Princípio ativo: acetazolamidaDiamox

Indicações de Diamox

No tratamento adjuvante de: edema devido à insuficiência cardíaca congestiva; edema induzido por medicamentos; epilepsias centro-encefálicas (pequeno mal, convulsões não localizadas); glaucoma crônico simples (ângulo aberto), glaucoma secundário, e pré-operatório de glaucoma de ângulo fechado agudo, quando se deseja postergar a cirurgia para reduzir a PIO.

Efeitos Colaterais de Diamox

As reações adversas mais freqüentes no início do tratamento foram: parestesias, particularmente ôpontadas” nas extremidades; disfunção auditiva ou zumbido, perda do apetite, alterações do paladar e distúrbios gastrintestinais, tais como, náusea, vômito e diarréia; poliúria, e casos isolados de sonolência e confusão. Acidose metabólica e desequilíbrio eletrolítico podem ocorrer. Foi relatada miopia transitória. Esta condição invariavelmente regride com a diminuição ou interrupção da medicação. Outras reações adversas ocasionais incluem: urticária, melena, hematúria, glicosúria, insuficiência hepática, paralisia flácida, fotossensibilidade e convulsões. Ver também Precauções para possíveis reações comuns com os derivados de sulfonamidas. Têm havido casos fatais, embora raros, devido a reações graves às sulfonamidas como a síndrome de Stevens-Johnson, necrólise tóxica epidérmica, necrose hepática fulminante, agranulocitose, anemia aplástica e outras discrasias sangüíneas (vide Advertências).

Como Usar (Posologia)

Glaucoma: Diamox deve ser usado como medicamento adjuvante à terapia usual. A posologia empregada no tratamento do glaucoma crônico simples (ângulo aberto) varia de 250 mg a 1 g de Diamox em 24 horas, geralmente em doses divididas para quantidades maiores de 250 mg. Tem sido relatado que posologia diária maior que 1 g não produz maior efeito. Em todos os casos, a posologia deve ser ajustada com atenção individual cuidadosa para a sintomatologia e a tensão ocular. É recomendável a supervisão médica contínua. No tratamento de glaucoma secundário e no tratamento pré-operatório de alguns casos de glaucoma agudo congestivo (ângulo fechado), a posologia preferida é de 250 mg a cada 4 horas, embora alguns casos respondam a 250 mg, 2 vezes ao dia, em terapia em curto prazo. Em alguns casos agudos, pode ser mais satisfatório administrar uma dose inicial de 500 mg seguida de 125 ou 250 mg a cada 4 horas, dependendo do caso. Foi verificado efeito complementar, quando Diamox foi usado em associação com mióticos ou midriáticos, conforme a necessidade do caso. Epilepsia: não é claramente conhecido se os efeitos benéficos observados na epilepsia são devidos à inibição direta da anidrase carbônica no SNC, ou a um discreto grau de acidose produzido por doses divididas. A dose diária total sugerida é de 8 a 30 mg/kg de peso em doses divididas. Embora alguns pacientes respondam a doses baixas, a faixa ótima parece estar entre 375 mg e 1000 mg diários. Entretanto, alguns investigadores acreditam que doses diárias maiores do que 1 g não produzem resultados superiores à dose de 1 g. Quando Diamox é administrado em associação com outros anticonvulsivantes, sugere-se que a dose inicial seja de 250 mg uma vez ao dia, além da medicação existente. Isto pode ser aumentado até os níveis indicados acima. A alteração de outras medicações para Diamox deve ser gradual, de acordo com a prática usual no tratamento das epilepsias. Insuficiência cardíaca congestiva: para a diurese na insuficiência cardíaca congestiva, a dose inicial usual é de 250 a 375 mg uma vez ao dia pela manhã (5 mg/kg). Se, após uma resposta inicial, o paciente deixar de perder líquidos do edema, não aumentar a posologia, mas permitir ao rim recuperar-se, retirando a medicação por um dia. Diamox promove melhor efeito diurético quando administrado em dias alternados, ou por 2 dias alternando com 1 dia de descanso. Falhas terapêuticas podem ser devidas à superdosagem ou doses muito freqüentes. O uso de Diamox não elimina a necessidade de outras terapias como com digitálicos, repouso e restrição salina. Edema medicamentoso: a posologia recomendada é de 250 mg até 375 mg de Diamox uma vez ao dia, por um ou dois dias, alternando com um dia de descanso. – Nota: as recomendações posológicas para glaucoma e epilepsia variam consideravelmente daquela para insuficiência cardíaca congestiva, pois as primeiras duas condições não são dependentes da inibição da anidrase carbônica no rim, o que requer doses intermitentes, se desejar a recuperação do efeito inibitório do agente terapêutico. – Superdosagem: não existem dados disponíveis com relação à superdosagem de Diamox em seres humanos e nenhum caso de envenenamento agudo com essa droga foi relatado. Não se conhece antídoto específico. O tratamento deverá ser sintomático e de suporte. Poderão ocorrer desequilíbrio eletrolítico, desenvolvimento de um estado de acidose e efeitos sobre o sistema nervoso central. Os níveis de eletrólitos no sangue (particularmente potássio) e o pH sangüíneo devem ser acompanhados. Há necessidade de medidas de suporte para restabelecer o equilíbrio eletrolítico e o pH. O estado acidótico pode ser geralmente corrigido com a administração de bicarbonato. Apesar de sua grande distribuição intra-eritrocítica e de suas propriedades de ligação com as proteínas plasmáticas, Diamox pode ser dialisável. Isto pode ser particularmente importante no tratamento de superdosagem de Diamox, quando houver complicação pela presença de insuficiência renal. Pacientes idosos: não se dispõe de dados específicos em populações idosas.

Contra-Indicações de Diamox

Está contra-indicado em situações onde os níveis sangüíneos de sódio e/ou potássio estão reduzidos: casos de doença ou significante disfunção renal ou hepática; na insuficiência supra-renal e na acidose hiperclorêmica. É contra-indicado em pacientes com cirrose por aumentar o risco de encefalopatia hepática. A administração em longo prazo de Diamox é contra-indicada em pacientes com glaucoma crônico não congestivo de ângulo fechado, pois pode permitir o fechamento orgânico do ângulo, piorando o glaucoma, enquanto este fica mascarado pela PIO reduzida. – Advertências: têm ocorrido fatalidades, embora raramente, devido a reações graves às sulfonamidas, incluindo a síndrome de Stevens-Johnson, necrólise tóxica epidérmica, necrose hepática fulminante, agranulocitose, anemia aplástica e outras discrasias sangüíneas. A sensibilização pode ocorrer novamente quando uma sulfonamida for readministrada, independentemente da via de administração. Se houver sinais de hipersensibilidade ou de outras ocorrências graves, interromper o uso desta droga. Deve-se ter cuidado no caso de pacientes que tomam concomitantemente altas doses de ácido acetilsalicílico e Diamox, pois foram relatados casos de anorexia, taquipnéia, letargia, coma e morte.

Precauções

O aumento da dose não aumenta a diurese e pode aumentar a incidência de sonolência e/ou parestesia. O aumento posológico resulta freqüentemente em redução da diurese. Sob certas circunstâncias, entretanto, foram dadas doses muito altas, em conjunto com outros diuréticos, para garantir a diurese, em casos de insuficiência refratária. Podem ocorrer as reações adversas comuns a todos os derivados da sulfonamida: anafilaxia, febre, erupção cutânea (incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica), cristalúria, cálculo renal, depressão medular, púrpura trombocitopênica, anemia hemolítica, leucopenia, pancitopenia e agranulocitose. Recomenda-se cuidado na identificação precoce destas reações, e interrupção da droga e instituição do tratamento adequado. Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva ou enfisema, quando a ventilação alveolar estiver prejudicada, Diamox pode precipitar ou agravar a acidose e deve ser usado com cautela. Gravidez: não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A acetazolamida deverá ser usada durante a gravidez somente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais ao feto. Lactação: devido ao potencial de reações adversas graves em crianças em fase de amamentação em decorrência de Diamox, deve ser tomada a decisão entre interromper a amamentação ou o uso da droga, levando-se em conta a importância da droga para a mãe. – Uso pediátrico: a segurança e eficácia de Diamox em crianças não foram estabelecidas. Testes laboratoriais: para acompanhar as alterações hematológicas comuns a todas as sulfonamidas, recomenda-se realizar hemograma e contagem de plaquetas antes do início do tratamento com Diamox e a intervalos regulares durante o tratamento. Se ocorrerem mudanças significativas, é importante interromper prontamente a medicação e instituir tratamento adequado. Recomenda-se acompanhamento periódico dos eletrólitos séricos.

Apresentação

Cartucho com 25 ou 60 comprimidos.

Composição

Cada comprimido contém 250 mg de acetazolamida.Excipientes: glicolato de amido sódico, povidone, fosfato de cálcio dibásico, amido de milho e estearato de magnésio.

Laboratório

Wyeth – Indústria Farmacêutica Ltda.

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