Princípio ativo: clodronato dissódico
Bonefós®
clodronato dissódico
Bayer Schering Pharma
Informação importante! Leia com atenção!
FORMAS FARMACÊUTICAS:
Cápsula e solução injetável
APRESENTAÇÕES:
Cartucho contendo frasco com 30 cápsulas Cartucho contendo 5 ampolas com 5 mL cada Cartucho contendo 1 ampola com 25 mL cada
Uso Adulto
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula contém clodronato dissódico tetraidratado correspondente a 400 mg de clodronato dissódico anidro.
Excipientes: talco, estearato de cálcio, dióxido de silício e lactose. Cada mL da solução injetável contém clodronato dissódico tetraidratado correspondente a 60 mg de clodronato dissódico anidro. Excipientes: hidróxido de sódio, água para injeção
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante ler as informações contidas na bula, verificar o prazo de validade, o conteúdo e a integridade da embalagem. Mantenha a bula do produto sempre em mãos para qualquer consulta que se faça necessária.
AÇÃO ESPERADA DO MEDICAMENTO:
Bonefós® (clodronato dissódico) está indicado no tratamento de distúrbios ósseos decorrentes de doenças malignas, inibindo a destruição óssea anormal. Converse com o seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre a ação do produto e sua utilização.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO:
O medicamento deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C). As cápsulas devem ser armazenadas em local protegido da umidade. A solução injetável não deve ser congelada. Veja também as orientações descritas no item "Posologia" relativas à diluição para infusão.
PRAZO DE VALIDADE:
Ao adquirir o medicamento confira sempre o prazo de validade impresso na
embalagem externa do produto.
Nunca use medicamento com prazo de validade vencido.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
A amamentação deve ser interrompida durante a terapia com Bonefós® (clodronato dissódico).
"Informe seu médico a ocorrência de gravidez na Vigência do tratamento ou após o seu termino".
"Informar ao médico se está amamentando"
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO E MODO DE USAR:
r Bonefós® (clodronato dissódico) cápsula
Você deve ingerir bastante líquido (como água) antes, durante e após o tratamento, pois o clodronato é eliminado principalmente por via renal. Você deve utilizar Bonefós® (clodronato dissódico) exatamente como foi prescrito por seu médico.
Se seu médico prescrever uma única dose diária de Bonefós® (clodronato dissódico), você deve ingeri-la preferencialmente pela manhã, com estômago vazio e com um copo de água. Após o uso de Bonefós® (clodronato dissódico) você não deve ingerir alimentos, bebidas (exceto água) e medicamentos por uma hora. Se seu médico prescrever duas doses diárias, a primeira dose deve ser ingerida conforme as recomendações acima. A segunda deve ser ingerida entre as refeições, no mínimo duas horas após e uma hora antes de comer, beber (exceto água) ou ingerir qualquer outro medicamento.
As cápsulas de Bonefós® (clodronato dissódico) devem ser ingeridas inteiras e com água.
Se seu médico prescrever uma dose diária de 1.600 mg de Bonefós® (clodronato dissódico), esta deve ser ingerida de uma só vez, conforme descrito acima. Quando a dose diária for maior que 1.600 mg, a dose excedente deve ser ingerida separadamente, em uma segunda tomada, como descrito acima. As cápsulas de Bonefós® (clodronato dissódico) nunca devem ser ingeridas com leite, alimentos ou medicamentos contendo cálcio ou outros cátions bivalentes (átomos com carga positiva) porque eles diminuem a absorção do clodronato.
– Pacientes com função renal normal:
Se você tem hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue) devido à doença maligna, você normalmente irá receber o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico) por via intravenosa. Entretanto, se seu médico prescrever Bonefós® (clodronato dissódico) cápsula, a dose inicial usual é 2.400 mg ou 3.200 mg diários. Dependendo do efeito, a dose pode ser reduzida gradativamente para 1.600 mg diários para manter os níveis de cálcio normais. Se você tem osteólise (desintegração ou degeneração do tecido ósseo) devido à doença maligna, a dose diária recomendada é de 1.600 mg. A dose pode ser aumentada se necessário, mas não deve exceder 3.200 mg diários.
– Pacientes com insuficiência renal:
Bonefós® (clodronato dissódico) deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência renal. Doses diárias excedendo 1.600 mg não devem ser utilizadas continuamente. A dose de Bonefós® (clodronato dissódico) será reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal diagnosticada por seu médico: Depuração de creatinina 50-80 mL/min: 1.600 mg diariamente (redução da dose não é recomendada).
Depuração de creatinina 30-50 mL/min: 1.200 mg diariamente. Depuração de creatinina menor que 30 mL/min: 800 mg diariamente.
r Bonefós® (clodronato dissódico) intravenoso (apenas para tratamento de curta duração)
Você precisa ingerir bastante líquido (água) antes, durante e após o tratamento. Seu médico irá solicitar exames regularmente para monitorar suas condições antes e durante seu tratamento.
O período para que o nível de cálcio seja mantido dentro de uma faixa aceitável após a infusão com Bonefós® (clodronato dissódico) varia consideravelmente de paciente para paciente. Se necessário, a infusão pode ser repetida para controlar os níveis de cálcio ou, como alternativa, o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico) cápsulas pode ser mais apropriado.
Não existe informação sobre a compatibilidade de Bonefós® (clodronato dissódico) injetável com outros medicamentos ou soluções para injeção administradas por via intravenosa. Conseqüentemente, Bonefós® (clodronato dissódico) concentrado somente deve ser diluído e administrado conforme descrito abaixo.
– Pacientes com função renal normal:
Dose única: 1.500 mg de Bonefós® (clodronato dissódico) concentrado pode ser administrado como dose intravenosa única, diluída em 500 mL de solução salina (cloreto de sódio 9 mg/mL) ou solução de glicose 5% (50 mg/mL), com infusão por quatro horas. Solução de Ringer não deve ser utilizada. Dose múltipla: 300 mg de Bonefós® (clodronato dissódico) concentrado, diluído em 500 mL de solução salina (cloreto de sódio 9 mg/mL) ou solução de glicose 5% (50 mg/mL), é administrado por via intravenosa por um período de 2 horas em dias consecutivos. Solução de Ringer não deve ser utilizada. A concentração normal de cálcio no sangue geralmente é obtida dentro de 5 dias. Se necessário seu médico poderá continuar esse tratamento diariamente por no máximo 7 dias.
– Pacientes com insuficiência renal:
A dose de Bonefós® (clodronato dissódico) concentrado deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal, conforme segue: Depuração de creatinina 50-80 mL/min: redução de 25% da dose. Depuração de creatinina 12-50 mL/min: redução de 25-50% da dose. Depuração de creatinina abaixo de 12 mL/min: redução de 50% da dose. A dose recomendada para pacientes em hemodiálise é 300 mg de Bonefós® (clodronato dissódico), infundido antes da diálise e 150 mg nos dias sem diálise. O tratamento será limitado a 5 dias. Diálise peritoneal remove muito pouco do clodronato em circulação.
r Se você utilizar uma quantidade maior de Bonefós® (clodronato dissódico) do que a dose recomendada
Foram relatados aumentos nos níveis de creatinina e disfunção renal com altas doses de clodronato intravenoso.
Beba bastante líquido e entre em contato com seu médico que irá monitorar sua função renal e níveis de cálcio.
r Se você esquecer de ingerir Bonefós® (clodronato dissódico)
Não utilize dose dobrada para compensar doses individuais esquecidas. Utilize a próxima dose no horário habitual.
"Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento."
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO:
"Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico." Se você deseja parar o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico), converse primeiramente com seu médico.
REAÇÕES ADVERSAS:
Como todos medicamentos, Bonefós® (clodronato dissódico) pode ocasionar reações adversas, embora nem todos as apresentem.
Se você perceber qualquer reação não mencionada nesta bula converse com seu médico.
A reação adversa mais comum é diarréia, que normalmente é leve e ocorre com mais freqüência com doses elevadas.
As seguintes reações adversas podem ocorrer com Bonefós®(clodronato dissódico) cápsula ou injetável, embora afreqüência das reações possa diferir de uma para outra.
Reações adversas freqüentes: entre 1 e 10 em 100 pessoas podem apresentar essas reações.
Reações adversas raras: menos de 1 em cada 10.000 pessoas podem apresentar essas reações.
r Distúrbios metabólicos e nutricionais
Freqüente: baixo nível de cálcio no sangue (sem qualquer sintoma); Raro: baixo nível de cálcio no sangue (sintomático), aumento dos níveis séricos do hormônio da paratireóide(um hormônio das glândulas pequenasjunto à glândula da tiróide) associado com redução dos níveis séricos de cálcio, aumento nas concentrações séricas dafosfatase alcalina(em pacientes com doenças metastáticas, isso pode ocorrer também devido à doença do fígado e nos ossos).
Distúrbios gastrintestinais
Freqüentes: diarréia, náusea, vômito (que são geralmente leves). Distúrbios hepatobiliares
Freqüente: elevação das transaminases (um grupo de enzimas do fígado), dentro do intervalo normal.
Raro: elevação das transaminases, excedendo duas vezes o intervalo normal, sem associação com a redução dafunção hepática.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Raro: hipersensibilidade (reações na pele). Ocasionalmente, foram observadas as seguintes reações:
Distúrbios respiratórios, torácicos (peito) e do mediastino (relacionado à área central do peito, entre os pulmões)
Diminuição dafunção respiratória em pacientes asmáticos sensíveis ao ácido acetilsalicílico (aspirina). Reações de hipersensibilidade manifestadas como distúrbios respiratórios.
Distúrbios renais e urinários
Diminuição dafunção renal(elevação da creatininasérica e proteinúria – quantidade excessiva de proteína na urina); lesões renais graves, especialmente após infusão intravenosa rápida de doses elevadas de clodronato. Foram relatados casos isolados defalência renal, com resultados fatais em casos raros, especialmente quando são utilizados ao mesmo tempo analgésicos antiinflamatórios não-esteroidais, principalmente diclofenaco.
Distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conectivos
Foram relatados casos isolados de osteonecrose (necrose no osso) de mandíbula,
principalmente em pacientes que foram tratados previamente com amino-
bisfosfonatos como zoledronato e pamidronato.
Dor intensa no osso, nas articulações e/ou nos músculosforam reportados em
pacientes recebendo Bonefós®(clodronato dissódico). No entanto, esses casos têm
sido poucofreqüentes e, em estudos controlados com placebo, nenhuma diferença
foi notada entre pacientes tratados com placebo e Bonefós®(clodronato dissódico). O
aparecimento dos sintomas varia de dias a muitos meses após o início do tratamento
com Bonefós®(clodronato dissódico).
"Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis."
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
INGESTÃO CONCOMITANTE COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS:
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteia usando ou tenha usado recentemente, inclusive medicamentos de venda sem prescrição médica. Alguns medicamentos podem aumentar ou diminuir a efetividade de Bonefós® (clodronato dissódico). Converse com seu médico caso você tenha dúvida se pode usar Bonefós® (clodronato dissódico).
Bonefós® (clodronato dissódico) não deve ser utilizado com outros bisfosfonatos (medicamentos que aaudam a prevenir a perda de cálcio dos ossos). O uso de Bonefós® (clodronato dissódico) com analgésicos antiinflamatórios não-esteroidais, particularmente o diclofenaco, pode aumentar o risco de disfunção renal. Bonefós® (clodronato dissódico) deve ser utilizado com precaução durante o uso de antibióticos aminoglicosídeos (como por exemplo amicacina e gentamicina) devido ao aumento do risco de hipocalcemia.
O uso de Bonefós® (clodronato dissódico) concomitantemente com fosfato de estramustina (tratamento para câncer de próstata) pode aumentar a quantidade de fosfato de estramustina no sangue em até 80%. Bonefós® (clodronato dissódico) concentrado não deve ser administrado intravenosamente com soluções contendo cátions bivalentes (átomos com carga positiva), por exemplo, solução de Ringer.
As cápsulas de Bonefós® (clodronato dissódico)não devem ser ingeridas com alimentos ou medicamentos contendo cátions bivalentes(átomos com carga positiva), por exemplo, antiácidos ou preparações contendo ferro. "Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteia usando, antes do início ou durante o tratamento."
CONTRA-INDICAÇÕES:
O produto é contra-indicado para pacientes que apresentam hipersensibilidade
(alergia) ao clodronato dissódico ou aos demais componentes do produto e para aqueles em tratamento com outros bisfosfonatos (medicamentos que aaudam a prevenir a perda de cálci
PRECAUÇÕES:
Você deve ingerir bastante líquido durante o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico), particularmente se você estiver recebendo Bonefós® (clodronato dissódico) por via intravenosa, ou se sofrer de hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue)ou problemas renais graves (insuficiência renal).
Bonefós® (clodronato dissódico) deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência renal.
Pode ocorrer lesão renal grave se doses maiores que a recomendadaforem administradas intravenosamente, especialmente se a infusão for muito rápida. Em pacientes com câncer, recebendo tratamento com bisfosfonatos orais e intravenoso (medicamentos que aaudam a prevenir a perda de cálcio dos ossos), pode ocorrer osteonecrose (necrose do osso) de mandíbula (geralmente associado com extração do dente e/ou infecção local – incluindo infecção óssea). Seu médico pode lhe orientar sobre a necessidade de tratamento odontológico preventivo antes de prescrever o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico), se você tiver algum risco (por exemplo devido a câncer, quimioterapia, radioterapia, corticosteróides, pouca higiene dental). Você deve evitar procedimentos dentários invasivos enquanto você estiver sendo tratado com Bonefós® (clodronato dissódico).
Uso de Bonefós®(clodronato dissódico) com alimentos e bebidas
As cápsulas de Bonefós® (clodronato dissódico) devem ser ingeridas apenas com água e com o estômago vazio. Após a utilização de Bonefós® (clodronato dissódico) você não deve comer, beber (exceto água) ou tomar outros medicamentos por uma hora, pois isto pode interferir com a absorção de Bonefós® (clodronato dissódico).
Crianças e idosos
Bonefós® (clodronato dissódico) não deve ser utilizado por crianças, pois a segurança e eficácia não foram estabelecidas em crianças. Não existem recomendações especiais para idosos. Estudos clínicos incluíram pacientes com idade superior a 65 anos e nenhuma reação adversa específica desta faixa etáriafoi relatada.
Gravidez e lactação
Bonefós® (clodronato dissódico) não deve ser utilizado por gestantes. O clodronato atravessa a barreira placentária em animais, não se sabe se ele passa para ofeto em humanos ou se pode causar danos aofeto ou se afeta a reprodução em humanos. Não se sabe se o clodronato é excretado com o leite materno. Não érecomendado amamentar durante o tratamento com Bonefós®(clodronato dissódico).
Habilidade para dirigir e operar máquinas
O efeito de Bonefós®(clodronato dissódico) na habilidade de dirigir e operar máquinas não é conhecido.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
CARACTERÍSTICAS:
r Farmacodinâmica
O clodronato pertence à classe dos bisfosfonatos. É um análogo do pirofosfato natural. Os bisfosfonatos possuem elevada afinidade por tecidos mineralizados, como o ósseo. In vitro, eles inibem a precipitação do fosfato de cálcio, bloqueiam sua transformação em hidroxiapatita, retardam a agregação dos cristais de apatita em cristais maiores, assim como retardam a dissolução destes cristais. No entanto, o mecanismo de ação mais importante do clodronato é o seu efeito inibitório sobre a reabsorção óssea osteoclástica. O clodronato inibe a reabsorção óssea induzida de várias maneiras. Em ratos em crescimento verificou-se que a inibição da reabsorção óssea promovida por doses elevadas de clodronato causou o alongamento das metáfises de ossos longos.
Em ratas ovariectomizadas, a reabsorção óssea é inibida após administração subcutânea de baixas doses como, por exemplo 3 mg/kg, uma vez por semana. Doses farmacológicas do clodronato previnem a redução da resistência óssea. A eficácia farmacológica do clodronato foi demonstrada em diferentes estudos pré-clínicos envolvendo animais portadores de osteoporose, inclusive aquela causada por deficiência estrogênica. O clodronato demonstrou inibir a reabsorção óssea em uma relação dose-dependente sem causar efeitos deletérios sobre a mineralização ou sobre outros aspectos da qualidade óssea. O clodronato também inibe a reabsorção óssea presente na osteodistrofia renal experimental. A habilidade do clodronato em inibir a reabsorção óssea em humanos foi estabelecida por meio de estudos histológicos, cinéticos e bioquímicos. No entanto, os mecanismos exatos da inibição da reabsorção óssea são parcialmente desconhecidos. O clodronato suprime a atividade dos osteoclastos, reduzindo a concentração do cálcio plasmático e a excreção urinária do cálcio e da hidroxiprolina. Em mulheres na pré e pós-menopausa, o clodronato previne a perda óssea no quadril e na espinha lombar, decorrentes do câncer de mama. Não foi observado qualquer efeito sobre a mineralização óssea normal de indivíduos tratados com clodronato isoladamente e em doses capazes de promover a inibição da reabsorção óssea. Em pacientes portadores de câncer de mama e mieloma múltiplo foi observada diminuição do risco de fraturas.
r Farmacocinética
Absorção:
Como ocorre com outros bisfosfonatos, a absorção gastrintestinal do clodronato é baixa, aproximadamente 2%. Sua absorção é rápida e o pico da concentração sérica é atingido 30 minutos após uma única administração oral. Devido à elevada afinidade do clodronato pelo cálcio e outros cátions bivalentes, sua absorção é bastante reduzida quando administrado concomitantemente com alimentos ou medicamentos que contenham tais íons. Em um estudo comparativo, no qual o clodronato foi administrado 0,5 h ou 1,0 h antes do café da manhã, verificou-se biodisponibilidade relativa de 69% e 91%, respectivamente, quando comparada à administração de referência, ou seja, 2 horas antes do café dç manhã; esta diferença não foi considerada estatisticamente significativa. Além disso, há uma grande variação inter e intra-individual na absorção gastrintestinal do clodronato. Apesar da grande variação intra-individual na absorção do clodronato, a exposição ao mesmo permanece constante durante tratamentos prolongados.
Distribuição e eliminação:
A ligação do clodronato à proteína plasmática é baixa e o volume de distribuição é de 20 a 50 l. A eliminação plasmática do clodronato é caracterizada por 2 fases distintas: a fase de distribuição com meia-vida de aproximadamente 2 horas e a fase de eliminação, a qual é muito lenta devido à forte ligação do clodronato ao tecido ósseo. O clodronato é eliminado principalmente por via renal. Cerca de 80% do clodronato absorvido aparece na urina após alguns dias de sua administração. A fração ligada aos ossos, correspondente a cerca de 20% da quantidade absorvida, é excretada mais lentamente e a depuração renal corresponde a cerca de 75% da depuração plasmática.
Características dos pacientes:
Uma vez que o clodronato atua sobre os ossos, não há uma relação clara entre sua concentração plasmática ou sangüínea com a atividade terapêutica ou reações adversas. Com exceção da insuficiência renal, a qual diminui a depuração renal do clodronato, o perfil farmacocinético do clodronato não é afetado por qualquer fator conhecido relacionado à idade, metabolismo de medicamentos ou outras condições patológicas.
Dados de segurança pré-clínicos
r Toxicidade aguda
Estudos com doses únicas em camundongos e ratos forneceram os seguintes valores de DL50:
Administração oral
Administração intravenosa
> 3.600 mg/kg (camundongo) 2.200 mg/kg (rato)
160 mg/kg (camundongo) 120 mg/kg (rato)
Em camundongos e ratos, os sinais clínicos de toxicidade aguda consistem em diminuição da atividade motora, convulsões, inconsciência e dispnéia. Em mini-porcos, uma dose intravenosa de 240 mg/kg foi tóxica após duas ou três infusões.
r Tolerância sistêmica
Estudos de toxicidade em doses repetidas com duração de 2 semanas a 12 meses foram realizados em ratos e mini-porcos. Poucas mortes foras reportadas nestes estudos. A administração intravenosa foi letal para ratos em doses diárias de 140 mg/kg e 160 mg/kg após 1 a 7 dias. Em mini-porcos, a dose diária de 80 mg/kg após 7 a 13 dias causou vômito e fraqueza generalizada antes da morte. Em doses orais diárias de 100 a 480 mg/kg em ratos e 800 mg/kg em mini-porcos, não foi notada mortalidade relacionada à substância em teste. Em estudos de toxicidade, o efeito do clodronato foi observado nos seguintes órgãos: ossos (esclerose relacionada ao efeito farmacológico do clodronato); trato gastrointestinal (irritação), sangue (linfopenia, efeito na homeostase); rins (túbulos dilatados, proteinúria) e fígado (elevação das transaminases séricas).
r Toxicidade reprodutiva
Em estudos com animais o clodronato não causou danos ao feto, mas altas doses diminuíram a fertilidade em machos. Após um mês de administração subcutânea a ratos neonatos, foram encontradas alterações esqueléticas semelhantes à osteopetrose, relacionadas aos efeitos farmacológicos do clodronato.
r Potencial genotóxico e tumorigenicidade
O clodronato não demonstrou potencial genotóxico. Nenhum efeito carcinogênico tem sido observado em estudos com ratos e camundongos.
INDICAÇÕES:
Bonefós® (clodronato dissódico) é indicado para o tratamento do aumento da reabsorção óssea devido às doenças malignas com ou sem hipercalcemia. A via intravenosa destina-se apenas ao tratamento de hipercalcemia devido à doença maligna.
CONTRA-INDICAÇÕES:
Bonefós® (clodronato dissódico) é contra-indicado para pacientes que apresentem hipersensibilidade ao clodronato dissódico ou aos demais componentes do produto e no tratamento concomitante com outros bisfosfonatos.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS:
Deve ser mantida hidratação adequada durante o tratamento com clodronato, principalmente quando administrado por infusão intravenosa e em pacientes com hipercalcemia ou insuficiência renal. Em pacientes com insuficiência renal, Bonefós®(clodronato dissódico) deve ser administrado com precauções adicionais (vide "Posologia" para ajustar a dose em pacientes com insuficiência renal).
A administração intravenosa de clodronato em doses muito mais elevadas que as recomendadas, especialmente se administrada rapidamente, pode causar danos renais graves.
Foi relatada osteonecrose de mandíbula, geralmente associada com extração de dente e/ou infecção local (incluindo osteomielite), em pacientes com câncer com esquema de tratamento incluindo bisfosfonatos intravenoso e oral. Muitos destes pacientes estavam recebendo também quimioterapia e corticosteróides.
Tratamento odontológico preventivo deve ser considerado antes do tratamento com bisfosfonatos nos pacientes com fatores de risco concomitantes (por exemplo câncer, quimioterapia, radioterapia, corticosteróides, pouca higiene dental) e os procedimentos dentários invasivos devem ser evitados enquanto os pacientes estiverem sendo tratados com bisfosfonatos.
Para pacientes que desenvolvem osteonecrose de mandíbula quando em terapia com bisfosfonatos, uma cirurgia dental pode exacerbar a condição. Não há dados disponíveis para sugerir que a descontinuação do tratamento com bisfosfonatos reduz o risco de osteonecrose de mandíbula, nos pacientes que requerem procedimentos odontológicos. A avaliação clínica do médico responsável pelo tratamento deve orientar o esquema terapêutico de cada paciente baseado na avaliação individual do Tan risco/benefício. pref
r Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas Não são conhecidos.
r Gravidez e lactação
Embora o clodronato atravesse a barreira placentária em animais, não se sabe se ele passa para o feto em humanos. Também não se sabe se causa danos ao feto ou se afeta a reprodução em humanos. Portanto, o clodronato não deve ser utilizado por gestantes, a menos que as vantagens terapêuticas superem claramente quaisquer riscos.
Não se sabe se o clodronato é excretado com o leite materno. Uma vez que muitos medicamentos são excretados com o leite materno e devido ao potencial do clodronato para reações adversas clinicamente significativas em lactentes, não é recomendado amamentar durante o tratamento com clodronato.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uso concomitante de clodronato com outros bisfosfonatos é contra-indicado.
Existem relatos de que o uso concomitante de clodronato e analgésicos antiinflamatórios não-esteroidais, mais freqüentemente o diclofenaco, está associado à disfunção renal.
Deve-se ter cautela no uso concomitante de clodronato com aminoglicosídeos, devido ao aumento do risco de hipocalcemia. Existem relatos de que o uso concomitante de clodronato com fosfato de estramustina aumenta a concentração sérica deste último em até 80%. O clodronato forma complexos pouco solúveis com cátions bivalentes e, desta maneira, não deve ser administrado intravenosamente com soluções contendo cátions bivalentes (por exemplo solução de Ringer). Adicionalmente, as cápsulas de clodronato não devem ser administradas com alimentos ou medicamentos que contêm cátions bivalentes (por exemplo, os antiácidos e produtos contendo ferro).
REAÇÕES ADVERSAS:
A reação mais comumente relatada é diarréia, que geralmente é leve e ocorre mais freqüentemente com doses mais elevadas. Em um estudo clínico randomizado, controlado com placebo, que investigou a prevenção de metástases esqueléticas em câncer de mama primário operável, 1.079 pacientes foram avaliados com relação à segurança, e diarréia sem gravidade foi o único evento adverso significativamente mais comum no grupo do clodronato (1.600 mg/dia por 2 anos) comparado com o grupo do placebo. Em um estudo randomizado controlado com placebo com 5.592 pacientes com idade de 75 anos ou mais, recebendo 800 mg de clodronato por dia por 3 anos para a prevenção de fraturas devido à osteoporose, somente diarréia, náusea e vômito foram aumentados quando comparados com o placebo.
Essas reações adversas podem ocorrer tanto com a forma oral quanto intravenosa, embora a freqüência possa diferir de uma para a outra.
Classificação por sistema corpóreo
Freqüente > 1/100 a < 1/10
Raro
> 1/10.000 a < 1/1.000
Distúrbios nutricionais e do metabolismo
Hipocalcemia assintomática
Hipocalcemia sintomática. Aumento do hormônio da paratireóide sérico associado com redução do cálcio sérico. Aumento da fosfatase alcalina sérica*.
Distúrbios gastrintestinais
Diarréia** Náusea** Vômito**
Distúrbios hepatobiliares
Aumento das transaminases usualmente dentro do intervalo normal
Aumento das transaminases excedendo duas vezes o intervalo normal sem associação com função hepática anormal
Distúrbios da pele e dos tecidossubcutâneos
Reações de hipersensibilidade manifestadas como reações na pele
* em pacientes com doença metastática, pode também ser devido à doença Aepática e óssea. ** normalmente leve
r Experiência pós-comercialização
– Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: Diminuição da função respiratória nos pacientes asmáticos sensíveis ao ácido acetilsalicílico (aspirina). Reações de hipersensibilidade que se manifestam como distúrbios respiratórios.
– Distúrbio renal e urinário:
Diminuição da função renal (aumento da creatinina sérica e proteinúria), lesões renais graves especialmente após infusão intravenosa rápida de doses elevadas de clodronato (para instruções sobre dosagem, veja item "Posologia").
Foram relatados casos isolados de insuficiência renal, com resultados fatais em casos raros, especialmente com uso concomitante de antiinflamatórios não-esteroidais, mais freqüentemente o diclofenaco.
– Distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conectivos: Foram relatados casos isolados de osteonecrose de mandíbula, principalmente em pacientes que foram tratados previamente com amino-bisfosfonatos como zoledronato e pamidronato (veja item "Precauções"). Dor intensa no osso, nas articulações e/ou nos músculos foram reportados em pacientes recebendo Bonefós®(clodronato dissódico). No entanto, esses casos têm sido pouco freqüentes e, em estudos controlados com placebo, nenhuma diferença foi notada entre pacientes tratados com placebo e Bonefós®(clodronato dissódico). O aparecimento dos sintomas varia de dias a muitos meses após o início do tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico).
Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado para descrever uma determinada reação e seus sinônimos e condições relacionadas. Os termos das reações adversas no item "Reações adversas" são baseados no MedDRA versão 8.1.
POSOLOGIA:
O clodronato é eliminado principalmente pela via renal. Portanto, deve ser mantida hidratação adequada durante o tratamento com Bonefós® (clodronato dissódico).
r Crianças
A segurança e a eficácia não foram estabelecidas no tratamento de pacientes pediátricos.
r Idosos
Não existem recomendações especiais para idosos. Estudos clínicos incluíram pacientes com idade superior a 65 anos e nenhuma reação adversa específica desta faixa etária foi relatada.
r Via infusão intravenosa (apenas para tratamentos de curta duração)
Deve-se manter hidratação adequada do paciente, assim como monitorar a função renal e os níveis séricos de cálcio, antes e durante o período de tratamento. O período para que um nível sérico de cálcio clinicamente aceitável seja mantido após infusão de clodronato, varia consideravelmente de paciente para paciente. Se necessário, a infusão pode ser repetida para controlar o nível sérico de cálcio ou, como alternativa, pode-se instituir o tratamento com clodronato por via ora se for apropriado.
A estabilidade físico-química do produto diluído foi comprovada por até 24 horas, quando armazenado entre 15°C e 25°C. No entanto, do ponto de vista ■ microbiológico, a solução diluída deve ser imediatamente utilizada. Caso a solução diluída não seja administrada imediatamente, deve-se assegurar o armazenamento adequado em temperatura de 2°C a 8°C, por período não superior a 24 horas, e que a preparação da diluição tenha sido feita de modo a evitar qualquer contaminação microbiológica.
Não foi estudada compatibilidade de Bonefós® (clodronato dissódico) injetável com outros medicamentos administrados na mesma infusão ou outras soluções para injeção. Portanto, a solução injetável concentrada somente deve ser diluída e administrada como recomendado abaixo.
– Pacientes com função renal normal:
Tratamento de hipercalcemia devido à doença maligna
Recomenda-se a dose diária de 300 mg (1 ampola de 5 mL) por dia, a qual deve diluída em 500 mL de solução salina (cloreto de sódio 9 mg/mL) ou de solução d glicose 5% (50 mg/mL). A solução preparada deve ser administrada por infusão durante pelo menos 2 horas, em dias consecutivos, até obter-se calcemia normal, o que ocorre habitualmente no intervalo de 5 dias. De modo geral, o tratamento não deve ser prolongado por mais de 7 dias. Alternativamente, a dose de 1.500 mg de clodronato pode ser administrada em dose única, diluída em 500 mL, como descrito acima e por infusão durante 4 horas.
– Pacientes com insuficiência renal: ■
Tratamento de hipercalcemia devido à doença maligna Recomenda-se que a dose de clodronato seja reduzida conforme a tabela abaixo:
Grau de Insuficiência renal Depuração de creatinina, mL/min
Redução da dosagem
50 – 80
25
12 – 50
25 – 50
< 12
50
Recomenda-se realizar infusão de 300 mg de clodronato antes da hemodiálise e que a dose seja reduzida a 50% nos dias sem diálise, o limite do tratamento é de 5 dias. Deve-se considerar que a diálise peritoneal remove muito pouco do clodronato em circulação.
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As cápsulas de Bonefós® (clodronato dissódico) devem ser ingeridas inteiras. A dose diária de 1.600 mg deve ser ingerida de uma só vez. Quando a dose diária for maior que 1.600 mg, a dose excedente deve ser ingerida separadamente, em uma segunda tomada, como descrito abaixo.
to a dose única diária como a primeira dose devem ser ingeridas referencialmente no período da manhã em jejum, com um copo de água. Após a tomada do medicamento, o paciente deve evitar a ingestão de alimentos, bebidas (exceto água) ou qualquer outro medicamento (oral) por uma hora. Quando a dose diária é dividida em duas tomadas, a primeira dose deve ser ingerida conforme as recomendações acima. A segunda deve ocorrer entre as refeições, no mínimo duas horas após e uma hora antes de comer, beber (exceto água) ou ingerir qualquer outro medicamento.
Bonefós® (clodronato dissódico) não deve ser ingerido com leite, alimentos ou medicamentos contendo cálcio ou outros cátions bivalentes porque eles diminuem a absorção do clodronato.
– Pacientes adultos com função renal normal:
Tratamento de hipercalcemia devido à doença maligna
Recomenda-se a utilização de infusão intravenosa para o tratamento de hipercalcemia associada à doença maligna. No entanto, quando se utiliza a terapêutica oral para tratar a hipercalcemia, deve ser administrada uma dose inicial elevada, de 2.400 ou 3.200 mg por dia e, conforme a resposta individual, as doses devem ser gradualmente reduzidas até 1.600 mg por dia, com o objetivo de manter o cálcio sérico em níveis normais.
Tratamento de osteólise devido à doença maligna sem hipercalcemia
Quando a terapia oral é utilizada para tratar o aumento da reabsorção óssea sem hipercalcemia, a dose deve ser individualizada. Recomenda-se iniciar o tratamento com 1.600 mg ao dia. Se clinicamente necessário, a dose pode ser aumentada, não devendo exceder os 3.200 mg por dia.
– Pacientes com insuficiência renal:
O clodronato é eliminado principalmente pelos rins. Portanto, deve ser utilizado com precaução em pacientes com insuficiência renal. Doses diárias maiores que 1.600 mg não devem ser usadas de maneira contínua. Recomenda-se que a dose de clodronato seja reduzida conforme a tabela abaixo:
Grau de Insuficiência renal
Depuração de creatinina mL/min
Dose
Leve
50 – 80
1.600 mg diariamente (não é recomendada a redução da dose)
Moderado
30 – 50
1.200 mg diariamente
Grave
< 30
800 mg diariamente
SUPERDOSAGEM:
r Sintomas
Foram relatados aumentos da creatinina sérica e disfunção renal com doses intravenosas elevadas de clodronato.
r Tratamento
O tratamento da superdose deve ser sintomático. Hidratação adequada deve ser assegurada e a função renal e o cálcio sérico devem ser monitorados.
PACIENTES IDOSOS:
Não existem recomendações especiais para idosos. Estudos clínicos incluíram pacientes com idade superior a 65 anos e nenhuma reação adversa específica desta faixa etária foi relatada.
MS – 1.7056.0037
Farm. Resp.: Dr. Braulio Lordêllo
CRF – SP n° 9496
Cápsula: Fabricado por:
Bayer Schering Pharma Oy
Turku – Finlândia Solução injetável: Fabricado por: Jenahexal Pharma GmbH Jena – Turíngia – Alemanha Importado e distribuído por: Bayer S.A
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Venda Sob Prescrição Médica
Lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.
VE0308-0308