Princípio ativo: ivermectina
Vermectil
ivermectina
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
VERMECTIL comprimidos de 6 mg – Embalagem contendo 2, 4 ou 80 comprimidos
USO ORAL ADULTO E PEDIÁTRICO
(Crianças com peso corporal acima de 15 Kg ou maiores de 5 anos de idade)
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de VERMECTIL contém:
ivermectina ……….. 6 mg
Excipientes q.s.p… 1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, BHA, ácido cítrico e lauril sulfato de sódio).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ação do medicamento: VERMECTIL possui como ativo a ivermectina, um potente antiparasitário, eficaz para o tratamento de estrongiloidíase, filariose, escabiose e pediculose. Também é utilizada na eliminação das microfilárias na oncocercose.
Riscos do medicamento: O uso de VERMECTIL não é recomendado durante a gravidez e amamentação. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informe também se está amamentando.
Informe ao seu médico os medicamentos dos quais esteja fazendo uso e os que usou recentemente. Durante o tratamento com VERMECTIL o
uso de qualquer outro medicamento somente deverá ser feito com o conhecimento do seu médico. Não é aconselhável a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento com VERMECTIL.
O uso de VERMECTIL é contra-indicado para gestantes e lactantes, bem como para crianças com peso corpóreo abaixo de 15 Kg ou menores de 5 anos de idade.
VERMECTIL pode causar sonolência, portanto, tenha cuidado ao operar máquinas ou dirigir veículos, pois sua habilidade e atenção podem estar comprometidas.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
Modo de uso: Siga as orientações do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. O tratamento, quando prescrito em mais de uma etapa, não deve ser interrompido sem o conhecimento do seu médico.
Durante o tratamento, visite regularmente o seu médico e realize os exames complementares solicitados.
Oncocercose: sabendo-se que o tratamento com VERMECTIL não elimina os vermes adultos, torna-se necessário o acompanhamento do quadro clínico e a repetição da terapia adotada.
Filariose:sabendo-se que VERMECTIL não elimina as formas adultas da Wuchereria bancrofti, deve-se proceder acompanhamento médico Estrongiloidíase: o paciente deve submeter-se a exames de fezes repetidos para documentar a ausência de infecção por Strongyloides stercoralis Escabiose: deve-se retornar ao médico 1 ou 2 semanas após o término do tratamento para se certificar da cura. Pediculose: as lêndeas que estiverem mais aderidas deverão ser removidas manualmente
VERMECTIL deve ser ingerido com um copo cheio de água, duas horas antes ou após o desjejum ou segundo critério médico. A infecção helmíntica ocorre facilmente mesmo em contatos rápidos; assim, medidas rigorosas de higiene devem ser empregadas. A pessoa infectada e todos os membros da família/comunidade devem lavar adequadamente as mãos antes de preparar, manusear ou comer os alimentos. As unhas devem ser mantidas curtas e limpas. Crianças com vermes intestinais devem vestir roupas íntimas sob o pijama para prevenir a transmissão de ovos para as mãos caso elas se cocem durante o sono. As pessoas infectadas devem banhar-se pela manhã para removerem os ovos postos pelos vermes à noite. Reações adversas: Durante o tratamento com VERMECTIL podem ocorrer as seguintes reações adversas: febre, prurido e vermelhidão, dores musculares e articulares, aumento de volume e da sensibilidade dos nódulos linfáticos (principalmente dos axilares, cervicais e inguinais), taquicardia, náusea, astenia, dor abdominal, vômitos, tontura, tosse, sonolência, inchaço da face, pernas, mãos, braços e pés, queda da pressão arterial ao levantar rapidamente, dor de cabeça, diarréia, vertigem, perda de apetite, irritação das pálpebras e dos olhos e tremor. Em pacientes com asma brônquica pode ocorrer complicação dos sintomas. As reações adversas relacionadas à ivermectina e a frequência com que ocorrem, variam de acordo com a patologia a ser tratada. As reações são em geral leves e transitórias. Informe ao seu médico o aparecimento de qualquer reação desagradável durante o tratamento.
Conduta em caso de superdose: Procure imediatamente um médico ou um hospital mais próximo.
Cuidados de conservação: VERMECTIL deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30oC), protegido da luz. VERMECTIL possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, desde que mantido em sua embalagem original e que sejam observados os cuidados com o armazenamento. Não utilize o produto se o prazo de validade estiver vencido.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. INFORMAÇÕES TÉCNICAS
A ivermectina, substância ativa do VERMECTIL, é um antiparasitário semi-sintético, de amplo espectro derivado das avermectinas, um grupo de lactonas macrocíclicas, isoladas de produtos de fermentação do Streptomyces avermitilis. A ivermectina é uma mistura de H,B,a (5-O-dimetil-22,23-diidroavermectina AJ e HjB^ (25-(1-metiletil)-5- O-dimetil-25-de(1-metilpropil)-22,23-diidroavermectina A^. Tem a propriedade de imobilizar os vermes induzindo a uma paralisia tônica da musculatura. A paralisia é mediada pela potencialização e/ou ativação direta dos canais de cloreto sensíveis à ivermectina, controlados pelo glutamato. Esses canais estão presentes somente nos nervos e células musculares dos invertebrados e, uma vez potencializados, acarretam um aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons cloro, com hiperpolarização dos nervos ou células musculares, resultando em paralisia e morte do parasita. Os compostos desta classe podem também interagir com os canais de íons cloro mediados por outros neurotransmissores como o ácido gama-aminobutírico (GABA). Nos casos de infestação por Onchocerca, a ivermectina afeta as larvas em desenvolvimento e bloqueia a saída das microfilárias do útero dos vermes fêmeas adultos. Sobre os ácaros e insetos a ivermectina age inibindo a
transmissão de sinais nas junções neuro-musculares, também pela interação com os canais de íons cloro controlados pelo glutamato. A falta de receptores com alta afinidade para as avermectinas em cestódeos e trematódeos justifica o porque destes helmintos não serem sensíveis à ivermectina. A atividade da ivermectina sobre os Strongyloides stercoralis é limitada aos estágios intestinais do ciclo deste parasita. A ivermectina não tem qualquer ação sobre os mamíferos. Esta seletividade está relacionada ao fato dos canais iônicos mediados pelo ácido gama-aminobutírico só estarem presentes no cérebro e da ivermectina não atravessar a barreira hematoencefálica em situações normais; além disso, nos mamíferos o principal neurotransmissor é a acetilcolina, que não é afetada pela ivermectina.
Após administração oral a ivermectina é absorvida no trato gastrointestinal, atingindo picos plasmáticos máximos em aproximadamente 4 horas. Seu volume de distribuição é de aproximadamente 47 litros e apresenta uma taxa de ligação às proteínas plasmáticas de cerca de 93%. Sua meia-vida plasmática é de 22 a 28 horas. A concentração tissular é observada no fígado e no tecido adiposo. Apesar da lipossolubilidade da ivermectina, sua concentração no cérebro é extremamente baixa. Menos de 2% da dose administrada passa para o leite materno. A ivermectina sofre metabolização hepática e é excretada como metabólitos através das fezes (99%) em um período de duas semanas. Apenas 1% da dose administrada é excretada através da urina sob a forma inalterada e conjugada.
EFICÁCIA TERAPÊUTICA
Estrongiloidiase
Trata-se de uma infecção parasitária que pode desenvolver quadros clínicos graves que, além do comprometimento intestinal, pode causar lesões cutâneas, broncopulmonares, hepáticas, biliares, mesentéricas e miocárdicas. Estudos clínicos controlados que usaram o albendazol e o tiabendazol como padrão, efetuados em diversos países, comprovaram que a eficácia do uso de ivermectina (dose única de 170 a 200 mcg/Kg de peso corpóreo) foi significativamente maior que com o uso de albendazol (200 mg duas vezes ao dia por três dias), e equivalente a do tiabendazol (25 mg/Kg, duas vezes ao dia durante três dias). A ivermectina é considerada por alguns autores como a droga de escolha para o tratamento de estrongiloidíase.
Oncocercose
Trata-se de uma filariose que compromete a pele e o aparelho visual, sendo causada pela Onchocerca volvulus.Tem como vetor o díptero simulídeo, conhecido popularmente como "borrachudo". Uma única dose elimina rapidamente as microfilárias da pele e gradualmente elimina aquelas da córnea e da câmara anterior dos olhos. A ivermectina não elimina os vermes adultos, mas suprime a liberação das microfilárias pelo verme fêmea adulto por vários ciclos, resultando numa atividade prolongada. Estudos têm indicado que a ivermectina inibe a transferência da microfilária pela redução da contaminação do inseto vetor pelo homem. Em estudos clínicos a ivermectina mostrou ser melhor tolerada e mais segura e eficaz que a dietilcarbamazina. A avaliação da ivermectina no tratamento da oncocercose é baseada nos resultados de estudos clínicos que envolveram 1.278 pacientes. Em um estudo duplo-cego controlado com placebo, que envolveu pacientes adultos infectados pelo Onchocerca volvulus, apresentando quadro moderado a grave, os pacientes que receberam uma dose única de 150 mcg/Kg de ivermectina apresentaram 83,2% de redução no número de microfilárias da pele (média geométrica), após 3 dias da administração e 99,5%, após 3 meses. Uma redução marcante de mais de 90% foi mantida por até doze meses após essa dose única. Como ocorre com outras drogas microfilaricidas, houve aumento do número de microfilárias na câmara anterior dos olhos de alguns pacientes no terceiro dia após o tratamento. Contudo, após três e seis meses da administração da dose de ivermectina, uma parcela significativamente maior de pacientes tratados apresentou redução na contagem de microfilárias na câmara anterior, em relação aos pacientes tratados com placebo. Em estudo aberto envolvendo pacientes pediátricos com 6 a 13 anos (n=103, faixa de peso de 17 a 41 Kg), houve decréscimo semelhante no número de microfilárias da pele até 12 meses que sucederam à administração da droga.
Filariose
A filariose linfática humana, conhecida popularmente no Brasil como "elefantíase", é causada pelo helminto Wuchereria bancrofti e transmitida pelo mosquito do gênero Culex, nos quais as microfilárias desenvolvem-se e atingem o estágio infectante. Os vermes adultos vivem nos linfonodos e vasos linfáticos, enquanto as microfilárias são encontradas no sangue periférico. A ivermectina tem produzido resultados promissores em vários estudos de tratamento da filariose linfática e pode tornar-se um alternativo ou adjuvante da dietilcarbamazina se um adequado programa de tratamento puder ser encontrado. A ivermectina é efetiva contra as microfilárias e tem sido sugerido que em doses altas possa ter alguma atividade contra o verme adulto. Doses únicas de ivermectina, usualmente de 100 mcg/Kg de peso corpóreo, têm demostrado eliminar as microfilárias mais rapidamente que a dietilcarbamazina, embora o efeito seja menos sustentado. No entanto, o efeito pode ser mantido administrando-se regularmente a ivermectina, por exemplo a cada seis meses, ou administrando-se uma dose maior em intervalos menos frequentes. Uma única dose de ivermectina de 200 mcg/Kg produz uma resposta com duração de 2 anos. Outra sugestão é tratar o paciente com uma dose única de ivermectina associada à dietilcarbamazina ou ao albendazol, o que também apresenta efetividade. O uso isolado da dietilcarbamazina além de apresentar resultados relativamente fracos, também apresenta elevado índice de reações adversas em relação à ivermectina.
Escabiose
A escabiose ou sarna humana é uma dermatose de elevada incidência no Brasil, produzida pelo ácaro Sarcoptes scabiei. A escabiose é usualmente tratada com aplicação tópica de acaricida. No entanto, uma única dose oral de ivermectina tem sido efetiva para o tratamento. Em um estudo com 11 pacientes apresentando escabiose não complicada, uma única dose oral 200 mcg/Kg de ivermectina foi efetiva na cura após quatro semanas. Em um grupo de 11 pacientes também infectados pelo vírus da imunodeficiência humana, a escabiose foi curada em 8 pacientes após duas semanas. A escabiose crostosa ou norueguesa tem sido tratada eficazmente por uma dose única oral de 12 mg de ivermectina, associada à aplicação tópica de pomada contendo ácido salicílico a 3% em dois pacientes, em menos de uma semana.
Pediculose
A pediculose é produzida pelo Pediculus humanus capitis, sendo uma dermatose de elevada incidência no Brasil. Um estudo in vitro e em animais mostrou que a ivermectina mata as ninfas e fêmeas de piolhos no corpo humano. A ivermectina tem sido citada como sendo a melhor escolha para o tratamento dos casos resistentes.
INDICAÇÕES
VERMECTIL é indicado no tratamento das seguintes infecções: Estrongiloidíase intestinal causada pelo Strongyloides stercoralis. Oncocercose devido ao parasita nematóide Onchocerca volvulus.
NOTA: a ivermectina não possui atividade contra os parasitas Onchocerca volvulus adultos, portanto, a retirada cirúrgica dos nódulos subcutâneos onde residem estes parasitas pode ser considerada, uma vez que esse procedimento elimina os parasitas adultos que produzem as microfilárias. Filariose causada pelo parasita nematóide Wuchereria bancrofti. Escabiose, dermatose causada pelo Sarcoptes scabiei. Pediculose causada pelo Pediculus humanus capitis.
CONTRA-INDICAÇÕES
O uso do produto é contra-indicado em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade à ivermectina ou a qualquer um dos componentes
Devido aos efeitos nos receptores GABAérgicos do cérebro, VERMECTIL está contra-indicado para pacientes com meningite ou outras afecções do sistema nervoso central (SNC) que possam afetar a barreira hematoencefálica.
VERMECTIL não deve ser usado durante a gravidez, pois a segurança do seu uso em gestantes não foi estabelecida. O uso de VERMECTIL também deve ser evitado pelas lactantes e crianças com peso inferior a 15 Kg ou menores de 5 anos de idade.
PRECAUÇÕES
Após o tratamento com drogas microfilaricidas, os pacientes com oncodermatites hiperreativa (sowda) podem apresentar maior probabilidade que outros de sofrer reações adversas severas, especialmente edemas e agravamento da oncodermatite. Quando do tratamento da estrongiloidiase, o paciente deve ser lembrado da necessidade de submeter-se a exames de fezes repetidos para documentar a ausência de infecção por Strongyloides stercoralis.
Quando do tratamento da oncocercose, o paciente deve ser lembrado de que o tratamento com VERMECTIL não elimina os parasitas adultos e, portanto, normalmente é necessário continuar o acompanhamento, podendo ser requerida uma repetição do mesmo. No caso de filariose, o paciente deve ser advertido que o tratamento elimina apenas as microfilárias, portanto não haverá reversão das alterações clinicas já existentes, decorrentes dos parasitas adultos.
Pediculose e Escabiose: o paciente deve ser reavaliado no intervalo de uma a duas semanas para certificar-se da cura. Nesses casos, também, devem ser tratados os contactantes infestados. Em pacientes imunocomprometidos (inclusive os portadores do HIV), em tratamento da sarna crostosa e da estrongiloidiase intestinal, pode ser necessária a repetição da terapia.
Estudos clinicos adequados e controlados não foram conduzidos nestes pacientes para a determinação da dosagem ótima. Vários tratamentos, em intervalos de duas semanas podem ser necessários, e a cura pode não ser conseguida. O controle da estrongiloidiase não-intestinal nestes pacientes é dificil e a terapia supressiva, isto é, uma vez por mês, pode ser útil.
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A ivermectina não deve ser usada durante a gravidez, já que a segurança, nestes casos, não foi estabelecida.
A ivermectina é excretada no leite humano em baixas concentrações. O tratamento das mães que desejam amamentar, somente deve ser feito quando o risco em retardar o tratamento da mãe superar o possivel risco para o recém-nascido. A segurança e a eficácia de ivermectina em criança abaixo de 15 Kg não foram estabelecidas.
Não há informação especifica comparando o uso de ivermectina em idosos e o uso em outro grupo etário. Portanto, VERMECTIL somente deverá ser usado por pacientes idosos sob estrito controle médico.
VERMECTIL pode causar sonolência, portanto, tenha cuidado ao operar máquinas ou dirigir veiculos, pois sua habilidade e atenção podem estar comprometidas.
Carcinogenicidade, mutagenicidade e teratogenicidade: não foram realizados estudos a longo prazo com animais a fim de avaliar o potencial carcinogênico da ivermectina. No ensaio de Ames para verificação de mutagenicidade microbiana in vitro com Salmonella typhimurium, variedades TA1535, TA1537, TA98 e TA100, com e sem ativação de sistema enzimático de figado de rato, bem como em ensaios de citotoxicidade e mutagenicidade empregando linfoma de camundongo linhagem L5178Y e em ensaio de sintese de DNA com fibroblastos humanos, a ivermectina não evidenciou sinais de genotoxicidade. No entanto, a ivermectina demonstrou ser teratogênica em camundongos, ratos e coelhos quando administrada em doses repetidas de 0, 2; 8, 1 e 4, 5 vezes a dose máxima recomendada para humanos, respectivamente (baseada em mg/m2/dia). A teratogenicidade foi caracterizada nas três espécies testadas por fissuras palatinas. Foi observada, também, a deformação das patas dianteiras em coelhos. Esses efeitos foram obtidos somente com doses iguais ou próximas aos niveis tóxicos para fêmeas prenhes. Portanto, a ivermectina não parece ser seletivamente tóxica para o feto em desenvolvimento. A ivermectina não produziu efeitos adversos sobre a fertilida2de de ratos em estudos com doses repetidas de até três vezes a dose máxima recomendada para humanos 200 mcg/Kg, baseada em mg/m2/dia.
ADVERTÊNCIAS
Dados históricos demonstram que drogas microfilaricidas, como o citrato de dietilcarbamazina, podem causar reações cutâneas e/ou sistêmicas de variada gravidade (reação de Mazzotti), e reações oftálmicas em paciente com oncocercose. Essas reações provavelmente se devem às respostas alérgicas e inflamatórias causadas pela morte das microfilárias. Pacientes com oncocercose tratados com ivermectina podem sofrer essas reações, além de possiveis reações adversas relacionadas à própria droga. O tratamento de severas reações de Mazzotti não foi submetido a estudos clinicos controlados. Hidratação oral, repouso, soluções salinas intravenosas e/ou corticosteróides parenterais foram usados no tratamento da hipotensão postural. Anti-histaminicos e/ou ácido acetilsalicilico foram usados na maioria dos casos leves a moderados.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não há relato sobre interações medicamentosas com a ivermectina, contudo deve ser administrada com critério em pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas devido ao uso da ivermectina são, em geral, de natureza leve e transitória. Podem, raramente, ocorrer as seguintes reações: diarréia, náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, vômitos, tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações cutâneas incluem prurido, erupções e urticárias.
As reações do tipo Mazzotti e oftálmicas, associadas ao tratamento da oncocercose ou à própria doença, não devem ser esperadas em pacientes com estrongiloidiase tratados com a ivermectina.
No tratamento da oncocercose, as reações de hipersensibilidade resultantes da morte das microfilárias após o tratamento com a ivermectina provocam sintomas de reação do tipo Mazzotti: artralgias/sinovite, dor abdominal, aumento de volume e da sensibilidade dos nódulos linfáticos, principalmente dos nódulos axilares, cervicais e inguinais, prurido, erupções, urticárias, taquicardia e febre. Durante o tratamento da oncocercose, outras reações menos comuns são cefaléia, mialgia e edemas facial e periféricos.
Reações oftálmicas durante o tratamento da oncocercose são raras e podem estar ligadas à doença. Os efeitos secundários, após a terapia com a ivermectina, podem ser: sensação de anormalidade nos olhos, edema de pálpebra, uveite anterior, conjuntivite, limbite, queratite e coriorretinite ou coroidite. Raramente essas reações podem tornar-se graves ou associadas à perda da visão e, de forma geral, são resolvidas sem a necessidade de tratamento com corticosteróides.
A hipotensão, principalmente a hipotensão ortostática, e a exacerbação da asma brônquica foram relatadas durante a terapia com a
da fórmula.ivermectina, em vários paises. INTERFERÊNCIAS EM EXAMES LABORATORIAIS
A ivermectina pode causar eosinofilia transitória, aumento nos níveis das transaminases e aumento da hemoglobina. Leucopenia e anemia foram verificadas em um paciente.
POSOLOGIA
Tratamento da estrongiloidiase, filariose, escabiose e pediculose:
A dose recomendada de VERMECTIL para o tratamento dessas afecções é uma dose única oral de 200 mcg/Kg de peso corporal. Consulte a tabela abaixo para orientar-se sobre a dosagem:
PESO CORPORAL ( Kg )
DOSE ORAL ÚNICA
15 a 24
V comprimido
25 a 35
1 comprimido
36 a 50
1 e Vi comprimido
51 a 65
2 comprimidos
66 a 79
2 e V comprimidos
> 80
200 mcg/Kg
Em geral, não são necessárias outras doses. Contudo, devem ser feitos exames de fezes para acompanhamento (estrongiloidíase) e avaliações clínicas (demais afecções) para verificar a erradicação da patologia.
Os comprimidos devem ser ingeridos com água, duas horas antes ou após o café da manhã, ou a critério médico.
Oncocercose :
A dosagem recomendada para o tratamento da oncocercose é uma dose única oral de 150 mcg/Kg de peso corporal. Consulte a tabela abaixo para orientar-se sobre a dosagem:
PESO CORPORAL ( Kg )
DOSE ORAL ÚNICA
15 a 25
V comprimido
26 a 44
1 comprimido
45 a 64
1 e V comprimido
65 a 84
2 comprimidos
> 85
150 mcg/Kg
Em campanhas de distribuição em massa inseridas em programas de tratamento internacional, o intervalo entre as doses adotado de forma mais comum foi de 12 meses. No tratamento individual de pacientes pode-se reconsiderar uma nova dosagem em intervalo de 3 meses Os comprimidos devem ser ingeridos com água, duas horas antes ou após o café da manhã, ou a critério médico.
SUPERDOSAGEM
Foram observados mais frequentemente os seguintes efeitos adversos em seres humanos intoxicados acidentalmente ou sujeitos à exposição excessiva de ivermectina de uso veterinário, por ingestão, inalação ou contato da droga com o corpo: erupção cutânea, edema, dor de cabeça, tontura, astenia, náusea, vômito e diarréia. Outros efeitos adversos observados com menor frequência são: convulsões, ataxia, dispnéia, dor abdominal, parestesia e urticária. Em caso de intoxicação acidental, a terapia de apoio, quando indicada, deve incluir a administração parenteral de fluidos e eletrólitos, assistência respiratória (oxigênio e ventilação mecânica quando necessário) e agentes hipertensores no caso de hipotensão clinicamente significativa.
Pode ser indicada indução ao vômito e/ou lavagem gástrica o mais rápido possível, seguida de laxantes e outras medidas usuais, quando necessárias, para evitar a absorção do produto ingerido.
USO EM IDOSOS
Não há informação específica comparando o uso de ivermectina em idosos e o uso em outro grupo etário. Portanto, VERMECTIL somente deverá ser usado por pacientes idosos sob estrito controle médico.
ATENÇÃO: "ESTE PRODUTO É UM NOVO MEDICAMENTO E EMBORA AS PESQUISAS REALIZADAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS AINDA NÃO DESCRITAS OU CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO".
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA –
NÚMERO DO LOTE, DATA DE FABRICAÇÃO E PRAZO DE VALIDADE: VIDE CARTUCHO.
Produzido por: CIFARMA – Científica Farmacêutica Ltda.
Av. das Indústrias, 3651 – Bicas – CEP: 33040-130 – Santa Luzia / MG CNPJ: 17.562.075/0003-20 – Indústria Brasileira Farm. Resp.: Dr3. Michele Caldeira Landim – CRF/GO: 5122
MABRA – Divisão Médica CIFARMA – Científica Farmacêutica Ltda.
Rod. BR 153, Km 5,5 – CEP: 74675-090 – Goiânia / GO CNPJ: 17.562.075/0001-69 – Indústria Brasileira