Princípio ativo: diclofenaco sódicoVoltaren Retard 100

ANTI- REUMÁTICO, ANTIINFLAMATÓRIO, ANALGÉSICO

Forma farmacêutica e apresentação – VOLTAREN Retard

Comprimidos laqueados de liberação gradativa de 100 mg; Caixas com 10 comprimidos.

USO ADULTO

Composição – VOLTAREN Retard

Cada comprimido contém: diclofenaco sódico 100 mg; excipiente q.s.p. 1 comprimido.

Informação técnica – VOLTAREN Retard

Farmacodinâmica – VOLTAREN Retard

VOLTAREN Retard 100 contém diclofenaco sódico, um composto não- esteróide com pronunciadas propriedades anti-reumática, antiinflamatória, analgésica e antipirética. Demonstrou-se experimentalmente ser fundamental para  o mecanismo de ação do diclofenaco a inibição da biossíntese de prostaglandinas. As prostaglandinas têm papel de destaque na origem de inflamação, dor e febre.O diclofenaco sódico in vitro, nas concentrações equivalentes às concentrações alcançadas no homem, não suprime a biossíntese de proteoglicanos nas cartilagens.
Nas afecções reumáticas, as propriedades antiinflamatórias e analgésicas de VOLTAREN Retard 100 fazem com que haja resposta clínica caracterizada por significativo alívio de sinais e sintomas, tais como dor em repouso, dor ao movimento, rigidez matinal, inflamação das articulações, assim como uma melhora das funções normais.
VOLTAREN Retard 100 é particularmente adequado para pacientes nos quais a dosagem diária de 100 mg é adequada ao quadro clínico. A possibilidade de prescrever o medicamento em dose única diária simplifica consideravelmente o tratamento a longo prazo e ajuda a evitar a possibilidade de erros na dosagem.

Farmacocinética – VOLTAREN Retard

Absorção A julgar- se pela recuperação na urina do diclofenaco inalterado e seus metabólitos hidroxilados, as mesmas quantidades de diclofenaco são liberadas e absorvidas a partir do VOLTAREN Retard e dos comprimidos gastrorresistentes. Entretanto, a disponibilidade sistêmica do diclofenaco a partir de VOLTAREN Retard é em média cerca de 82% da atingida com a mesma dosagem de VOLTAREN administrada na forma de comprimidos gastrorresistentes (possivelmente pela liberação   velocidade-dependente do metabolismo de “primeira passagem”). Como resultado da liberação mais lenta da substância ativa em VOLTAREN Retard, o pico de concentração atingido é menor do que o observado após a administração dos comprimidos gastrorresistentes.
O pico médio de concentração de 0,5 µg/ml (1,6 µmol/litro) é atingido em média 4 horas após a ingestão de um comprimido de 100 mg. Alimentos não têm influência clinicamente relevante na absorção e disponibilidade sistêmica de VOLTAREN Retard.
Por outro lado, concentrações plasmáticas médias de 13 ng/ml podem ser registradas 24 horas após a administração de VOLTAREN Retard 100 mg. A quantidade absorvida é linear em relação à dose.
Como cerca de metade do diclofenaco é metabolizada durante sua primeira passagem pelo fígado (efeito de “primeira passagem”), a área sob a curva de concentração (AUC), após a administração retal ou oral, é cerca de metade da obtida após uma dose parenteral equivalente.
O comportamento farmacocinético não se altera após administrações repetidas. Não ocorre acúmulo desde que sejam observados os intervalos de dosagem recomendados. Concentrações mais baixas situam- se ao redor de 22 ng/ml (70 nmol/l) durante o tratamento com VOLTAREN Retard 100 mg uma vez ao dia.
Distribuição 99,7% do diclofenaco ligam- se a proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%).
O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12- 0,17 l/kg.
O diclofenaco penetra no fluido sinovial, no qual as concentrações máximas são medidas de 2- 4 horas após serem atingidos os valores de pico plasmático. A meia-vida de eliminação aparente do fluido sinovial é de 3-6 horas. Duas horas após atingidos os valores de pico plasmático, as concentrações da substância ativa já são mais altas no fluido sinovial do que no plasma, permanecendo mais altas por até 12 horas.
Biotransformação A biotransformação do diclofenaco ocorre parcialmente por glicuronidação da molécula intacta, mas principalmente por hidroxilação e metoxilação simples e múltipla, resultando em vários metabólitos fenólicos (3′- hidróxi-, 4′-hidróxi-, 5-hidróxi-, 4′,5-hidróxi- e 3′-hidróxi-4′-metóxi-diclofenaco), a maioria dos quais são convertidos a conjugados glicurônicos. Dois desses metabólitos fenólicos são biológicamente ativos, mas em extensão muito menor do que o diclofenaco.
Eliminação O clearance sistêmico total do diclofenaco do plasma é de 263 ± 56 ml/min (valor médio ± DP). A meia- vida terminal no plasma é de 1-2 horas. Quatro dos metabólitos, incluindo-se os dois ativos, também têm meia-vida plasmática curta, de 1-3 horas. Um metabólito, 3′-hidróxi-4′-metóxi-diclofenaco tem meia-vida plasmática maior. Entretanto, esse metabólito é virtualmente inativo.
Cerca de 60% da dose absorvida são excretados na urina como conjugado glicurônico da molécula intacta e como metabólitos, a maioria dos quais são também convertidos em conjugados glicurônicos. Menos de 1% são excretados como substância inalterada. O restante da dose é eliminada como metabólitos através da bile nas fezes.
Características nos pacientes Não foram observadas diferenças idade- dependentes relevantes na absorção, no metabolismo ou na excreção do fármaco.
Em pacientes portadores de insuficiência renal, não é previsto acúmulo da substância ativa inalterada, a partir da cinética de dose única, quando usado o esquema normal de dose. A um clearance de creatinina <10 ml/min, o nível plasmático de steady- state calculado dos hidroximetabólitos é cerca de 4 vezes maior do que em pacientes normais. Entretanto, os metabólitos são ao final liberados através da bile.
Em pacientes com hepatite crônica ou cirrose não descompensada, a cinética e o metabolismo do diclofenaco são os mesmos do que em pacientes sem doenças hepáticas.

Indicações – VOLTAREN Retard

Tratamento de:    Formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo: artrite reumatóide; espondilite ancilosante; osteoartrose e espondilartrite;
    Síndromes dolorosas da coluna vertebral;
    Reumatismo não- articular;
    Dores pós- traumáticas e pós-operatórias, inflamação e edema, como por exemplo, após cirurgias dentárias ou ortopédicas.
    Condições inflamatórias e/ou dolorosas em ginecologia, como por exemplo dismenorréia primária ou anexite.

Contra-indicações – VOLTAREN Retard

Úlcera gástrica ou intestinal. Hipersensibilidade conhecida à substância ativa. Como outros agentes antiinflamatórios não- esteróides (AINEs), VOLTAREN Retard 100 também é contra-indicado em pacientes nos quais crises de asma, urticária ou rinite aguda são precipitadas pelo ácido acetilsalicílico ou por outros fármacos com atividade inibidora da prostaglandina-sintetase.

Advertências – VOLTAREN Retard

Sangramentos ou ulcerações/perfurações gastrintestinais podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento, com ou sem sintomas de advertência ou história prévia. Estes, em geral, apresentam consequências mais sérias em pacientes idosos. Nesses raros casos de sangramentos ou de ulcerações/perfurações, o medicamento deve ser descontinuado. Assim como com outros agentes antiinflamatórios não- esteróides, reações alérgicas, incluindo-se reações anafiláticas e/ou anafilactóides, poderão também ocorrer em casos raros sem a prévia exposição ao fármaco.Assim como outros antiinflamatórios não- esteróides, VOLTAREN Retard pode mascarar os sinais e sintomas de infecção, em função de suas propriedades farmacodinâmicas.

Precauções – VOLTAREN Retard

É imprescindível uma supervisão médica cuidadosa em pacientes portadores de sintomas indicativos de distúrbios gastrintestinais, com história que sugira ulceração gástrica ou intestinal, com colite ulcerativa ou com doença de Crohn, bem como em pacientes com distúrbios da função hepática.
Como com outros agentes antiinflamatórios não- esteróides, pode ocorrer elevação dos níveis de uma ou mais enzimas hepáticas. Durante tratamentos prolongados com VOLTAREN Retard, é recomendável a monitorização da função hepática como medida preventiva. Na ocorrência de sinais ou sintomas clínicos indicativos do desenvolvimento de doença hepática, ou de outras manifestações (por exemplo: eosinofilia, erupções), ou se testes anormais de função hepática persistirem ou piorarem, o tratamento com VOLTAREN Retard deve ser descontinuado. Poderá ocorrer hepatite com ou sem sintomas prodrômicos. Deve-se ter cautela ao administrar VOLTAREN Retard a pacientes portadores de porfiria hepática, uma vez que o medicamento pode desencadear uma crise.
Pela importância das prostaglandinas para a manutenção do fluxo sanguíneo renal,  deve- se dedicar atenção especial a pacientes com distúrbios da função cardíaca ou renal,  a pacientes idosos, a pacientes sob tratamento com diuréticos e a pacientes com depleção de volume extracelular de qualquer origem, como por exemplo nas condições de pré ou pós-operatório de cirurgias de grande porte. Nesses casos, quando da utilização de VOLTAREN Retard, é recomendável uma monitorização da função renal, como medida de precaução. A descontinuação do tratamento é normalmente seguida pela recuperação do estado de pré-tratamento.
Durante tratamento prolongado com VOLTAREN Retard (assim como com outros agentes antiinflamatórios não- esteróides), recomenda-se monitorizar o hemograma.
Assim como outros antiinflamatórios não- esteróides, VOLTAREN Retard pode inibir temporariamente a agregação plaquetária. Pacientes com deficiência de hemostasia devem ser cuidadosamente monitorizados.
Deve- se ter precaução especial com pacientes idosos debilitados ou com aqueles com baixo peso corpóreo, sendo particularmente recomendável a utilização da menor posologia eficaz.

Experiência pré-clínica – VOLTAREN Retard

Mutagenicidade, carcinogenicidade e toxicidade sobre reproduçãoO diclofenaco não influencia a fertilidade das matrizes (ratos) nem o desenvolvimento pré, peri e pós- natal da prole. Não foram detectados efeitos teratogênicos em camundongos, ratos e coelhos. Não foram demonstrados efeitos mutagênicos em vários experimentos in vitro e in vivo, e nenhum potencial carcinogênico foi detectado em estudos de longo prazo em ratos e camundongos.

Gravidez e Lactação – VOLTAREN Retard

VOLTAREN Retard 100 deve ser empregado durante a gravidez somente quando para isso houver indicação formal, utilizando- se somente a menor posologia eficaz. Como outros inibidores da prostaglandina-sintetase, tal orientação aplica-se particularmente aos três últimos meses de gestação (pela possibilidade de ocorrer inércia uterina e/ou fechamento prematuro do canal arterial).
Após doses orais de 50 mg administradas a cada 8 horas, a substância ativa passa para o leite materno, porém, em quantidades tão pequenas que não se esperam efeitos indesejáveis sobre o lactente.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas – VOLTAREN Retard

Pacientes com sintomas de tontura ou outros distúrbios do sistema nervoso central, incluindo- se distúrbios visuais, não devem dirigir veículos ou operar máquinas.

Interações medicamentosas – VOLTAREN Retard

(Incluindo- se interações observadas com outras formas farmacêuticas de VOLTAREN)Lítio, digoxina: VOLTAREN pode elevar as concentrações plasmáticas de lítio e digoxina.
Diuréticos: Assim como outros AINEs, VOLTAREN pode inibir a atividade de diuréticos. O tratamento concomitante com diuréticos poupadores de potássio pode estar associado à elevação dos níveis séricos de potássio, os quais devem portanto ser monitorizados.
AINEs: A administração concomitante de AINEs sistêmicos pode aumentar a frequência de reações adversas.
Anticoagulantes: Embora as investigações clínicas não pareçam indicar que VOLTAREN apresente uma influência sobre o efeito dos anticoagulantes, existem relatos de uma elevação no risco de hemorragias com o uso concomitante de diclofenaco e anticoagulantes. Consequentemente, nesses casos, é recomendável uma monitorização dos pacientes.
Antidiabéticos: Estudos clínicos demonstraram que VOLTAREN pode ser administrado juntamente com agentes antidiabéticos orais sem influenciar seus efeitos clínicos. Entretanto, existem relatos isolados de efeitos hipo e hiperglicemiantes na presença de VOLTAREN que determinam a necessidade de ajuste posológico dos agentes hipoglicemiantes.
Metotrexato: Deve- se ter cautela quando AINEs forem administrados menos de 24 horas antes ou após tratamento com metotrexato, uma vez que a concentração sérica desse fármaco pode se elevar, aumentando assim a sua toxicidade.
Ciclosporina: Os efeitos dos AINEs sobre as prostaglandinas renais pode aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina.
Antibacterianos quinolônicos: Têm ocorrido relatos isolados de convulsões que podem estar associadas ao uso concomitante de quinolonas e de AINEs.

Reações adversas – VOLTAREN Retard

Estimativa de frequência: frequente > 10%; ocasional > 1% – 10%; rara > 0,001% – 1%; casos isolados < 0,001%.
Trato gastrintestinal Ocasionais: epigastralgia, distúrbios gastrintestinais, tais como náusea, vômito, diarréia, cólicas abdominais, dispepsia, flatulência, anorexia, irritação local. Raras: sangramento gastrintestinal (hematêmese, melena, diarréia sanguinolenta), úlcera gástrica ou intestinal com ou sem sangramento ou perfuração. Casos isolados: estomatite aftosa, glossite, lesões esofágicas, estenose intestinal diafragmática, distúrbios do baixo colo tais como colite hemorrágica não- específica e exacerbação de colite ulcerativa ou de doença de Crohn; constipação, pancreatite.
Sistema nervoso central Ocasionais: cefaléia, tontura ou vertigem. Caso raro: sonolência. Casos isolados: distúrbios de sensibilidade, incluindo- se parestesia, distúrbios da memória, insônia, irritabilidade, convulsões, depressão, ansiedade, pesadelos, tremores, reações psicóticas, meningite asséptica, desorientação.
Órgãos sensoriais Casos isolados: distúrbios da visão (visão borrada, diplopia), deficiência auditiva, zumbido, distúrbios do paladar.
Pele
Ocasionais: rash. Caso raro: urticária. Casos isolados: eritroderma (dermatite esfoliativa), perda de cabelo, reação de fotossensibilidade, púrpura, incluindo- se púrpura alérgica, erupção bolhosa, eczema, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, síndrome de Lyell (epidermólise tóxica aguda).
Rins Rara: edema. Casos isolados: insuficiência renal aguda, distúrbios urinários, tais como hematúria, proteinúria, nefrite intersticial, síndrome nefrótica, necrose papilar.
Fígado Ocasional: elevação dos níveis séricos das enzimas aminotransferases. Casos raros: hepatite, com ou sem icterícia. Casos isolados: hepatite fulminante.
Sangue
Casos isolados: trombocitopenia, leucopenia, anemia hemolítica e aplástica, agranulocitose.
Hipersensibilidade Casos raros: reações de hipersensibilidade, tais como asma, reações sistêmicas anafiláticas/anafilactóides, incluindo hipotensão. Casos isolados: vasculite, pneumonite.
Sistema cardiovascular Casos isolados: palpitação, dores no peito, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva.

Posologia – VOLTAREN Retard

Adultos: A dose inicial diária é de 100 mg, ou seja, um comprimido ao dia. Se necessário, a dose diária pode ser aumentada a 150 mg, prescrevendo- se, adicionalmente VOLTAREN comprimidos convencionais ou supositórios.Para casos mais leves, assim como para terapia a longo prazo, um comprimido de VOLTAREN Retard 100 ao dia é geralmente suficiente. Quando os sintomas forem mais pronunciados durante a noite ou pela manhã, VOLTAREN Retard 100 deverá ser administrado preferencialmente à noite.
Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, de preferência às refeições.
Crianças: VOLTAREN Retard 100 não deve ser administrado a crianças, por ser de alta dosagem.

Superdosagem – VOLTAREN Retard

O tratamento de intoxicação aguda com agentes antiinflamatórios não- esteróides consiste essencialmente em medidas sintomáticas e de suporte. Não há quadro clínico típico, resultante da superdosagem com diclofenaco. As medidas terapêuticas a serem tomadas em casos de superdosagem são:
    Lavagem gástrica e tratamento com carvão ativado, logo que possível para  se evitar a absorção.
    Tratamento sintomático e de suporte deve ser administrado em caso de complicações, tais como hipotensão, insuficiência renal, convulsões, irritação gastrintestinal e depressão respiratória.
Diurese forçada, diálise ou hemoperfusão provavelmente não ajudam na eliminação de agentes antiinflamatórios não- esteróides, em decorrência de sua alta taxa de ligação com proteínas e metabolismo extenso.

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