Princípio ativo: tartarato de vinorelbina
NAVELBINE®
(Tartarato de vinorelbina)
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsulas moles é fornecido em
embalagens que contêm 1 blister com 1 cápsula mole.
20 mg – Caixa com 1 blister que contém 1 cápsula mole castanha clara.
30 mg – Caixa com 1 blister que contém 1 cápsula mole rosa.
USO ADULTO
VIA ORAL
ATENÇÃO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO
Cada NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole de 20 mg
contém: Tartarato de vinorelbina 27,70 mg (equivalente a 20 mg de
vinorelbina base)
Excipiente q.s.p. 1 cápsula mole
Cada NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole de 30 mg
contém: Tartarato de vinorelbina 41,55 mg (equivalente a 30 mg de
vinorelbina base)
Excipiente q.s.p. 1 cápsula mole
Os outros componentes são:
Etanol, água purificada, glicerol, macrogol 400.
Componentes da cápsula:
gelatina, glicerol, sorbitol/sorbitanos, dióxido de titânio (E171), óxido
de ferro amarelo (E172) para NAVELBINE® 20 mg, óxido de ferro
vermelho (E172) para NAVELBINE® 30 mg; triglicéridos de cadeia
média, fosfatidilcolina, glicéridos e etanol.
Tinta de impressão comestível:
E 120, hipromelose, propilenoglicol.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole está indicado
para o tratamento de recidiva de câncer de mama em estádio avançado
após falha de regime terapêutico com antraciclinas.
Tratamento de câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), como
agente único, ou em combinação com cisplatina, para tratamento de Ia
linha, em pacientes com CPNPC não-ressecável. Em pacientes com
doença em estádio IV, NAVELBINE® pode ser indicado como agente
único ou em combinação com cisplatina. Em pacientes com estádio III,
NAVELBINE® está indicado em combinação com cisplatina.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
No câncer de pulmão não pequenas células
Num ensaio randomizado, multicêntrico e aberto de fase II,
NAVELBINE® oral como agente único mostrou uma eficácia
semelhante versus NAVELBINE® IV como tratamento de primeira linha
de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células. A taxa de
resposta observada foi de 11,7% com NAVELBINE® oral versus 10,5%
da forma intravenosa. A sobrevida mediana foi de 9,4 meses versus
7,9 meses, respectivamente. [Referência bibliográfica ao Estudo PM259
97CA205 – Annals ofOncology, 12: 1375-1381; 2001]
Num ensaio multicêntrico de fase II com 56 pacientes que receberam
vinorelbina em combinação com a cisplatina como tratamento de
primeira linha de CPNPC não-ressecável, local ou avançado, a taxa
de resposta foi de 30% nos pacientes avaliáveis. A sobrevida mediana
sem progressão e a sobrevida mediana foram de 5,5 meses e 8,9 meses,
respectivamente. [Referência bibliográfica ao Estudo PM259 CA202J1
-Annals of Oncology, 14: 1634-1639; 2003]
Num outro ensaio multicêntrico de fase II com 52 pacientes que
receberam a combinação de vinorelbina e carboplatina como tratamento
de primeira linha de CPNPC, a taxa de resposta foi de 15% dos doentes
avaliáveis. A sobrevida mediana sem progressão foi de 5,0 meses e a
sobrevida mediana foi de 9,3 meses. [Referência bibliográfica ao Estudo
PM259 CA201J1 – Annals ofOncology, 15 : 921-927; 2004]
No câncer de mama
Procedeu-se à realização de dois estudos clínicos não-comparativos
num total de 184 pacientes com câncer da mama avançado para avaliar
a eficácia anti-tumoral e a tolerância de NAVELBINE® oral usado como
agente único.
A taxa de resposta oscilou entre 29,7% e 20,8% e a sobrevida mediana
foi de 23,9 e 19,3 meses, respectivamente. [Referência bibliográfica aos
Estudos PM259 96CA201 e 97CA206 – Journal of Clinicai Oncology,
Vol 21, No 1 (January 1), 2003: pp 35-40]
Procedeu-se à inscrição de um total de 198 pacientes distribuídos numa
fase II (sem ocultação e não comparativa, combinação de vinorelbina
e epirrubicina) e na fase II de estudos de três fases I-II (combinação
com docetaxel, paclitaxel e capecitabina, respectivamente). A taxa
de resposta nas populações randomizadas foi de cerca de 55% para
epirrubicina, docetaxel e capecitabina e de 38% para o paclitaxel.
[Referência bibliográfica ao Estudo PM259 CA205B0 – British Journal
of Câncer (2005) 92, 1989 1996] e no estudo de fase II de três estudos
de fases I-II (associação com docetaxel [Referência bibliográfica ao
Estudo PM259 CA101B0 – (Phase I) Câncer Chemotherapy and
Pharmacology, Volume 60, Number 3 /August 2007. (Phase II) Câncer
Chemotherapy and Pharmacology, Published on August 27,h, 2008],
paclitaxel [Referência bibliográfica ao Estudo PM259 CA102B0
– (Phase I) Câncer Chemotherapy and Pharmacology, Volume 59,
Number 6 / June 2007], (No publication for the phase II conceming the
efficacy) e capecitabina [Referência bibliográfica ao Estudo PM259
CA103B0 – Abstractpresented atECCO 2007]
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) é um agente citotóxico
antineoplásico da família dos alcalóides da vinca, mas, ao contrário dos
outros alcalóides da vinca, a unidade catarantina da vinorelbina foi sujeita
a uma modificação estrutural. Em nível molecular, a vinorelbina atua
no equilíbrio dinâmico da tubulina dentro do conjunto de microtúbulo
da célula. Inibe a polimerização da tubulina e liga-se preferencialmente
aos microtúbulos mitóticos e apenas afeta os microtúbulos axonais
numa concentração alta. A atividade de enrolamento da tubulina é mais
baixa do que a da vincristina. Estas características proporcionam a
eficácia pretendida à Vinorelbina, com menos toxicidade neurológica.
A Vinorelbina bloqueia a mitose na fase G2-M e causa morte celular na
interfase ou na mitose seguinte.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral, NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) é
absorvido rapidamente e o T ocorre no espaço de 1,5 a 3 horas, com
mna concentração plasmática máxima (Cmax) de cerca de 130 ng/mL
após a sua administração numa dose de 80 mg/m2.
Abiodisponibilidade absoluta é de cerca de 40% e a ingestão simultânea
de alimentos não tem qualquer efeito na exposição à vinorelbina.
A vinorelbina oral, administrada em doses de 60 e 80 mg/m2, resulta em
uma exposição sanguínea comparável à observada com doses de 25 e
30 mg/m2 da forma intravenosa, respectivamente.
A variabilidade inter-individual da exposição é equivalente após a
administração IV e oral.
A exposição sanguínea aumenta de forma dependente da dose.
Distribuição
A vinorelbina é amplamente distribuída no organismo e o volume de
distribuição em estado estacionário é alto, tendo os valores variando
entre 11 e 21 L/kg-1 na sequência da administração IV, o que reflete uma
ligação tissular significativa.
A vinorelbina liga-se de forma fraca às proteínas plasmáticas (13,5%);
contudo, liga-se de forma alta às células sanguíneas e, sobretudo, às
plaquetas (78%).
A penetração da vinorelbina nos tecidos pulmonares parece ser
importante, tal como indicado pelo rácio médio tecido/concentração
plasmática superior a 300 detectado pela biopsia pulmonar cirúrgico.
Metabolismo:
A 4-O-desacetilvinorelbina é um metabolito ativo detectado no sangue
e eliminado na bílis.
O metabolismo da vinorelbina não envolve nem a conjugação do ácido
glucurônico nem a conjugação do ácido sulfúrico.
Envolve sobretudo a isoforma CYP3A4 dos citocromos P450. Foi
estabelecida uma forte correlação entre a exposição sanguínea à
vinorelbina e a contagem reduzida de leucócitos e neutrófilos.
Eliminação
A meia -vida de eliminação da vinorelbina situa-se entre 35 e
40 horas.
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole é excretado
principalmente pela via biliar e, em menor extensão, na urina.
A vinorelbina inalterada é o principal composto encontrado tanto na
urina como nas fezes.
Relação fai-macocinética-farmacodinâmica:
Foi demonstrada a existência de uma forte relação entre a exposição
do sangue à vinorelbina e uma redução dos leucócitos ou leucócitos
polimorfònucleares.
4. CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade conhecida à vinorelbina ou outros alcalóides da
vinca ou a qualquer outro componente da formulação,
afecção gastrointestinal que afete significativamente a absorção,
histórico de resseção cirúrgica extensiva do estômago ou intestino
delgado,
insuficiência hepática grave independente do processo tumoral,
mulheres em idade fértil que não utilizam um método de contracepção
confiável,
contagem de neutrófilos < 1500/m3 ou infecção atual ou grave (nas 2
últimas semanas),
se tiver intolerância à fructose,
gravidez,
aleitamento,
em associação com a vacina da febre-amarela (ver seção "Interações
medicamentosas).
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
PRECAUÇÕES PARA O USO DE NAVELBINE® (tartarato de
vinorelbina) cápsula mole
Para abrir o acondicionamento inviolável:
¦ corte o blister com uma tesoura ao longo da linha preta,
¦ lentamente, puxe para trás a película branca que cobre o blister,
¦ pressione o plástico transparente para empurrar a cápsula através da
folha de alumínio.
Advertências especiais
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) deve ser receitado por um
médico que tenha experiência na utilização de quimioterapia (com
instalações para a monitorização das drogas citotóxicas).
Se mastigar ou chupar acidentalmente a cápsula, o paciente deve
lavar a boca meticulosamente com água ou, de preferência, com soro
fisiológico.
Se a cápsula estiver fendida ou danificada, o seu conteúdo líquido,
provido de propriedades irritantes, pode ter efeitos nocivos na
eventualidade de contato com a pele, membranas mucosas ou olhos.
As cápsulas danificadas não devem ser engolidas e devem ser
devolvidas ao fannacêutico ou ao médico de modo a que estes possam
proceder à sua destruição adequada. Na eventualidade de contato, lavar
imediatamente com água ou, de preferência, com soro fisiológico.
No caso da ocorrência de vômitos no espaço de algumas horas após
a administração do medicamento, nunca repita a administração dessa
dose. Um tratamento profilático com a metoclopramida, pode reduzir
a frequência dos vômitos.
A dose administrada deve ser determinada em função da produção
sanguínea:
Se a contagem de neutrófilos for inferior a 1500/mm3 e/ou a contagem
de plaquetas for inferior a 75.000/mm3, o tratamento deve ser adiado
até estes parâmetros serem normalizados e os pacientes devem ser
monitorizados.
Relativamente ao aumento da dose de 60 para 80 mg/m2 por semana
após a terceira administração.
No caso das administrações numa dose de 80 mg/m2, se a contagem de
neutrófilos for inferior a 500/mm3 ou se situar entre 500 e 1000/mm3
em mais de uma ocasião, além do adiamento da administração, a dose
deve também ser reduzida para 60 mg/m2 por semana. A dose pode ser
aumentada de novo de 60 para 80 mg/m2 por semana.
Durante os ensaios clínicos nos quais os tratamentos foram iniciados
com uma dose de 80 mg/m2, um número reduzido de pacientes
desenvolveu complicações sob a forma de neutropenia excessiva.
É, por conseguinte, aconselhável iniciar o tratamento com uma dose de
60 mg/m2 e aumentá la de seguida para 80 mg/m2 se a dose inicial não
tiver sido bem tolerada.
Na eventualidade de quaisquer sinais ou sintomas sugestivos de uma
infecção, deve-se proceder à realização de exames imediatamente.
Devido à presença de sorbitol, este medicamento está contra-indicado
nos indivíduos com intolerância à frutose.
PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
O tratamento deve ser realizado sob controle hematológico rigoroso
antes de cada administração (determinação do nível de hemoglobina,
contagem de leucócitos, neutrófilos e plaquetas).
Recomenda-se a aplicação de precauções especiais nos pacientes com
doença isquêmica cardíaca.
Nos pacientes com insuficiência hepática ou renal, não existem
estudos prospectivos disponíveis que permitam o estabelecimento de
recomendações para uma redução da dose de NAVELBINE®, cápsulas
moles.
Dado que a vinorelbina é eliminada apenas em nível reduzido através
dos rins, uma redução da dose de NAVELBINE®, cápsulas moles, não
é aconselhável de um ponto de vista farmacocinético nos pacientes
com insuficiência renal.
Mulheres em idade fértil ou mulheres grávidas:
É importante determinar a ausência de gravidez através da realização de
um teste de gravidez antes da administração de vinorelbina.
NAVELBINE®, cápsulas moles, não deve ser administrado ao mesmo
tempo que a radioterapia em campos que incluem o fígado.
GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) foi classificado como
mna medicação de categoria D devido a riscos para a gravidez.
Consequentemente, esta medicação não deve ser utilizada por mulheres
grávidas sem indicação médica. Informe o seu médico de imediato caso
pense que está grávida.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Devido a um risco maior de trombose nos pacientes com tumores, o
tratamento com anticoagulantes é frequentemente utilizado. Devido
a uma maior variabilidade da coagulabilidade intra-pacientes nestas
doenças, juntamente comumapossível interação entre os anticoagulantes
orais e a quimioterapia neoplásica, a frequência de avaliações INR
(International Normalized Ratio – Rácio Internacional Normalizado)
deve ser aumentada caso se decida tratar o paciente com anticoagulantes
orais.
ASSOCIAÇÕES CONTRA-INDICADAS
+ Vacina da febre-amarela
Risco de doença vacinai sistêmica e fatal.
ASSOCIAÇÕES DESACONSELHADAS
+ Fenitoína, fosfenitoína
Risco de ocorrência de convulsões devido a uma absorção
gastrointestinal reduzida da fenitoína pelas drogas citotóxicas ou risco
de aumento da toxicidade ou perda de eficácia das drogas citotóxicas
devido a uma absorção hepática aumentada pela fenitoína.
+ Vacinas vivos atenuadas (por ex. Vacina contra febre amarela,
sarampo, polio, caxumba e rubéola), porque podem ter risco de doença
vacinai aumentado, podendo causar a morte.
Não existem interações conhecidas de NAVELBINE® (tartarato de
vinorelbina) com alimentos e bebidas. Por não conhecer as possíveis
interações de NAVELBINE® com álcool, recomenda-se não tomar
bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Este risco é maior nos pacientes cujo sistema imunológico já se
encontra deprimido pela doença subjacente. Sempre que disponível,
é aconselhável utilizar uma vacina inativada (poliomielite).
ASSOCIAÇÕES A SEREM OBSERVADAS
+ Ciclosporina (descrita com doxorrubicina, etoposídeo)
Imunodepressão excessiva com risco de linfoproliferação.
+ Tacrólimo (por extrapolação da ciclosporina).
Imunodepressão excessiva com risco de linfoproliferação.
INTERAÇÕES ESPECÍFICAS DOS ALCALÓIDES DA VINCA
ASSOCIAÇÃO DESACONSELHADA
+ Itraconazol
Neurotoxicidade aumentada do agente antimitótico devido
a uma redução do metabolismo hepático.
ASSOCIAÇÕES A SEREM OBSERVADAS
+ Mitomicina C
Risco de toxicidade pulmonar aumentada da mitomicina e dos
alcalóides da vinca.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar a medicação na geladeira (2o a 8o C), ao abrigo da luz.
Não congelar.
Manter o acondicionamento primário herméticamente vedado.
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole destina-se
a ser ingerido inteiro com água, sem mastigar ou chupar a cápsula.
Recomenda-se que a cápsula seja tomada no final de uma refeição.
NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) cápsula mole destina-se apenas
para administração por via oral.
Por motivos de segurança, qualquer cápsula não utilizada ou danificada
deve ser devolvida ao seu médico ou farmacêutico para ser destruída
de acordo com o procedimento aplicável habitual para substâncias
citotóxicas.
NÚMERO DE LOTE E DATAS DE FABRICAÇÃO E VALIDADE:
VIDE EMBALAGEM.
NÃO USE MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE
VENCIDO.
PARA SUA SEGURANÇA, MANTENHA O MEDICAMENTO NA
EMBALAGEM ORIGINAL.
ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO
ALCANCE DAS CRIANÇAS.
8. POSOLOGIA E MODO DE USO
Utilização oral apenas.
NAVELBINE®, cápsula mole destina-se a ser ingerido inteiro com água,
sem mastigar ou chupar a cápsula.
Recomenda-se que a cápsula seja tomada no final de uma refeição.
Como agente único
O regime de administração recomendado é o seguinte:
Três primeiras administrações:
Dose de 60 mg/m2 da área de superfície corporal, administrada uma vez
por semana numa única administração.
Administrações subsequentes:
Após aterceira administração, recomenda-se que a dose de NAVELBINE®,
cápsulas moles, seja aumentada para 80 mg/m2 uma vez por semana numa
única administração, exceto nos pacientes cuja contagem de neutrófilos
desceu numa ocasião para um nível inferior a 500/mm3 ou, em mais
do que uma vez, para um valor entre 500 e 1000/mm3 durante as três
primeiras administrações numa dose de 60 mg/m2.
Contagem de
neutrófilos durante
as 3 primeiras
administrações de
60 mg/m2/semana
Neutrófilos
>1000
Neutrófilos
>500 e
<1000
(1 episódio)
Neutrófilos
>500 e
<1000
(2 episódios)
Neutrófilos
<500
Dose recomendada
a partir da 4a
administração
80
80
60
60
Para qualquer administração agendada numa dose de 80 mg/m2, se a
contagem de neutrófilos for inferior a 500/mm3 ou se situar entre 500 e
1000/mm3 em mais de uma ocasião, a administração deve ser adiada até
este parâmetro voltar ao normal e a dose deve ser reduzida de 80 para
60 mg/m2 por semana.
Contagem de
neutrófilos a partir
da 4.a administração
de 80 mg/m2/
semana
Neutrófilos
>1000
Neutrófilos
>500 e
<1000
(1 episódio)
Neutrófilos
>500 e
<1000
(2 episódios)
Neutrófilos
<500
Dose recomendada
na administração
seguinte
80
60
A dose pode ser aumentada de novo de 60 para 80 mg/m2 por semana se
a contagem de neutrófilos não for inferior a 500/mm3 ou se situar entre
500 e 1000/mm3 em mais de uma ocasião nas três últimas administrações
de 60 mg/m2, de acordo com o modo de administração acima descrito.
Se a contagem de neutrófilos for inferior a 1500/mm3 e/ou a contagem
de plaquetas se situar entre 75.000 e 100.000/mm3, o tratamento deve ser
adiado até estes parâmetros serem normalizados e os pacientes devem
ser monitorizados.
Em regimes de combinação
Com base em estudos clínicos, demonstrou-se que a dose oral de
80 mg/m2 corresponde a 30 mg/m2 da forma IV e a dose de 60 mg/m2
a 25 mg/m2.
Para os regimes de combinação, a dose e o regime serão adaptados ao
protocolo de tratamento.
Estão disponíveis cápsulas de diferentes dosagens (20, 30, 40, 80 mg)
de modo a ser possível selecionar a associação adequada para se obter a
dosagem pretendida. A tabela que se segue apresenta a dose necessária
com base nos intervalos da área de superfície corporal (ASC).
ASC (m2)
Dose de
60 mg/m2 (mg)
Dose de
80 mg/m2 (mg)
0,95 a 1,0
60
80
1,05 a 1,14
70
90
1,15 a 1,24
70
100
1,25 a 1,34
80
100
1,35 a 1,44
80
110
1,45 a 1,54
90
120
1,55 a 1,64
100
130
1,65 a 1,74
100
140
1,75 a 1,84
110
140
1,85 a 1,94
110
150
> 1,95
120
160
Mesmo para os pacientes com uma ASC > 2 m2, a dose total nunca deve
exceder 120 mg por semana (60 mg/m2 de dosagem) ou 160 mg por
semana (80 mg/m2 de dosagem).
No caso da ocorrência de vômitos no espaço de poucas horas após
a administração do medicamento, nunca repetir a administração dessa
dose.
A experiência clínica não revelou diferenças relevantes nas respostas ao
tratamento entre pacientes idosos e pacientes mais jovens, ainda que não
seja possível excluir uma maior sensibilidade no caso de certos idosos.
A segurança e eficácia nunca foram estudadas em crianças.
Consultar a seção (uso nos idosos e outros grupos de risco) para
ajustamento da dose em subgrupos de pacientes em risco.
Instruções para a utilização e o manuseio de NAVELBINE® oral
(na seção Conservação)
USO NOS IDOSOS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Um estudo da vinorelbina oral em pacientes idosos (> 70 anos) com
câncer do pulmão de não pequenas células veio mostrar que a idade
não influencia a farmacocinética da vinorelbina e que não é necessária
qualquer redução da dose. Apesar de a experiência clínica não ter
identificado diferenças relevantes nas pessoas de idade avançada, não
é possível excluir uma maior sensibilidade em algumas dessas pessoas.
Insuficiência renal e hepática.
Os efeitos da disfunção renal na disposição da vinorelbina não foram
avaliados. Contudo, não existe qualquer indicação no sentido de reduzir
a dose em casos de função renal insuficiente devido à eliminação renal
baixa; consequentemente, nos pacientes com função renal insuficiente,
não é necessário ajustar a dose.
O impacto da disfunção hepática na farmacocinética da Vironelbina
não foi avaliado com a forma oral. Não se observou qualquer efeito
significativo com vinorelbina IV.
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
A vinorelbina causa lesões nos cromossomas; contudo, não foi
mutagênica em testes de Ames.
Pressupõe-se que NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) pode causar
efeitos mutagênicos (aneuploidia e poliploidia) nos seres humanos.
Em estudos de reprodução em animais, NAVELBINE® (tartarato de
vinorelbina) foi teratogênico e letal para o feto e para o embrião. Não se
observaram efeitos hemodinâmicos em cães que receberam vinorelbina
na dose máxima tolerada; observaram-se apenas alguns distúrbios
ligeiros de repolarização sem expressão, assim como quando outros
alcalóides derivados da vinca foram testados. Não se observaram efeitos
no sistema cardiovascular em primatas que receberam doses sucessivas
de NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina) durante 39 semanas.
ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO NEM
MASTIGADO.
9. REAÇÕES ADVERSAS
A incidência global de efeitos indesejáveis foi determinada com
base em estudos clínicos nos quais 210 pacientes (76 pacientes com
câncer de pulmão não pequenas células e 134 de pacientes do sexo
feminino com câncer da mama) receberam o protocolo recomendado
de NAVELBINE®, cápsulas moles, como terapêutica de agente único
(três primeiras administrações numa dose de 60 mg/m2/semana, seguidas
por administrações numa dose de 80 mg/m2/semana).
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
A toxicidade limitadora de dose é a neutropenia.
Reação muito comum (>1/10): Observou-se a ocorrência de
neutropenia de grau 1-2 em 24% dos pacientes e neutropenia de grau 3
(contagem de neutrófilos entre 1000 e 500/mm3) em 19% dos pacientes.
Foi comunicada a ocorrência de neutropenia de grau 4 (<500/mm3)
em 23,8% dos pacientes. Observaram-se complicações infecciosas em
15,2% dos pacientes. A anemia foi freqüente, mas, geralmente, ligeira
a moderada (69,5% dos pacientes sofreram de anemia de grau 1 ou 2).
Observaram-se casos de trombocitopenia de grau 1 e 2 em 12,9% dos
pacientes.
Reação comum (>1/100 e <1/10): A ocorrência de neutropenia de
grau 4 foi associada a febre de mais de 38°C em 2,9% dos pacientes.
Complicações infecciosas foram graves (grau 3-4) em apenas 5,2% dos
pacientes. A anemia de grau 3 foi obervada em 4.3%.
Reação incomum (> 1/1000 e<l/100): Aanemiade grau 4 foi observada
em 0,5% dos pacientes.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Foi comunicada a ocorrência de reações adversas gastrointestinais.
Reação muito comum (>1/10): Estas incluíram náuseas (grau 1-2:
70,5%); vômitos (grau 1-2: 52,9%), diarréia (grau 1-2: 41,9%) e
anorexia (grau 1-2: 26,7%)
Reação comum (>1/100 e <1/10): Náuseas (grau 3: 8,6%), vômitos
(grau 3: 4,3%; grau 4: 3,3%), diarréia (grau 3: 2,9%; grau 4: 2,4%) e
anorexia (grau 3: 4,8%). Casos de estomatite ligeira a moderada (grau
1-2) ocorreram em 8,7% dos pacientes. Observou-se a ocorrência de
esofagite em 4,8% dos pacientes
Reação incomum (>1/1000 e <1/100): Náuseas (grau 4:0,5%), anorexia
(grau 4: 1,0%) e esofagite grau 3 em 0,5% dos pacientes.
Os sintomas graves foram raros.
Um tratamento profilático, como setrons orais ou metoclopramida, pode
reduzir a frequência dos vômitos.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO
Reação muito comum (>1/10): As afecções neurológicas limitaram-
se, geralmente, a perda dos reflexos profundos (12,4% dos pacientes,
grau 1-2). Um paciente apresentou uma ataxia de grau 3 parcialmente
reversível. Observou-se uma obstipação de origem neurológica em
11,3% dos pacientes.
Reação comum (>1/100 e <1/10): As afecções neuromotoras foram
observadas em 10,0% dos pacientes. A obstipação de origem neurológica
foi observada como grau 1-2 em 10% dos pacientes e se desenvolveu
para íleo paralítico em 1,4%.
Reação incomum (>1/1000 e <1/100): Afecções neuromotoras
ocorreram como grau 3 em 1,0% dos pacientes.
Foi comunicada a ocorrência de um episódio de íleo paralítico fatal.
A prescrição de laxantes pode ser apropriada nos pacientes com
antecedentes de obstipação e/ou recebendo tratamento concomitante
com morfina ou drogas do tipo morfina.
PELE
A alopécia pode desenvolver-se gradualmente na eventualidade de
tratamento prolongado.
Reação muito comum (>1/10): geralmente ligeira, pode ocorrer em
27,1% dos pacientes (grau 1-2).
Em casos raros, os alcalóides da vinca podem induzir reações cutâneas
sistêmicas.
OUTROS EFEITOS INDESEJÁVEIS
Reação muito comum (>1/10): Foi comunicada a ocorrência de fadiga
(grau 1-2: 19,5%), febre (grau 1-2: 12,4%),
Reação comum (>1/100 e <1/10): Fadiga (grau 3: 6,7%), dor articular,
sobretudo dor no maxilar, e mialgia (grau 1-2: 9,0%), dor, especialmente
na localização do tumor (grau 1-2: 5,2%), nos pacientes recebendo
NAVELBINE®, cápsulas moles.
Adicionalmente, não é possível excluir o desenvolvimento dos seguintes
efeitos (observados com a administração IV)quando da utilização da
vinorelbina oral ou dos outros alcalóides da vinca.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Foram notificados casos raros de doença isquêmica cardíaca (angina,
enfarte do miocárdio e/ou alterações eletrocardiográficas temporárias).
FÍGADO
Foram notificados aumentos transitórios das enzimas hepáticas sem
sintomas clínicos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tal como sucede com os outros alcalóides da vinca, a administração
intravenosa de NAVELBINE® foi associada a dispnéia, broncospasmos
e casos raros de pneumonia intersticial, sobretudo nos pacientes tratados
com NAVELBINE®, solução injetável em associação com mitomicina.
ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É UM MEDICAMENTO NOVO
E, EMBORA AS PESQUISAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA
E SEGURANÇA ACEITÁVEIS, MESMO QUE INDICADO E
UTILIZADO CORRETAMENTE,PODEM OCORREREVENTOS
IMPREVISÍVEIS OU DESCONHECIDOS. NESSE CASO,
NOTIFIQUE OS EVENTOS ADVERSOS PELO SISTEMA DE
NOTIFICAÇÕES EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA – NOTIVISA,
DISPONÍVEL EM http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.
htm, OU PARA A VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL OU
MUNICIPAL.
10. SUPERDOSE
Foram notificadas superdoses agudas acidentais em seres humanos:
podem causar hipoplasia da medula óssea, por vezes associada a
infecção, febre e íleo paralítico.
Devem implementar-se medidas de suporte gerais, juntamente com
transfúsões sanguíneas e antibióticos de largo espectro, conforme
considerado necessário pelo médico. Não existem antídotos conhecidos
para as superdoses de NAVELBINE® (tartarato de vinorelbina).
EM CASO DE INTOXICAÇÃO LIGUE PARA 0800 722 6001,
SE VOCÊ PRECISAR DE MAIS ORIENTAÇÕES SOBRE COMO
PROCEDER
DIZERES LEGAIS
Pierre Fabre
Médicament
NAVELBINE® 20 mg – Reg. MS n.° 1.0162.0248.001-3
NAVELBINE® 30 mg – Reg. MS n.° 1.0162.0248.002-1
Farmacêutico-Responsável:
Juliana Weilemann Amorim
CRF-RJ 11.968
N.° do lote, data de fabricação
e prazo de validade:
vide cartucho.
Fabricado por:
Catalent Germany Eberbach GmbH
Gammelsbacher Str. 2 – D-69412 Eberbach – Alemanha
Embalado por:
Pierre Fabre Médicament Production
Etablissement Aquitaine Pharma
Avenue du Béarn – 64320 Idron – France
Importado e distribuído por:
Laboratórios Pierre Fabre do Brasil Ltda
Rodovia BR 040, s/n°, Km 37 – Areal – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.051.491/0001-59
SAC: 0800 021 8150
Sob o licenciamento de Pierre Fabre
NAVELBINE® é uma marca comercial sob
o nome de Pierre Fabre Médicament