs e produtos fitoterápicos contendo Erva de São João (Hypericum perforatum) pode resultar no aumento da incidência de reações adversas (ver Interações medicamentosas).
Sintomas de Descontinuação: ao interromper o tratamento com EXODUS, reduzir gradualmente a dose durante um período de uma ou duas semanas para evitar possíveis sintomas de descontinuação (ver Posologia).
Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas: o escitalopram não compromete a função intelectual ou o desempenho psicomotor. No entanto, conforme ocorre com outras drogas psicotrópicas, os pacientes devem ser alertados quanto ao risco de uma interferência na sua capacidade de dirigir automóveis e de operar máquinas, principalmente no início do tratamento.
Para o uso em idosos e outros grupos de risco, ver Posologia.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO – EXODUS
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Nos estudos em animais, observaram- se efeitos embriotóxicos, porém não há ocorrência de aumento na incidência de malformações.
EXODUS é excretado no leite materno. Mulheres que estão amamentando não devem ser tratadas com escitalopram. Em situações onde não for possível retirar o medicamento devido à gravidade do quadro clínico materno, substituir o aleitamento materno pelos leites industrializados específicos para recém- nascidos.
O uso de EXODUS durante o terceiro trimestre de gravidez poderá resultar em distúrbios neurológicos e comportamentais no recém- nascido.
Se o EXODUS for usado durante a gravidez, não interromper abruptamente. A descontinuação deverá ser gradual.
As seguintes reações foram observadas nos recém nascidos: irritabilidade, tremor, hipertonia, tônus muscular aumentado, choro constante, dificuldade para mamar e para dormir. Esses efeitos também podem ser indicativos de síndrome serotoninérgica ou retirada abrupta do medicamento durante a gravidez.
Não usar EXODUS durante a gravidez, a menos que a necessidade seja clara e seja avaliado cuidadosamente o risco- benefício do uso deste medicamento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – EXODUS
Interações farmacodinâmicas
Não administrar o escitalopram em combinação com inibidores da monoaminoxidase (IMAOs). Foram registrados casos de reações adversas graves em pacientes recebendo um ISRS combinado a um IMAO (tranilcipromina), ou a um IMAO reversível (RIMA – moclobemida) e em pacientes que descontinuaram o tratamento com um ISRS e imediatamente após iniciaram o tratamento com IMAOs, sem o tempo de pausa recomendado. Em alguns casos os pacientes desenvolveram a síndrome serotoninérgica (ver Reações adversas).
Iniciar o uso do escitalopram 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO irreversível e pelo menos um dia após a suspensão do tratamento com um IMAO reversível (RIMA). Iniciar o tratamento com um IMAO ou um RIMA no mínimo 7 dias após a suspensão do tratamento com escitalopram.
A administração concomitante com outras drogas de ação serotoninérgica (por exemplo: tramadol, sumatriptano e outros triptanos) pode levar ao aparecimento da síndrome serotoninér gica. A administração concomitante do escitalopram com outros antidepressivos tricíclicos ou ISRSs, alguns neurolépticos (fenotiazina, tioxanteno e butirofenonas), mefloquina, bupropiona e tramadol, pode aumentar o risco de convulsão.
Houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente com lítio ou triptofano. Portanto, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve ser feito com orientação e supervisão médica.
O uso concomitante de ISRSs e produtos fitoterápicos contendo Erva de São João (Hypericum per fo ratum) pode resultar em um aumento da incidência de reações adversas (ver Advertências).
Acredita- se que os ISRSs sejam capazes de aumentar a tendência hemorrágica através da sua ação na superfície das plaquetas. Foram notificadas hemorragias cutâneas anormais, tais como equimoses ou púrpura, com o uso de ISRSs. Pacientes em tratamento com ISRSs, particularmente em casos de uso concomitante com drogas conhecidas por afetar a função plaquetária (por exemplo: anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazidas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, aspirina, drogas anti-inflamatórias não esteróides (AINEs), ticlopidina e dipiridamol), e pacientes com tendências hemorrágicas conhecidas, podem apresentar alterações de coagulação (ver Advertências).
Interações farmacocinéticas
Efeito de medicamentos na farmacocinética do escitalopram
O metabolismo do escitalopram é mediado principalmente pela isoenzima CYP2C19. A CYP3A4 e a CYP2D6 podem também contribuir, embora em menor escala. A metabolização do principal metabólito do escitalopram (S- DCT) parece ser parcialmente catalisada pela CYP2D6.
A administração concomitante do escitalopram com o omeprazol (inibidor da CYP2C19) resulta em um aumento das concentrações plasmáticas de escitalopram de aproximadamente 50%.
A administração concomitante de escitalopram com a cimetidina (inibidor de enzimas de potência moderada) resultou em um aumento das concentrações plasmáticas de escitalopram de aproximadamente 70%.
A administração concomitante de escitalopram com inibidores da CYP2C19 (fluoxetina, fluvoxamina, lansoprazol, ticlopidina) resulta também em aumento da concentração plasmática de escitalopram. Nesses casos, poderá ser necessária a redução da dose do escitalopram.
Efeito do escitalopram na farmacocinética de outros medicamentos
O escitalopram é um inibidor moderado da isoenzima CYP2D6. Quando co- administrado com medicamentos cuja metabolização é catalisada por esta enzima, como por exemplo alguns antiarrítimicos (flecainida, propafenona e metoprolol, quando utilizado em casos de falência cardíaca), alguns neurolépticos (tioridazina, haloperidol e risperidona), alguns antidepressivos (desipramina, nortriptilina, clomipramina), etc., pode ser necessário o ajuste da dose desses medicamentos.
A administração concomitante com a desipramina (um substrato da CYP2D6) resultou emum aumento dobrado dos níveis plasmáticos de desipramina. A co- administração do escitalopram com metoprolol (um substrato da CYP2D6) resultou em um aumento dobrado dos níveis plasmáticos de metoprolol. A relevância clínica destas interações não é conhecida, mas recomenda-se cautela até que experiências clínicas adicionais estejam disponíveis.
Estudos in vitro demonstraram que o escitalopram poderá também causar uma leve inibição da CYP2C19.
Estudos de interação farmacocinética com o escitalopram não demonstraram quaisquer interações clinicamente importantes na farmacocinética da carbamazepina (substrato CYP3A4), do triazolam (substrato da CYP3A4), da teofílina (substrato da CYP1A2), da varfarina (substrato da CYP2C9), da levomepromazina, do lítio e da digoxina. No entanto, poderá existir o risco de uma interação farmacodinâmica com a carbamazepina, varfarina e lítio (ver Interações farmacodinâmicas).
REAÇÕES ADVERSAS E ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS – EXODUS
Os efeitos adversos são mais frequentes durante as duas primeiras semanas do tratamento e, geralmente, diminuem de intensidade e frequência durante sua continuação. Após um período de administração prolongada, a interrupção abrupta do tratamento com ISRSs pode causar sintomas de descontinuação em alguns pacientes.
Embora os sintomas de descontinuação possam ocorrer com a interrupção do tratamento, as evidências clínicas e pré- clínicas disponíveis sugerem que os ISRSs não causam dependência.
Efeitos adversos possíveis: náusea, sinusite, congestão nasal, coriza, inapetência, insônia inicial, sonolência, tonturas, bocejos, diarréia, constipação intestinal, sudorese aumentada, disfunções sexuais (retardo ejaculatório, disfunção erétil, diminuição da libido e anorgasmia em mulheres), cansaço, febre, insônia e alteração no paladar.
Os seguintes efeitos adversos ocorreram com maior frequência com o escitalopram do que com o placebo, em estudos duplo- cegos controlados por placebo. As frequências listadas não estão corrigidas pelo placebo.
As seguintes reações adversas aplicam- se à classe terapêutica dos ISRSs:
Distúrbios cardiovasculares: hipotensão postural;
Distúrbios do metabolismo e da nutrição: hiponatremia, secreção inapropriada de hormônio antidiurético;
Distúrbios oculares: visão anormal;
Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômito, boca seca, diarréia, anorexia;
Distúrbios em geral: insônia, tonturas, fadiga, sonolência, reações anafiláticas;
Distúrbios hepato- biliares: testes anormais da função hepática;
Distúrbios musculo- esqueléticos: artralgia, mialgia;
Distúrbios neurológicos: convulsões, tremores, distúrbios motores, síndrome
serotoninérgica;
Distúrbios psiquiátricos: alucinações, mania, confusão, agitação, ansiedade, despersonalização, ataques de pânico, nervosismo;
Distúrbios renais e urinários: retenção urinária;
Distúrbios do aparelho reprodutor: galactorréia, disfunções sexuais, incluindo retardo ejaculatório, anorgasmia.
Distúrbios da pele: rash cutâneo, equimoses, prurido, angioedema, sudorese aumentada.
POSOLOGIA – EXODUS
Os comprimidos de EXODUS são administrados por via oral, uma única vez ao dia.
Os comprimidos de EXODUS podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Engolir os comprimidos com água, sem mastigá- los.
Tratamento da depressão e prevenção de recaídas: a dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta individual do paciente, aumentar a dose até um máximo de 20 mg/dia.
Geralmente são necessárias 2 a 4 semanas para se obter uma resposta antidepressiva. O tratamento de episódios de depressão exige, além da fase inicial, onde objetiva- se a melhora sintomatológica, um tratamento de manutenção. Após o desaparecimento dos sintomas durante o tratamento inicial, é necessário o estabelecimento de um período de manutenção com duração de vários meses para a consolidação da resposta.
Tratamento do Transtorno do Pânico com ou sem agorafobia: recomenda- se uma dose inicial de 5 mg/dia na primeira semana de tratamento, antes de se aumentar a dose para 10 mg/dia, para evitar a ansiedade paradoxal que pode ocorrer nestes casos. Aumentar a dose, até um máximo de 20 mg/dia, dependendo da resposta individual do paciente. A eficácia é atingida após aproximadamente 3 meses. O tratamento é de longa duração.
Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG): a dose inicial usual é de 10 mg/dia. Pode ser aumentada para um máximo de 20 mg/dia, após, no mínimo, uma semana do início do tratamento. Recomenda- se um tratamento pelo período de 3 meses para a consolidação da resposta. O tratamento de respondedores por um período de 6 meses pode ser utilizado para a prevenção de recaídas e deverá ser considerado como uma opção para alguns pacientes; os benefícios do tratamento com EXODUS devem ser reavaliados periodicamente.
Tratamento do transtorno de ansiedade social (fobia social): a dose usual é de 10 mg/dia. Dependendo da resposta individual, decrescer a dose para 5 mg/dia ou aumentar até um máximo de 20 mg/dia. Para o alívio dos sintomas são necessárias de 2 a 4 semanas de tratamento, geralmente. Recomenda- se tratar por um período de 3 meses para a consolidação da resposta. Um tratamento de longo-prazo para os respondedores deve ser considerado para a prevenção de recaída.
Pacientes Idosos (> 65 anos de idade): considerar um tratamento inicial com metade da dose normalmente recomendada e uma dose máxima mais baixa (ver Propriedades farmacocinéticas).
Crianças e adolescentes (< 18 anos): não utilizar EXODUS para tratar crianças ou adolescentes menores de 18 anos, ao menos que a necessidade clínica seja clara, e o paciente seja cuidadosamente monitorado pelo médico quanto ao aparecimento de sintomas suicidas. Em estudos clínicos realizados com crianças e adolescentes tratados com antidepressivos, comparados com placebo, foi observado aumento da hostilidade e do comportamento suicida (tentativas de suicídio e pensamento suicida).
Função renal reduzida: não é necessário ajuste da dose em pacientes com disfunção renal leve ou moderada. Não existem dados em pacientes com a função renal gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 mL/min.), recomenda- se cautela nesses casos (ver Propriedades farmacocinéticas).
Função hepática reduzida: recomenda- se uma dose inicial de 5 mg/dia durante as duas primeiras semanas do tratamento. Dependendo da resposta individual de cada paciente, aumentar para 10 mg/dia (ver Propriedades farmacocinéticas).
Pacientes com problemas na metabolização pela CYP2C19: para os pacientes com conhecidos problemas de metabolização pela isoenzima CYP2C19, recomenda- se utilizar uma dose inicial de 5 mg/dia durante as duas primeiras semanas de tratamento.
Dependendo da resposta individual de cada paciente, aumentar a dose para 10 mg/dia (ver Propriedades farmacocinéticas).
Duração do Tratamento: a duração do tratamento varia de indivíduo para indivíduo, mas geralmente a duração mínima é de aproximadamente 6 meses. Pode ser necessário um tratamento mais prolongado. A doença latente pode persistir por um longo período de tempo, portanto, ao interromper o tratamento precocemente, os sintomas podem voltar.
Descontinuação: ao interromper o tratamento com EXODUS reduzir gradualmente a dose durante um período de uma ou duas semanas, para evitar possíveis sintomas de des continuação (ver Advertências).
Esquecimento da dose: a meia- vida de EXODUS é de aproximadamente 30 horas, fato que, associado a obtenção da concentração de estado de equilíbrio após o período de 5 meias-vidas, permite que o esquecimento da ingestão da dose diária possa ser contornado com a simples supressão daquela dose, retomando no dia seguinte a prescrição usual.
SUPERDOSAGEM – EXODUS
Toxicidade: foram ingeridas doses de 190 mg de escitalopram; sintomas graves não foram notificados.
Sintomas: sintomas de superdose com o composto racêmico de citalopram (> 600 mg): tontura, tremores, agitação, sonolência, inconsciência, convulsões, taquicardias, alterações no ECG com alterações ST- T, alargamento do complexo QRS, intervalo QT prolongado, arritmias, depressão respiratória, vômitos, rabdomiólise, acidose metabólica, hipocalemia.
Acredita- se que superdosagem com escitalopram resulte em sintomas semelhantes.
Não existe um antídoto específico. Estabelecer e manter a viabilidade das vias aéreas, assegurar uma adequada oxigenação e ventilação. Realizar uma lavagem gástrica após a ingestão oral, assim que possível. Recomenda- se a monitorar os sinais cardíacos e vitais, em conjunto com medidas de suporte sintomático gerais.
PACIENTES IDOSOS – EXODUS
Para o uso em idosos, ver Posologia.
MS – 1.0573.0379
Farmacêutico Responsável: Wilson R. Farias – CRF-SP nº 9.555
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Via Dutra, km 222,2 – Guarulhos – SP
CNPJ 60.659.463/0001- 91 – Indústria Brasileira
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